When the Sun Goes Down escrita por Amy Manson


Capítulo 4
Unleashed - IV




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As cadeiras estavam dispostas em círculos. Nem todas estavam ocupadas, as reuniões da manhã não eram as mais lotadas. Talvez seja por isso que sempre foram minhas favoritas, apesar de sempre dizerem que o AA é um lugar seguro e sem julgamentos, meu subconsciente sempre me convencia do contrário. Eu não deixaria de vir por causa disso, mas também não iria alimentar mais ainda meus delírios vindo em algum horário lotado.

A maioria das pessoas aqui havia passado a noite inteira bebendo ou repensando suas decisões de vida, eu sei disso porque costumava ser uma delas. Já perdi as contas de quantas vezes eu caí bêbada em algum lugar ou acabei passando a noite no carro por não estar em condições de continuar dirigindo. Nessas horas eu me arrependia por ter deixado minha vida chegar a esse ponto, mas quando eu estava totalmente chapada e incapaz de lembrar o quão ruim era minha vida, valia a pena. Eu faria qualquer coisa só pra não precisar mais sentir a dor constante e vergonha de mim mesma. Mas não mais. Esse capítulo da minha vida havia passado, eu não iria continuar vivendo dessa maneira. 

Os aplausos baixos das pessoas me trazem de volta a realidade e eu apenas as acompanho por educação, não havia prestado atenção no depoimento da mulher que tinha acabado de falar. Eu não entendia a necessidade de bater palmas, mas não iria questionar o costume agora.

— Nós estamos muito orgulhosos de você, Penny – o homem de cabelos castanhos que liderava o grupo parabenizou a mulher, me condeno por um segundo por não lembrar seu nome – Nós temos tempo para mais um depoimento, alguém gostaria de compartilhar? – ele perguntou, mas ninguém presente respondeu. Ao perceber isso, continuou – E você, Elizabeth? Nós não tivemos a chance de ouvi-la nenhuma vez.

O homem olhou na minha direção, e confesso ter ficado constrangida com todos os olhares que o seguiram.

— Não, obrigada. Acho que em outra hora eu compartilho.

Recuso educadamente, gesticulando com a mão para que ele passasse para a próxima pessoa.

— Por favor, não seja tímida. Aqui é um espaço seguro – ele repete o discurso de sempre e decido não o contrariar dessa vez, talvez não seja a pior ideia do mundo compartilhar.

— Meu nome é Elizabeth Powell e eu sou alcoólatra – iniciou me apresentando como de praxe.

— Oi, Elizabeth – as pessoas na sala respondem em uníssono.

— Eu comecei a beber com 15 anos, para escapar da minha realidade, como todo mundo – continuo, não sabendo exatamente como prosseguir – No começo eram só umas cervejas no estacionamento da escola com alguns amigos, mas não demorou muito para piorar. Quando eu tinha 17 anos já havia experimentado de tudo. Não era difícil lidar com a ressaca, mas era difícil pra minha irmã me ver daquela forma, a primeira vez que eu tentei ficar sóbria foi quando eu percebi o mal que estava causando a ela. Como vocês podem imaginar, não deu muito certo. Minha mãe não merecia nenhum prêmio de melhor mãe do mundo, então eu realmente não ligava se ela estava ou não sofrendo com isso. Na verdade, eu até gostava de ver o sofrimento no olhar dela. Sei que isso soa cruel, mas ela merecia, acreditem. Os anos foram passando e eu continuava na mesma, nunca me importei com o que as pessoas pensavam disso, mas era inevitável o julgamento no trabalho. Eu sou policial, então é esperado que eu esteja em condições decentes para trabalhar, o que não era o caso. Várias vezes eu cheguei ao trabalho de ressaca ou até mesmo bêbada, por sorte nada grave aconteceu. Eu tenho o melhor parceiro do mundo que sempre me livrava de situações problemáticas com o nosso chefe. Eu não era uma detetive exemplar, mas não era tão ruim assim, então ele achava que valia a pena me proteger, eu nunca entendi direito pra ser sincera. - minto, Mark me defendia porque achava que minha visões eram úteis nas investigações, mas eu não falaria sobre isso na frente de vários desconhecidos - Nós começamos a trabalhar nessa investigação de assassinato e foi isso que me motivou a ficar sóbria dessa vez. É estranho, mas eu sinto que devo isso às vitimas. Eu preciso ‘tá na melhor condição mental possível se quiser fazer justiça por elas. Elas não merecem ter uma detetive viciada trabalhando no caso delas.

Termino minha fala me sentindo mais emocionada do que imaginava, é estranho ser tão transparente perto de pessoas que eu nem conheço, mas não posso negar que fazia bem desabafar sobre como eu me sentia. Ao perceberem que eu não tinha mais nada a dizer, as pessoas começaram a aplaudir novamente, dou um sorriso de canto em agradecimento.

