O.m.g escrita por Alice


Capítulo 5
Aulas?




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03 de Setembro de algum ano

“Nunca confie em nada que é capaz de pensar.”

Era o primeiro dia de aula do último ano do trio de ouro. Eles estavam animados, ansiosos e receosos sobre o que aquele ano reservava para eles. Sentados em uma mesa redonda na praça em frente a Hogwarts School, os três conversavam sobre amenidades quando seus amigos se aproximavam.

— Eu só sei que vou bater o recorde de pegadinhas do Fred e do George esse ano. – Ron afirmou orgulhoso e virou o rosto para ver sua irmã que se aproximava gargalhando

— Sonha iludido, você querendo ou não, eles são bem mais inteligentes que você. – Ela afirmou colocando a bolsa em cima da mesa de concreto e sentando ao lado de Hermione.

— Agaradeceria se você parasse de me chamar de burro. – pediu enquanto suas orelhas começavam a ficar vermelhas. Luna sorriu de seu nervosismo e aproximou os dedos gelados da cabeça de Ronald. Ele se inclinou quando sentiu o toque dela em sua orelha direita.

A turma estava indiferente ao que se passava ali pois discutiam sobre as novas matérias que teriam naquele dia. O sinal ficou alto assustando a todos que levantaram e começaram a andar em direção à escola.

— Mas eu quero que vocês me prometam uma coisa. – Hermione começou, ficando de frente para os seus dois melhores amigos. – Nada de fazer idiotice hoje, nada de aprontar com alguém e nada de detenção. Ok?

Eles se encararam pensativos e depois viraram para ela com um sorriso inocente nos lábios.

— Pode deixar.

— Isso mesmo, não vamos fazer nada. – Harry completou a fala de Ron, mas Gina e Luna que estavam logo atrás viram os dedos cruzados que os dois escondiam.

— Meninos. – a ruiva reclamou ao ver que Hermione havia acreditado neles. Olhou para o lado e viu que Neville quase havia batido no portão por estar distraído com o celular. – Parecem passarinhos perdidos.

○○○○○

Hermione andava apressada para conseguir chegar a sua sala. Detestou ter que ficar longe de seus amigos. Molly e Lílian haviam entrado em um acordo de que era melhor os três se separarem, ou seja, cada um havia ficado em uma sala diferente naquele ano. Justo no último ano que eles teriam juntos! Mas ela entendia a preocupação das duas, elas queriam que eles parassem de colar e aprendessem sozinhos, e também os três sempre arrumavam uma confusao quando estavam juntos.

Passou por alguns alunos que matavam aula e estava quase chegando em sua sala quando ao dobrar em um corredor sentiu uma mão fria a puxando para uma sala escura. Tentou gritar, mas a mesma pessoa tampou sua boca com a outra mão. Sentiu sua reputação descompasada ela conseguiu reconhecer aquele cheiro. Era uma loção amadeirado e forte, do tipo que ficava no ambiente mesmo depois da pessoa ter ido embora. Revirou os olhos entediada quando se desvencilhou das mais dele.

— Que merda você tem na cabeça Malfoy? – perguntou irritada se afastando alguns centímetros e cruzados os braços na frente do corpo de forma defensiva.

Ele se aproximou com um sorriso malicioso e um brilho divertido no olhar. Ela conseguiu notar que ele iria falar alguma coisa que iria irritá-la profundamente. Á luz fraca que vinha do vão embaixo da porta iluminada um pouco o armário de vassouras.

Mais clichê impossível, a Granger concluiu.

— Senti saudades.

— Conta outra. – rebateu impaciente ao lembrar de que agora ela estava realmente atrasada para a primeira aula.

Ele se aproximou mais um pouco e colocou a mão em seu rosto.

— É sério Hermi's. Eu senti sua falta. – e ela quase acreditou, seus olhos a analisavam cuidadosamente e ela tentava não olhar para os lábios entreabertos dele.

Por que ela tinha que se envolver em um relacionamento tão complicado?! Ela era tão certinha, tirava notas ótimas, nunca foi presa, respeita seus pais e as regras deles, não discutia com os professores, fazia parte do clube de geometria e ganhou o último campeonato de soletração. Ela tinha um futuro incrível e mesmo assim se esquecia de quem era toda vez que ficava sozinha no mesmo ambiente que aquele ser.

Era como se perdesse o controle do seu corpo, como naquele momento em que estava deixando ele a puxar mais para perto, perdia o controle da sua mente, justo naquele momento em que ela entrelaçava seus dedos na nuca dele, e não sabia onde estava sua sanidade, outro exemplo era o que estava acontecendo ali, já que ela deixou ser beijada por ele de novo. Não tinha como negar que sentia falta da forma como ele a beijava, de maneira forte e necessitada.

