Vila Baunilha escrita por Metal_Will


Capítulo 115
Acampamento e treinamento




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—Ai, que demais! - essa exclamação vinha de nossa querida e sempre alegre Briana - Nem acredito que vamos acampar!

Ela falava isso enquanto ajudava suas colegas das Abelhinhas Patrulheiras a arrumar a bagagem na van do grupo no início daquele feriado prolongado. Sua instrutora Márcia dava as instruções (não confundir com a Márcia recém-chegada na cidade e colega de classe de Anne e Luciano. Infelizmente, o imbecil que escreve esta história não percebeu que as duas personagens tinham o mesmo nome).

—Atenção, meninas - disse a instrutora - Não esqueceram nada?

—Não, senhora - responderam elas.

—Ótimo. Vocês se lembram do propósito desse acampamento, não lembram? Vamos colocar nossas aulas de vivência florestal em prática.

—Ai, que incrível! - Briana estava com os olhinhos brilhando - Mal posso esperar para passar esses dias na floresta. Vai ser tão legal!

Ao mesmo tempo, outras duas integrantes das Abelhinhas não estavam tão empolgadas.

—Ela está mesmo animada com esse acampamento, heim? - reparou Samanta, comentando isso com sua amiga Cíntia.

—Tadinha. Se ela soubesse o quanto a gente vai ter que trabalhar - falou Cíntia.

—Tadinha nada - repreendeu Samanta - Somos vilãs, Cíntia. Não precisamos ter pena da mocinha.

—Se você tá dizendo... - reagiu Cíntia.

—Aliás, esse acampamento pode ser uma ótima oportunidade! - falou Samanta, com um olhar malvado.

—Como assim, amiga? - indagou Cíntia.

—Esses acampamentos são cheios de provas. Podemos dar um jeito de fazer a Briana de boba em alguma delas - explicou Samanta.

—Será? Ela tem se saído muito bem - disse Cíntia - Para quem participa nem dois meses do grupo, ela já tem até algumas medalhas.

—Ai, que saco, Cíntia. De que lado você tá, heim?

—Do seu, amiga - falou Cíntia, abraçando Samanta - Sou vilã também.

Mas o sorriso bobo de Cíntia olhando para Samanta não passava muita credibilidade nisso.

De qualquer maneira, as Abelhinhas Patrulheiras tomaram a van e, não muito tempo depois, estavam no local do acampamento.

—Chegamos, meninas - disse a instrutora - Vamos acampar nessa floresta.

—A-aqui, dona Márcia - gaguejou uma das garotas.

—Sim. Algum problema? - respondeu a instrutora.

—Mas essa é a colina do arrepio.

—E daí? - falou a instrutora - É uma floresta com um ótimo espaço para treinar o que aprendemos. 

—Mas é mal-assombrado! - falou a menina, assustada.

Um acorde de órgão poderia ter tocado nessa hora indicando o clima mal-assombrado do lugar.

—Ah, que bobagem - retrucou a instrutora - Deixa de ser boba e vamos logo arrumar nossas coisas. Vamos, vamos, tem muito trabalho pra fazer.

—Mal-assombrada? - repetiu Briana, que não pôde deixar de ouvir toda a conversa - Será que é mesmo? Ah, mas se estamos todas juntas não precisamos ficar com medo.

Samanta olhou para Cíntia com um sorriso e olhar malvado.

—Ouviu isso, Cíntia? - perguntou Samanta.

—Sim, amiga - disse ela - É verdade. Se estamos juntas não precisamos ter medo. Vamos poder assar marshmallow na fogueira à noite e..

—Não é isso! - reclamou Samanta - Estou dizendo que podemos dar um belo susto na Briana.

—Podemos, é? - indagou Cíntia.

—Do jeito que ela é bobinha, aposto que morre de medo de fantasmas ou coisa assim - continuou a filha do prefeito - Ela vai ficar com tanto medo que nunca mais vai dar as caras por aqui.

—No que você tá pensando, amiga?

—Vou amadurecer melhor a ideia e já te falo. Por enquanto, vamos só arrumar nossas coisas - falou Samanta.

Enquanto isso, a floresta da colina do arrepio parecia estar recebendo mais um visitante. Alguém particularmente interessado em pássaros.

—Beleza. Café aquecido na fogueira - disse Gustavo, também armando seu acampamento nas proximidades - Não posso desperdiçar esses dias de folga que o Sr. Antenor me deu do restaurante. Vou aproveitar para caçar a lendária codorna rosa selvagem e finalmente ter permissão de casar com a Kelly.

