Uma história de Amor. escrita por Gabs


Capítulo 7
2018


Notas iniciais do capítulo

Quando eu escrevi essa fic eu fiz ela de trás para frente. Os dois momentos dessa história de amor. Do Término como vocês viram anteriormente e sobre eles juntos depois disso. Quando eu postei achei que talvez fosse ficar um pouco confuso postar na forma como eu escrevi, mas acho que agora vai funcionar.
Então, vamos fazer desse capítulo um teste, ok?
Me digam, por favor, nos comentários se essa estrutura faz sentido para vocês. Se não fizer... tudo bem. Eu excluo o capítulo e a gente finge que nada disso aconteceu.



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Julho, 2018

Rose junto com suas companheiras de equipe foram para o tradicional happy hour das quintas-feiras, no Flex.

Scorpius estava em seu apartamento arrumando-se para um jantar em família, procurou o terno mais elegante que tinha e colocou até mesmo uma gravata, coisa que não se cansava de dizer que odiava.  Tudo isso para impressionar Draco Malfoy.

Depois de inúmeras discussões naquela semana, seus pais o esperavam, que como sempre estava atrasado, mas Astoria estava feliz simplesmente por ele ir. Não era fácil marcar um encontro em que o dois (Draco e Scorpius) fossem.

A relação entre pai e filho, estava estremecida desde que Scorpius, ao sair de Hogwarts dedicou-se a ser jogador de quadribol profissional e não um auror ou medibruxo como Draco havia idealizado para o filho.

Após isso, Scorpius acusou Draco de subornar os donos de times para que não o contratassem. Draco, por sua vez, alegou que tal fato ocorria da falta de talento do filho e não por culpa dele. Com o passar dos anos, Scorpius finalmente encontrou um emprego, mas na Liga 2.

(N/A) - A Liga 2, fora criada há doze anos para times regionais que haviam sido criados com o passar dos séculos e não tinham espaço frente aos times já consagrados.

Jogar em um time da Liga 2 foi encarado por Draco como uma verdadeira desafronta de Scorpius e cortou relações permanentemente com o filho.

Desde então a ‘missão’ de Astoria era fazer com que os deixem de ser orgulhos e assumissem que sentiam saudade um do outro.

—Seu filho como sempre atrasado.

Resmungou Draco.

—Nem comece Draco. Sabe muito bem que nosso filho puxou isso de você e não de mim.

Astoria disse fazendo o marido cala-se. Athena apenas sorria ao ver a carranca de seu pai. Scorpius chegara minutos depois.

—Boa noite mulheres da minha vida.

Cumprimentou  beijando as duas. Sentou na mesa, no único lugar vago, que propositalmente era ao lado de seu pai.

—Draco.

—Scorpius.

Os dois se cumprimentaram.

Astoria percebendo o clima tenso tomou as “rédeas” da conversa junto com Athena.

—Como vai a sua vida, Scorp?

Astoria perguntou.

—Está como sempre... só vou do treino para meu apartamento e do meu apartamento par ao treino.

—Como se fossemos acreditar nisso, não sei porque não conta a verdade. Ontem mesmo eu estava lendo em uma revista que você possivelmente está namorando com aquela cantora Debra Morgan.

Athena retrucou. Scorpius sorriu.

—Quantas vezes vou ter que falar que as revistas mentem, eu nem conheço essa garota.

—Eu queria ter uma nora.

Comentou Astoria esperançosa.  

—Desculpe mamãe, mas os treinos tomam quase todo meu tempo.

—Fala como se a vida de um jogador fosse difícil. Sabe o que é difícil? ... –Draco comentou, mas foi cortado por Scorpius.

—Você calar a boca.

—Os dois! Nem comecem!

Astoria ralhou e os dois se calaram.

—Scorpius, um colega meu de Hogwarts me perguntou se você vai jogar nos Stonewall Stormers na próxima temporada, é verdade?

—Quem é esse seu amigo?

Perguntou Scorpius curioso, pouquíssimas pessoas sabiam que ele havia recebido uma proposta do Stonewall Stormers.

—Por que quer saber quem é ele? É verdade?

—Você vai jogar nos Stonewall?

Draco perguntou curioso.

—Recebi uma proposta, não é nada demais, mas seu amigo não deveria ter essa informação.­

—Então você vai para o Canadá?

