A luta a ser travada escrita por MT


Capítulo 4
Capitulo 4- Corrupção


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo mais cedo para você leitor! Porque sim!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779000/chapter/4

Ouvi o som da madeira rangendo quando o homem franzino ajeitou-se para ficar sentado. Seu semblante ficara duro e firme como uma parede de aço lisa.  Observei atentamente, mas ainda não notava sinal de arma.

 — Muitos grandes homens vão apostar alto e cada um deles vai levar um sujeito para representar seus interesses. Boneco, conhece? O rei da porra toda? Esse cara ia mandar um cara, mas viu que você era melhor. E mora no território dele, aceite ou morra. - ele cuspiu ao terminar. — Detesto passar recado, não podíamos ter mandado a porra de uma carta?

Os outros dois estavam tão em cima que podia sentir suas respirações. Mesmo ao recuar um passo eles avançaram para manter a distância. 

— Para quê mesmo?

— Lutar, para que mais precisariamos da merda de um boxeador?

Fingi não ouvir a ofensa como fazia de conta não notar os dois brutamontes próximos de mim. Dei um passo à frente usando de toda a força que restava no meu corpo.

— Não é não. 

Por um instante pensei que tinha falado baixo demais para ser ouvido. Ninguém mudou de posição, expressão facial ou qualquer outra coisa. Estavam fincados. Talvez já houvessem me matado e aquele fosse o pós-vida, presumi.

Então gargalhadas. Acabei quase na porta quando os grandalhões encurvaram-se durante o rompante de risos. Não soube o que pensar da cena. Apenas olhei atônito enquanto decorria. 

— Muito engraçado, mas vamos querer ouvir o seu sim em breve e faremos com que o diga.

E eles se foram deixando a promessa pairar no ar. A força abandonou minhas pernas dando para a bunda um encontro com o chão. Aquilo havia sido estranho, súbito e cansativo.

 

Foram longas duas semanas desde a intimação.  Na primeira o casal que morava ao lado, João e Ana, ambos idosos, simpáticos e dispostos, e teimosos demais para aceitar quando eu recusava auxílio, ajudaram preparando comida e fazendo uma faxina leve além de me arranjarem anti-inflamatórios e outros medicamentos. Entre os vizinhos foram um dos poucos que assistiam boxe, mesmo que apenas para adquirir mais dados para a tese que construiam acerca da demência pugilística,  e os únicos que compartilhavam de gostos literários de Mariana que nem mesmo eu era adepto. Ela marcava encontros de casal para nós irmos com eles a bibliotecas, restaurantes, e teve aquela ocasião no cinema que não deu muito certo e anulou qualquer intenção de voltar ao cinema até… bom, até o fim quando Mariana encheu a cara, ficou com outro cara e foi embora para a casa da mãe.

— Não se preocupe rapaz, na idade de vocês nós brigávamos muito mais! - João disse sorrindo. - Teve uma vez que ela me deu uma facada na nádega esquerda! Pode imaginar, garoto? Uma faca de doze centimetros furando sua bunda e uma mulher louca do outro lado xingando você de nomes que ouvidos humanos não foram feitos para escutar!? Hahaha! Mas eu mereci, tinha arrebentado o irmão dela, sabe? E fudido um bichinho de pelúcia, acho que era a porra dum urso, não lembro ao certo, depois de passar a tarde bebendo! Um pequeno deslize num bar é menos que uma folha cinza no auge da primavera, acredite naquele que viveu mais e fez mais besteira.

Assenti com a cabeça, mas a imagem da faca sendo enterrada na bunda fez meu corpo contrair.

