Dynasty escrita por Vic Bett Amell


Capítulo 10
Capítulo 9- Cross Your Mind


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo da semana amores ❤
Agora a fic tá sintonizada com a outra plataforma onde eu posto.
Espero que se divirtam com esses dois !
Bjs anjos



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“Sou uma bagunça, eu admito

Sou viciada em qualquer coisa que não faz bem para mim, mmm

E eu gasto meu tempo pensando

Quem caralhos é essa sorrindo nos seus braços?

Eu sei que você está com medo do que eu quero mas eu tenho sido curiosa

Eu já cruzei sua mente alguma vez?

Quando você está beijando ela

Tocando ela, olhando os seus olhos

Diga-me, alguma vez, eu já passei pela sua mente?

Quando você passa as mãos pelos cabelos dela como você fez com o meu

Diga-me, alguma vez, eu já passei pela sua mente ?”

(Cross Your Mind- Sabrina Claudio)

Felicity P.V.O

Bagunça. Uma grande e completa bagunça. Minha vida se resumia a essa pequena palavra que tinha um grande significado. No começo, eu ainda não tinha entendido o motivo de Oliver ter mudado da água para o vinho em menos de uma noite, visto pelo fato que ocorreu na última noite, mas depois do selinho que ele me deu ao se despedir de mim, eu percebi que ele tinha começado a jogar comigo. Será que ele realmente pensava que poderia brincar comigo como bem entendesse ? Ah, mas ele que sonhe que pode me fazer de trouxa novamente.

Eu iria entrar no jogo dele e iria fazer ele comer na minha mão ! Provavelmente, ele pensava que estava no controle de tudo, mas o que ele não sabia era que eu iria assumir o controle de seja lá qual for esse joguinho doentio que ele está querendo jogar. Ele ainda iria pagar bem caro por todos os anos de sofrimento que me fez passar.

Subi até o andar da presidência e fui diretamente falar com a secretária do meu pai. Eu precisava ter uma conversa séria com ele. Sua gentil secretária sorriu para mim assim que fui até sua mesa.

—Bom dia ! Sou Felicity Smoak Queen, gostaria de falar com o meu pai. Ele se encontra ?- Perguntei a ela.

—Bom dia, Sra. Queen ! O Sr. Smoak está saindo agora de uma reunião e já irá atende-la- Ela respondeu, sorrindo docemente.

—Ok, irei aguarda-lo na sala dele- Ela assentiu com a cabeça.

—Deixe-me acompanha-la até a sala dele- Ela fez menção de se levantar, mas eu a interrompi.

—Não é necessário, mas agradeço a gentileza- Sorri para ela e fui até a sala do meu pai. Sentei na cadeira de frente para sua mesa e fiquei aguardando ele. Não demorou muitos minutos e ele entrou pela porta.

—Filha, a que devo a honra de sua visita aqui ?- Ele veio na minha direção e beijou o topo da minha cabeça. Me levantei e abracei ele.

—Queria conversar com você sobre algo importante- Falei seria.

—Sou todo ouvidos- Ele se sentou em sua cadeira e ficamos frente a frente.

—Como você sabe, eu voltei permanentemente- Ele assentiu com a cabeça- E sinceramente não gostaria de ter que depender mais do dinheiro de Oliver- Falei convicta.

—Mas ele é seu marido, Felicity. A obrigação dele é sustentar você e Mia, ele está fazendo você passar necessidade de algo ?- Ele perguntou, parecendo realmente preocupado.

—Não, não. Não me falta nada. Mas mesmo assim eu gostaria de lhe pedir um cargo aqui na empresa- Ele, de princípio, me olhou assustado, mas depois assentiu com a cabeça- Entenda que eu não quero depender de Oliver para o resto da minha vida.

—Eu te entendo, filha- Agradeci mentalmente por sua compreensão- Mas no que gostaria de trabalhar aqui ?- Questionou-me.

—Não sei. Gostaria que me ajuda-se a encontrar algo que me agrade- Respondi a ele. Sua expressão era calma e compreensiva, o que me deixou bem mais tranquila.

—Tenho o cargo perfeito para você- Ele tirou uns papéis de dentro de uma gaveta e colocou a minha frente. Analisei os mesmos e lá estava escrito os termos para me tornar vice-presidente da Smoak Tech.

