Affection escrita por comeonkiller


Capítulo 42
Why can't you see it's you?


Notas iniciais do capítulo

aaaaaaaaaaaaaaah aqui estou de volta, mesmo q meu plano fosse postar só proxima semana :]



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              Tom havia escapado de casa por volta das 22h40, já consciente de que seu irmão passaria a noite fora na casa de Anna. O Kaulitz mais velho não tinha onde passar a sexta feira a noite então escapou para a casa da única pessoa com o qual ele queria passar a noite e o resto de sua vida, Cassandra.
              O garoto estava inconformado com o fato de ela nunca dar bola para ele. Eles se beijavam, mas ela nunca queria ficar, ela sempre ia embora depois de proporcionar a Tom um dos melhores beijos de sua vida. Ele começara a ter certeza desde o baile de máscaras que ela o queria, mas que devido a sua fama, ela não queria tê-lo, pelo menos não nessa intimidade toda que ele queria com ela. Ele a queria de modo carnal e sentimental e ela o queria de modo carnal enquanto desenvolvia seu desejo sentimental por ele.
              Andou alguns quarteirões e pegou um onibus até uns quatro quarteirões do parque central. Chegou na casa de Cassandra e deu uma análise completa na casa para ver se havia alguem ali. Deduziu que era melhor não tocar a campainha já que provavelmente iria acordar Jasmine e sua mãe, então visualizou a janela de um quarto azul escuro. Era o quarto dela e estava com a luz acesa. Tom rondou os olhos pela casa mais uma vez, vendo se havia algum modo de escalar, como Bill sempre fizera com Anna. O garoto de dreads se apoiou no beiral da varanda da frente e então se apoiou no beiral do telhado, usando as vigas expostas e a grade do jardim para subir. Depois de vários metros escalados, finalmente alcançou a água do telhado onde conseguiria alcançar a janela. E conseguiu.
              Ficou em pé ao lado da janela, equilibrando-se para não cair e para que ela não o visse. Andou uns dois passos para o lado e espiou um pouco o comodo. A cama king size embutida na parede do quarto azul escuro estava coberta por um edredom com estampa de zebra e em cima da mesma havia um caderno de Pooh com várias fotos e coisas rabiscadas. Escondeu-se mais uma vez ao ouvir passos e ouviu a empregada chegar e colocar água em um vaso. Virou-se mais uma vez e viu um vaso com duas rosas brancas com manchas rosas, as rosas que ele havia lhe dado...
              Ouviu mais passos e se escondeu mais uma vez ao lado da janela. Era Cassandra que estava guardando as coisas de cima da bancada, sob a janela, e se sentou na cadeira azul da bancada, admirando as rosas que ali estavam.
 -- Ah Kaulitz -- ela murmurou para si mesma, suspirando pesadamente -- Por que voce? Por que só voce para mexer comigo assim? O certo era voce se apaixonar pela Katy não é? É... Com tanta gente nesse mundo tinha que ser voce pra me chamar a atenção assim?
              Tom ouviu e sentiu seu coração acelerar descompassadamente e quase sair pela boca. Então quer dizer que ele mexia com ela? Que mexia com seu coraçãozinho de iceberg? E ele não acreditava na ultima parte. Então ele mexia com ela? Ele conseguira chamar sua atenção e isso o fazia dar cambalhotas psicologicamente. É claro que se ele pudesse ele daria cambalhotas e mortais invertidos que alcançariam Júpiter, mas isso estragaria seu plano de continuar ouvindo o o que ela tinha a dizer.
              Cassandra pegou uma das rosas, a ultima que ele lhe dera que tinha mais espinhos, e começou a rodá-la no vaso curvilíneo. Ela se pegou pensando muito no garoto de dreads nas ultimas semanas, parecia que quase todas as coisas em seu mundo conspiravam contra ela, fazendo com que ela se interessasse cada vez mais por ele e não por seu ex namorado que ela não via a meses. Tudo conspirava a favor desse romance, menos sua mente que conspirava contra isso. A garota de cabelos negros com mechas vermelhas abriu o caderno que estava em cima de sua cama e começou a escrever algo que Tom não teve como ler.
              Ela rabiscou mais algumas coisas e colou uma foto de Bill e Tom que ele soubera que o irmão dera para a garota. Era uma mais recente que eles tiraram no aniversário da mãe deles. Cassandra fechou o caderno e então suspirou mais uma vez e o coração de Tom acelerou com medo de que ao tentar se equilibrar ele fizesse algum barulho suficientemente alto que entregasse sua presença ali. Tom prendeu a respiração por um instante para evitar fazer qualquer barulho e quando a garota se deitou e apagou a luz, ele apareceu a janela e sentou-se no beiral da mesma, vendo sua amada pegar no sono. Sorriu por um momento ao ver que depois de poucos minutos Cassandra já estava completamente apagada, enrolada em seu cobertor de zebra e abraçada a um coelho de pelúcia marrom.
