Affection escrita por comeonkiller


Capítulo 5
Favorite worst nightmare


Notas iniciais do capítulo

então, esse cap explica algumas coisas que eu disse que seriam explicadas ao longo da história :]



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       Bill soltou um grito que ecoou por toda sua casa o acordando, isso as 03h30 da madrugada de segunda-feira. Havia sonhado mais uma vez com Anna, o que o deixou mais uma vez brilhante pelo suor que cobria seu corpo e quente na região da virilha. Amaldiçoou-se por pensar esse tipo de perversão sobre sua melhor amiga que o tem acompanhado em tudo desde os oito anos, dando-lhe todo o apoio necessário quando ele terminava com suas namoradas ou quando tinha brigas feias com seu irmão. Ele também esteve assim com ela, mas desta vez era diferente, agora ele tinha que se controlar para não agarrá-la na primeira vez que ela lhe mostrasse a língua, algo realmente comum entre os dois.

       Encolheu-se na cama, mordendo o lábio inferior e fechando os olhos com força tentando espantar qualquer pensamente pervertido e malicioso que estivesse tendo sobre sua, supostamente inocente, melhor amiga. Apertou a mão em punho sobre sua virilha, como se tivessem lhe dado um chute no saco, esperando que isso aliviasse a sensação.

         Passou mais alguns instantes naquela posição fetal, rezando para que todos ainda dormissem, assim quando se sentiu melhor, levantou-se e foi até a janela observar o pouco movimento que havia àquelas horas, isso parecia acalmá-lo. Não havia ninguém na rua, apenas um cachorro latia irritantemente sob a luz de um dos poucos postes de luz que haviam na rua. Seu cabelo estava caído sobre os ombros e ele estava sem maquiagem, assim decidindo ir tomar um banho já que não consegui dormir.

        Anna também não conseguia dormir, havia meia hora que estava rolando na cama para ver se conseguia dormir. Eram 04h30 da manhã e ela não conseguia dormir pensando em Bill. Ela acreditava fielmente ser apaixonada por Andreas, todos os beijos e abraços no acampamento de férias deveriam ter servido de algo, mas não. A única funcionalidade deles foi faze-la pensar mais e mais em seu melhor amigo.

      Lembrava-se de seu primeiro beijo e do dia em que se conheceram. Por que tinha de ser tudo com ele? Por que todas as primeiras vezes importantes com garotos que ela teve, tiveram de ser com ele? Ela já teve namorados, mas seu primeiro namorado de mentira foi Bill, eles fingiam namorar quando eram mais novos... 

      Suas mãos estavam suando e ela estava sentindo um formigamento engraçado, que ia da boca do estomago até o fim de seu corpo, uma sensação nova que ela não conseguia entender o porquê de ela estar vindo logo agora. Apertou o ursinho de pelúcia com um coração que Bill havia lhe dado de aniversário contra o peito, fazendo com que seu coração se acelerasse. O ursinho chocolate envolto pelo pijama de flanela escura esquentou seu corpo naquela noite fria de inverno e a fez sentir seu corpo se contrair em forma de bola. Depois das diversas tentativas decidiu que não iria dormir sozinha, muito menos sem um banho quente para acalmar seu corpo.

      Despiu-se enquanto ia observando a garoa que começara a cair no parapeito da janela e enquanto a banheira não terminava de encher. A flanela de seu pijama escorregando por suas curvas femininas lhe dava um sensação confortável, que segundo ela, era quase idêntica a sensação do corpo de Bill encontrando o seu em suas caricias inocentes. A banheira encheu e ela prendeu o cabelo de modo bem simples com uma presilha de cabeleleiro, simultaneamente entrando na banheira e deixando seu corpo afundar até o ombro, dando-lhe um alívio instantâneo.

        Bill sentia a água quente caindo em seu corpo e o aliviando quase que completamente. Desligou o chuveiro e enrolou-se na toalha preta, colocando rapidamente um pijama que foi retirado em seguida por decidir não ir dormir mais. Não dormiria sozinho, não esta noite.

       O garoto pegou sua mochila e uma roupa para ir a escola e colocou sua roupa mais quente para pular a janela de seu quarto. Já havia aprendido a subir e descer de seu quarto pela janela facilmente, apesar de ele ser no segundo andar, e foi o que ele fez. Seu fôlego era pior do que o de um gato de baixo d’água mas ele fez questão de correr para chegar no quarteirão de cima, na casa da garota que tanto amava antes do amanhecer. Queria dormir ao lado dela pelo menos um pouco já que não conseguia pegar no sono.