— Isso foi muito corajoso, Elizabeth – o mesmo homem que me incentivou a falar me parabenizou – Nós estamos muito orgulhosos de você – ele continuou, dando um sorriso simpático. Ele tinha olhos gentis, então não precisava sorrir para parecer empático, mas o fazia mesmo assim. Admirei-o por isso.

— Isso é tudo por hoje pessoal, muito obrigado por todos os seus depoimentos. Nós nos encontraremos novamente no sábado, espero ver todos aqui novamente.

O homem deu a reunião por encerrada e as pessoas começaram a ir embora, decido fazer o mesmo, mas quando já estou próxima a porta sinto alguém tocando no meu ombro. Minha nuca arrepia no mesmo momento do toque.

— Elizabeth, eu posso falar com você um minuto? - o organizador na reunião fala com o mesmo sorriso gentil de antes.

— Sim, claro – respondo sorrindo de lado. Ele caminha até o canto da sala e eu o sigo.

— Eu só queria dizer que o seu depoimento realmente me tocou – o homem falou e eu sorri em agradecimento – Meu nome é Daniel, eu organizo as reuniões matinais – ele continuou e eu agradeci mentalmente por ele ter se reapresentado sem eu precisar pedir.

— É um prazer conhecê-lo, Daniel – falo enquanto aperto sua mão em cumprimento – Por que me chamou aqui?

— Como eu disse, seu depoimento foi realmente bom seria bom ter alguém como você liderando a próxima reunião – ao ouvir suas palavras, não posso evitar a expressão de surpresa. Eu obviamente não era apta para isso.

— Eu agradeço a proposta, mas realmente não acho que seja uma boa ideia – recuso educadamente, dando um passo para trás.

— Por que não? Você foi incrível hoje – Daniel continua, com o mesmo olhar bondoso de antes.

— Eu realmente não me sinto preparada pra isso. Além do mais, eu ‘tô sóbria a menos de uma semana – me justifico, esperando convencê-lo dessa vez.

— Eu entendo a sua recusa, mas eu realmente acho você a pessoa perfeita pra isso – ele insiste, e eu fico sem reação – Vamos fazer o seguinte, você e eu vamos tomar um café e eu tento de convencer, o que acha?

 Não sei como responder a sua pergunta, não esperava por isso. Fico em silêncio por mais tempo do que o normal e percebo isso quando ele me incentiva a responder com a cabeça.

— Eu não posso agora, já ‘tô atrasada pro trabalho – tento me justiçar, agradeço a mim mesma por pensar na desculpa perfeita. Para minha surpresa, Daniel não se deu por satisfeito.

— E hoje à noite? Você tem algum compromisso? – ele continuou, começo a ficar impaciente e desejo que essa conversa acabe logo.

— Não, eu não tenho nenhum compromisso – decido não mentir – Claro, vamos tomar um café hoje à noite. No Josie’s, às sete, tudo bem por você? – aceito seu convite porque chego à conclusão que essa é a melhor maneira de encerrar o assunto. Além do mais, poderia até ser uma boa ideia sair com uma pessoa nova.

— Perfeito, eu estarei lá – Daniel diz, alargando o sorriso – Foi um prazer conhecê-la, Elizabeth.

Percebo o tom de despedida em sua voz e agradeço mentalmente. Decido fazer o mesmo.

— O prazer foi meu, Daniel. Te vejo hoje à noite – sorriu e começo a caminhar em direção a porta, ele acena com a cabeça vai na direção oposta a minha.

Vou em direção ao local que estacionei meu carro, tiro a chave do meu bolso e sigo até a delegacia, eu não menti sobre estar atrasada. No caminho até o trabalho, minha mente acaba me levando aos eventos da noite passada. Recordo-me da forma como me senti ao ver Eric pela primeira vez e da maneira como ele percebeu que eu tinha tido uma visão. Ele não sabia exatamente o que era, eu espero, mas mesmo assim sentiu alguma coisa. Eu não podia imaginar o porquê, uma parte de mim gritava por respostas para essa pergunta e a outra dizia que era melhor não correr atrás de mais problemas, ainda não sei qual das duas ouvirei.  A única coisa que eu tenho certeza é de que essa não é a última vez que o meu caminho cruza com o do vampiro.

***

Chego ao trabalho e percebo que estou quinze minutos atrasada, velhos hábitos são difíceis de superar. Entro apresada e vou direto até a minha mesa, percebo Hughes lendo alguns arquivos concentrado. Ele não notou a minha chegada.

— Ei, como ‘tá o Charlie? – pergunto lembrando que na noite passado seu filho havia passado mal. Mark olha na minha direção, sua expressão entrega que ele se assustou.

— Ele ‘tá bem, não era nada grave – ele responde voltando a sua fisionomia de sempre, sobrancelhas juntas e rosto fechado – Como foi no bar?

