Razões para viver escrita por J S Dumont


Capítulo 5
Capitulo 5 - Os próximos dezesseis anos


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, voltei!!! Com mais um cap. bem legal, pois é explicativo, vamos saber como fora a vida de Peeta nos seus próximos dezesseis anos? *-*
COMENTEM!!!



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5. Os próximos dezesseis anos

Dezesseis anos haviam se passado, desde aquele dia em que fui deixado para fora de minha casa, até hoje eu nunca soube o que havia acontecido para minha mãe não ter aberto a porta da casa para mim, já que eu nunca mais tive a oportunidade de falar com ela.

Afinal, depois que eu fui atropelado e levado para o hospital, foi descoberto que eu estava com pneumonia, e não demorou muito para descobrirem também que eu estava sofrendo maus tratos, do hospital eu fui levado para assistência social e de lá fui parar em um orfanato, ai começou uma nova fase em minha vida, na qual passei de casas e casas, para no fim das contas eu não ser adotado por nenhuma família. Já que eu já estava velho, e as famílias não queriam crianças velhas, principalmente as que já eram marcadas por agressões.

E então eu fui vivendo nessa vida até a maioridade. Não fiquei surpreso por meus pais não tentarem me recuperar durante esses anos todos, afinal, eu não esperava muito deles mesmo.

Entretanto também devo confessar que não fora tão ruim viver em um orfanato, de inicio confesso que eu tive problemas para conversar com outros órfãos, mas quando passou dessa fase, pude finalmente ter mais amigos, já que as crianças que viviam ali não tinham uma vida muito diferente da minha. E isso me ajudou, pois assim eu não sentia vergonha de falar sobre mim, sobre o que passei, sobre o que eu vivi, ali eu pude ver que não era o único, e por esse fato no orfanato eu não precisava só ouvir, eu tive a oportunidade também de falar.

Lá também eu não era obrigado a cozinhar e nem limpar a casa, as crianças se lembravam do meu aniversário, assim mesmo como os funcionários do orfanato, eu tinha sempre com quem conversar e ninguém me fazia passar vergonha ou gritava comigo. Fora anos bons, pelo menos o suficiente para que eu ficasse preocupado, quando completei a idade para ir embora dali.

A única pessoa da qual eu senti falta nesses anos todos fora de Katniss, á única amiga que tive fora daqueles muros, só havia me restado aquele presente que ela me deu, e ás vezes eu ficava me perguntando se ela havia guardado a outra metade do coração também. Aquele objeto me acompanhou anos após anos, e fora embora comigo quando sai do orfanato, meio perdido por ter que dali começar uma vida nova. Sem ninguém.

 Porém, para minha sorte, no orfanato eu consegui aprender a ler, mesmo Katniss não estando presente naquele momento, ela fez parte dessa minha nova conquista, já que eu havia prometido para mim mesmo que eu iria honrar esse esforço que ela havia tido comigo, e iria aprender a ler, por ela. Fora meses e meses de luta, para conseguir superar a minha dificuldade, mas também como eu imaginava fora emocionante quando consegui ler a primeira linha sem gaguejar. Não apenas para mim, como também para a professora de Língua Inglesa do orfanato, que assim como eu ficara muito feliz quando viu que eu havia conseguido, e que meu esforço havia valido a pena.

Confesso que fora muito bom conhecê-la, pois havia tido paciência para me ensinar, ao mesmo tempo em que os demais jovens da minha idade não ficavam rindo da minha dificuldade, como havia acontecido em minha antiga escola.

 Eu queria que Katniss tivesse visto esse momento, o momento em que li a primeira frase sem gaguejar, com certeza ela falaria: Eu sabia! Eu não te disse que você iria conseguir...

É ela sempre acreditou em mim, mais do que eu mesmo...

 Aquilo fora bom, pois graças eu ter aprendido a ler eu consegui avançar em meus estudos até consegui me formar no ensino médio. Sair do orfanato com um diploma do ensino médio na mão fora bom, pois eu sabia que ele era o suficiente para conseguir o meu primeiro trabalho. Eu tinha a consciência de que sem um diploma de faculdade eu não iria conseguir ganhar muito dinheiro. Porém como eu era sozinho, eu não precisava de muito para sobreviver.

