Os Vingadores - Entre Herois e Aliens escrita por Lia Araujo


Capítulo 30
Bellwood




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Na manhã seguinte, Natasha já estava indo em direção a sala do diretor para as últimas instruções.

— Bom dia, diretor Fury - Natasha falou entrando na sala

— Bom dia, Natasha - Fury cumprimentou olhando-a - Estudou o arquivo?

— Sim, senhor - Natasha respondeu simplesmente

— Assim que tiver alguma informação, nos atualize - Fury falou olhando-a - Nossos superiores querem saber o que está acontecendo.

— Sim, senhor - Natasha respondeu simplesmente

— O agente Barton irá levá-la ao aeroporto - Fury falou e Natasha assentiu se retirando da sala em seguida

— Está tudo pronto? - Clint perguntou ao encontra-la no corredor

— Sim, um agente já levou as malas - Natasha falou se aproximando

— Ótimo, vamos indo - Clint falou e eles começaram a caminhar - Aqui estão as chaves da casa.

— Obrigada - Natasha falou pegando o molho de chaves

— Mais uma coisa - Clint falou enquanto caminhavam

— Meu avô e meu pai cresceram naquela cidade é muito provável que alguém reconheça o sobrenome - Clint falou olhando-a

— O que devo responder? - ela perguntou simplesmente

— Diga que é uma sobrinha do meu pai - Clint falou e Natasha assentiu

Eles entraram no carro, Clint dirigiu até o aeroporto, ajudou a Natasha a descarregar as malas.

— Tenha uma boa viagem, Natália - Clint falou a surpreendendo

— Não sabia que deveria assumir a identidade agora - Natasha falou disfarçando

— Não precisa, mas Natália parece ser um nome que combina com você - Clint falou olhando-a - Cuidado para não perder o vôo.

— Tá bem - Natasha falou pegando as malas - Até mais.

— Até - Clint falou indo em direção a porta do motorista e Natasha deu as costas entrando no aeroporto

Fez o check-in e aguardou até o vôo ser chamado, embarcou iniciando a viagem. Algumas horas se passaram até que o avião pousou no aeroporto de Bellwood, desembarcou, pegou as malas, fez sinal para um táxi que estava em frente ao aeroporto, o veículo se aproximou, o motorista auxiliou a guardar a bagagem e eles entraram no carro. Natasha deu o endereço, durante o percurso ela observava a cidade, realmente parecia o lugar que você iria para tentar manter distância de tudo, existia uma área desértica nos arredores da cidade, o típico lugar esquecido pelo mundo. Não demorou muito para eles chegassem, Natasha desceu, pegou as malas com a ajuda do motorista e foi em direção a porta. Pegou as chaves na bolsa, procurou a da porta e abriu.

Natasha subiu a escada, levando as malas, todas as portas dos cômodos superiores estavam abertas, facilitando para que ela conhecesse cada lugar. Ela caminhou em direção ao quarto que era próximo ao final do corredor, mas se deteve na porta quando viu as marcas lateral da porta, era marcações de altura de acordo com a idade, ela se abaixou notando que haviam duas. Uma com o nome do irmão e outra com o nome do pai.

— Esse era o quarto do Clint - ela murmurou entendendo e se levantou - E do papai, quando ele era criança.

Observou o quarto, sem decoração, mas as cores azuis gelo do quarto davam um ar mais masculino, Natasha foi para o quarto ao lado, que tinha tons neutros. Arrumou as coisas e começou a olhar outros cômodos da casa para conhecer melhor, tentando imaginar como teria sido crescer ali com a família, foi para a garagem, se aproximou vendo as ferramentas do pai, até que viu um porta retrato na parede. Era uma fotografia da família,  a mãe estava grávida, pelo tamanho da barriga estava aproximadamente oito meses, ela sorria para a câmera, o pai estava com o Clint no colo. Eles estavam felizes, Natasha estendeu a mão para tirar a foto da parede para ver melhor, mas no momento em que o tirou um painel oculto na parede se revelou, ela colocou a fotografia na bancada e se aproximou do painel, no centro havia um símbolo semelhante ao do dispositivo de comunicação que usava com o Dimitri. Parecia ser uma tranca com leitor digital, Natasha colocou a fotografia no lugar e o painel sumiu novamente.

— O que isso esconde? - ela perguntou a si mesma

Ela retornou a casa, procurou nos cômodos, qualquer coisa que se parecesse com aquele símbolo, olhou em lugares visíveis, até que começou a procurar fundos falsos, mas não encontrou nada.

— Que droga - ela murmurou frustada

Após se controlar da busca sem resultados, ela foi tomar um banho, colocou um conjunto moletom, os tênis, os fones e decidiu correr para conhecer um pouco a região, aproveitar para comprar algumas coisas. Muitas perguntas estavam se formando na mente dela.

"Que tecnologia era aquela? Quais eram os segredos que minha família escondia? Quem eles realmente eram? Será que missão está ligada a eles de alguma forma?"