              Tom tirou os tenis e os segurou na mão enquanto tentava passar pela bancada para entrar no quarto azul. Conseguiu entrar, mesmo receoso de que poderia fazer algo que a acordasse então foi pisando pé ante pé, tomando o máximo de cuidado para não fazer barulhos desnecessários e acordá-la. Depois do longo caminho percorrido sentou-se no tapete felpudo branco e ficou a observá-la dormir por alguns instantes, controlando a vontade descomunal de beija-la como nunca antes fizera e satisfazer todas as vontades dela. Sua vontade de tê-la era descomunalmente grande, mas não podia fazer isso, não podia beijá-la deste modo, sem mais nem menos e depois ir embora. Assim o único jeito que encontrou de matar a vontade foi ajoelhar-se ao lado dela e tocar seu rosto de leve. Um ato que a fez ronronar baixo e murmurar algo extremamente baixo que ela parecia estar dizendo apenas para si mesma.
 -- Por que não me dá uma chance Cass? -- ele suspirou pesadamente e tocou delicadamente o rosto da garota que dormia calmamente a sua frente -- Por que não me deixa ser o cara que você sempre quis?
 -- Por que você tem que ser assim Kaulitz? -- ela murmurou em um doce ronrono o que assustou Tom, fazendo-o acreditar que ela acordara -- O certo não era você se apaixonar pela Katy? Não era para as coisas serem assim Kaulitz -- assim ele viu que ela estava repetindo tudo o que dissera anteriormente
 -- Me dá uma chance Cass -- ele suplicou perto de seu ouvido, passando a mão por todo seu corpo -- Me dá uma chance de ser quem vai te fazer feliz. Me dá a chance de ser quem te completa. Por que voce não consegue ver que é você que amo?
 -- E-eu te ... -- Cassandra ronronou, ainda dormindo com os carinhos que Tom lhe fazia e pronunciou uma ultima coisa que o fez estático -- Eu te a-amo Kaulitz, seu idiota.
              Ele caiu para trás lentamente, em um baque surdo, no tapete felpudo e sua respiração ficou ofegante e ele pousou a mão sobre o próprio coração sentindo-o bater em ritmo descompassado e acelerado pelo o que acabara de ouvir. Mesmo em sonhos Cassandra estava pensando nele, ela estava sonhando com ele, estava dizendo mesmo que o amava. Em sonhos ela dizia que o amava. Sua voz não saia mais e ele não conseguia montar mais nenhuma reação sequer. Os olhos castanhos de Tom marejaram de alegria e ele lhe depositou um ultimo beijo na lateral do pescoço de Cassandra e ela ronronou docemente abrindo um pouco os olhos na hora em que ele começou a calçar os tenis para ir.
 -- Tom? -- ela perguntou sonolenta enquanto via o vulto de afastar de sua cama -- É voce?
 -- Cass? -- ele murmurou retraído, virando-se para ela -- Te acordei?
 -- Não. -- ela sorriu fracamente -- Mas o que você ta fazendo aqui agora? Já não é mais de meia noite?
 -- Não tenho costume de dormir cedo de sexta feira ... -- ele corou e sorriu por ela não ver seu rosto enrubrecer -- Queria te dar boa noite.
 -- Há quanto tempo voce ta aqui? -- ela coçou os olhos e bocejou, ela estava com sono ainda
 -- Há alguns minutos, mas eu já estava indo embora.
 -- Por que não fica aqui? -- ela sorriu fracamente devido ao sono e ele se aproximou da cama -- Já está aqui não é? E tenho certeza que voce está sozinho.
 -- Como sabe? -- ele ergueu a sobrancelha
 -- Eu imaginei. Ele e a Anna não podiam ficar mais muito tempo separados mentindo um pro outro a respeito do que eles sentem.
 -- Você sabe?
 -- Desde quando eu conheço o Bill ele ama ela. Do mesmo modo que acho que sei quem voce ama...
 -- Que-quem? -- Tom perguntou corado
 -- Acho que você m-me... -- ela bocejou mais uma vez e se ajeitou nos cobertores ronronando
 -- Não importa -- ele se sentou na cama e pousou o indicador atravessado nos lábios dela -- Ainda posso ficar aqui?
 -- Claro
              Consequentemente desta afirmação o garoto de dreads tirou a camiseta e a colocou em cima de seus tênis, proximos a parede, e Cassandra enlaçou seus braços no pescoço de Tom, fazendo-o sorrir envergonhado. Aquele era definitivamente o melhor dia de sua vida, ele ouvira ela dizer que o amava e ainda tinha a chance de dormir abraçado com a garota de seus sonhos. Tom passou seus fortes braços pela cintura descoberta de Cassandra e a mesma deslizou suas mãos até o meio do peitoral nu do garoto que estava com ela e depositou um casto beijo ali, sentindo-se embalada pelo calor que o corpo dele emanava.
              Tom sorriu e então se deixou levar pelo cansaço e  pelo torpor que aquele momento lhe trazia. Ele estava sorrindo por poder dormir ao lado de uma garota, não por transar com ela. Isso o deixava realizado e feliz, provava que ele finalmente havia se apaixonado, e cada dia que passava perto de Cassandra mais isso ficava comprovado. Cada dia mais ele ficava convicto de que ela era a mulher de sua vida...


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Notas finais do capítulo

prossigo amrs? *3*