Não sei exatamente como responder sua pergunta, devo contar sobre o vampiro? Me questiono retoricamente, mas decido compartilhar apenas as informações relevantes ao caso.

— Foi tudo bem, eu conheci o vampiro que estava se alimentando da Emily Nacon. Ele disse que não fazia ideia de alguém que pudesse querer machucá-la – termino de falar e percebo que Mark espera que eu continue – Foi só isso.

— Só isso? – não posso evitar notar uma leve surpresa em sua voz – Você não pediu para olhar as câmeras de segurança ou falar com os funcionários? – Mark não consegue controlar seu tom julgador, me ofendo com isso.

— O vampiro que estava se alimentando da Emily era dono do bar, então sim, eu falei com os funcionários – uso um tom levemente sarcástico para responder. Eu poderia ter sido mais minucioso na investigação, mas ter um vampiro descobrindo sobre as minhas habilidades causou certa distração. Mantenho esse pensamento somente para mim mesma. 

— Eu sabia que deveria ter ido junto – o homem fala passando a mão nos cabelos, sua preocupação é notável – Vamos voltar lá hoje à noite.

Paraliso ao ouvir suas palavras. Eu imaginava que iria voltar ao bar, mas não esperava fazer isso hoje. Fico sem reação, e torço para Mark não perceber. Por sorte, ele está muito ocupando lendo algum documento relacionado ao caso. Decido me concentrar no mesmo que o homem.

— Nós deveríamos falar com a família da Caroline Sanders – quebro o silêncio depois de alguns minutos. Não recebo resposta de Mark, então decido continuar – Eu vou mandar alguns policiais de patrulha pra falar com eles, tudo bem?

Mark não diz nada, apenas concorda com a cabeça. Decido ir falar com os policiais agora mesmo e em seguida comunicar o capitão sobre as novas informações do caso. Imagino que ele não ficará feliz em saber que minha visão não trouxa nenhuma novidade para o caso, mas decido não ocupar minha mente com isso.

***

Os pais de Caroline Sanders não foram de grande ajuda para a investigação, mas deixaram bem claro que desaprovavam o envolvimento da filha com vampiros. Era irritante que a única pista do caso continuava sendo o bar de vampiros, e por consequência, Eric Northman. Tentei convencer Mark a não voltar ao local hoje, mas não obtive sucesso. Seria obrigada a ir até lá e lidar com o vampiro novamente. Eu só podia esperar que ele não perguntasse mais nada sobre o que senti em seu bar, apesar de não acreditar que esse seria o caso.

Eu não poderia mais ir ao encontro de Daniel no café e pensei em avisá-lo, mas isso não foi possível porque não peguei seu número de celular. Condenei-me por isso, e torci para que ele não ficasse furioso pela minha atitude, explicaria tudo na próxima reunião do AA, e se eu tivesse sorte ele entenderia.

— ‘Tá na hora, precisamos ir ao Fangtasia – Mark fala em frente a minha mesa. Olho no relógio da delegacia e vejo que já passa das seis da noite, o bar já estaria aberto.

Levanto sem falar nada e sigo Hughes até a saída, mas quando estamos no caminho, me deparo com os conhecidos olhos azuis de Eric dentro da delegacia. Ele estava aqui, acompanhado da mulher loira que me guiou até ele no bar. Encaro-o estática, me pergunto o que ele estava fazendo aqui, mas não consigo dizer uma palavra. Mark me encara, esperando que eu soubesse quem é o homem, que também não falou uma palavra desde que entrou.

— Powell, você conhece esse homem? – Hughes pergunta tocando no meu ombro e me trazendo de volta a realidade. Pisco duas vezes antes de conseguir responder alguma coisa.

— Eric Northman, ele é o dono do Fangtasia – respondo olhando em direção ao vampiro, ele dá dois passos em direção a Mark e o cumprimenta com um aberto de mão.

— Eu conheci a detetive Powell noite passado, mas não lembro de tê-lo conhecido – Eric fala já se afastando de Hughes.

— Detetive Mark Hughes. Eu trabalho com a Powell no caso que ela foi investigar no seu bar – ele responde e eu percebo certa desconfiança em seu tom. Sua expressão entrega seu desconforto por estar tão perto de vampiros – Como podemos ajudá-lo?

Mark pergunta guiando Eric e a mulher loira até sua mesa, eu os acompanho ainda tensa com a situação.

— Ontem quando a detetive Powell foi até o meu bar fazer algumas perguntas eu senti que não fui de grande ajuda – o vampiro começou quando já estávamos sentados à mesa de Mark. Me repreendi mentalmente por desejar ouvi-lo me chamar de detetive mais vezes – Quando eu comentei sobre a visita com a minha associada – ele apontou para a mulher ao seu lado – ela mencionou que conheci as vítimas.