  Na semana seguinte pude andar sem sentir que desabaria sob o próprio peso e logo tratei de dispensar a ajuda de Ana e João. Tive de ameaçá-los com spoiler´s de como a trilogia de Mariana findaria, eles praguejaram e disseram que eu não seria capaz, mas no fim cederam. Comprar arroz e outros do gênero virou um problema que não teria esperado, às vezes recebia ovadas fantasmas e mensagens obscenas surgiam na porta da minha casa. Mensagens que, descobri, surgiam desde o primeiro dia após a visita dos subalternos do criminoso que comandava a cidade.  Mas se cabeças não surgissem a frente do batente ou grupos armados me lixassem, não teria muitos motivos para começar a cogitar aceitar a proposta deles.

Saí para correr, uma quinzena de repouso havia aliviado as dores o bastante, e minha única preocupação era a qualidade dos ovos essa semana. Os podres mostraram-se um pesadelo na quarta quando ainda não podia fazer mais que esquivas lentas e desejeitadas.

E aquela era a primeira corrida desde a derrota na luta pelo título. Estava leve, forte e pensamentos positivos percorriam meu cérebro. Me vi quase pulando antes de sair e até mesmo lembrar de Mariana ou do campeão não fez com que subitamente perdesse energia. A letargia não combinava comigo.

 

O ar da cidade entrava leve e incediante no começo, mas logo as chamas deixavam de incomodar. As pernas paravam de reclamar, ou o cérebro passava a ignorá-las, ao decorrer do esforço. Voltar a correr tinha dessas. Precisava relembrar o corpo de como lidar com isso. E deixar de lado a ideia de parar. Desistir era um vício, não podia largar os exercícios a menos que gostasse da perspectiva de voltar a ser fraco. De ser o sujeito que chora encolhido no chão enquanto os garotos mais fortes atiram socos e chutes, ou ainda aquele que precisa andar de cabeça baixa e aguentar desaforos como se fossem tão naturais quanto respirar. Nas ruas eu tive muita sorte, apanhei, fui enxotado de calçadas, mas não morri nem fui brinquedo sexual de ninguém. Por quanto tempo contaria com o acaso para me manter seguro? Nunca levei em consideração a possibilidade de ser forte como possível até aquela garota rude e teimosa insistir que eu perseguisse esse ideal durante período suficiente para alcançá-lo.

 

´´Por que, então, desistiu do mundo profissional?`` a vozinha de mau agouro sussurrou como um fantasma no meu ouvido quando enfim completei o percurso ´´Talvez a ideia de ser fraco seja mais encatadora do que admite ou... estaria fugindo de algo?``. Tinha pendurado as luvas,mas previamente lutado e provado do meu próprio sangue quando golpes violentos trouxeram-no as portas dos lábios num ringue de boxe. Uma única derrota constava no meu cartel, 15 lutas,  14 vitórias, 1 derrota, 9 ko´s. Quantos boxeadores conquistaram uma luta pelo título sem derrotas nesse país? Eu certamente provara minha força e mesmo as palavras do meu treinador não bastavam para refutar isso.

´´Mas ele nunca disse nada sobre ser fraco...``



Caminhei, guiado pelo instinto, atravessando ruas, avistando casas e prédios, pairando sobre a Morada do Gourmer onde a melhor sopa marrom que já tocou minha língua nascia e o beco da travessa seis no qual Fabrícia, Mariana e eu encontramos um cachorro preto certa vez. Ele gania e seu corpo compunha-se de osso e pele, uma mancha vermelha escura estampava-lhe o peito, quando nos aproximamos ficou claro que a mancha era uma depressão que caia fundo como um buraco no animal. Não existia salvação para o cão, mas ao menos conferimos a aqueles olhos verdes de pedinte uma partida rápida e um fim para a dor. Nossos dias foram sombrios durante o tempo em que a memória daquilo manteve-se fresca. Mas agora nenhum animal a beira da morte adornava o solo entre as paredes do beco, apenas sacos de lixo, o odor pungente de chorume e sombras. Lembrar daquilo fez com que sentisse uma película de frio cobrir meus ossos.

