happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 35
Feche seus olhos, eu tenho uma surpresa


Notas iniciais do capítulo

Olá,

Terminando o rodízio de ponto de vistas dos meninos, trago Eddinho para nos dar alguns refrescos sobre Beward.

Espero que gostem.

Boa leitura!



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Capítulo 35 – Feche seus olhos, eu tenho uma surpresa

|EDWARD|

Francamente, a vida estava monótona demais quando eu me comparava com os meus amigos e, ultimamente, aquilo era tudo o que eu vinha fazendo já que estava mais entediado do que nunca. Acho que as fortes emoções dos últimos meses tinham sido demais para mim, era “eita” atrás de “vish” e, naquele momento, tudo o que eu tinha era tranquilidade. Aquilo me deixava inquieto. Por isso, girei em cima de Bella que acordou com meu peso contra si e começou a me chutar para  eu sair de cima dela.

—Ai ai, amor – ela reclamou sonolenta – O que está fazendo? – perguntou confusa e eu sorri amplamente ao me deitar ao lado dela, colando nossas testas.

Antes, estávamos deitados de conchinha então, fiz o que eu tinha que fazer.

—Estava pensando... – iniciei inocentemente e ela revirou os olhos.

—Não consegue pensar parado e deixando que eu durma sem interrupções? – ironizou.

—Engraçada, linda – devolvi sarcasticamente – Eu pensava que, é sério amor, você deveria se casar comigo – falei de uma vez e ela tapou a boca para que a gargalhada não acordasse nossos companheiros de casa.

—Você é insano, e hoje não é quinta-feira – ela disse quando conseguiu controlar sua risada.

—Vida – reclamei desgostoso – Estou falando sério, por que é que você não quer casar comigo, afinal? Nós somos o melhor casal de Nova Iorque, eu tenho observado outros e eles são entediantes – contei e ela riu, me dando um selinho.

—Que horas são? – ela indagou de repente.

Bufei levantando a cabeça para olhar para o relógio digital que ficava no meu criado-mudo.

—Duas e meia – falei e ela socou minha barriga sem aviso prévio – ISABELLA – reclamei surpreso.

—Eu só tinha que fazer isso, olha que horário você escolhe para sofrer um ataque de pelanca, não tem como, amor, está muito tarde. Ou cedo, para falar a verdade – ela suspirou – Deixa eu voltar a dormir.

—Casa comigo – reclamei com um beicinho e ela riu.

—Por quê? – perguntou seriamente.

Era a primeira vez que ela não me negava de cara, mas também, se eu fosse pensar sobre aquilo, ela também não tinha dado o sim de imediato e aquilo me irritava porque eu achava que a resposta seria imediata, por que ela sempre tensionava o que deveria ser tranquilo?

—Porque eu te amo? – afirmei algo que saiu como uma interrogativa, mas aquela era a verdade.

—E eu também te amo, por isso dividimos uma vida – ela respondeu cheia de si – O que casar mudaria no nosso atual cenário? – ela perguntou esperta de mais e eu bufei.

—Que saco, você não pode só responder que sim e a gente ri como dois idiotas e transa em silêncio para a Alice e o Jasper não acordarem? – perguntei desgostoso virando de costas para ela, o que quase me fez cair da cama, quase, mas segui com a dignidade intacta.

Escutei a risada da minha namorada em minhas costas e não consegui conter meu sorriso. Ela abraçou-me com força e começou a distribuir beijos pela minha espinha.

—Achei que a gente tinha acabado de cumprir essa última parte – ela murmurou sensualmente em meu ouvido e eu sorri mais.

Talvez ela não tinha dito com a pretensão de ser sexy, mas tinha sido.

—Então cumpre a primeira – pedi rapidamente virando para ela.

—Por que está forçando esse assunto?