—Não, pai. Isso já é demais para eu aceitar- Devolvi os papéis à ele.

—Mas é claro que não, Felicity. Não existe outra pessoa no mundo que eu confie mais a minha empresa do que você. Esse legado é seu, filha- Ele colocou os papéis a minha frente novamente e me deu uma caneta- Na verdade, essa empresa é sua por direito. Seu avô sempre me dizia que você que iria administrar os negócios da família- Ele sorriu compreensivo.

—Mas a empresa é sua, papai. Foi uma herança que meu avô deixou para o senhor- Disse a ele.

—Mas se não fosse por você- Ele apontou para mim- Nada disso teria acontecido. Seu casamento com Oliver salvou essa empresa. Na época eu era muito egoísta e vendi a minha própria filha, tudo por ganância. Eu estou completamente arrependido de ter feito isso, Felicity. Então, por favor, me deixa fazer isso por você- Ele segurou minhas mãos por cima da mesa e algumas poucas lágrimas caíram de seus olhos. Meu coração apertou no peito por ver meu pai arrependido por ter me feito casar com Oliver.

—Você não precisa me pedir desculpas, papai. Sem esse casamento, eu não teria tido o meu bem mais precioso, a Mia. O senhor sabe que ela é tudo pra mim- Ele me lançou um sorriso compreensivo- Eu aceito a sua proposta- Assenti com a cabeça e assinei os papéis. Papai levantou da cadeira e veio até mim, logo em seguida me deu um longo abraço.

—Obrigado por me deixar fazer isso por você, filha. Eu te amo muito- Ele falou emocionado.

—Eu te amo mais- Sai do abraço e sorri para ele- Então, presidente, quando começo ?- Papai soltou uma risada e me olhou.

—Amanhã mesmo, vice-presidente- Assenti com a cabeça.

—Então amanhã eu trago alguns objetos meus para minha nova sala e terminamos de resolver qualquer coisa que ficar pendente- Papai assentiu com a cabeça- Agora eu preciso ir, papai. Tenho que falar com Oliver sobre meu novo emprego- Me despedi do meu pai e sai de sua sala.

Slade me mandou uma mensagem e disse que estaria me esperando no estacionamento da ST. Peguei o elevador e fui direto para o estacionamento, Slade abriu a porta do carro para mim e entrou logo em seguida.

—Para onde vamos, Sra. Queen ?- Slade questionou-me.

—Vamos para casa- Respondi. Slade assentiu e deu partida no carro.

O dia estava maravilhoso. O céu parecia estar com um brilho único e o clima estava favorável para uma terça-feira. Deitei minha cabeça na janela do carro e fiquei observando as avenidas e as mais variadas belezas que Star City tem.

Me recordei do dia em que sai daqui. Estava tão assustada em mudar de cidade e criar um bebê sozinha, mesmo estando com Sara, eu sabia que daquele dia em diante eu teria que ser tudo para o meu filho. Isso me amedrontou por muito tempo, tanto que durante a minha gestação eu mal comia ou tinha vontade de fazer algo. Depois que tive a Mia, as coisas ficaram piores. Tive depressão pós-parto e não conseguia olhar para minha filha sem pensar em todo o sofrimento que Oliver me fez. A dor se alastrou por todo o meu ser durante o primeiro mês de vida da minha filha. Sara cuidava dela na maior parte do tempo, porque eu não tinha coragem de olhar para minha própria filha. Mas graças aos céus que eu tive a ajuda de todos os meus amigos de Central. Eu arranquei todo o amor que tinha por Oliver e transformei em raiva. Eu comecei a cuidar do meu bebê e percebi o quanto fui burra e egoísta por pensar só nos meus sentimentos e esquecer do meu bem mais precioso, Mia.

Depois de esquecer todos os dias sombrios que pairaram sobre mim, eu pedi perdão todos os dias de Mia por não ser a mãe que ela merecia. Mas, obviamente, ela não entendia e somente sorria. E até hoje, é esse sorriso que me mantém viva e forte para enfrentar qualquer coisa de ruim que aconteça a mim ou a ela. Ela se tornou o meu mundo e a minha fortaleza, e eu não permitiria que nada nem ninguém interferisse na sua felicidade.

