A luta a ser travada escrita por MT


Capítulo 3
Capitulo 3- Morto?


Notas iniciais do capítulo

Olá estimado leitor, espero ter feito algo que vá se mostrar bom ao seu paladar literario. Mas também, espero poder contar com a opinião daqueles que não têm contato com o boxe sobre a cena de ação e das descrições do movimento porque eu gostaria de dar um vislumbre mais lúcido possível, sem ser exaustivo e cansativo demais, sobre o boxe. Sabe de forma que fosse simples, mas não tão pobre que alguém fique confuso. Espero poder contar com você, leitor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779000/chapter/3

O ginásio estava quase morto, mas havia vida o suficiente para que jazesse de portas abertas. Alguns garotos de rua e instrutores dividiam o espaço treinando com aparadores e revisando técnicas. Upper´s onde o golpe vinha debaixo com o braço na forma de gancho, diretos que exigiam o esticamento do braço numa linha reta, cruzados que moviam-se da lateral para o centro, todos utilizando do giro da cintura e movimento do pé traseiro. Socos, o básico do básico quando se tratava de boxe. Podia ouvir o som do impacto abafado que ressoava quando couro encontrava couro, a voz dos treinadores exgindo, corrigindo e elogiando. Avistei o velho observando um garoto socar o saco, não levou muito tempo para que nossas íris se encontrassem. Os olhos dele se apertaram e as marcas de sua testa ficaram visíveis. Nenhum som saiu daquela boca fria e com mais contorções de desagrado do que de felicidade em seu histórico. 

Quando eu era um garoto assustado e tímido que se escondia atrás das saias de Mariana, uma garota apenas dois anos mais velha e vários centímetros menor, eu apreciava a seriedade e a distância nas interações entre mim e o velho.

Não trocavamos gracejos, não contavamos histórias pessoais um ao outro e não nos cumprimentavamos com sorrisos amistosos, nossas conversas resumiam-se a boxe, como fazer, o que fazer, porque fazer. Quando não era o que deveria ter feito, qual a razão de aquilo ter acontecido e como outros já fizeram. Eu entendia suas palavras e me esforçava para seguí-las e, com exceção da luta contra Marcus Feliciano, o campeão nacional dos super-leves, as instruções do velho tinham me permitido usar o melhor de minhas habilidades de forma a superar diferentes adversários. Não tê-lo fazendo piadas de mim ou forçando-me a interagir mais efusivamente do que sentia ser capaz de fazer com ele foi ótimo e foi o que tornou possível a paixão que cresceu no meu peito a respeito do esporte.

Mas agora o frio entre nós me fez estranhamente sentir o contrário do alívio de antes, fez com que hesitasse quanto a ir até o treinador.

— Pensei que iria pendurar as luvas. - perguntou sem cerimônias quando me aproximei. O garoto parou de socar, mas o velho resmungou para que continuasse.

— Eu também. - murmurei. - Mas quero fazer boxe mais um pouco, socar luvas, bater nos sacos e participar de sparrings.

Um estranho silêncio soprou entre nós dois antes que eu fosse respondido. O meu antigo treinador fitou minhas íris com mais intensidade e fechou os olhos por um instante antes de abri-los e começar a falar.

— Não queria dizer isso, mas parece que preciso - ele soltou o ar pela boca antes de prosseguir, um suspiro quase melancólico que fez com que meus antebraços tensionassem-se. - não há espaço no boxe para alguém que desiste porque ficou assustado. Um ringue não é lugar para covardes, eles só tendem a se machucar e fugir, é preciso coragem para entrar de cabeça numa disputa de punhos seja ou não capaz de esquivar e defender. Tem que estar pronto para ser derrubado e para derrubar, não há segurança num ringue mesmo que tenham dito o contrário, pessoas se machucam, pessoas ganham sequelas e pessoas morrem. Se não aceita correr os riscos, não deve subir no palco para uma disputa profissional. O boxe não serve para quem sente medo de socos fortes e do quanto eles vão doer. 