—Porque todos estão fazendo algo e eu estou parado sem nenhuma novidade, que monótona a minha vida se tornou, parece que estou apenas sobrevivendo – contei e foi quando Bella afundou o rosto no meu peito, a risada abafada dela fazia meu corpo todo tremer e, não demorou para termos uma ereção entre nós enquanto eu mesmo ria, não de mim, mas da risada dela.

—Você quer se casar comigo por que está entediado? – ela reparou ainda bem humorada.

E foi quando eu repeti tudo o que a tinha dito em minha mente. Errada com a colocação dela, ela não estava, e eu me senti um tolo.

—Não – respondi sem força e ela sorriu.

—Hoje é.

—Hoje sim, mas eu quero casar com você todos os dias – murmurei.

Ela beijou o bico que se criava em meu lábio inferior.

—E eu vou me casar com você, quando você realmente quiser – ela disse, pela primeira vez.

Abracei-a com carinho e ela segurou firmemente o meu membro que forçava o canto de sua barriga.

—Agora eu acho que você tem um problema mais imediato para ser solucionado? – sugeriu sorrindo matreiramente.

Sexy. Para. Um. Caralho.

Me virei para ficar por cima, ela me posicionou em seu centro, abraçando-me com suas pernas e sorri para a falta de roupa íntima dela por nosso ato de poucas horas atrás.

—Quem você acha que deixa o gemido escapar dessa vez? – brinquei com a boca colada no ouvido dela e sua resposta foi elevar seu quadril contra minha ereção, mostrando o quão preparada para mim ela estava, deslizei sem problema algum para dentro dela e um gemido escapou ao final da minha pergunta.

—Sabemos quem tem dificuldade de se controlar aqui, amor – ela provocou.

E então ela fodeu a ideia de casamento para fora da minha mente naquela noite.

.

Como todo o singular ano, eu estava mais do que apenas animado para o aniversário de Isabella, enquanto a mesma se mantinha sem muita animação, mas mais feliz que o comum já que era o ano em que todos nós estaríamos juntos novamente, depois da sequência de dois anos sem Jasper.

Meu cunhado mantinha-se morando conosco, mas parecia que tinham os seus momentos excelentes e os péssimos e a falta de constância, claramente, magoava não apenas a irmã dele, mas a minha também, apesar de Alice tentar se manter sempre em seu alto astral dando suporte a ele e o encorajando a continuar seguindo o tratamento à risca. Mas eu via, toda singular vez que alguém dizia algo que ele não se lembrava, como ele se retraía e daí eram uma sequência de uns bons dois ou três dias com o Jasper calado que nós nunca tínhamos visto antes.

Ele ia para o apartamento de seus pais, perto do campus da faculdade de Rosalie, não aparecia em nossa casa nem para jantar e então, depois de sua reclusão, ganhávamos o Jasper animado e simpático de todo o tempo, de volta. Era uma troca cansativa para nós, principalmente para Rosalie.

—Edward – Alice cumprimentou-me animada com um monte de panfletos na mão.

Olhei no relógio do computador da livraria, ainda eram quatro horas da tarde, Bella não chegaria aqui até às sete horas então sorri, avisando Liam que eu tiraria meus quinze minutos, então fui com Alice até a cafeteria.

—E ai? – perguntei animado.

Claro que, de todas as pessoas que poderiam me ajudar a planejar uma festa obrigatória para Isabella, Alice era a mais indicada já que era muito animada, conhecia lugares legais e adorava forçar suas vontades na minha namorada.

—Eu peguei esses lugares aqui de pubs que meus amigos gostam e eu pensei... E se fizermos um St. Patrick’s Isabella Day? – ela sugeriu sorridente.

—Alice? – indaguei rindo.

—É o seguinte, eu estava tentando pensar nas melhores festas que fui quando estava na Itália e, sabe o que eu reparei? A gente nunca comemorou o St. Patrick’s Day— ela apontou e eu ri da minha irmã.

—Vocês não tem idade? – lembrei.