Ela não o amava, amor era algo forte demais, algo que ela nunca havia sentido, mas ela estava apaixonada por ele e isto não tinha como negar. Gostava dos seus beijos, dos seus carinhos, da sua risada e dos assuntos aleatórios que conversavam. Mas detestava seu ciúme, sua possessão, sua arrogância e principalmente sua falta de compromisso. Mas não conseguia ficar longe por muito tempo, e o que estava acontecendo ali agora, dentro de um armário de vassouras, era o exemplo perfeito.

A mão dele deslizou por baixo de sua blusa e ela soltou um suspiro quando sentiu os dedos quentes dele fazerem uma trilha em sua coluna. Arranhou de leve a nunca do loiro que sorriu durante o beijo, ela sabia que ele adorava quando ela fazia aquilo. Ele aprofundou o beijo a passando contra a porta e ela o beijo com toda a vontade que tinha, sentia que o clima estava esquentando de uma maneira absurda, mas não conseguia parar o que estava para acontecer. E não foi preciso já que a porta foi aberta e ela sentou somente o baque de suas costas no chão, sua cabeça começou a doer na mesma hora.

Draco ainda estava em cima dela, mas se levantou apressado quando olhou para o lado. Ela fez o mesmo quando reconheceu a vice diretora McGonagall.

— Que pouca vergonha senhorita Granger e senhor Malfoy. – Ela falou com uma voz autoritária e com um leve tom decepcionado. Hermione se encolheu diante do olhar dela, se sentia terrivelmente suja.

— Desculpa diretora. – foi só o que ela conseguiu dizer recebendo em automático a mochila vinho que o Malfoy lhe passava.

Minerva respirou fundo e olhou para os dois de forma dura.

— O que eu vou fazer com vocês?
Hermione sabia que era uma pergunta hipotética e se manteve calada, mas Draco tinha que ser um babaca e falar algo.

— Talvez esquecer tudo isso e lembrar que na sua idade a senhora fazia o mesmo?

A Granger viu a mulher a frente olhar para ele de forma ofendida e ela soube que eles estavam completamente ferrados. E a culpa era toda do Malfoy!

○○○○○

Luna rabiscava em seu caderno entediada. A professora de física falava sobre massa, gravidade e força. Mas ela não conseguia se concentrar. Piorava quando ela estava sentada ao lado de uma janela, pois toda sua atenção ficava voltada para o mundo lá fora e as infinitas histórias que o formavam. Talvez seja por isso que sua tia havia pedido para que ela ficasse sentada no meio da sala, longe de qualquer janela e rodeada de alunos. Luna deestevaa aquilo, sentia os olhares sobre si e por isso ficava nos desenhos em seus caderno, mas uma voz irritada a tirou de seus devaneios.

— Senhorita Luna! – assim que levantou o olhar para a mulher de meia idade a frente da sala, ela percebeu que talvez ela estivesse lhe chamando há um bom tempo. – Vejo que me aula a deixa entediada.

— Olha. – Ela iria começar a dizer algo, mas sentiu a ponta da caneta de Gina cutucar suas costas como um aviso. – Calro que não. – resolveu responder soltando um suspiro cansado.

— Espero que dessa vez preste atenção.

— Espero que dessa vez você seja interessante. – resmungou baixo, mas foi ouvida pela professora que se preparava para voltar a aula.

— Vejo que vai adorar dar uma volta na diretoria hoje. – Ela falou com um sorriso satisfeito por ter pego a aluna desprevenida.

Luna olhou para ela supresa. Sabia que Dolores a odiava, mas não esperava ir para a diretoria só por conta de um comentário bobo. Mas resolveu não falar mais nada, se levantou, pegou sua mochila e se encaminhou para pegar o papel que a professora com cara de sapo lhe estendia. Saiu sem olhar para trás.

○○○○○

Gina ainda não acreditava que a bruxa velha tinha feito aquele barraco todo só por conta de um comentário sincero de Luna. Assim que o sinal bateu ela ignorou Samira que queria falar sobre os treinos da equipe de atletismo e correu para sua segunda aula que era do outro lado do prédio. Ela iria matar quem tinha organizado os horários daquele ano.

Passava apressada por entre os casais apaixonados, nerds que falavam uma língua desconhecida, jogadores de futebol bombados que faziam brincadeiras idiotas com os desavisados e por um Harry nervoso que olhava de cinco em cinco segundos para a sala do professor Snape. A Weasley parou o passo e se aproximou devagar ainda analisando o amigo. O Potter ainda não havia notado sua presença, mas desviou o olhar para ela quando a notou do seu lado.

