happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 8
Melhores amigos, melhores metades


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Capítulo de hoje é pelo ponto de vista da nossa fadinha e, como não poderia ser diferente, certo soldado aparece para uma visita e para moldar um pouco mais o futuro deles.

Espero que gostem!



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Capítulo 08 – Melhores amigos, melhores metades

|ALICE|

Depois do diagnóstico de Rosalie, Emmett pareceu ainda mais obcecado em fazer tudo com ela. Ele comprou uma lancheira – não estou brincando -, e começou a preparar as porções de comida para ela comer durante o dia todo.

Victoria e Nathan eram os responsáveis por ela enquanto ela estivesse na Columbia e Bella fez seu melhor para aprender tudo sobre a doença dela, nos dias que se seguiram.

Jasper ligou na quarta-feira contando que sábado estaria em casa e disse que queria contar as novidades a mim, pessoalmente. Eu não achei boa coisa que ele queria fazer daquela forma, mas o início do semestre estava bem puxado, então resolvi não ficar preocupada antes de realmente precisar estar.

Bella estava desesperada por um emprego, mas enquanto não achava ela tentava tornar a nossa vida o mais simples possível. Cozinhava sempre antes de Rosalie chegar e sempre tinha lanches para a chegada dela, tudo o que fazia quando estava na Itália. Ela tinha voltado a estudar muito para aplicar para o começo do semestre que vem na NYU para o curso que ela queria e eu estava confiante de que ela conseguiria.

Edward estava fazendo turno dobrado na livraria, mas parecia muito feliz de o estar fazendo e, todos os dias que eu o via ele parecia animado e otimista, muito mais parecido com o irmão com quem eu tinha crescido do que o estranho que eu tinha aprendido amar nos últimos meses.

Rosalie estava se cuidando e estudando como a doida de sempre, muitas vezes a tinha visto lendo abraçada com um balde e eu achava graça, mas agora pisávamos muito mais em ovos porque descobrimos que ela estava super sensível a brincadeiras e Emm disse que era um dos sintomas da doença – que aprendemos que era o excesso da produção do hormônio responsável pela gravidez.

Falei com minha mãe todos os dias em que me estivemos separadas, por mensagens ou ligações, a gente nunca ficava mais do que vinte e quatro horas sem conversarmos e ela acabou contando a Anne sobre a doença de Rosalie, pensando que conseguiria amolecer o coração da minha sogra.

Não aconteceu.

Eu sabia que tio Charlie também estava em constante contato com Emmett e tia Renée tentava, com todas as forças, reconquistar o filho. Também não estava acontecendo e entendi melhor o porquê quando papai me contou que a doença de Rose poderia ter se originado por todo o estresse que ela tinha tido nas primeiras semanas de gestação.

Sábado chegou junto com toda a minha animação.

Jasper veio para casa de ônibus e eu desci para espera-lo no ponto de ônibus perto do apartamento.

Assim que desceu, abraçou-me forte e eu beijei toda a pele exposta que encontrei até chegar na boca dele.

—Que saudades, princesa linda – ele disse e eu sorri.

—Quase morri de saudade também – falei amorosa e foi a vez dele de sorrir.

Seguimos para casa juntos, fomos conversando sobre amenidades e entramos no prédio. O apresentei a Marcus que foi muito gentil com ele e então subimos as escadas até o segundo andar.

—Bella fez lasanha de quatro queijos para você – contei no corredor.

—Eu amo aquela menina – ele disse e eu ri.

Entramos em casa e todos esperavam por ele ali. Ele passou de abraço em abraço e sentou no sofá, ao lado de Rosalie que descansava – mesmo tendo acabado de acordar.

—Como você está? – perguntou preocupado.

—Vomitando que nem uma condenada – falou sincera e ele riu um pouco.

—Sinto muito por isso, Rosie – ele disse acariciando o cabelo dela.

—Está tudo bem, ao menos o bebê está forte – ela murmurou.

—Sabia que ele já dobrou do tamanho desde a última vez que você o viu, tio Jazz? – Emm disse todo bobo e Jasper riu.

—Mesmo?

—Sim, agora ele já tem uns quatro milímetros, ou seja – Emm mostrou nos dedos o tamanho do bebê e eu ri, revirando os olhos.

—Ele tem obsessão pelo tamanho do bebê – contei e Jasper riu.

Ficamos conversando na sala por um tempo, até Bella contar que a lasanha estava pronta. Rosalie foi para o quarto – que era nossa zona de “sem cheiro” estávamos proibidas a usar perfume, nossos desodorantes todos viraram inodoro e íamos nos ajeitando as necessidade de Rose, tentando fazer da experiência toda menos traumatizante.