 Eric havia conseguido a atenção de Hughes, eu ainda me encontrava perdida em devaneios.

— Isso é ótimo, senhor Northman – Mark falou enquanto pegava seu bloco de anotações para tomar o depoimento da mulher – Se a senhora poder me dizer seu nome e assinar esse documento seria ótimo – ele continuou, dirigindo-se a mulher. Ela não parece feliz por estar aqui, mas mesmo assim pegou a caneta e fez o que Mark havia pedido.

— Pamela Swynford de Beaufort – ela falou após terminar de assinar o formulário – Me chame de Pam. - terminou sua frase com um sorriso sarcástico no rosto.

— Certo, Pam, você pode me dizer exatamente o que sabe sobre as garotas?

Mark iniciou o interrogatório, mas antes que a vampira pudesse responder, o celular de Hughes tocou e ele olhou disfarçadamente quem era.

— Eu sinto muito pela interrupção, mas é minha ex-esposa, eu preciso atender. Pode ter algo haver com nosso filho – falou enquanto se levantava – A detetive Powell continuará a ouvi-la.

Mark finalizou já se afastado de sua mesa. Sem ter opção, tomo seu lugar e sou obrigada a voltar à realidade. Esforçando-me o máximo para não me distrair olhando para Eric.

— Você pode continuar Pam – digo a incentivando a começar a falar.

— Eu já havia visto as fotos das vítimas em um desses jornais e as reconheci – ela começou, observei a forma como ela estava sentada, indicando que estava entediada por estar aqui – Elas era clientes frequentes do Fangtasia, e geralmente saiam com vampiros diferentes. Um dia uma delas, não tenho certeza qual, entrou em uma briga com outro humano. Eu os expulsei e não sei o que aconteceu depois disso.

Sua último frase me chamou atenção, essa informação era  uma novidade para a investigação.

— Você acha que conseguiria reconhecer quem foi?

Antes que Pam pudesse responder, sinto um toque no meu ombro. Peço desculpas à vampira e viro-me já impaciente pela segunda interrupção em um interrogatório importante.

— Não é uma boa hora, Jules – respondo na esperança da mulher ir embora, mas ela começa a falar mesmo assim.

— Eu sinto muito por interromper, mas tem uma ligação pra você. A pessoa disse que é do seu interesse atender. – ela diz parecendo preocupada, percebo seu olhar de desconfiança para os vampiros a nossa frente.

— Eu sinto muito pelas interrupções, geralmente as coisas não acontecem dessa maneira – falo me dirigindo a Eric e Pam – Se vocês puderem aguardar por um minuto, eu agradeceria muito.

— Mas é claro, detetive – o homem responde com um sorriso de canto. Me vejo novamente hipnotizada pela forma como ele fala detetive.

 Agradeço com a cabeça e caminho em direção ao telefone na mesa de Jules, na recepção da delegacia.

— Detetive Powell – me identifico a pessoa do outro lado da linha esperando uma resposta.

— Olá, Elizabeth – a voz estava modificada, isso era obvio, mas mesmo assim senti um frio na espinha ao ouvi-la. Minha nuca já estava arrepiada – Soube que você está procurando por mim.

O assassino. Chego a conclusão após ouvir a segunda frase. A angústia tomou conta de mim e meu semblante mudou totalmente. Jules notou que algo estava errado e sinalizou para um dos detetives vir até onde estávamos. De longe, percebo que Pam e Eric estão olhando em minha direção. Surpresos pela movimentação ao meu redor, eles também se aproximam.

— Por que você ligou? – pergunto à pessoa no telefone após um silêncio que durou uma eternidade na minha cabeça. Eu não sabia como seguir com essa conversa e rastrear a ligação seria impossível devido à falta de equipamentos no local.

— Eu gostaria de informá-la que você está se envolvendo em algo maior do que você imagina. Por favor, retire-se dessa investigação ou eu serei obrigado a puni-la.

Meu corpo tremeu ao ouvir essas palavras, não que eu estivesse com medo, mas não é algo comum receber ligações de uma pessoa investigada. Minhas mãos estão geladas e eu não conseguia raciocinar direito, a única certeza que eu tinha é que nesse momento a raiva havia dominado meu corpo. Ninguém que tomou a vida de quatro garotas inocentes iria me ameaçar, isso estava fora de questão. A forma como suas palavras foram ditas despertaram a fúria adormecida dentro de mim, e eu soube exatamente como responder.

— Você pode pensar que está por cima nessa história, que é intocável – começo a falar e todos ao meu redor perceber a mudança no meu tom de voz, inclusive Eric, que tem os olhos vidrados em mim – Mas você pode ter certeza que isso não durará muito tempo, você irá pagar por cada vida que tomou e tenha certeza de uma coisa, se o inferno não te deter, eu vou.

 


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