Agora eu tinha idade para beber o tanto que eu queria com a minha carteira de motorista original e eu gostava de lembrar os gêmeos, Bella e Alice que eles eram ilegais.

—Eu tinha quando estava lá então, – ela deu de ombros sem se afetar – apenas seguiremos nossa tradição de adiantar nossa idade graças aos documentos estranhamente bem feitos que Aidan nos deu – ela constatou.

—Tudo bem, tanto faz, me conta como isso vai ser.

Alice abriu um sorriso demoníaco e começou a me contar tudo o que ela tinha pensado e, por Deus, eu amava a minha irmã. Até com quem Henri, Charlie, Tony, Jess e Greg ficariam, ela pensou.

—Você é perfeita – eu falei rindo quando concordei com cada pequena coisa que ela decidiu fazer.

O dia do aniversário de Bella, verdadeiramente, seria em um domingo e todos estaríamos de folga e, por isso, Alice nomeou dia doze de setembro o dia do St. Isabella’s Day, foi apenas de bom tom que tivéssemos decidido deixar o nome do verdadeiro santo padroeiro da Irlanda de fora da nossa comemoração já que o dia dele era em março.

Aidan apareceu com Bella, como sempre fazia, e eu agradecia que ele tivesse a consciência de que Nova Iorque pode ser perigosa a noite e não deixava Bella andar sozinha, tudo bem que era apenas um pequeno desvio do caminho dele e, bom, ele ganhava porque, daquela forma, me via todos os dias.

—Posso usar o banheiro? – Bella pediu assim que chegou na livraria e eu ri.

—Claro que sim – falei abrindo a porta do escritório para ela que me deu um selinho e sumiu para dentro do local.

Aidan se remexia tentando ver o momento que Bella sumiria de sua visão e quando o fez, ele se virou para mim, dançando.

—Alice me contou sobre a ideia de vocês para o aniversário da desajeito e, puta merda, está decidido. Vocês são a porra do meu casal favorito desse universo – ele comemorou me fazendo rir.

—É uma evolução para alguém que não suportava Bella – zombei terminando de fechar as coisas na livraria e apagar as luzes.

—Eu estava baixo em substâncias ilícitas, ela é a minha pessoa favorita nesse mundo inteiro e galáxia – ele disse exageradamente e eu gargalhei.

—Entra na fila, bocó.

Bella voltou e nos despedimos de Dan na frente da livraria, como todas as noites, ele seguiu para um lado e nós para o outro, enquanto dividíamos coisas sobre nossos dias e risadas toscas.

.

Sábado começou bom demais, Bella e eu fomos tomar nosso banho já que ainda teríamos que trabalhar e, mesmo que ela soubesse que sairíamos mais tarde por seu aniversário, ela não tinha ideia do que a esperava.

—Vocês são muito descarados – Alice falou ao ver Bella e eu saindo do banheiro com os cabelos molhados.

Bella franziu o cenho sem entender o que ela queria dizer.

—Jasper e eu estamos em casa – minha irmã falou sem sentido.

—Estamos salvando água do planeta, tola – Bella disse ao entender que ela estava ofendida que tomávamos banho juntos.

—Mas era o que me faltava – ridicularizei indo pegar minha mochila no quarto.

—Era o que me faltava – Alice devolveu e Bella riu seguindo meus passos.

Pegamos tudo o que precisaríamos para o dia e então seguimos para o nosso tradicional café da manhã dos finais de semana no apartamento da frente. Jasper estava sentado à mesa ao lado de Henri enquanto tentava fazê-lo comer a papa de banana, aveia e mel que Emmett fazia para o neném às vezes.

—Bom dia – dissemos sendo recebidos por sorrisos.

Rose apareceu na cozinha de pijama e sentou perto de Jasper nos cumprimentando também.

—Alice superou? – Jasper perguntou bem humorado, ainda dando a papa de Henri.