Senti gotas de suor frio escorregarem por minha testa e o estômago se revirar. Abri a boca, mas não consegui dizer nada, então a fechei.

— Se pretende continuar fazendo boxe por lazer, tudo bem, mas o faça onde não esteja tomando espaço de garotos e garotas cujo futuro pode depender do seu sucesso nessa academia. Encontre um dojo particular, pratique sozinho, ou retome a trilha dos profissionais preparado para superar qualquer medo.

Abaixei a cabeça e cerrei os punhos.  

— Pode voltar quando achar que está pronto para tentar o mundo profissional outra vez, não antes.

Ele afastou-se a passos pesados, lentos, que faziam notar o quão difícil a idade estava tornando coisas simples como andar para ele. Deu bronca num pirralho que esquecia-se de voltar o punho a guarda após acertar o saco e abriu a porta de seu escritório.

— Um sparring! - falei alto, fitando-o. O velho virou o rosto apenas o suficiente para que vislumbrasse metade de sua face. - Deixe-me mostrar quem é o covarde.

Bufou.

— Ainda não se recuperou dos danos, uma luta é tolice, mesmo sendo sparring.

A academia parara e voltara sua atenção a nós. Avancei mais alguns passos encarando o homem que me instruira no boxe. Ele girou, ficando de frente. Tinha o cabelo grisalho, queixo quadrado e olheiras sombreando os olhos. A boca possuía uma pequena torção para baixo naquele momento e as sobrancelhas pareciam tentar ir de encontro ao nariz.

— Apenas me arranje um oponente. 

— Não seria boxe, seria uma surra, uma que te daria assento preferencial no ônibus.

— Não vou sair sem fazer isso.

 

 Pisei o chão com força e fui para o vestuário. A academia era grande, mas possuia poucos espaços vagos. Fila de sacos aqui, ringue ali e cabine do treinador ocupando quase um terço bem ao lado. O trocador ficava numa área adjacente e não tirava piso do quadrado principal e também carregava a função de armazém. Lembro de ter pensado que ficara preso naquela sala uma vez, quando garoto, lágrimas caiam sobre minhas bochechas, mas eu me recusava a soluçar e era tímido e teimoso demais para gritar, meus pedidos de ajuda não iam muitos decibéis acima do tom que usava numa conversação então não fui ouvido. Coisas absurdas como ´´me esquecerem e irem embora.``, ´´ o que eu vou comer?``  e ´´vou acabar que nem aqueles esqueletos que o povo desenterra para pôr no museu!`` passavam por minha cabeça, mas não levou nem meia hora para alguém abrir a porta resmungando sobre como gostaria que o vestuário tivesse uma tranca. Senti tanta vergonha que quis me esconder debaixo dos lençóis da minha cama.

Balancei a cabeça para espantar as memórias do passado, voltando ao agora onde estava prestes a ter uma luta perigosa, e arranquei um protetor de cabeça do suporte e o coloquei no banco indo logo em seguida atrás de luvas numa caixa atrás da fileira de armários. 

Ainda tinha dores em mais lugares e em maior intensidade do que poderia querer, mas eu não iria sair pensando sobre o quão pequeno e insignificante me senti diante de alguém. Não tinha mais desejo de voltar a sentir isso depois de ter experimentado tantas vezes no passado. Os meus punhos estavam suficientemente fortes para um último show.  Tirei a camisa, coloquei bandagens e luvas vermelhas de 16 onças.

 

Fui até um dos sacos ao canto do ginásio e soquei. Fui devagar no começo, desenhando os movimentos como um artista pinta seus quadros, mas passando a marcha a medida que o sangue ia esquentando. Diretos, jabs, cruzados, uppers, esquivas, trocas de base. E pensamentos. Mariana, álcool, a luva do campeão, traição, sangue sobre os punhos, Mariana. Os cabelos loiros caindo sobre os ombros, o olhar meigo e provocante, a postura forte e a sua mente ágil. A bebida descendo pela garganta, turvando seu discernimento juntamente a dor da perda e então os braços de outro a agarrando…

Ódio, raiva e ressentimento. Me senti mergulhado num mar composto apenas disso.