Só percebi que estava chorando quando senti o gosto de algo salgado no lábios. Enxuguei rapidamente as lágrimas e tratei de esquecer esses pensamentos tristes. Quando percebi, já tínhamos chegado a mansão, e Slade abriu a porta do carro para mim. Saí do carro e entrei na mansão. Thea estava sentada no sofá ainda com cara de ressaca, porém, sem os óculos escuros.

—Pelo visto a noite foi boa né, cunhadinha ?- Sentei ao lado dela e Thea me lançou um sorriso irônico.

—Se estar com a cabeça prestes a entrar em combustão é ter tido uma noite boa, pode crer que a minha foi excelente- Thea respondeu, fechando os olhos em seguida. Bati no seu ombro como forma de compreensão, mas não escondi o sorriso zombeteiro em meu rosto.

—Ontem você sumiu da festa. Pensávamos que você tinha ido embora de lá. Aonde você foi com aquele garoto ? Ele era bonitinho, mas novinho demais- Thea assentiu com a cabeça.

—Nem me lembre dele- Revirou os olhos- E não, eu não fui embora da festa. Estávamos conversando lá fora e do nada o idiota tentou me agarrar, chamei os seguranças e eles colocaram ele pra fora de lá- Abri a boca com sua confissão.

—Mas ele não te machucou né ?- Perguntei, ainda assustada.

—Não, ele não me fez nada. Por sorte estávamos perto da entrada da boate e eu tive tempo de gritar para os seguranças me ajudarem- Thea disse, parecendo aliviada.

—Graças à Deus- Tranquilizei-me mais- Mas porque você não nos procurou depois ?- Questionei-a, fingindo estar brava.

—Quando eu entrei na boate, você e Oliver já tinham saído e Sara já estava de saída. Então, para não acabar com a minha noite mais ainda, fiquei no bar bebendo com a Laurel- Thea deu de ombros.

—Mesmo assim, era pra você ter nos ligado ou algo assim- Repreendi.

—Desculpa, cunhadinha. Não irá se repetir- Thea deu um largo sorriso culpado e me abraçou. Retribui o abraço- Mas agora me diz, porque você saiu aos beijos da boate com o Oliver ? E não minta pra mim dizendo que é mentira, porque Sara os viu- Encolhi os ombros em sinal de culpa. Thea estava com um sorriso malicioso nos lábios.

—Se eu te contar, você vai querer me matar ou me parabenizar- Thea me olhou curiosa e eu suspirei alto. Comecei a contar tudo o que rolou na noite passada depois que saímos da boate e Thea prestava atenção em tudo. Terminei de contar a história e Thea ficou estática no lugar e depois soltou uma gargalhada que quase me deixou surda.

—Não... eu não consigo acreditar... que você fez isso com ele...- Thea mal respirava e falava tudo pausadamente.

—Eu acho bom você não tocar nesse assunto com ele por enquanto- Alertei Thea do perigo que seria tocar nesse assunto tão... delicado, que aconteceu.

—Relaxa, cunhadinha. Vou saber o momento exato de jogar na cara do meu irmão que ele ficou amarrado e de cueca passando mico na sua frente- Thea respondeu, ainda rindo, porém, mais controlada- Você arrasou muito, Fel. Meu irmão merece tudo isso que você fez com ele. E ainda merece mais.

—Eu também acho. Hoje de manhã eu jurava que ele iria chegar soltando fogo pelas ventas, mas não, ele chegou diferente e bem mais carinhoso que o normal- Thea estranhou o fato, mas logo se ligou no motivo da mudança repentina.

—Ele está jogando com você. Fel, não vai cair nas armadilhas do meu irmão. Quando ele quer, ele sabe jogar as cartas certas na mesa- Thea respondeu.

—Eu sei, Thea. Mas ele não tem ideia de com quem está querendo jogar. Se ele pensa que pode assumir o controle desse jogo, ele está muito enganado. Eu vou fazer ele pagar por estar querendo brincar comigo- Respondi, dando uma piscadinha na direção de Thea.

—Assim que se fala, cunhadinha- Thea piscou de volta- Você sabe que eu sempre vou te apoiar né ?- Thea me lançou um sorriso compreensivo e sorri de volta.

—É claro que sei. Não existe melhor Cunhada que você- Thea jogou os cabelos para o lado em forma de se vangloriar. Ri alto de sua alta autoestima. Ficamos mais um tempo conversando e depois cada uma foi para o seu quarto.