—Ela é doida – murmurei.

Emmett colocou o prato de panquecas na mesa.

—O que aconteceu? – ele perguntou curioso.

—Ela mora com a gente há meses e só hoje descobriu que nós tomamos nosso banho juntos – Bella ridicularizou se esticando para pegar uma panqueca, mas Emmett afastou o prato dela, com as sobrancelhas arqueadas em surpresa.

—Desculpe? – ele ironizou.

—Sem problemas, só devolve o prato – Bella disse se esticando mais.

—Isabella – Emm a repreendeu e eu ri.

—Corta essa, Emm, o que tem demais? – ridicularizei.

—Desde quando você tirou a pureza da minha irmãzinha? – Emmett começou com o show me fazendo revirar os olhos.

—Desde... – olhei para Bella pedindo ajuda e ela riu.

—Eu não vou me expor assim, nem tenta. Agora me passa essa merda, garoto – Bella demandou já estressada.

Emmett colocou o prato na mesa bufando.

—Tem coisa que eu não preciso saber – ele murmurou com uma carranca arrancando risada de todos nós.

Escutamos a porta da frente ser aberta.

—Bom dia para quem não tem que ter consciência que o irmão tem uma vida sexual ativa e ainda faz isso enquanto vocês estão separados por uma parede – Alice falou sentando-se na última cadeira vazia.

—Vá para a bosta – briguei por ela forçar uma imagem como aquela em minha mente e Jasper gargalhou.

—Vamos ver, bom dia então para Rosalie e Edward, apenas – Emmett disse irritado.

O problema? Ele estava trazendo a vista a falta de relacionamento entre Alice e Jasper. Jazz pareceu desconfortável e Rosalie encarava Emmett surpresa.

—Enfim, salvando o cérebro dos irmãos, estão todos animados para hoje? – Alice perguntou voltando a ser ela mesma e eu ri da bipolaridade da minha irmã.

—Eu li em algum lugar que dá azar comemorar o aniversário antes do dia – Bella murmurou.

—Azar é eu ter uma melhor amiga tão chata desse jeito – Alice disse batendo as duas mãos na mesa.

Eu dei risada, porque era tudo o que eu poderia fazer sem intrometer-me no meio delas e acabar em um fogo cruzado.

—Você também não é muito legal – minha namorada sussurrou e eu gargalhei.

—Eu não vou negar que me divirto com as duas se desentendendo – Rose murmurou para Emmett, mas eu escutei.

—Enfim, todos usarão as roupas que eu deixarei dispostas em suas respectivas camas e quem reclamar vai levar um chute na bunda e será banido da comemoração. A não ser que seja a Bella, porque ela é nossa estrela de hoje – Alice falou olhando apaixonada para minha namorada que lhe lançou um dedo do meio.

—Eu te odeio.

—É recíproco.

O final do café da manhã foi regular e logo Bella e eu saíamos para nossas responsabilidades. Nossas comemorações começariam no apartamento dos Hale, então Alice passou a tarde me mandando fotos da decoração e pedindo opiniões e eu a respondia sempre que podia, claro que até receber minha resposta ela já havia decidido por si só o que era melhor.

Passei o dia todo agitado, mas logo deu seis horas da tarde e, como eu não fecharia a livraria hoje, passei me despedindo de Aro e segui animado para casa. Bella tinha feito o turno da manhã na cafeteria, então deveria estar em casa agora.

Cheguei lá e sorri ao ver que Jasper vestia uma calça verde, Emmett uma camisa de flanela de xadrez verde e azul escuro, minha irmã um vestido verde e Rose a camisa de seda verde. Beijei o rosto de Alice duzentas vezes antes de apressar-me para trocar de roupa. Tomei uma ducha rápida e segui para o quarto, encontrando Bella com a calça verde musgo, e uma blusinha preta de regata que, com certeza, não era seu estilo final. Ela terminava de se maquiar.