 

— Vai mesmo fazer isso? - o velho perguntou se aproximando. - Não me responsabilizerei por nada.

Apesar de ter ouvido só fiquei de fato consciente de sua presença quando pousou a mão sobre meu ombro. Meus punhos moviam-se quase em câmera lenta, o que tornou a parada mais fácil. Estava arfando como um cão e tão suado que dificilmente alguém arriscaria-se a dizer que não pegara uma chuva forte. Minhas costelas doiam, meu rosto, minhas pernas e meu cérebro latejavam de forma agonizante. O velho tinha uma expressão que não me demandou qualquer esforço para decifrar.

— Tem raiva, eu também… fomos decepcionados, não é? - senti os olhos umedeceram ao dizer.

— Vá embora. - disse  ele num tom que não admitia discussões.

Mas eu estava com tanta dor que minha mente tinha dificuldade para raciocinar. Tudo que eu conseguia era ver repetidas vezes o campeão, Mariana e o velho, fazendo-me cair, traindo-me e abandonando-me.

— Eu saio se trouxer alguém para me vencer. - fui capaz de dizer.

Podia notar as veias latejando no pescoço do velho.´´ Se possuisse uma arma tenho certeza que a teria descarregado em mim`` pensei. Ele virou-se e gritou um nome qualquer que não remetia a ninguém que eu conhecesse. Um sujeito negro, baixo e com um cabelo volumoso respondeu ao chamado. Não aparentava ter mais de dezesseis, com a face marcada por espinhas e uma rala e desgrenhada barba crescendo nas extremidades do rosto e abaixo do nariz.

— Ponha luvas e protetor, vai fazer um spar com o cara que apanhou do campeão.

— Sim, senhor.

O rapaz foi atrás do equipamento e o velho foi até o ringue sem sequer olhar meu rosto. Sabia que não precisaria me perguntar quais as minhas chances, elas estavam estampadas na face. 

Não recebi auxiliares então assumi que iria depender da análise que gerasse através da observação. Tinha de ver tudo naquele cara, sua forma de andar, seus movimentos, a contração de seus músculos, a direção na qual seus olhos corriam, se quisesse ter alguma chance de não beijar a lona. Mas já deixara de prestar atenção antes mesmo que ele subisse no ringue. Me movi um pouco pelo tatame para respirá-lo e dizer ´´olá`` a aquele velho conhecido. O chão dava a impressão de ser confortável, as cordas flexíveis e o ambiente receptivo. Exatamente como eu recordava. Dei alguns golpes no ar só para ser lembrado da exaustão e das feridas. Seria feio, muito feio. 

Se de mim a impressão naquele momento seria a de um cão arfando com a língua para fora após uma briga, a do meu oponente provavelmente seria a de um touro pequeno, mais robusto, prestes a ser solto para esmagar o toureiro. E eu nem colocara roupas vermelhas.

Nós fomos até o centro do ringue. Após o tempo que me foi dado para juntar alguma força.

— É um prazer lutar com o senhor, ouvi dizer que é muito bom. - essas poucas palavras me fizeram dar um pequeno sorriso e simpatizar com o garoto. 

 

Respondi com um aceno de cabeça na ocasião. Minha mente estava usando tudo o que possuía para  achar algo que podesse derrubar o lutador a frente, palavras a serem ditas não tinham espaço naquele estado quase totalmente monopolizado pelo boxe.

 

O toque do celular deu início ao confronto. Tocamos os punhos esquerdos como manda a boa educação e, em seguida, montamos nosso próprio jogo. Pela postura do garoto e o modo como fincou-se no centro do ringue pude presumir que era um in-fighter, um lutador de curta distância. Uppers e cruzados provavelmente eram sua carta na manga visto que numa luta próxima golpes que exigem que se estique o braço são quase impossíveis de serem usados, mas seu peek-a-boo também era algo a considerar. Com os punhos colados na face e o queixo protegido pela posição em contato com o pescoço ficou claro que nocauteá-lo despenderia um bom esforço. As mãos cobriam e a garganta apoiava um dos pontos de ataque mais almejados no boxe, o queixo. Golpes naquele ponto costumam ser fatais. 