Ela estava tão distraída com seus pensamentos que parou de prestar atenção as coisas a sua volta, não notando a aproximação de uma bicicleta.

— Cuidado - a ciclista gritou

Devido a altura do fone, ela mal conseguiu ouvi-lo, mas olhou em volta, quando notou a aproximação, deu dois passos para trás, tropeçando nos enfeites do Jardim de uma das casas, caindo de costas no gramado. O garoto na bicicleta pela freada brusca acabou caindo na calçada, Natasha se levantou indo até o rapaz.

— Me desculpe, não estava prestando atenção - ela falou tirando a bicicleta que estava em cima da perna dele e se ajoelhou ao lado dele  - Você tá bem?

— Tô sim, já tive quedas piores - O garoto falou tirando o capacete

Foi quando ele a olhou com atenção pela primeira vez e ficou em silêncio por alguns segundos.

"- Ela é linda" - ele pensou olhando-a

— Você está bem mesmo? - ela perguntou olhando-o nos olhos o trazendo de volta a realidade

— Sim, não foi nada - ele respondeu olhando-a - E você? Foi uma queda feia.

— E, mas a grama amorteceu a queda - ela falou se levantando e estendeu a mão para ele - Acho melhor eu evitar usar fone por aqui.

— A culpa foi minha, não deveria tá correndo daquele jeito - o garoto falou levantando a bicicleta - Sinto muito.

— Não tem problema - ela falou olhando-o e guardou os fones do bolso do moletom - Melhor eu ir andando.

Ela deu as costas pronta para atravessar a rua.

— Espere - o garoto falou e ela o olhou - Eu não sei o seu nome.

— Natália Barton - ela respondeu e ele se aproximou estendendo a mão

— Benjamin Tennyson - ele falou a cumprimentando - Mas todo mundo me chama de Ben.

— Prazer em conhecê-lo - Natasha falou  olhando-o

— O prazer é meu - Ben respondeu - Nunca te vi por aqui.

— Acabei de me mudar e decidi dar uma volta e ir comprar algumas coisas pra jantar - ela respondeu com sinceridade

— Se quiser, posso te mostrar o caminho do mercado - Ben falou um pouco rápido e ela sorriu em divertimento, deixando um pouco constrangido - Acho que é o melhor jeito de te pedir desculpas por quase te atropelar de bicicleta.

— Acho que vou aceitar - ela respondeu olhando-o - Vai ser bom ter um guia.

Eles começaram a caminhar, lado a lado, Natasha estava com as mãos no bolso do moletom, enquanto Ben arrastava a bicicleta. Ao chegarem no mercado, ele prendeu a bicicleta e a acompanhou mostrando onde ficava cada coisa no mercado, ela pegava o que era necessário.

— Poderia pegar o molho de tomate pra mim? - ela perguntou pegando macarrão na prateleira oposta

No momento em que se virou viu o relógio com o símbolo que havia visto na parede da garagem, mas desfaçou ao pegar o molho da mão dele.

— Obrigada - ela falou colocando o molho no carrinho

— Mais alguma coisa? - ele perguntou olhando-a

— Estou pensando em comprar algumas coisas pra fazer uma sobremesa - ela falou simplesmente

— Tudo bem - Ben falou e a guiou pelo mercado

Comprou tudo que precisava, foi ao caixa, pagou e sairam do mercado.

— Deixa eu te ajudar - Ben falou pegando as bolsas e colocando no guidão da bicicleta

— Obrigada - Natasha falou e eles começaram a caminhar

Alguns minutos se passaram com eles em silêncio, até que ela percebeu que ele iria acompanha-la até a casa.

— Não precisa me acompanhar até em casa - Natasha falou olhando-o

— Não tem problema, moro por aqui - ele respondeu dando de ombros e eles seguiram o caminho até a casa dela

— Chegamos - ela falou parando em frente a casa

— Você mora aqui? - ele perguntou surpreso

— Sim - ela respondeu estranhando a reação

— Não sabiam que haviam vendido a casa - Ben falou simplesmente

— Não venderam, ela é da família - Natasha respondeu com sinceridade - Como me mudei pra cidade, deixaram que eu ficasse aqui

— Entendi - Ben falou olhando-a

— Obrigada pela ajuda e a companhia - Natasha agradeceu pegando as bolsas

— Não precisa agrade... - Ben não teve chance de terminar de falar

— Onde você estava, Benjamin? - uma mulher loira estava praticamente gritando na porta da casa em frente a da Natasha - Estava preocupada

— Foi mal, mãe - Ben respondeu constrangido - Pode, por favor, não gritar?

Ben indicou levemente com a cabeça na direção da Natasha que estava segurando o riso.

— Ah! Não tinha visto que estava acompanhado - ela falou atravessando a pista para se aproximar deles

— Peço desculpas, senhora Tennyson, foi por minha causa que ele demorou - Natasha falou olhando-a - Acabei de me mudar e o Ben se ofereceu para me mostrar um pouco do bairro e me acompanhou nas compras.