—E meus pais? – perguntou Jazz quando Emmett foi levar o almoço especial de Rosalie.

—Não temos tido notícias – contei – Tia Renée está morrendo para falar com Emmett, mas ele não está dando o braço a torcer, principalmente depois de saber que pode ter sido essa falta de apoio que desencadeou essa condição de Rose – contei e ele assentiu devagar.

—Acham que Rose e Emm estão sendo muito extremistas? – perguntou bebendo o suco.

—Sinceramente? Eu não acho não – Edward falou sincero.

—Não sei, eu não sei como agiria, seus pais foram duros com a sua irmã e minha mãe... Ela não deu nem chance para Emm, meu pai deu e Emmett fala com ele sempre. Então, eu não sei se eu agiria como eles, mas entendo o porque deles estarem assim – Bella falou e assenti concordando com ela.

Não que eu achasse que um dia meus pais fariam aquilo, porque acho que eles apoiariam a gravidez, contanto que eu estivesse feliz e decidida como Rosalie.

Deixamos a louça suja na pia e, depois de escovarmos os dentes, fomos para o quarto onde Rosalie ria de Emmett falando com a sua barriga.

—Para de ser bobo – ela disse.

—Licença que eu não estou falando com você – ele disse em tom brincalhão.

Entramos no quarto pulando na cama com eles.

—Por que está maltratando a mãe do meu sobrinho? – Bella perguntou a Emmett, brava.

—Estou só falando para o nenê para vir com a inteligência dela, porque essa mulher é um crânio, e a beleza também e todo o resto, basicamente o proibi de puxar para mim a não ser pelas covinhas, mas Rose também as tem então, quero uma xerox – ele falou perto do umbigo de Rosalie que bufou.

Ficamos falando amenidades por um tempo imensurável, aproveitando por estarmos todos ali.

Edward falou que Aidan e Victoria iriam para lá no dia seguinte e eu mudei meu olhar rapidamente para Bella que abriu um sorriso amarelo a Edward. Eu vinha reparando que ela não falava sobre nenhum dos dois.

Aidan ainda estava reticente em conhece-la, não veio nos visitar e só o encontrei na livraria com Edward.

Meu irmão estava feliz demais para perceber o embate que ocorria entre os amigos dele e sua namorada, mas eu iria avisá-lo em algum momento.

—Bom, eu sei que estamos conversando amenidades, mas preciso tirar isso logo do meu peito – Jasper falou levantando na cama.

—TIRA ESSE PÉ FEDORENTO DAQUI – Rosalie mandou brava e nós rimos.

Ela ia de oito a oitenta em dois segundos.

Meu noivo não gostava de atritos então, simplesmente, pulou para o chão e começou a dançar de forma adorável e eu soube, antes mesmo dele contar.

—Fui aceito. Eu entrei – ele falou rindo – Vou para Suffolk dentro de duas semanas – ele disse sorrindo.

Senti meu coração pequenininho, mas o olhar que ele me lançou foi de quem esperava apoio. Então engoli o medo e pulei nele, escondendo meu rosto em seu pescoço.

—Parabéns, príncipe, eu sabia que você ia conseguir. Eu te disse que você ia entrar – falei ainda desconfortável, mas sem crescer naquilo.

—Obrigado por estar comigo, Lili, eu te amo tanto – ele murmurou beijando meu cabelo.

Nossos irmãos vieram parabeniza-lo também, mas Rose levantou rápido e já sentou de novo puxando o Pucket— nome que demos ao balde dela – Puke (vomitar) + Bucket (balde), então sim, balde de vomitar, mas mais graciosamente.

Ela fez aquela coisa mimada que sempre fazia. Bateu os braços na cama e fez uma careta quando terminou de vomitar.

—Eu não aguento mais isso – falou meio chorando.

Emmett sentou ao lado dela e deu a toalha úmida para ela que limpou a boca e começou a chorar de verdade, abraçada a ele.

—Vamos ter que nos associar a uma empresa de pasta de dente – ela chorou e nós não aguentamos, começamos todos a rir e ela sorriu nos encarando.

—Está tudo bem, queria mesmo comprar ações na Colgate— Emm brincou acariciando a cabeça dela.

—Estou feliz por você, gêmeo – ela murmurou quando parou de chorar.

Ele se agachou na frente dela e fez carinho no rosto dela, o rosto sereno que eu amava tanto.