Athena perguntou alegre, ela sempre quis conhecer outros países.

—Eu disse que havia recebido uma proposta não que havia aceitado.

—Mas você tem que aceitar!

Draco manifestou-se.

—Como assim eu tenho que aceitar?

—Ora, é um time bom, se vai realmente seguir nessa carreira vergonhosa que escolheu que seja ao menos em um time que valha a pena.

—Os Panthers são um ótimo time, ganhamos a taça por dois anos...

—Os Panthers são um timinho da Liga 2. Não tem como ir mais baixo que isso.

—É claro que tem... ser um comensal, por exemplo.

—Scorpius! Retire o que disse, agora.

Astoria o repreendeu.

—Não importa o que eu falar não deixará de ser uma verdade.

Scorpius comentou acidamente. Draco fechou o pulso e contou mentalmente até 10 para não atacar seu próprio filho, ao perceber que não iria se segurar saiu da mesa sem se despedir de ninguém.

—Satisfeito?

Astoria disse bravamente indo atrás do marido.

—Acho que vou ter que te levar para casa.

Scorpius comentou com a irmã.

—Você não devia falar aquilo para o papai.

—Eu sei – concordou- é só que ele consegue me tirar do sério.

—Por que você não aceitou a proposta? Papai pode ser chato as vezes, mas ele tem razão, os Panthers é um time da Liga 2, é minúsculo se comparado ao Stormers. Além disso, você já deu o que tinha que dá no seu time, está na hora de conhecer outros ares.

—Você só está dizendo isso porque quer conhecer o Canadá.

—Também, mas você continua enrolando e não conta porque não aceitou.

—Recebi mais de uma proposta, estou avaliando outras que me permitiram ficar aqui na Grã-Bretanha.

—Não te entendo Scorp. Eu daria tudo para poder viajar por todo o mundo e você querendo ficar aqui.

—Maninha, você ainda é muito nova, mas um dia vai entender que mais importante que o lugar é quem está nesse lugar.

—Não entendo, se for por minha causa ou da mamãe nós vamos ficar bem... A não ser que..., mas agora pouco você me disse que não estava com ninguém.  Você tem uma namorada é isso? Por que se for você pode levar ela.

—Vamos logo para casa pirralha.

—É uma garota! Scorpius está apaixonado. Quem é ela?

Scorpius não respondeu sua irmã, pagou a conta e aparatou com ela para a Mansão Malfoy. A mansão continuava a mesma da sua infância, sua mãe, conseguiu tirar um pouco da morbidez que a decoração da casa trazia, mas Draco não deixou ela tirar tudo, segundo ele, a mansão Malfoy precisava de um pouco de morbidez.

Athena deu um beijo de boa noite nele e não insistiu novamente em perguntar sobre uma possível namorada. Quando ele ia embora Astoria o chamou.

—Não vai pedir desculpas ao seu pai?

Perguntou ela.

—Se a senhora quiser mesmo eu até posso ir, mas ambos sabemos que ele não vai dar a mínima.

—Ele não é tão ruim como você está pintando.

—Eu só sei o que eu vejo, não posso argumentar um outro lado que nunca vi.

—Scorpius...

Ela ia continuar, mas um som se instaurou no ar. Scorpius puxou um telefone celular sob olhares curiosos de sua mãe.

—Oiii, gostoso. Eu já disse que você é um lindo, uma delícia e, que passei a noite inteira imaginando como você deve estar um tesão com terno, você sempre fica na verdade, porém fica muito mais gostoso quando eu tiro o terno de você.

Era Rose. Scorpius queria rir, mas conseguiu se conter. Astoria olhou desconfiada, não sabia que o filho tinha um celular.

—Você bebeu?

—Sim, mas isso não muda o que acho de você...

—Me diz onde você está... vou aí te buscar, você não pode aparatar nestas condições.

— Já falei que sou louca por você? Porque se eu não disse, eu sou, e, muito.

—Por que não me diz onde está e daí conversamos pessoalmente.

—Você está de terno?

—O que isso tem a ver com a sua localização?

—Você está de terno?

—Sim, estou.

—Qual terno?

—Um azul marinho.

Respondeu impaciente. Rose tinha mania de fazer várias bobagens quando ficava bêbada.

 —Você ficou irritado porque te liguei?