Acabei encontrando uma pequena multidão se aglomerando.  Estavam virados para a esquerda, observando com exclamações de horror e raiva na face. Seria mais sábio dar meia volta. Nada de bom podia trazer a tona tantas expressões ruins. Mas reconheci alguns penteados e rostos. Pessoas com quem já corri, fiz sparring e avistei na academia. E o edifício onde aqueles olhares convergiam me fez estremecer. 

Foi um golpe duro. A depredação, pichação e o que dava para ver mais a frente. O velho, os velhos para ser mais exato, estavam encurvados procurando entre os equipamentos destruídos aqueles ainda salváveis. Através de empurrões e ´´com licenças`` pude chegar a porta. Mas uma mão fez com que não a transpusesse.

— Não querem que ninguém entre.

Então fiquei, assim como os outros, admirando aquele cenário desastroso só comparável a ver nossa casa, aquela a qual sentimos pertence, arder sob fogo. Impactante demais para que pudesse simplesmente desviar o olhar e ir para meu quarto no apartamento. Meu suor estava ali, o garoto fraco e assustado que fui estava ali sorrindo diante da força que adquirira, Mariana puxando minha mão e me levando para dentro com seu pai rindo atrás de nós, Fabricia caindo quando ela e Mariana fizeram um sparring num dos dias mais engraçados da minha vida, o velho me contando como fortalecer as pernas servia para aumentar a resistência aos golpes, a primeira vez que derrubei alguém numa luta.  Não podia acreditar e ao mesmo tempo acreditava tanto que doía. As lembranças pareciam ter se fragmentado como as janelas do ginásio, em cacos que me perfuravam. 

E umas das frases escritas na parede´´Diga Siiiimmmm`` foi o pior golpe na boca do estômago que já senti. Minhas pernas tremeram e a visão girou, não levantaria antes que a contagem chegasse ao dez. Um nocaute. Havia sofrido um nocaute psicológico.

Saí um tempo depois, não sei quanto nem sei quantos haviam ficado, só caminhei para longe, ainda atordoado, em algum momento. Teria vomitado ou chorado. Mas não. Quis algo mais agressivo e não conformista para aplacar a sensação que o que fizeram com a academia de boxe tinha me entregado. 

 

Localizar os homens do criminoso por trás daquilo não era difícil. Estavam em quase todo lugar. Bares, restaurantes, salões de jogos. Com um pouco de azar não achá-los podia até ser considerado. Mas eu sempre tive uma sorte de humor negro.

Bar, fui lá primeiro. Numa das mesas um sujeito de terno, óculos escuro e porte largo rapidamente ganhou a honra de ser o primeiro suspeito. Existiam algumas outras pessoas, mas ninguém supera um cara vestido como agente secreto. Ergui-me sobre ele como uma enorme rocha tapando o sol. Seu rosto inclinou para poder encarar de volta. Não demonstrou reação. Ficamos naquela posição por uns segundos antes do primeiro movimento ser feito. E não foi o soco que meu punho desejava.

— Algum problema?

Negro, cabelo curto e barba feita. Uma cicatriz pendia no canto esquerdo do lábio inferior. Duas garrafas e um catálogo de armas na mesa, nenhum sinal visível de revólver sob as roupas. Mas aquela coragem me incomodou um pouco. Era como se o responsável pela sujeira no ginásio de boxe preservasse seu orgulho.

— Além da bagunça que eu e os rapazes fizemos naquele ninho de ratos, é claro.

O que se sucedeu a essas palavras foi tão impulsivo que quando retornei a plena consciência erguia-o pela gola da camisa. Minha mente latejava quase tanto quantos os punhos cerrados. Pessoas se levantavam das mesas e outras deixavam ruídos surpresos escaparem enquanto celulares eram erguidos.

— Acho melhor avisar para seu chefe que se qualquer outra merda do tipo acontecer...! - ´´vou matá-lo`` a palavra ficou presa em minha garganta. 