—Por que eu obedeço a Alice? – ela indagou assim que eu fechei a porta e eu gargalhei.

—Porque você tem juízo – brinquei e ela riu.

Vesti a roupa que minha irmã separou para mim, a jaqueta verde esmeralda e sorri para a perspicácia da baixinha.

—Agora, minha indagação é: onde Alice achou tanta roupa verde e, por Cristo, o que ela está aprontando com todo mundo vestindo a mesma cor? – Bella disse fazendo manha e eu ri, beijando o rosto dela.

—Você está linda – falei e ela sorriu.

—Você é uma visão também – brincou vestindo seu suéter verde escuro e eu ri animado.

—Vamos, amor, está na hora – comemorei a puxando para fora do quarto.

Nossos amigos estavam animados na sala.

Depois da volta de Alice, retiramos o dinheiro provindo do volvo que vendemos no final do ano passado da poupança que Alice usava na Itália, como o governo pagou parte do curso dela, sobrou um pouco de dinheiro, realmente pouco, mas Bella e eu completamos e conseguimos comprar um carro velho, barulhento e que não era o mais quente já que eu tinha quase certeza que a porta deixava frestas para o vento entrar, mas era o nosso carro e nós o amávamos.

Jasper e Alice foram conosco já que Rose e Emmett buscariam Aidan e um casal de amigos de Emm. O resto já nos esperava no apartamento.

Os convidados da noite eram: nós seis, Nate, Nora, Julia, Nick, Victoria, Aidan, Tia, dois amigos da faculdade de Alice que adoravam Bella, alguns colegas de classe de Bella que ela se dava bem e nós conhecemos em outras saídas e esse casal de amigos de Emmett que eram muito gente boa e completamente insanos. Era um bom time, bastante pessoas, reforçando como minha namorada era adorada.

—Bem-vinda à primeira parte da noite – Alice sorriu.

Primeira parte? – Bella repetiu desconfiada.

Subimos para o apartamento dos Hale e eu reparei que era a primeira vez que Bella estava ali. A decoração toda tinha trevo de quatro folhas e coisas que nos remetiam à Irlanda, Alice tinha sido do caralho.

—Eu adorei – Bella disse animada.

Esperamos até que todos chegassem enquanto começamos a focar em embebedar minha namorada, afinal, a estrela da noite tinha prioridade.

—Vou explicar – Alice anunciou subindo no sofá de couro dos Hale quando todos estavam na sala ampla do apartamento de tio John – Boa noite, gente, hoje a gente comemora a minha melhor amiga – Rosalie pigarreou fazendo Alice rir – Retificação: uma das minhas melhores amigas – ela disse sorrindo para Rose – Enfim, o tema é St. Isabella’s Day, que é igual ao do St. Patrick, mas em setembro. A Bella nunca foi para a Irlanda nem nada, mas eu quis esse tema e quem não gostou cala boca – ela brincou – Enfim, aproveitem esse esquenta para comerem porque eu não vou levar ninguém para o hospital – ela finalizou e todos levantaram os copos com cerveja verde.

Jasper ajudou Alice a descer do sofá e eu sorri para minha irmã. Ela e Jasper estavam como melhores amigos, a relação que precedeu o namoro deles a primeira vez mas, com a maturidade dos dois, eles flertavam bem mais e bem abertamente. Eu não me incomodava ao todo com aquilo, claro que ainda tinha algo do irmão mais velho ciumento que eu sou, mas Alice com Jasper é tudo o que faz minha irmã feliz e eu jamais me colocaria no meio daquilo.

Voltei meu foco para a estrela de todas as minhas noites.

Ficamos um bom tempo no apartamento dos Hale, fizemos alguns jogos e competições para ter certeza que todos estariam ao menos alegres e, então, a segunda parte da noite começou. Andamos cantando por dois quarteirões até o primeiro pub. Alice tinha separado cinco para aquela noite e eu pensava se meu fígado sobreviveria a comemoração dos vinte anos de Bella.