Arrumei umas coisas em uma caixa para levar para o meu novo escritório e pedi para Slade levar para a garagem. Avisei a ele que amanhã colocasse tudo no meu carro e o mesmo assentiu e se retirou. Quando terminei olhei no relógio e o mesmo marcava 9:40 PM, resolvi tomar uma ducha porque estava suada, devido a arrumação de agora pouco. Me despi e entrei no box, tomei um banho relaxante e tentei tirar a tensão que se instalava em meu corpo. Eu sabia o motivo de toda essa tensão: daqui a pouco iria avisar a Oliver que começaria a trabalhar na Smoak Tech. Eu sabia que talvez ele não reagisse bem, mas quem se importava ? A opinião dele não valia de nada para mim.

Terminei o banho e sai do box. Fui direto para o closet e escolhi um vestido longo branco florido, um salto preto trançado e alguns acessórios. Vesti minhas peças íntimas e o restante da roupa. Soltei o coque que tinha feito nos cabelos para não molharem e os mesmos caíram em cascatas por meus ombros. Ajeitei alguns fios rebeldes e fiz uma simples maquiagem no rosto, coloquei os saltos e peguei uma bolsa preta de lado (Look da Felicity ). Peguei o celular na cabeceira da cama e tinha uma mensagem de Oliver.

“Já está quase na hora de buscar Mia. Te espero na QC”- Oliver.

Respondi sua mensagem com um “Ok” e desci as escadas da mansão. Pedi para que Slade me levasse e depois trouxesse o carro de volta para a mansão, pois sairia de lá com Oliver. Ele assentiu e logo estávamos chegando na QC. Desci do carro e peguei o elevador para o andar da presidência. Não encontrei Isabel em sua mesa, então entrei na sala direto, logo em seguida, me amaldiçoando por tal feito. E, como se eu voltasse a seis anos atrás, eu encontrei Oliver beijando Isabel. Ele afastou ela de perto dele, mas ainda não tinham notado minha presença. Engoli todo o choro que estava preso em minha garganta e levantei a cabeça. Nunca mais iria deixar-me abalar por eles dois.

—Que cena bonita de se ver- Forcei um sorriso irônico e finalmente consegui a atenção dos dois. Oliver afastou mais Isabel e a mesma me olhou desafiadoramente, mordeu os lábios e me lançou um sorriso presunçoso.

—Como vai, Felicity ?- Isabel perguntou, cínica. Olhei diretamente na cara dela e respondi com toda confiança que tinha.

—Nossa, Oliver, pensei que depois de anos você estaria se divertindo com outra pessoa- Olhei para Oliver- Será que não sabe que figurinha repetida não completa álbum ? Fora que essa figurinha ai já deve estar tão usada que nem colar cola mais- Falei, apontando para Isabel que estava vermelha de raiva. Oliver estava estático no lugar.

—Escuta aqui sua...- Isabel começou, vindo na minha direção, mas eu a cortei.

—Escuta aqui você- Apontei o dedo na sua cara- Você não se cansa de se humilhar por alguém que não vale apena ? Porque vamos concordar, o Oliver é o pior espécime de homem da terra- Oliver me olhou, parecendo chocado com a minha fala- Eu sei que você é uma vadia e tudo, mas cadê teu amor próprio ?- Isabel me olhou chocada.

—Quem você pensa que é para me chamar de vadia ?- Perguntou-me, furiosa.

—Por algum acaso do destino, sou a mulher do homem para quem você se humilha tanto- Respondi, irônica- Sabe, não entendo porque você ainda está aqui. Seu nível de humilhação é muito alto, né ? Porque, meu anjo, se fosse eu, já teria investido em alguém menos galinha- Dei de ombros ao responder.

—Já chega vocês duas- Oliver veio em nossa direção e ficou entre nós duas.

—Mas já, querido ? Estava adorando dar uns conselhos de autoestima para sua adorada secretaria- Respondi, sorrindo ironicamente. Oliver me olhou descrente e depois olhou para Isabel. A raiva ainda me dominava, mas jamais deixaria isso transparecer.

—Saia da minha sala, Isabel. Preciso conversar com a Felicity- Isabel olhou para ele descrente.

—Mas foi ela quem começou, por que eu que tenho que sair ?- Perguntou, batendo seus saltos no chão em sinal de raiva.

—Me obedeça e não questione minhas ordens- Isabel me olhou furiosa e saiu pisando duro até a saída.