Com as mãos o homem me afastou bruscamente. Mas a distância ainda era curta o bastante para acertá-lo três vezes antes que pudesse pensar em reagir. Ele ajeitou o smoking e tirou os óculos. Suas íris eram de cor azul límpida. Deixei os punhos se abrirem por um instante quando vi.

 — Pode repetir? - seu tom soou inocente fazendo um arrepio percorrer minha espinha. 

— Se não pararem, irei atrás de vocês. - dessa vez a fala pareceu tola até para mim. Que tipo de idiota ameaça uma organização criminosa?

A risada explodiu do fundo da garganta do sujeito e seu corpo dobrou-se levemente para frente. Os olhares das pessoas pairavam sobre a cena, a maioria dos funcionários não soube o que fazer, mas vi de relance Fabricia se aproximar. Foi aí que a arma apareceu.

Quando ergueu o tronco ela já estava em sua mão e, após um gesto rápido, na direção da minha amiga. Meu sangue gelou e os ouvidos foram preenchidos por gritos.  A fitei apenas para sentir seu desespero fundir-se ao que carregava comigo. Suor frio escorria pela face dela.

— Foi engraçado, mas o cara tá esperando e o dia chega em breve. Diz logo, ele quer saber que você disse.

Falei ´´tudo bem`` e a arma foi novamente guardada, em algum lugar abaixo do blazer. Nesse momento saquei e disparei a minha. Rápido, veloz e compacto, meu upper acertou com ferocidade a mandíbula do inimigo. Sua cabeça voou para cima enquanto os joelhos correram em direção ao chão. Senti uma dor lancinante no punho, mas a ignorei. Encaxei um direto no nariz dele e observei suas costas baterem ruidosamente no asfalto.

Removi a pistola e a lancei o mais longe que pude. 

— Ligue para a polícia. - disse para todos e para ninguém.

 

As algemas eram frias como Mariana costumava descrever em seus livros. ´´Frias como aço``. A viatura realizou um percurso longo até a delegacia. Tudo acontecera tão rápido que só ao pararmos na porta da sede policial abri a boca para dizer que o outro cara sacara uma arma. Na hora que chegaram no local do crime, os oficiais lançaram um olhar rápido e perscrutador ao cenário e segredaram algo uns aos outros. Então após ouvir a história deram voz de prisão.  ´´Você agrediu uma pessoa num impulso violento.``. Isso quase me causou um impulso violento, mas as engrenagens em minha cabeça tentavam entender como aquelas palavras acharam lugar no cenário em que nos encontrávamos. O homem amarrado na cadeira apontou um revólver para Fabricia e eu o rendi, poderia ter matado alguém e portava uma arma de fogo, mas quem acabara algemado não fora ele.

Sendo arrastado por um corredor de celas, escutei as coisas nelas gritando e sussurrando atrás de portas de aço sem frestas pela qual pudesse-se espiar lá dentro, me soltaram numa a esquerda, a última da fileira, que diferente das demais possuia barras de ferro uma ao lado da outra ao invés de portas pesadas e insondáveis. Um único detento residia ali.

Ele estava num canto da sala, sentado com os joelhos e canelas a frente do tórax e a cabeça enterrada sobre as coxas. Tinha cabelos negros, trajava roupas pálidas, camisa de manga longa que um dia fora branca  e calças jeans desbotadas, enquanto o silencio cobria-o junto as sombras. Senti um arrepio percorrer a espinha ao notar que a visão assemelhava-se a pintura de algum artista sombrio cujo nome não recordava no momento. As sombras, o homem e sua posição, mesmo a sensação tensa, parecia recordar o quadro que vira muitos anos atrás. 