—Duas décadas é muito tempo – Bella falou quando chegamos ao pub e eu gargalhei.

—É uma batida de coração para mim – falei – Acho tão injusto que eu tenha perdido os primeiros quatro anos dessa jornada.

Ela riu e me beijou.

—Te convido para os próximos oitenta e dois anos – ela murmurou ainda com a boca colada na minha.

—Vai morrer com cento e dois anos? – eu perguntei achando graça.

—Não, você quem vai morrer com cento e três. Eu estarei viva até o ataque zumbi – ela disse tolamente me fazendo rir.

—Sem noção – brinquei abraçando-lhe a cintura.

—EDWARD, JÁ BEBEU SEUS DOIS CANECOS DE CERVEJA? – Rose perguntou com um caneco e eu fingi chorar.

—Eu não quero mais – reclamei.

—Você girou os dados, agora tem que aguentar. Dois canecos em cada pub – Rose gargalhou.

—Têm mais pubs? – Bella perguntou amedrontada e Rosalie assentiu pulando.

Virei meu caneco babando em minha roupa, mas que se danasse, ao menos eu não tomava tudo.

No segundo pub Bella estava em seu "eu-devassa" e eu seria um ridículo se dissesse que não era um dos meus favoritos. Ela dançava olhando para mim, mordia os lábios da forma que me deixava no ponto e eu a deixei saber daquilo quando abracei sua cintura roçando minha animação nela.

—Quero algo – Bella anunciou em meu ouvido quando se virou para mim.

Sorri para ela.

—Qualquer coisa – falei prontamente e ela sorriu.

—Quero que você me foda no banheiro – ela disse sem vergonha nenhuma e eu senti meu pau sendo amassado contra o zíper da minha calça, ainda bem que optei por usar roupa íntima naquele dia.

—Bella... – murmurei e ela riu.

Colocou algo em meu bolso antes de colar a boca novamente em meu ouvido.

—Vou esperar você na porta do banheiro e a gente vê em qual podemos entrar – ela disse baixo e saiu de perto de mim.

Virei minha cerveja em goles imediatistas, tanto que quase me engasguei mas pouco aquilo me importou. Deixei o caneco em qualquer canto e puxei um pouco o tecido que ela tinha colocado em meu bolso, era a porra da calcinha dela.

Corri para o banheiro sem importar-me em ser discreto e a tomei em um beijo ensandecido assim que a vi, desabotoei sua calça levando meus dedos, instantaneamente, para seu centro pulsante e desprotegido.

—Você vai quebrar-me ao meio qualquer dia desses – murmurei em sua boca e ela riu me puxando para o banheiro das mulheres e me empurrando para a última cabine.

O banheiro estava vazio? Eu não tinha a mínima ideia, tudo o que me importava estava em meus lábios e mãos.

—Uma rapidinha, amor – ela pediu e eu sorri.

Soltei meu cinto e abaixei meu zíper libertando meu membro de seu enclausuramento, o bombeei três vezes antes de sorrir pressionando Bella contra a parede do banheiro.

—Não pode fazer barulho – sussurrei no ouvido dela e ela assentiu.

Deslizei para dentro dela e ela mordeu meu ombro com força, sorri com o sentimento maravilhoso, meu "eu-bêbado" tendia a durar menos do que quando eu estava racional, então tratei de esfregar o clitóris dela para que ela não saísse de lá frustrada. Beijei sua boca, engolindo todo e qualquer gemido que pudesse escapar de sua boca enquanto ela fazia o mesmo comigo.

Ao final de nosso ato, suspiramos juntos.

—Eu amo você.

E nada poderia ser mais romântico, sem pudor e patético que aquilo. Era o que eu amava sobre nós dois.