—Não, eu só quero que me diga onde está e com quem está.

—Estou com as meninas do time estamos bebendo e dançando.

—Onde?

—Estou com saudade de você.

—Nos vimos ontem à noite.

—Eu sei, mas queria ficar com você o dia inteiro.

—Certo, mas onde você está?

—Você não gosta de mim, não é? Se não gosta diga logo, não gosto que me façam de boba.

—Não é isso, só acho que se você me falar onde está podemos conversar pessoalmente.

—Não minta para mim, Scorpius. Está óbvio pelo seu tom que você não gosta de mim.

—Estou com minha mãe aqui, por favor, me diga onde você está.

—Não quero atrapalhar seu jantar em família.

—Eu já estou indo para casa, portanto, você não atrapalhou nada.

—Tenho que ir as garotas estão me chamando.

—Espera, onde você está.

—No Flex.

...

Como sempre o Flex estava cheio, no entanto não foi difícil para Scorpius encontrar Rose, ela era a alma de toda festa. O loiro não pôde deixar de sorrir ao ver a amada no centro de uma roda dançando animadamente com uma morena, Judith. Discretamente ele se aproximou da roda que não continha somente as garotas do time, mas como algumas amigas destas e amigos/namorados também, Scorpius se colocou na frente da visão de Rose, quem o viu primeiro foi Judith e ela cutucou a amiga ao seu lado.

—Um brinde a minha “incrivibilidade”!

Gritou Judith tomando a atenção para si, deixando assim, Rose livre para dar uma escapada com Scorpius.

Rose não se importou se alguém podia vê-los e assim que chegou perto de Scorpius o beijou, ele correspondeu prontamente.

—Você não acha que bebeu um pouco além da conta?

Scorpius perguntou realmente preocupado, a namorada, embora sempre chamasse atenção para si, era bem discreta no quesito relacionamento, ainda mais quando namorava com um Malfoy.

—Você não tem ideia do quanto me excita quando está de terno.

Rose disse sedutoramente no ouvido dele. Scorpius respirou fundo, ela amava quando ela fazia essa voz sexy.

—Ro, porque não vamos para casa, você obviamente bebeu demais.

—Só se você prometer que não iremos dormir.

Scorpius sorriu diante da malicia da namorada, apenas a agarrou pelo braço e saíram juntos pela porta dos fundos.

Philip, um dos rapazes que estavam com as garotas foi o primeiro a perceber a falta da ruiva, estranhando a situação perguntou: “Cadê a Rose?”.

—Vocês não a viram saindo com um carinha? Ela foi terminar a noite da melhor forma possível, com sexo.

...

O apartamento de Scorpius ficava na Londres trouxa, especificamente em Chelsea, morar “do outro lado da fronteira” era uma forma de se libertar de Draco, além disso, por morar em um local trouxa com pouca ou praticamente nenhuma tradição bruxa, isso era bastante vantajoso, principalmente para o namoro dele com Rose, já que podiam andar ali com bastante tranquilidade sabendo que não passariam de mais um casal no meio da multidão, diferente do que provavelmente ocorria em outro local com tradição bruxa, pois ali eles seria, Um Malfoy e Uma Weasley, juntos, ou, o filho do Draco com a filha de Ronald.

No entanto, também tinha suas desvantagens, ele não podia, por exemplo aparatar diretamente no prédio, portanto aparatou no beco na esquina de seu prédio e caminhou com Rose até o prédio.

...

Rose e Scorpius começaram a se beijar já no elevador, dentro do apartamento ela o jogou no sofá e subiu em cima dele. O movimento a deixou tonta, mas ela não o deixou perceber e o beijou ferozmente.

—Rose, você bebeu muito.

—Isso não quer dizer que eu não queira você.

—Mas quer dizer...

Ele não continuou, pois Rose correu para o banheiro, ele a seguiu e viu sua teoria sendo provada, Rose estava vomitando.

—Não faça essa sua cara de ‘eu tinha razão’.

Rose falou ao limpar sua boca na pia. Scorpius, com a varinha, convocou, um copo com água.

Rose passou o resto da noite inteira sentada ao lado da privada, Scorpius ficou ao lado dela bancando o bom moço, fazendo-a rir da situação, segurando o cabelo dela...

...