Fui empurrado rumo ao lugar e trancado. Passei um tempo indo de um lado ao outro, mas acabei deitando na cama de cima do beliche. Meu sangue estava quente e minhas mãos abriam-se e fechavam. Preso quando um homem armado que ameaçara minha amiga caminhava livre, podia visualizar a face do sujeito rindo. O teto de concreto teve meus olhos, mas minha cabeça fora para outro lugar. As luvas despedaçadas, os vidros quebrados e as paredes pichadas, também não conseguia tirá-las da mente assim como não era capaz de apagar a ideia de espancar os responsáveis. O desejo de fazê-lo fluía ardiloso pela circulação sanguínea. Ergui o punho e o fiz desabar com força na cama que rangeu e deu uma leve ondulada.

— Umm, quem tá aí? Outro prisioneiro político? - a voz se ergueu sonolenta junto a passos sobre o piso. E então a cabeça dele surgiu a minha esquerda, no topo da escada. - O que fez? Abriu os olhos e enxergou algo que não devia?

Suas íris brilhavam azuis e uma barba desgrenhada pendia em seu rosto. Por um instante tomei-o por um mendigo, mas quando me revistou com os olhos, quase depressa demais para que eu notasse, estremeci de leve. Não era algo que qualquer pessoa fizesse. Aquele sujeito estava sendo cauteloso, um indicativo de uma mente ágil e desconfiada.

— Ataquei um homem quando ele apontou sua arma para minha amiga. 

Ele riu sonoramente jogando a cabeça para trás. Pus-me sentado com um movimento lento e percebi os braços tensionarem instintivamente.

— Imagino que também deixaram o da arma solto, não é?

Aquilo me deixou um pouco mais inquieto, o tom leve, a agilidade em seu olhar, a extrovertida forma de agir, porém confirmei com a cabeça. Dessa vez as gargalhadas o derrubaram da escada. 

— Não se preocupa, - disse ele após se recompor. - eles me prenderam aqui por tentar fazer meu trabalho.

— E qual é? - perguntei, aproximando-me cautelosamente da beirada da cama.

Outra vez vasculhou-me com as íris. Parecia confirmar as respostas da prova num gabarito, só para ter certeza de que viu o que viu. Seu olhar estava impregnado de suspeita. Diferente de sua voz.

— Policial. Devia combater a corrupção, mas aparentemente meus braços são finos. - respondeu mostrando a pele pálida abaixo da manga.

Lembrei do que Mariana certa vez dissera. Corrupção. Nunca me importei já que não sentia seus efeitos, mas agora a situação mudou. ´´Há alguém segurando a polícia, por que acha que traficantes e homens de um criminoso andam tão a vista? Essa cidade sofre de corrupção.``.

— Boneco controla a polícia, eu já devia saber. - falei. - Não há como tantos de seus homens andarem por aí se não forem encobertos pelos agentes da lei.

Soltei como se houvesse chegado a conclusão naquele momento e sozinho.

— É, o grande criminoso que controla essa cidade. Mas não chore, há cidades vizinhas na mesma situação. A diferença está no canalha que senta no trono que, por um triste capricho do universo, não é feito de lâminas.

O escutei falar. Depois que começa ele não para com facilidade. A história era bem clichê, o honesto que é posto em seu lugar quando começa a incomodar, porém engordada por aclamações dramáticas e poéticas sem utilidade. No fim do relato ainda acreditava que precisava decidir se iria crer ou não nas palavras de um presidiário cujo aspecto era pouco melhor que o de um morador de rua. 

 

Pessoas que vivem nas ruas são capazes de atos assustadores, mentir é apenas a porta de entrada dessas ações.

 

As vozes dos outros presos precederam a chegada dos policiais no que supus ser o dia seguinte.  Jonas estava no canto em que eu o vira pela primeira vez, na mesma pose. Fui até as grades para observar. Vinham em par e não pararam até estarem na frente da cela na qual eu fora confinado.

— Santiago, Jonh Santiago?

— Sim. - respondi num tom agudo que me fez sentir um pouco de vergonha.

— Você tem visita.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura! É realmente bom ter alguém como você aqui, leitor! Mas vamos a brincadeira das questões:
Quem é a visita?
Como acha que a história vai prosseguir?
Já levou facada nas nádegas?