Vila Baunilha escrita por Metal_Will


Capítulo 33
Observados


Notas iniciais do capítulo

Continuando...



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Sorveteria de Vila Baunilha. Anne e Luciano estavam em uma mesa. Ian, Samanta e Briana estavam na mesa ao lado. Samara estava afastada e observando tudo de longe em outra mesa. Luís estava disfarçado em outra mesa, também observando tudo. Ema estava ainda mais longe, na praça da frente, observando tudo de binóculo. Anne apenas precisava gastar seu primeiro sorvete em um encontro com Luciano para validar seu prêmio, mas, pelo jeito, isso seria mais desconfortável do que ela pensava.

—Você não está sentindo algo estranho? - perguntou Anne.

—Não fui eu, não! - reclamou Luciano - Nem com vontade de peidar eu estou!

—Do que você tá falando, seu porco? - reclamou a garota - Eu ia dizer que estou com a sensação de estar sendo observada.

—Claro, porque o mundo tem que girar ao redor, não é? - rebateu Luciano.

—Cala a boca - retrucou a garota.

—Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu! - respondeu Luciano

—Ai, como você é criança! - reclamou Anne, olhando para o lado e balançando a cabeça negativamente.

— “Ai, como você é criança!” - imitou Luciano, fazendo uma voz irritante - Você que é chata mesmo.

—Não vou discutir com você - disse ela, olhando para trás e quase vendo Luís. O jovem Luís, por sua vez, colocou o cardápio na frente da cara para evitar o contato com Anne.

“Bem, pelo menos eles ainda estão brigando. Espero que continue assim”, pensou Luís. “Mas caso o Luciano tente dar uma de engraçadinho...vou ter que interferir. Preciso proteger a minha Anne dessa ameaça!”

Se é que aquele marmanjo brincando com canudinho enquanto esperava seu pedido podia ser considerado uma ameaça.

—O que você pediu mesmo? - perguntou Anne.

—Já que é na faixa, pedi o banana split que eles fazem aqui. É enorme! - disse ele, empolgado.

—Ah, sei - disse Anne - Mas deve engordar pra caramba.

—Entendi. É, acho que é bom você pensar nisso mesmo - comentou Luciano em um tom maldoso.

—Tá me chamando de gorda, é? - perguntou Anne.

—Gorda, gorda, não. Mas se você não se cuidar pode acabar ficando mais cheinha, né?

—Não vou nem falar nada - disse Anne, novamente balançando sua cabeça negativamente.

—Como ousa tecer um comentário desses, seu troglodita - disse Ian, virando sua cadeira para a mesa de Luciano e Anne.

—Ei, não me chama disso aí, não! - reclamou Luciano - Eu nem falo outro idioma.

—Falei troglodita, não poliglota e...ah, deixa pra lá! - continuou Ian - Não vou admitir que desrespeite a silhueta perfeita da senhorita Anne.

—Também não exagera, vai? - falou Anne.

—Por que não deixa esse imbecil de lado, senhorita Anne - falou Ian - Junte-se à minha mesa. Eu pagarei por todos os sorvetes que você e sua irmã quiserem. Por toda a minha vida.

—Ei, nem vem! - falou Luciano - Não vou perder minha boca livre, não.

—É só por hoje mesmo - disse Anne - Mas obrigada, Ian.

Enquanto isso, Samanta e Briana pediram seus sorvetes para o atendente.

—O que você pediu? - perguntou Briana.

—Morango - disse ela - É meu preferido. E você? Pediu qual?

—Creme de baunilha - falou Briana - Falam tanto do sabor baunilha por aqui que fiquei curiosa para experimentar.

“Ei, essa é a minha chance”, pensou Samanta. “Quando o sorvete dela chegar, eu acidentalmente levanto e deixo cair em cima dela. Sim, isso seria muito malvado! É hoje que vou te deixar humilhada, Briana. A lei das comédias românticas deve ser obedecida custe o que custar!”

E enquanto Samanta tramava, Samara continuava suas profundas reflexões na outra mesa.

“Luciano e Anne já conversam como se fossem íntimos”, pensou ela. “Espera...isso quer dizer que...eles tem mesmo chances de namorar? Será?”

Samara começou a ficar nervosa, quando o atendente chegou e a assustou.

—Moça?

—Ai! - gritou ela, mas foi rápida o suficiente para esconder sua cara atrás do cardápio antes que os outros a vissem (embora eles não tenham reparado).

—Já decidiu o que vai pedir? - perguntou o atendente.

—P-p-pode ser um sundae de chocolate mesmo - respondeu ela, gaguejando de nervoso.

—Ok. Só um minuto - disse o atendente.

“É verdade...esqueci que corria o risco de falar com p-p-pessoas”, pensou Samara, enquanto tremia de ansiedade. “Mas consegui falar! Que bom!”

Do lado de fora, Ema olhava com seu binóculo tudo que acontecia. A princípio, seu plano estava indo bem, mas ao observar Ian, ela já começou a perceber que poderia ter problemas.

—Por que o Ian está ali enchendo o saco? - reclamou ela - Era para ser um encontro tranquilo para juntar os dois. Pelo jeito, vou ter que mexer uns pauzinhos para acelerar esse negócio.

O que ela está pensando em fazer?


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Notas finais do capítulo

Desculpem o capítulo curto. A ideia era fechar o arco neste capítulo, mas achei que com tudo que tinha na cabeça ficaria meio longo. O problema é que essa primeira parte (neste capítulo) não acontece nada demais. Por outro lado, pode esperar que o próximo capítulo terá realmente mais ação. Hehe.

Obrigado por ler e acompanhar. Até a próxima!



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