—Tchau, querida. Boa sorte com a recuperação da sua dignidade- Dei um tchauzinho para ela que bateu a porta da sala com tudo ao sair. Dei uma alta gargalhada e Oliver ainda me olhava.

—O que foi aquilo, Felicity ?- Ele perguntou, franzindo o cenho em total confusão.

—Aquilo o que ?- Perguntei, me fazendo de inocente.

—Esse showzinho que você deu aqui na minha sala- Respondeu, com toda sua arrogância. Endureci a postura e olhei bem dentro de seus olhos.

—O que você esperava ? Que eu me debulhasse em lágrimas por você ser um galinha ? Não mesmo, meu amor- Lhe lancei um sorriso presunçoso- A época em que  eu sofria pelas suas traições acabaram a muitos anos. Agora você não significa nada em minha vida- Dei de ombros ao responder. Senti uma ponta de decepção passar por seus olhos, mas ele não quis deixar transparecer.

—Pelo menos evitamos mais um sumiço- Ele falou, sua voz estava um oitavo mais baixo.

—Ah, não se preocupe. Agora você tem uma apólice que me aprisiona a você- Falei, irônica- Então, vim aqui para te contar uma novidade também- Passei por ele e sentei na cadeira que ficava de frente para a sua. Oliver sentou a minha frente e me olhou sério.

—Então fale- Dei um longo suspiro e falei com toda a tranquilidade do mundo.

—Amanhã começo a trabalhar como vice-presidente da ST- Oliver me olhou e franziu o cenho parecendo não acreditar em minhas palavras.

—Você o que ?- Ele perguntou. Acho que ele ainda estava absorvendo tudo o que eu disse.

—Tá surdo ? Vou trabalhar na ST com meu pai- Repeti, olhando para ele. Oliver me lançou um olhar raivoso, mas depois suavizou suas expressões.

—Você tem certeza disso ?- Espera, ele estava muito calmo. Tem algo de errado com ele.

—Certeza absoluta- Falei, confiante- Não suporto ficar parada em casa e, além do mais, não gosto de depender exclusivamente do seu dinheiro.

—Tudo bem- Oliver respondeu, parecendo estranhamente calmo. Ok, agora eu entendi o jogo dele. Ele quer me agradar. Quer me fazer gostar dele para depois me quebrar novamente. “Coitado dele”, pensei comigo mesma.

—Ótimo. Que bom que não tem objeções da sua parte- Sorri falsamente em sua direção.

—Só era isso que queria me dizer ?- Levantou uma sobrancelha em minha direção. Assenti com a cabeça- Agora vamos buscar Mia e depois iremos conversar sobre o ocorrido em minha sala.

—Oh, não a nada para conversar. Você estava fazendo suas “tarefas extra curriculares” com a sua secretária. Nada de anormal ou estranho- Fiz aspas com os dedos.

—Eu não a beijei, ela que me agarrou- Senti um grande alívio ao ouvir ele falar isso, mas não deixei ele perceber isso.

—Não era muito o que parecia quando entrei aqui- Respondi, como se não me importasse com a situação. Me levantei do meu lugar e Oliver veio em minha direção.

—Eu já tinha afastado ela, mas ela me agarrou de novo e me beijou, e foi nessa hora que você chegou- Ele parecia sincero ao proferir aquelas palavras. Oliver pegou em minhas mãos e olhou no fundo dos meus olhos- Eu afastei ela porque não conseguia parar de pensar em você- Ele realmente está flertando comigo ? Que cachorro !

—Bom, que pena para ela que se humilha por você- Os pelos do meu corpo se arrepiaram com o contato de sua pele com a minha. Eu estava fraquejando, e isso não podia acontecer. Vou mostrar para ele que sei flertar também- Então, quer dizer que você passou o dia pensando em mim ?- Perguntei, lançando meu sorriso mais convincente.

—Eu admito, fiquei muito chateado com o que você fez ontem. Mas não conseguia parar de pensar em você, nem por um segundo- Oliver se aproximou mais do meu rosto e sua respiração estava um pouco mais acelerada.