Meu próprio jogo consistia na brincadeira do contra-golpe por isso deixava as luvas na altura da mandíbula, porém afastadas para me dar uma chance maior de acertar antes de ser acertado. Normalmente prefiro atacar primeiro, mas uma ou duas lições do passado sobre estamina me impediam de tomar a ofensiva na condição atual do meu corpo. Precisava incitá-lo a golpear e então atacar sem levar mais do que um soco sob a guarda.

Tomei distância após o cumprimento e agora ia devolvê-la. Um passo, dois, e o garoto ficou dentro da minha zona vermelha. Mas a dele parecia precisar de mais alguns centímetros. Porém fui um pouco tolo em não prever que não me aguardaria tão passivamente. O primeiro foi um vulto seguido de um impacto pesado, do segundo tive um vislumbre que permitiu minha escapada com um giro para esquerda. Dois golpes com o peso do corpo logo no começo mostravam que as palavras indicando respeito ditas a pouco não eram apenas cortesia. Para o garoto aquilo era sério.

Revidei com dois jabs e continuei girando em torno dele, forçando-o ao mesmo. Conectei um direto na testa e recuei. O rapaz veio aparentemente esquecido de guardar o centro do ringue. Isso era bom, quanto menos pensasse mais fácil seria contragolpear. O direto dele assobiou por minha orelha ao passo que, vindo de baixo, meu punho atirou-lhe a cabeça para cima. Recuei para a outra extremidade do ringue. Não tinha fôlego o suficiente, precisava ser o homem do one-hit. Ele balançou a cabeça e praguejou baixo. ´´Típico de amadores`` pensei. Moveu-se até o centro do ringue e novamente pisou firme ali. Provavelmente nem tornara-se profissional ainda. Com calma fui ao seu encontro. E então a dança se repetiu.

O jab, não, pela força com que me atingiu da outra vez só poderia ser um direto de esquerda, veio veloz. Mas um mesmo golpe não funciona duas vezes no mesmo cavaleiro. Deixei que acertasse minha guarda e, assim que o senti, lancei o swing. Tratava-se de um upper só que vindo de cima ao invés de por baixo e se esticava quase tanto quanto o direto. O golpe acertou uma massa de ar qualquer e uma dor lancinante explodiu em minhas costelas. Usei o jogo de pés para criar distância, mas o pirralho continuou a golpear e perseguir. Acabei contra as cordas sendo massacrado por uma infinidade de socos. Um som estridente pôs um fim a série de porrada.

Ele me olhou por uns bons instantes ainda de guarda alta antes de voltar ao corner. Entendia aquilo perfeitamente, quando se entra no modo de luta é preciso esforço para parar de lutar. Ergui-me penosamente e fui até meu próprio corner onde um belíssimo nada esperava minha volta. Água, conselhos ou o velho banquinho, apenas a cabeça recém espancada restava para lidar com a situação. Então ela o fez.

O garoto era bom e meu corpo já estava bem acima do limite. Manter o começo e mudar o meio foi impressionante da parte dele, certamente eficaz. Provavelmente com aquele primeiro counter aprendera a lição. Se assim era não podia esperar mais do que uma surra ao continuar. Não fosse a imagem de Mariana me contando sobre sua traição pulsando na minha cabeça, teria sido racional o bastante para desistir ali.

Costelas, face e estômago. Cada um deles sentiu bastante dos três rounds seguintes.

 

— Obrigado pela luta. - falei enquanto calçava os sapatos.

— Eu que agradeço, mesmo que tenha te pegado em um mal momento. - o garoto respondeu durante seu treino no saco. - Espero podermos fazer isso de novo quando estiver melhor.