 Eu queria ir para faculdade, fazer um curso de economia, afinal, eu tinha facilidade com números e também eu era ótimo para me comunicar. Muitas coisas haviam mudado naqueles anos todos, o suficiente para eu me desenvolver em diversos aspectos, principalmente na comunicação. Assim que sai do orfanato, eu havia percebido que o poder de convencimento era muito importante se você quisesse se dá bem na vida, e para minha sorte fora o que mais eu havia me desenvolvido.

A minha primeira prova disso fora quando eu fui morar em São Francisco e consegui o meu primeiro trabalho, numa concessionária, o meu primeiro desafio seria vender carros, quem era dono da loja era Haymitch Abernaty, ele era um homem muito bom e extremamente inteligente. Na época em que eu o conheci, ele ainda era jovem e começou a me ensinar muitas coisas. Com ele eu aprendi estratégias para vendas e como era importante sempre falar tudo o que o cliente quer ouvir, para assim convencê-los a fazer o que queremos o que na época para mim era vender carros.

Ele era casado com uma mulher chamada Eugene Abernaty, ela era uma mulher muito amorosa, dócil e extremamente simpática, logo eu fiquei muito amigo do casal, ao mesmo tempo em que virei o melhor vendedor da loja. Eu cheguei a alugar um apartamento no mesmo bloco que o deles, e sempre quando podia eu estava os visitando, jantando no apartamento deles e assistindo filmes antigos, das quais eles gostavam muito.

Era muito bom porque assim eu não ficava sozinho, nem eles, já que Eugene e Haymitch nunca puderam ter filhos, antes de mim também eles eram sozinhos, Eugene não tinha contato com a família dela e Haymitch na época só tinha alguns irmãos, mas que moravam em outras cidades, devido a isso Haymitch algumas vezes me falou que eu fui como um presente para eles. Que comigo eles puderam sentir um pouco como que é a sensação de ter um filho.

 Mas na verdade, eu sentia o contrario, eu sentia como se eles tivessem sido um presente para mim, pena que eu demorei tanto para conhecê-los. Queria ter os conhecido, ainda quando vivia no orfanato.

Pois, infelizmente eu não tive a chance de viver muito tempo com Eugene, ela morreu quatro anos depois que a conheci, atropelada, assim como um dia eu fui quando criança. Fora muito duro, já que naqueles quatro anos ela fora como minha mãe, na verdade tanto ela como Haymitch fora o mais próximo de uma família que eu havia tido.

E ainda, Haymitch sentiu muito a morte dela, pois eles eram um casal muito unido, já que antes de eu entrar na vida deles, sempre fora só os dois, pouco tempo depois ele fechou á concessionária, quis abrir algo menor, viver apenas com uma loja de materiais de escritório, investiu e muito em impressoras multifuncional de ultima geração, elas eram caras, mas o retorno não estava sendo tão bom assim, ninguém queria dar o preço que ela valia, e para piorar ele havia enchido a casa dele com um monte dessas impressoras, mas não conseguia vender nem a metade.

Então, ele acabou fechando a loja de materiais de escritório, sobrando em sua casa apenas um monte de impressoras que não conseguiu vender em sua loja, ele começou então a tentar vender elas por conta própria, porém, os escritórios também não queriam dar muito por ela, pareciam estarem satisfeitos com a velha impressora que eles têm.

Nesse meio tempo, eu já estava morando com uma mulher, Madge, eu havia a conhecido num restaurante da qual ela trabalha até hoje, ela é uma garçonete, que na verdade sempre sonhou em ser uma atriz, mas, nunca conseguira, e acabou ficando um pouco frustrada por isso. Nós nos dávamos muito bem, quer dizer, mais no começo do nosso relacionamento, quando ainda eu trabalhava na concessionária do Haymitch.

Não namoramos muito tempo até ela engravidar, e assim que ela engravidou, eu a levei para o meu apartamento, e nós tivemos o Jack, um menino incrível.