—Oliver Queen está se rendendo a uma mulher ? Isso sim é um verdadeiro milagre- Sorri irônica e Oliver fez o mesmo- Eu espero ficar na sua mente por muito tempo, Oliver Jonas Queen- Cheguei perto do seu ouvido e sussurrei- Quando você tocar outra mulher, eu quero que você lembre do seu toque na minha pele. Quando você beijar outra mulher, eu quero que você sinta o gosto dos meus lábios. E quando você estiver com outra mulher, eu quero que você pense em mim, porque isso é tudo o que você vai ter de mim- Dei um selinho nele e Oliver ficou estático no lugar.

Peguei minha bolsa na cadeira e fui para porta de saída.

—Vamos, querido. Temos que buscar nossa filha- Oliver piscou várias vezes e pareceu acordar para a realidade. Ri de seu choque. 

[...]

—Oi, meu amor- Mia veio correndo na minha direção e pulou no meu colo- E ai, como foi seu dia ?- Dei beijinhos no rosto dela que sorria.

—Foi ótimo, mamãe. Fiz vários amiguinhos- Ela sorria enquanto respondia- Cadê o papai ?- Perguntou olhando para os lados.

—Ele estava estacionando o carro. Vamos lá encontrá-lo- Peguei sua mochila e fomos ao encontro de Oliver. Ele estava saindo do carro quando Mia desceu do meu colo e correu para os braços dele.

—Minha vida- Oliver pegou ela no colo e encheu ela de beijos- O papai morreu de saudades de você- Respondeu, sorrindo.

—Eu também, papai. Vou te contar tudo o que aconteceu na minha escolinha nova- Mia falava, animada.

—Quero saber de tudo- Oliver abriu a porta de trás do carro e colocou Mia na cadeirinha e depois pegou a mochila dela e guardou lá também. Entramos no carro e Mia contava detalhe por detalhe de como tinha sido seu dia na escola. Oliver ouvia tudo animado. Parecia realmente interessado em tudo o que ela dizia, e é claro, eu também.

Chegamos na mansão e Oliver pegou Mia no banco de trás e eu peguei sua mochila. Sério, estou me sentindo trocada pela minha própria filha, pensei comigo mesma. Adentramos o local e encontramos todos na sala principal. Mia saiu dos braços de Oliver e foi correndo para os braços do avô. Ela estava em uma animação só, contava tudo para todos da sala. Oliver se sentou perto de Thea e Rayssa pegou a mochila de Mia das minhas mãos e subiu com ela. Me sentei em uma poltrona que tinha na sala e ficamos ouvindo mais uma vez o relatório completo do dia de Mia.

—Agora vamos subir, mocinha. Você precisa de um banho- Mia correu na minha direção e eu a peguei no colo- Com licença, irei preparar Mia para o almoço- Todos assentiram e jogaram beijos para Mia. Ela era a sensação da casa agora. Subimos às escadas e fomos para seu quarto.

Mia protestou e disse que de hoje em diante iria tomar banho sozinha, então deixei ela no banheiro e fui procurar uma roupa para ela. Escolhi um vestido florido em tons de branco e verde e um casaquinho rosa. Mia me chamou no banheiro e disse que já havia terminado seu banho. Enrolei ela na toalha e fomos para o closet. Coloquei sua roupa, fiz um coque em seu cabelo e coloquei uma sapatilha preta em seus pés. (Look da Mia )

—Pronto, agora está limpa e cheirosa- Terminei de espirrar perfume nela.

—Mamãe, quero falar com a tia Sara- Mia disse, brincando com seus dedos da mão.

—Tudo bem, vamos ligar para ela- Peguei meu celular e disquei o número de Sara.

Que bela amiga você é né ?- Sara atendeu furiosa.

—Se eu disser que te amo muito, você me perdoa ?- tentei enrola-la com a voz mansa.

Não mesmo. Você me abandonou ontem na festa. Aonde você foi ? Nem ao menos se despediu de mim— Disparou tudo de uma vez.

—Eu realmente não posso te responder isso agora. Quero te encontrar hoje, vamos ao shopping ?- Tentei mudar de assunto, porque realmente não queria falar na frente da minha filha que amarrei o pai dela.

O que você fez Smoak ?- Sara questionou-me. Aposto que ela semicerrou os olhos.

—Juro que não aprontei nada demais- Tentei me defender- Uma pessoinha quer falar com você- Passei o celular para Mia.

—Oi, tia Sara. Que saudade- Mia disse entusiasmada por falar com a tia. Mia ficou em silêncio por alguns segundos e depois voltou a falar.