Assenti. Ele era forte, tinha modos e não fora arrogante apesar de ter dominado a luta, retornaria para um outro confronto contra o rapaz com certeza. Na saída o velho me observava impaciente, mas só falou quando passei do batente com os pés raspando no piso.

— Não seria ruim se fizesse um ou dois spars com o garoto. - ele olhou para a esquerda tirando-me do seu campo de visão e completou. - Vá no hospital, até seus passos estão patéticos. 

 

Voltei o mais próximo de andando que podia até meu apartamento. A expressão do porteiro só rearfimou quão ruim estava a situação. Lhe dei um aceno ao passar e prossegui, mesmo quando pareceu que ele diria algo. As escadas foram um erro e culpo o hábito por isso. No final delas quase decidi sentar no corredor para recuperar as forças. Me sentia um velho às portas da morte.

Só que um velho que percebeu novamente quão bom é trocar socos num ringue. 

 

A sensação do sangue fervendo, da mente a mexer-se num ritmo tão elevado quanto punhos e a segurança de estar entre os seus apenas se divertindo, fazia tempo que não a notava. Desejava apreciar mais dela e mais e então lutar fora de casa. Era como ter voltado a época em que decidira me esforçar para adentrar o terreno profissional. E isso parecia um tanto controverso. Afinal fora esse terreno que me colocara na posição de hoje.

Não, foram aqueles punhos, os punhos do campeão nacional.

Minha porta estava aberta alguns centésimos de sua totalidade e há sempre a certeza de catástrofe em situações assim naquela cidade. A empurrei e vi homens que nunca tinha visto trajando ternos e completamente largados sobre meus poucos móveis. Dois deles pareciam musculosos, o terceiro franzino. Não notei sinais de armas, mas pela posição ficava em aberta a possibilidade. O que apossara-se da cama remexia seu corpo enquanto fitava o teto e os outros dois, o sentado na poltrona e aquele na cadeira da escrivaninha, dedilhavam com desdém alguns dos livros cuja posse compartilhava com Mariana. O telefone, inacessível. Movi-me lentamente para trás, mas o ranger da porta já havia me dedurado.

— Não vai entrar? - perguntou o franzino deitado sobre a cama.

Os olhos repousavam em mim, de todos os três. O da escrivaninha fez um barulho ao derrubar, intencionalmente pelo que pude digerir de seu movimento e expressão, a obra de sor Arthur no chão. Foi difícil notar a troça por conta do cansaço, mas o fiz. Adentrei o recinto e lhes dei a postura mais ereta e descontraída que pude. Um dos musculosos levantou para encarar-me de cima. Fitei-o de volta sem pensar duas vezes.

— Nosso chefe mandou avisar que cê vai lutar pra ele, então é, cê vai lutar por ele.

Virei a vista ao franzino.

— Porra nenhuma. - as palavras tinham uma coragem tão grande quanto a de qualquer homem que já sentia-se morto.

O da cadeira da escrivaninha levantou e impôs a sua monstruosa presença.

— É coisa grande, se não for vai feder pra você. 

Dei um passo quase tropeçando no ar e batendo a testa no peito do sujeito. Minha vista embaçou por alguns instantes e tive que me apoiar na parede para não desabar.

— Não, agora saiam daqui. - disse fitando o borrão que supus ser os sapatos de alguém.

Então morri. Tive uma vida boa. Lutei, amei e vi até onde podia, mas minha boca era demais até para mim. Não sobrevivi a ela.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Muito bem leitor, vejo que chegou até o fim! Mas ainda tenho algo para você, o bom e velho jogo para estimular a sua criatividade! As perguntas onde pode devaneiar da maneira mais caótica que desejar para responder:
O velho está escondendo algo? Se sim, o quê?
Quão vergonhoso foi, do seu ponto de vista, aquele flashback do protagonista de quando ele achou estar preso no vestuário?
Qual será o futuro do protagonista nas mãos dos caras que invadiram sua casa?
É isso leitor, até dia 06/07/2019!