A verdade é que, depois daquilo, a noite era meio que um borrão, mas eu lembro que, quando chegamos ao quinto – e último – pub, éramos apenas nós seis, nem mesmo Aidan tinha aguentado, mas nós éramos comprometidos com nossos planos e Alice nos arrastou para cada pub como se sua vida dependesse de cumprir aquela noite.

—Certo, segundo caneco e eu espero que alguém segure meu cabelo quando eu começar a vomitar essa noite – eu falei sério enquanto eles gritavam por eu ter completado meu desafio do começo da noite.

Olhei para o relógio do bar que marcava duas e meia da madrugada e eu gritei assustando meus amigos.

—Amor, já é o seu aniversário – anunciei agarrando a cintura de Bella e a beijando com tudo o que eu tinha – Eu te amo tanto que eu vou passar todos os dias da minha vida dividindo a cama e o chuveiro com você e a gente vai ter um monte de criança para brincar com o Henri e, também, eu vou te pedir em casamento até você aceitar e eu ver você andando para mim até o altar que a Lili vai montar no jardim da casa dos nossos pais – falei arrastado e Bella gargalhou alto.

—Mudou desde o último pub, alguém reparou? – ela falou olhando para os nossos amigos.

—Eu gostei quando ele disse que eu ia casar vocês porque eu morri então eu conheço Deus – Jasper disse rindo com a cabeça deitada no balcão do bar – E eu aceitei, então não tem volta.

—JAZZ, ISSO! NOS CASA – pedi abraçando meu amigo.

—EU SOU O IRMÃO DA ISABELLA – Emmett reclamou se colocando de pé, ofendido.

—Mas você não morreu – falei dando de ombros.

—Bella!

—Eu não aceitei nem o pedido de casamento ainda – ela lembrou rindo.

Rosalie e Alice estavam dançando na pista de dança e eu sorri para a música que começou a tocar, gostei da batida e beijei o pescoço de Bella antes de seguir minhas irmãs, comecei a me mexer com elas no meio da pista enquanto gargalhávamos alto. Acho que em dado momento da noite Emmett apareceu com shots para nós seguido por Bella e Jasper que coreografavam uma tola dança.

—NO SEIS – Emmett demandou – EMM – ele levantou o copo como se fosse o início da contagem.

—LILI – Alice continuou animada.

—ROSE – Rose riu.

—JAZZY – Jazz disse batendo o copo no de Alice.

—BEBELLA – falei sorridente.

—EDDIE – Bella disse e nós viramos as bebidas balançando a cabeça logo depois.

A próxima lembrança que eu tenho sou eu sentado ao lado de Bella, segurando o cabelo dela para ela conseguir vomitar.

—A PORRA DO MELHOR ANIVERSÁRIO – Emmett gritou passando no corredor.

Franzi o cenho porque eu não estava me lembrando daquela casa.

Depois eu acordei, nenhuma claridade o fez, apenas meu corpo bem descansado. Virei devagar encarando Bella que ressonava com a boca aberta, deveria ainda estar cansada. Eu sorri beijando o nariz dela, então segui para a cozinha, reconhecendo o apartamento dos Hale.

Dormi no quarto que pertenceu a Jasper, como eu sempre dormia quando vinha para cá. Era uma boa coisa que todos os quartos tivessem camas de casal e, ainda bem que tio John e tia Anne substituíram a cama que Rose roubou quando saiu daquele apartamento.

—Bom dia – Alice disse animada me dando um remédio líquido amarelo, meu melhor amigo depois de uma boa comemoração, era para o fígado.

—Bom dia, fadinha – respondi agradecido, virando o remédio com gosto nojento.

—Ressaca? – ela indagou e dei de ombros.

—Até que não tanto.

—Seu fígado ficou bem treinado depois dos seis meses de ressaca moral e alcoólica quando a Bella te deixou – ela riu colocando o pó de café e filtro em minhas mãos.