— Tudo bem, não precisa se desculpar - a senhora Tenisson falou sorrindo - Vi que se mudou está manhã, como se chama?

— Natália Barton - ela respondeu e cumprimentou a mulher a sua frente - É um prazer.

— Igualmente, me chamo Sandra - a senhora Tennyson falou olhando-a - Gostaria de jantar com a gente esta noite?

— Obrigada, não quero causar incômodo - Natasha falou olhando-a

— Por favor, é a nossa maneira de dar as boas vindas - a senhora Tennyson insistiu

— Ela não vai mudar de ideia - Ben falou simplesmente

— Tudo bem, obrigada - Natasha cedeu olhando-a

— Perfeito - a senhora Tenisson falou contente com a resposta - Nos vemos às 19h, tudo bem?

— Claro - Natasha falou ajeitando as bolsas nas mãos - Se me dão licença, vou guardar as compras.

— Sim, claro - a senhora Tenisson falou e Natasha se afastou

— Até mais tarde - Natasha falou destrancando a porta

— Até mais - os Tennyson responderam

— Garota educada - a senhora Tennyson comentou enquanto iam para casa

— Unhum - Ben murmurou ao lado da mãe

— Bonita também - a senhora Tennyson falou como quem não quer nada

— Unhum... Espera, o quê? - Ben falou surpreso fazendo a mãe rir

— Não tem problema em acha-la bonita - a senhora Tennyson falou dando de ombros - Mas não deixei de notar que vocês têm a mesma idade.

— O que você quer dizer com isso, mãe? - Ben perguntou olhando-a

— Nada - ela respondeu simplesmente - Agora vem, precisamos deixar tudo arrumado pro jantar.

Ben entrou para ajudar a mãe, enquanto Natasha decidiu que iria preparar uma sobremesa para levar. Se aquele relógio tinha o mesmo emblema do dispositivo do Dimitri, o mesmo que estava na garagem da casa do pai, significa que de alguma forma estavam ligados e a melhor forma de descobrir isso era se aproximando do Tennyson, ele poderia ter as respostas que ela veio procurar.

Natasha se trocou, escolheu uma calça jeans, sapatilhas pretas e uma blusa vinho, deixou o cabelo solto prendendo apenas algumas mechas laterais atrás da cabeça com presilhas, dando a ela uma aparência relativamente inocente. Foi até a cozinha, pegou a travessa com a sobremesa e saiu pontualmente às 19h, atravessou a rua ao chegar em frente a casa dos Tennyson, ela bateu na porta três vezes e aguardou.

Ao ouvirem os toque na porta, Sandra olhou para o filho.

— Poderia abrir a porta, enquanto termino de arrumar a mesa? - Sandra perguntou olhando o Ben que se levantou indo em direção a porta

Poucos instantes depois a porta foi aberta, Ben usava jeans, uma camisa preta e tênis, ele precisou de alguns segundos para se recompor ao vê-la.

"- Porque ela consegue, me deixar se reação, apenas por me olhar?" - ele perguntou, mas afastou o pensamento.

— Boa noite, Ben - Natasha falou sorrindo

— Boa noite, entra - Ben falou dando passagem

— Com licença - ela murmurou entrando, esperou ele fechar a porta e o acompanhou até a sala de jantar.

— Boa noite, Natália - Sandra falou se aproximando

— Boa noite, senhora Tennyson - Natasha falou sorrindo e entregou a travessa - Trouxe a sobremesa.

— Não precisava se preocupar - Sandra falou recebendo a travessa

— É o mínimo que eu poderia fazer para agradecer a receptividade - Natasha falou educadamente

— Bombom de travessa? - Sandra perguntou e Natasha assentiu - Parece delicioso. Por favor, fique a vontade, meu esposo já está descendo.

— Obrigada - Natasha falou e não demorou muito para o pai do Ben chegasse

— Olá, boa noite - o homem de cabelos castanhos entrou no cômodo se aproximando dela - Você deve ser a nossa nova vizinha, Natália Barton.

— Sim, é um prazer conhece-lo, senhor Tennyson - Natasha o cumprimentou educadamente

— O prazer é meu - o pai do Ben respondeu - É mais bonita que a minha esposa havia dito.

— Ah... Obrigada - Natasha falou corando

— Carl, querido - Sandra falou da cozinha - Poderia vir aqui?

— Com licença - Carl falou e foi até a esposa

— Sinto muito pelo que meus pais disseram - Ben falou totalmente sem graça

— Discorda deles? - Natasha perguntou olhando-o

— Sim, não, claro que não, digo eu... - Ben falou ficando agitado e Natasha riu o silenciando

— Eu estou brincando, Ben - Natasha falou olhando-o e ele se acalmou - Não se preocupe.

— O jantar estar servido - Sandra falou colocando as travessas na mesa

— Vamos? - Ben falou olhando-a e Natasha assentiu se permitindo ser guiada por ele.


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Notas finais do capítulo

Feliz Ano Novo, Meus Amores.

Obs: Todas as fics atualizadas e fic nova chegando



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