       Ao chegar a casa de Anna, Bill subiu no beiral da varanda da frente, pegou impulso para escalar até o telhado e foi com fé, pisando delicadamente nas raras falhas das telhas para subir sem fazer barulho conseguiu alcançar a janela semi aberta do lado direito do segundo andar. Pela primeira vez deu graças a Deus por Anna nunca se lembrar de trancar a janela, assim ele entrou pela mesma, passando pelas cortinas marfim e adentrando o quarto roxo escuro com tudo branco, tomando todo o cuidado possível para não sujar o tapete abaixo da janela. Retirou os tênis e deu alguns passos em silencio, acreditando que sua amada ainda estava dormindo.

       Dando a volta na cama king size de cobertas bagunçadas encontrou apenas o ursinho que havia lhe dado de aniversário que ela disse que teria o nome dele. Fez uma expressão desentendida e então notou uma luz fraca vindo da porta entreaberta do banheiro. Deduziu que Anna estivesse experimentando maquiagens, por isso a luz. Deu passos extremamente delicados evitando fazer barulho e começou a empurrar a porta, fazendo com que a garota que ainda estava dentro da banheira se endireitasse na mesma, com medo de que alguém tivesse invadido sua casa, amaldiçoando a si mesma por nunca trancar a janela.  -- BU! – Bill exclamou ao abrir a porta e se calou ao ver Anna completamente nua coberta apenas pela água da banheira – Ok, eu saio! – ele exclamou antes de fechar a porta atrás de si  

-- Pronto, pode abrir Bill – Anna disse suspirando pesadamente após um instante – Não verá mais nada que não deva ver

-- Promete? – Bill perguntou manhosamente, é claro que ele já havia visto Anna assim, quando eram pequenos tomavam banho juntos – Promete que é só isso? Vai me deixar pervertido, é de madrugada ainda você sabe.

-- Eu sei – ela riu lembrando-se detalhadamente de cada vez que um vira o corpo do outro por completo – Agora solta a porta, eu já estou vestida.  

-- Tudo bem     

        Bill soltou a porta mas manteve-se de costas para a mesma. Queria dar um pouco de privacidade para sua amiga se trocar, apesar das incontáveis vezes que eles já haviam se visto e até se tocado, mas isso já fazia muito tempo, aos dez anos descobriram o que isto poderia significar e abandonaram o hábito, e esta era a primeira vez em oito anos que Bill via Anna sem um resquício de tecido em seu corpo. A garota saiu do banheiro e se colocou de meia ponta abraçando-o por trás e grudando seus corpos, apesar da camisa de flanela de botão ainda estar aberta a ponto de ser possível enxergar seu sutiã preto de renda.

         Bill estremeceu com o toque e a proximidade e notou que aos poucos sua nuca estava sendo descoberta e assediada pelos lábios macios e rosados de sua melhor amiga. Sentiu todos os pêlos de seu corpo e de sua nuca se eriçarem e Anna sentiu todo seu corpo esquentando-se repentinamente devido ao contato.  -- Não conseguia dormir? – ela perguntou colocando-se com os pés inteiros no chão novamente  

-- Na – não. – ele estremeceu com tudo e confessou por fim – Esperava que desse para dormir um pouco com você.  

-- Claro – a garota de cabelos castanhos sorriu no escuro e mordeu levemente suas costas antes de guiá-lo pelo quarto até a cama – Vem  

-- Obrigada – Bill respondeu ao ver a garota se deitar ao seu lado e se cobrir até o pescoço    

          Bill fez um pequeno carinho na bochecha de Anna, perto de sua boca, que fez com que a menina se aconchegasse seu rosto em seu pescoço e colo e emaranhasse seu corpo por completo no corpo do garoto a sua frente. Ele era seu melhor amigo, por que não um carinho assim? Os dois corpos emaranhados no centro de uma cama extremamente grande trocando castos carinhos superficiais em uma noite fria de inverno, era apenas isso, não tinha segundas, terceiras ou quartas intenções, era apenas um modo de se esquentarem. E esse método funcionou, após alguns instantes os dois amigos que haviam rolado e se esfregado ao colchão por meia hora estavam dormindo. Ambos estavam enrolados no corpo um do outro, respirando devagar, com as respirações colidindo e sentindo-se extremamente quentes. Pronto, era tudo isso que eles precisavam.


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Notas finais do capítulo

ee reviews fazem leitores alegres sabia saabee? kk



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