—Estou muito orgulhoso de você, Rose, sei que não está sendo fácil, mas estou muito feliz que você esteja feliz e, por mais que doa saber que eu não estarei aqui para o nascimento desse bebê que eu amo, pretendo passar o primeiro natal dele junto – falou e ela sorriu docemente para o irmão.

Se jogou em Jazz, o abraçando forte e Emm sorriu, pegando o Pucket para limpar, era a atividade dele, a única coisa que Bella, Edward e eu não fazíamos por Rose.

Deitamos na nossa cama imensa conjugada e ficamos o resto da tarde ali, juntos, sem fazer ou falar nada. Emmett voltou e sorriu ao ver todos juntos.

—Preciso de uma foto para o meu filho ver como é amado – ele disse pegando o celular.

Rose estava no centro da cama – por mais perigoso que aquilo poderia ser, já que ela poderia vomitar em Bella ou Jazz, mas eles não se importaram. Jasper abraçou Rose e eu abracei Jazz colocando a mão na barriga dela. Bella também colocou a mão ali e Edward abraçou Bella com os braços juntos.

Emmett ficou de pé e sorriu amplamente para a câmera antes de guardar aquela memória.

—Se esse bebê não for mimado, nenhum outro o será – Jazz disse rindo.

Reparei que Emmett enviava a foto para alguém, provavelmente para o pai dele que, com certeza, mostraria para meus sogros e tia Renée.

Não fiquei muito preocupada com aquilo. Emmett saiu para fazer pipoca porque Rosalie pediu e a dias ela não sentia vontade de comer algo. Bella mandou ele fazer sem muito óleo e sem sal e ele obedeceu.

—Temos uma nutricionista? – Jazz perguntou curioso.

—Bebella é nossa expert de anti-vômitos – Rose disse abraçando Bella que riu assentindo.

—É como se o vovô Lorenzo tivesse me preparado para cuidar do meu sobrinho – ela disse docemente.

.

À noite, Jasper pediu para eu preparar uma mala pequena e nós fomos para um hotel bonito no centro da cidade. Fiquei encantada com a vista que tínhamos e muito feliz por ele ter tido o cuidado em planejar uma noite para nós dois.

—Sei que está feliz por mim, mas não sente nem a mínima preocupação por estarmos separados por um oceano todo? – perguntou sério quando sentamos para comer.

—Jasper, é claro que sinto – falei sincera, nunca escondíamos os nossos sentimentos um do outro, por mais bobo que pudesse ser –, mas também não posso te pedir para que fique. Você decidiu seguir essa carreira para entrar nessa parte do exército, então o que espera que eu faça? Não vou te pedir para ficar e não darei ouvido para a minha parte mais egoísta.

Ele sorriu e segurou minha mão, beijando minha aliança.

—Não quero crescer lá dentro, só quero conhecer e ver como é, quero me entender e, quem sabe, ter a chance de descobrir o que quero fazer para o resto da minha vida. Depois disso, eu juro a você, meu amor, volto e nos casamos no maior evento que você puder planejar – ele disse e eu ri.

—Vai ser grande – eu prometi.

—Não espero menos que isso.

Jantamos em meio a conversas. Contei a ele meu sonho de casar na praia, como o mar no por do sol atingia a cor perfeita dos olhos verde-água dele e como o som do mar transmitia a paz que eu só sentia com ele.

—Então vamos nos casar na praia, você vai desenhar meu terno? – perguntou e eu ri.

—Não sei fazer roupa masculina – falei com uma careta decepcionada.

—Não, você nunca tentou fazer roupa masculina, mas saber... Você sabe fazer tudo nesse mundo, melhor do que o resto dele – ele disse e eu ri, levantei sentando no colo dele e o abracei.

—Quem vai me animar assim quando você não estiver aqui? – perguntei escondida no peito dele.

—Você mesma, porque não sou eu quem te animo, é você quem me inspira e é quando eu quero que tudo no mundo esteja feliz e em paz, porque acho um absurdo a mísera ideia de que o mundo seja um lugar menos do que perfeito sendo que você existe – ele disse e eu beijei meu noivo com toda a saudade antecipada que eu já sentia dele.

—Eu vou morrer de saudade, mas aceito se prometer que voltará para mim. O quanto antes puder – falei e ele sorriu.

—Eu juro.


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Notas finais do capítulo

E então? Jasper indo embora...

Alice já sacou o desconforto da Bella. E o Emm, gente, tem o que falar desse homem?

Na terça-feira eu volto com mais, não esqueçam de deixar seus reviews, sei que parece estranho tanta calmaria e as coisas se encaixando depois da pauleira que foi o final da última temporada, mas... Estamos construindo o enredo.

Um beijão!



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