Affection escrita por comeonkiller


Capítulo 4
Hello, my name is...


Notas iniciais do capítulo

então, como eu disse, eu gosto de brincar com o tempo, então é nessa parte que fica explicito, esse cap em outubro de 1997 e foi um dia meio marcante pro bill na história :]



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      Simone havia levado seus dois filhos para passear no parque, perto de sua casa, como todo final de semana. Os dois gêmeos Kaulitz tinham 8 anos e Bill tinha acabado de pintar seu cabelo pela primeira vez. Estava correndo pelo parque com seu irmão, divertindo-se enquanto a mãe os observava.
      Tom sempre fora o tipo de criança que adorava mexer com todas as menininhas que haviam na região, então enquanto brincava com o irmão de pega-pega, distraiu-se com uma garota um pouco mais velha que observava alguma das crianças ali, deixando Bill correr até o mais longe o possível. O moreno notou que estava correndo de nada e que seu irmão não o perseguia mais e então parou de correr ao chegar perto de uma clareira e sentou-se em uma tora que estava caída em meio as folhas secas de outono.
      Bill dobrou-se pro completo e apoiou seu queixo em suas mãos fechadas em punhos. Estava irritado porque seu irmão o havia deixado correr sozinho enquanto ia paquerar uma garota bem mais velha que eles e que provavelmente iria achá-lo idiota e infeliz porque estava sozinho. Ele não tinha amigo algum alem do irmão, então isso fazia com que ele se sentisse totalmente infeliz e desolado.
      Depois de alguns minutos discutindo com sua própria mente e com medo de voltar por não saber ao certo como foi parar dentro daquela clareira, ouviu passos vindos por suas costas. Passos que quebravam e mastigavam as folhas que estavam jogadas, cobrindo todas as bolachas de pedra. Acreditou que os passos eram de Tom, na vaga esperança de que ele tenha vindo procurá-lo, mas eram muito delicados e também pensou na possibilidade de ser sua mãe preocupada, uma esperança que se esvaiu ao notar que o peso de sua mãe faria um barulho maior. Então de quem seriam aqueles passos delicados que pareciam flutuar nas folhas.
        Quando ia se virar para saber quem vinha por suas costas, foi surpreendido por uma voz doce em seu ouvido dizendo apenas “BU!”, o que o fez gritar e desequilibrar-se e cair assustado.

 -- Está tudo bem? – uma garotinha de vestido marrom, casaco de botões negro e uma boina também preta inclinou-se sobre o garoto que estava caído sobre as folhas – Me desculpe. Eu não queria te machucar, mas você parecia meio triste, então achei que gostaria de uma brincadeira. – a garotinha disse de modo infantil com os cabelos castanho-escuro quase pretos caindo em seus ombros – Tudo bem ai? Se quiser eu chamo a sua mãe ou um médico pra impedir você de morrer.
 -- Estou tudo bem! – Bill exclamou piscando diversas vezes tentando se conformar com o fato de ser uma garota que estava falando com ele – E por que você fez isso? Boba!
 -- Desculpe – a garota ficou cabisbaixa, sentindo-se um tanto ofendida e fazendo Bill se sentir culpado – Se quiser eu vou embora agora.
 -- Ah não! – Bill exclamou nervoso, nunca falava com garotas e agora estava sendo um idiota – Me desculpe, eu não queria fazer você ficar triste. – ele segurou as mãos da menina que remexia seus dedos freneticamente – Me desculpe.
 -- Ah! – ela exclamou animada ainda segurando as mãozinhas pequenas do garoto a sua frente – Qual é o seu nome? O meu é Anna!
 -- B...Bill. – Bill respondeu ansioso enquanto Anna sorria – Você mora aqui?
 -- Não aqui no parque – ela disse rindo de modo inocente – Eu moro a alguns quarteirões daqui. E você? E o que você estava fazendo aqui nas arvores tão triste?
 -- Tambem moro a alguns quarteirões. É porque eu estava brincando com meu irmão e ele me deixou sozinho pra brincar com uma garota maior – o sorriso inocente de Bill se contorceu quando ele pensou nisso
 -- Entendi. – a garotinha de cabelos castanhos lisos sorriu compreensivamente -- E quer que eu te leve pra fora daqui? – ela apertou mais as mãos do garoto a sua frente
 -- Você sabe voltar? – Bill perguntou com os olhos brilhantes
 -- Sim! – Anna respondeu entusiasmadamente – Eu sou a pessoa que melhor conhece o parque! Conheço cada cantinho desse parque. Cada pedaçinho que você queira conhecer eu conheço. – ela sorriu mais uma vez – Então posso fazer uma pergunta?
 -- Sim!
 -- Bill... Você quer ser meu amiguinho? – ela perguntou corada, fazendo Bill também.
 -- Sim! Eu quero ser seu amigo Anna. – ele sorriu ansioso e ela pulou em seu tronco, mesmo com a diferença pequena de altura – Quero sim que você seja minha primeira amiguinha!
 -- Obaa! – ela exclamou apertando-o em um abraço que ele respondeu no instante seguinte – Você é meu novo amigo! Vem, eu quero um pirulito. Vamos perguntar pra minha mamãe se ela deixa a gente comprar.
 -- Minha mãe não vai deixar
 -- Nem mesmo se for do outro lado da rua e meu primo for com a gente? – Anna perguntou de modo manhoso – O Bryan tem 15 anos. Ele pode ir com a gente! Ele anda a cidade toda sozinho!
 -- Não sei. Tem que falar com mamãe.
 -- Então vamos Billy!

       Bill corou rapidamente. Estava experimentando um mix de sensações que nem sabia que existiam. Tinha nojo das pessoas que ele via na rua se beijando e agora via-se com uma pequena vontade de saber o que era o tal negócio de beijo do qual seu irmão tanto falava. Anna era sua primeira amiga e ele já sabia que seria melhor. Ela tinha os dedinhos pequeninos cobertos por luvas marrons, misturando a cor com seu vestido, e usava uma botinha bege de nobook com meia calça branca com desenhos de gravatinhas. Ele estava nervoso, ansioso e estava sentindo uma garota segurar sua mão por toda uma trilha de arvores que levava de volta ao lado do parque onde sua mãe começava a buscar por ele.
       Notou que havia uma mulher ao lado de sua mãe, que parecia procurar alguém também. A mulher chamava por Anna, assim Bill deduziu que ela era mãe de sua mais nova amiga. Anna correu em direção a mãe, ainda sem soltar a mão de Bill. Simone correu para onde o filho estava e pergunta tudo o que estava acontecendo. As duas crianças explicam tudo o que lhes aconteceu nos últimos dez minutos e ao fim das explicações, Anna pediu manhosa para as duas mães se poderiam ir até o outro lado da rua comprar pirulito. Eram duas crianças de oito anos viciadas em doce e açúcar.
        Não havia combinação melhor...


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Notas finais do capítulo

eee vcs sabem né meus amrs? kk reviews fazeeeeem tãaao bem a autores D