—Sim, tia. Quero te contar tudo sobre meu primeiro dia de aula. Fiz tantos amigos e um monte de desenhos- Mia disse, completamente sem fôlego devido ao entusiasmo-Tá bom tia. Vou passar para mamãe. Um beijo- Mia beijou o celular e passou ele pra mim.

Nos encontramos às 16:30 PM na Praça de alimentação. Quero que você me conte tudo o que você fez ontem a noite— Sara falou, autoritária.

—Sim senhora, capitã Lance- Falei zombeteira- Prometo que contarei tudo nos mínimos detalhes. Agora nós vamos almoçar- Falei para ela.

Tá bom. Eu vou terminar meu café— Ri de sua resposta e encerrei a chamada.

—Agora vamos descer, meu amor- Peguei na mão de Mia e saímos do quarto. Descemos às escadas e fomos direto para a sala de jantar. Todos já estavam reunidos a mesa quando chegamos. Sentei Mia ao meu lado e coloquei a devida proteção para que seu vestido não sujasse. Começamos a comer e todos começaram a conversar, exceto por mim e Oliver.

Esse, por outro lado, não parava de me encarar, o que já estava me incomodando. Não sei, parece que ele queria ler a minha alma. Senti um frio subir pela minha espinha e se alastrar por todo o meu corpo. Todo o almoço foi assim. Eu subia meu olhar e lá estava ele me encarando.

Terminei de comer e me retirei da mesa. Mia ainda estava na sobremesa, fora que conversava mais do que comia, então deixei ela ter com todos na mesa. Entrei no quarto e fiquei andando de lado para o outro, praticamente abrindo um buraco sob meus pés. Parei na frente do espelho do closet e fiquei de olhos fechados tentando tirar meus pensamentos de um certo loiro de olhos azuis. Mas dei um pulo de susto quando senti suas mãos em minha cintura e minhas costas encostando em seu peito.

—Algum problema, Felicity ?- Estava suspirando alto. Oliver falou bem próximo ao meu ouvido e senti toda minha pele arrepiar.

—Não. Nenhum problema- Respondi, com o único fio de voz que me restava. Estávamos perigosamente perto demais um do outro- Por que pergunta ?- Criei coragem para perguntar.

—Você saiu da mesa praticamente correndo. Pensei que estava acontecendo algo com você- Ele respondeu, cínico. Ele sabia que era ele que estava me deixando assim- Será que é por causa do meu olhar pra você ?- Ele me questionou, então deu um beijo no meu pescoço e começou a subir suas mãos pelo meu corpo. Fechei os olhos com a sensação. Maldito ! Ele estava descontando minha ousadia de mais cedo.

—Oliver...- Gemi baixinho seu nome. Ele continuou a beijar meu pescoço e suas mãos ainda passeavam por meu corpo.

—Tá vendo ? Foi isso que você me provocou mais cedo, Felicity- Ele sussurrou no meu ouvido- Abra os olhos, Felicity, veja como eu também posso te enlouquecer- Abri meus olhos e vi nosso reflexo no espelho. Eu estava entregue a ele, completamente sem fôlego- Eu sei que você também está jogando comigo. Mas deixa eu te contar um segredo: Eu sou mais experiente que você nesse jogo- Oliver disse confiante e sexy. Nesse momento acordei do meu transe e me virei para ele.

—Que pena, Oliver. Você não tem ideia de como eu me tornei mais experiente nos seus joguinhos- Falei próximo de seu rosto. Passei minhas unhas por sua nuca e Oliver fechou os olhos se arrepiando todo- Você acha que é só você que faz alguém suspirar ?- Perguntei dele, apertei seu amiguinho dentro da calça e Oliver grunhiu de prazer. Ele estava completamente duro- Você não poderia estar mais enganado- Tirei minha mão de lá e sai de seu aperto, antes que meu corpo me traísse.

Eu estava sem fôlego. O ar parecia que tinha sumido dos meus pulmões nesse momento. Uma coisa era certa: Eu precisava fazer Oliver se render diante de mim. E rápido ! Não sei quanto tempo meu corpo irá aguentar a toda essa provocação.


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Notas finais do capítulo

Esses dois ainda vão pegar fogoooooo
Apartir desse capítulo começará a onde de provocações deles dois !!!
Espero que tenham gostado amores
Bjs anjos, até semana que vem



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