Lembramos que a condição do Dr. Renato para conceder a mão de sua filha para Gustavo era que ele conseguisse encontrar uma ave rara (e inexistente) chamada codorna rosa selvagem. Bem, Dr. Renato parecia disposto a contar a verdade para Gustavo em algum dia. Algum dia…

—Chega de moleza! - falou Gustavo - Hora de retomar o meu treinamento. Acho que vou começar com umas 100 flexões.

Pelo visto, não era apenas o grupo das Abelhinhas Patrulheiras que estava na região. Por falar nas meninas, elas continuavam trabalhando duro em seu acampamento. Após armarem todas as barracas, a instrutora deu ordens para que procurassem cogumelos, separando os comestíveis dos venenosos.

—Sabia que todo cogumelo é comestível, Cíntia? - falou Samanta, olhando para as unhas enquanto Cíntia fazia o trabalho de procurar os cogumelos.

—Sério? - estranho Cíntia.

—É - disse Samanta - Mas alguns só são comestíveis uma vez.

Ela riu.

—Parece estar animada, né, amiga? - disse Cíntia, sem saber muito bem como reagir.

Enquanto isso, Briana também saltitava, colhendo alguns cogumelos que encontrava.

—Se divertindo, Briana? - perguntou Samanta, se aproximando como quem não quer nada.

—Muito - disse ela - Não sabia que tinha tantos cogumelos por aqui.

—É, estamos numa floresta, né? - disse Samanta - Aliás, sabia que essa floresta é assombrada.

—Assombrada? Mesmo? - perguntou Briana.

—É - confirmou Samanta - Já ouvi várias histórias tenebrosas do que acontece por aqui. Se eu fosse você, tomava bastante cuidado, viu?

—Ah, mas estamos com as outras meninas - disse Briana - E tem a instrutora também. Duvido que algum fantasma apareça.

—Mesmo assim, melhor tomar cuidado - disse Samanta - Tem uma história que, ai, melhor não contar.

—Conta, vai. Agora fiquei curiosa! - falou Briana.

—Então, teve uma história de uma menina que foi Abelhinha Patrulheira e também achava que estando junto com as outras estava a salvo - contou Samanta - Mas uma hora ela se distraiu, acabou se perdendo do resto do grupo e ficou vagando na floresta.

—E o que aconteceu? - Briana estava empolgada.

—Foi atacada por um lobo e acabou morrendo. Dizem que ela assombra essa floresta até hoje - terminou Samanta.

—N-nossa - gaguejou Briana - Será que é verdade?

—Histórias que o povo conta - disse Samanta - Mas é melhor se manter sempre junto do grupo, né, Briana?

—S-Sim - gaguejou ela - Vou fazer isso.

Briana, já com cogumelos o suficiente, decidiu voltar rápido para o acampamento. Samanta sorriu satisfeita.

—Ah, a sementinha tá plantada - falou ela - Vai ser fácil assustar ela agora.

Nisso, Cíntia começou a rir.

—Eu sei. Meus planos são ótimos, né? Já está até dando sua risada maquiavélica.

—Não é isso - falou Cíntia, ainda rindo - É que agora eu entendi o que você falou. Alguns cogumelos só são comestíveis uma vez porque os venenosos só dá para comer uma vez mesmo. Muito bom. Você é hilária, amiga.

Samanta somente suspirou.

Enquanto isso, uma outra pessoa, fora do acampamento de Gustavo e das meninas, também estava presente na floresta.

“Essa loja bem que podia fazer entregas”, pensou Samara, a garota invisível para todos, inclusive para seu amado Luciano. “Minha mãe me forçou a  ir no centro comprar essas coisas para ela. Quase morri para confirmar o pedido da lista com o vendedor. Por que falar com as pessoas é tão difícil?”

Enquanto caminhava, Samara começou a ouvir alguns barulhos.

“O-O que é isso?”, pensou ela. “Nunca ouvi esses sons quando passava por aqui antes”

O que está acontecendo? Só sei que com toda essa turma junta em um mesmo lugar só pode dar em confusão. Vamos ver o que vem por aí.


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Notas finais do capítulo

Terminei o capítulo bem no estilo Sessão da Tarde. Kkk. Pois é, mais um arco não focado nos protagonistas (Luciano e Anne), mas juro que a história vai ter desenvolvimento, só confia. kkk

Até a próxima! :)



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