—Te dá prazer lembrar isso? – indaguei andando até a cafeteira e ela gargalhou, dando de ombros.

Fiz o café e logo Emmett chegou com pães e coisas para comermos. Jasper foi o próximo a acordar e, então, percebi algo: ele não dormiu no sofá, ninguém o fez, logo, sorri maliciosamente para Alice quando Jasper apareceu desejando bom dia a todos e ela me olhou como se jurasse que me mataria se eu dissesse algo.

—Bom dia – escutei Bella dizer rouca e eu sorri indo para o lado dela depois de alcançar um do mesmo remédio que eu tinha tomado a pouco.

—Bom dia, vida – falei a entregando.

—Bella, você é a mais legal de nós, por isso seu aniversário é sempre o mais animado?

A indagação veio de Jasper o que nos causou certo espanto. Ele riu um pouco.

—Eu lembro que o seu de dezessete a gente acabou numa guerra de ovo e farinha.

—E teve o de dezesseis que a tia Renée nos deu vinho e choconhaque – Alice falou sorridente.

—Minha mãe ficou brava aquele dia, hein? – Jazz comentou bebericando o café.

Tínhamos aprendido a não exaltar demais as lembranças dele, mas trocamos um olhar animado entre nós.

—Acordou se sentindo bem? – perguntei e Bella assentiu.

—Meus pais me ligaram – contou e eu me lembrei do que vinha combinando com tio Charlie.

Sorri com o pensamento, mas não falei nada. Emm então saiu para buscar Henri na casa de Julia e Nick e Rosalie continuava dormindo. Fizemos o almoço e só quando meu afilhado foi levado até ela que Rose apareceu na cozinha com o rosto amassado.

—Não tenho mais idade para sair como uma maluca – ela anunciou e nós rimos.

—Você nem chegou à idade certa para isso – a atentei e ela riu, dando de ombros.

—Pela idade da Nicole, eu tenho vinte e cinco, já tive meus quatro anos de folia – ela disse se  sentando com Henri na cadeira, o aninhando contra si.

O resto do dia foi bom, pegamos nossos carros e voltamos para casa na metade da tarde, o celular de Bella tocou bastante pelo dia e, os amigos da Itália, quiseram falar com Alice e Emmett também. Bella anunciou Bobby, mas nunca Lucca e eu pensei que fosse para poupar Jasper de qualquer desconforto, já que sabíamos que o italiano ainda era um assunto delicado entre ele e minha irmã.

Já era noite quando recebi o e-mail que vinha esperando há um tempo, então chamei a atenção dos meus irmãos e namorada, subindo na mesa de centro da casa de Emm e Rose.

—Muito bem, escutem que eu tenho uma notícia, um presente de aniversário para Bella e de natal para o resto de nós – anunciei.

—Eu não te chuto daí porque fiquei curiosa – Rosalie falou sentando no colo de Emm que estava no sofá.

—Há umas semanas, o senhor Lorenzo Giolo entrou em contato com o meu sogrinho demandando que eles fossem incluídos na nossa comemoração de natal desse ano e, como é tradição na família deles que a família toda se reúna, tio Charlie achou correto ir para a Itália – comecei animado demais e, claro, eles já tinham entendido, mas eu tinha um discurso pronto e ia o fazer – Tendo em vista que a junção Swan-Cullen-Hale é inquebrável, nada mais justo do que sermos todos incluídos nisso, por isso, como um presente de nossos pais, todos temos passagens para ir para a Itália no dia vinte e dois de dezembro e voltamos para Nova Iorque dia quatro de janeiro – anunciei vendo os rostos surpresos.


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Notas finais do capítulo

E aiiii? Estavam com saudade de Beward? Gostaram do aniversário da Bella? O que estão achando da Lice e do Jazz e, por fim, o que será que vai acontecer na Itália??

Espero que tenham gostado e, por favor, não se esqueçam de comentar.

Até logo ♥



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