— Oi Gi. – a comprimento com um sorriso amarelo, ele não conseguia mentir para ela.

— O que você está fazendo Potter? – perguntou direta, cruzando os braços e olhando para ele de maneira acusatório. Ela sabia que ele ia começar a falar assim que ela o olhasse daquela forma, e não deu outra.

— O Ron teve a ideia de aprontar com o Snape, então eu entrei e coloquei uma bomba de cheiro na cadeira dele. Assim que ele se sentar ele vai acionar e toda a sala vai ficar infestada.

Ele tinha um sorriso gigantesco no rosto e Gina se sentiu culpada por estragar a alegria dele.

— E como ele vai saber que não foi você?

— Não tem como ele saber, ruiva. – falou com um sorriso presunçoso e a culpa dela evaporou como água.

— Ele instalou câmeras, gênio. – informou adorando ver a expressão do garoto mudar de orgulhoso para assustado.

— Potter! – a pequena interação deles acabou quando um Snape furioso abriu a porta de madeira.

Ele olhava para o garoto com uma expressão assassina, e os alunos que passavam pararam para ver o que ia acontecer, até porque além do fedor horrível que saía da sala dele, todos adoravam ver o professor brigar com alguém.

— Não fui eu. – Harry respondeu rápido e Gina rolou os olhos para a falta de noção dele.

— Então quer dizer que você por acaso tem um irmão gêmeo desconhecido e mais burro que você? – ele perguntou enquanto se aproximava a passos pesados. Harry paralisou no lugar. – E por acaso esse irmão se teletransportou assim que saiu da minha sala e você apareceu no mesmo instante para ficar me vigiando como um retardado?

— Não responda. – Gina sibilou baixo assim que o Potter pensou em abrir a boca.

Snape se virou para ela com os olhos triunfantes, Gina estremeceu, coisa boa não viria.

— Vejo que você tem uma cúmplice. Estou certo senhorita Ginevra?

— É Gina. – o corrigiu de maneira petulante. – E não, não está. Nunca seria burra ao ponto de colocar algo em uma sala com câmeras.

— Gina! – Harry disse indignado fazendo Snape abrir um sorriso maligno.

— Oh senhor Potter. Já sei o castigo perfeito para vocês dois.

A ruiva pensou ter ouvido errado, não era possível que ele tivesse dito vocês dois, mas só foi olhar para a cara de Harry que ela soube que se ele não corresse ela iria matá-lo da maneira mais dolorosa possível.

○○○○○

Ron não conseguia parar de sorrir. Estava sozinho na sala da vice diretora McGonagall com uma bomba de fedor pronta para ser colocada na cadeira dela. Harry fazia o mesmo na sala de Snape. Eles nunca iriam descobrir e a nova era de pegadinhas teria início.

O que ele não contava era com a presença de Luna. A loira abriu a porta de repente, o assustando e fazendo com que ele derrubasse a bomba no chão. Definitivamente não era um cheiro agradável.

— Que idiotice você fez aqui? – Ela perguntou abrindo a porta para o ar entrar e cobrindo o nariz com a mão.

— Não era pra você tá aqui! Agora tá tudo estragado.

— Você é mesmo um legume Ronald Weasley! Faz as burradas e eu sou a culpada, faça-me o favor e.

Ele ignorou o discurso irritado da loira e focou na voz alta e autoritária de Minerva. Por conta da porta estar aberta ele logo a viu quando ela estava à somente três metros de distância da sala. Pensou rapidamente em suas possibilidades, o cheiro já estava sumindo por conta de Luna ter aberto as janelas também, mas ele ainda segurava a última bomba restante. Só tinha uma alternativa viável, ele poderia ser morto? Sim, e de forma dolorosa, mas o castigo seria menor.

Sem pensar demais caminhou apressado para frente de Luna que ainda o xingava e a puxou pela cintura para um beijo. Ela mal teve tempo de reagir já que no segundo seguinte um grito exasperada foi escutado.

— O que está acontecendo com essa escola hoje?!

Luna o empurrou tão forte que ele quase caiu. Tanto ela quanto ele estavam mais vermelhos que o cabelo de Gina, Malfoy gargalhava tão alto que fazia Hermione querer matá-lo pela indiscrição.

— Luna tá pegando a família Weasley todinha. – ele conseguiu dizer após o ataque de risos fazendo Minerva levar a mão a cabeça pensando onde ela estava errando com aquelas crianças.


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