Rose acordou e tentou lembra-se da noite anterior, mas via somente alguns flashes, ela demorou um pouco para se situar no espaço e percebeu aliviada que estava no apartamento de Scorpius.

Scorpius estava na cozinha tomando uma xicara de café e lendo o jornal, Rose chegou de mansinho e ficou o admirando em silêncio.

—Você sabe que eu não mordo, certo?

Comentou ele.

—Estava te admirando. E, agora estou me perguntando se fiz alguma coisa ontem que possa me arrepender hoje.

Scorpius sorriu. Às vezes quando bebia Rose fazia coisas que iniciava uma briga entre os dois.

—Não sei se você vai se arrepender, mas eu descobri que eu de terno deixo você completamente louca.

Rose relaxou, eles não haviam brigado.

—Eu quando estou bêbada falo cada bobagem.

Disse ela sentando-se nas pernas dele e o beijando.

—Então eu não te deixo louca quando estou com terno?

—Você me deixa louca de qualquer jeito.

Scorpius sorriu largamente. Ele sabia disso, mas Rose não gostava de falar de sentimentos, então quando ela falava coisas desse tipo, o animava.

—Você também me deixa louco de qualquer jeito.

—Até mesmo bêbada?

—Até mesmo quando estou segurando seu cabelo enquanto você passa mal.

Rose acariciou o rosto de Scorpius e encostou sua testa a dele.

—Amo você.

Disse ela bem baixinho.

—Eu sei, mas agora você tem que se alimentar ou esqueceu que vai almoçar com sua família hoje?

Scorpius disse carinhoso, ele queria responder que também a amava, mas conhecia Rose suficientemente bem para saber que aquilo foi mais uma confissão para ela do que para ele.

Rose levantou-se do colo de Scorpius e foi para o outro lado da mesa, os dois tomaram seu café em silêncio.

Scorpius encostou-se na porta olhando sua amada se vestir, tentando descobrir o que falar, estupidamente ele havia trocado de assunto quando Rose dissera que o amava, no momento ele achou que seria o certo, mas desde então ela não falara mais com ele.

—Você sabe que eu não mordo, não é?

Disse ela fazendo alusão ao que ele dissera mais cedo, no entanto não havia tanto humor em seu tom de voz.

Com passos rápidos Scorpius foi até ela e a beijou, um beijo quente. Rose se desvencilhou dele e fingiu procurar alguma coisa do outro lado do quarto.

—Desculpa, eu amo você.

Rose virou-se zangada

—Que porra é essa de 'desculpa, eu amo você?'

—Merda, eu não queria que soasse desse jeito. Rose eu amo você, eu só pensei que você falou aquilo da boca para fora… eu pensei… eu fui um estúpido, assumo isso.

—Como você pode achar que eu falei que te amo da boca para fora? Eu espero para finalmente falar que te amo e quando falo é da boca para fora?

Scorpius se jogou na cama.

—Eu sei, foi algo estúpido. E se quiser pode ficar brava da minha estupidez, mas não quero que pense nem por um momento que não sinto o mesmo por você. Rose, eu sou louco por você, eu amo você, e sinto que eu tenha estragado a primeira vez em que admitimos isso um para o outro.

—Você estragou mesmo.

Diz ela sentando-se ao lado dele.

—Sinto muito.

Rose acaricia o rosto de Scorpius, forçando-o a olha-la nos olhos.

—Sabe qual o seu problema, Scorp? Você pensa demais. Quando as vezes você deveria só se deixar levar.

—E o seu problema é que você é impulsiva, eu nunca sei quando é impulso e quando é o que você realmente quer.

—Às vezes é os dois. Como foi no nosso primeiro encontro. Fazer sexo com você foi puro impulso, mas eu realmente queria.

Scorpius a beijou ferozmente e a deitou na cama.

—Você parece um adolescente, eu falo a palavra sexo e você já fica todo excitado.

Disse ela tirando a camisa dele.

—Olha quem fala, é você que está tirando minha roupa.

Rose encarava Scorpius e sorriu encantada com ele. Ela o amava. Merlim, como o amava.

—Amo você. Muito.

Declarou-se novamente. Scorpius acariciou o rosto dela, Rose fechou os olhos com o toque dele.

—Eu te amo, Rose. Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

Os dois se beijaram e se amaram intensamente.


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