Eu devo confessar que aquele fora o momento mais emocionante da minha vida, era maravilhoso começar a ter uma família de verdade. Prometi a mim mesmo, cuidar sempre dele, dar a ele a vida e a família que eu nunca pude ter e principalmente o carinho que me faltou de meus pais.

E assim que ele nasceu consegui um trabalho em outra concessionária, naquela época meu relacionamento com Madge ainda estava bom, não vivíamos com luxo, mas tínhamos o suficiente para vivermos com conforto, já que eu era um bom vendedor, e sempre conseguia no fim do mês um dinheiro extra com as minhas vendas.

Eu conseguia pagar uma creche para o meu filho, e nós dividíamos a divida de casa, ainda eu ajudava Haymitch quando ele precisava, porém, as coisas começaram a ficar ruins, assim que Jack completara seis anos.

Fora quando o dono da concessionária fechou a loja para voltar para a sua cidade, novamente eu me vi desempregado, ainda numa época que trabalho estava um pouco complicado para se conseguir.

  Foi então que Haymitch ainda na esperança de conseguir vender suas impressoras me deu a ideia de eu tentar vendê-las para ele, eu podia ficar com a metade do dinheiro por elas, e como ele achava que eu era um bom vendedor, eu não iria ter tanta dificuldade assim para conseguir vendê-las nos escritórios da região.

Porém, não demorou muito para eu me dar conta de que vender carros era bem mais fácil do que vender impressoras, ainda mais que elas já eram mais tão de nova geração assim, eu até conseguia vender algumas, mas sem sombra de duvida, no final do mês, eu conseguia bem menos dinheiro do que trabalhando na concessionária.

Isso começou a irritar Madge, e nossas brigas começaram, afinal, segundo ela, agora ela tinha que quase manter a casa sozinha, Jack estava ficando mais velho, e agora já com sete anos e já sabia pedir as coisas, e era mais gasto de dinheiro.

Ela vivia estressada, e eu até conseguia entendê-la por um lado, pois ela trabalhava muito e teve que começar a fazer hora extra para conseguir completar o dinheiro do aluguel. Nessa época eu comecei a me sentir um imprestável, pois por mais que eu procurasse um emprego durante a manhã, eu só via as portas se fechando para mim, e quando eu tentava vender as impressoras no período da tarde eu não conseguia muita coisa, e era decepção atrás de decepção.

E devido essas decepções, eu não podia negar que ás vezes eu me magoava com as atitudes de Madge, quando eu chegava em casa, eu queria alguém para me apoiar, e me levantar para cima. Mas eu só tinha o contrario disso. Eram só brigas, cobranças e doses de pessimismo.

Eu desejava que ela visse que eu estava me esforçando, e que conseguir um novo emprego não dependia só de mim, mas parecia que ela não sabia lidar com dificuldades, e logo começou a descontar suas frustrações em mim, como se eu fosse o culpado pela falta de emprego. E nossas brigas começaram a se tornar tão constantes, que chegou até ao ponto de eu ficar mais aliviado quando ela está trabalhando do que quando ela está dentro de casa, ao meu lado, o que eu sabia que não deveria ser assim, e que isso não era um bom sinal.

E quando eu acordei para mais um dia, eu já havia me dado conta de que Madge estava na cozinha preparando o café da manhã, já fui respirando fundo, enquanto guardava aquela caixa, com os anéis e correntes no local de antes. Em seguida comecei a vestir a melhor roupa que tinha, para sair para mais um dia atrás de trabalho. Eu torcia mentalmente para que naquela tarde eu conseguisse vender pelo menos uma impressora, pois Haymitch também estava precisando de dinheiro, e eu na situação em que me encontrava também não podia ajudar muito ele.

— Bom dia campeão... – falei para Jack, assim que entrei na cozinha, eu dei um beijo em sua cabeça, enquanto eu o observava, vendo que ele estava tentando fazer a lição de casa, o pequeno estava sentado na mesa da cozinha, com o livro da escola aberto, ele estava tentando fazer alguns cálculos de matemática, e ia contando os números no dedo, enquanto escrevia o resultado no caderno.

Eu sabia que ele tinha dificuldade em matemática, assim como eu tinha em Língua Inglesa, diferente de mim ele sabia escrever e ler como ninguém, ele ainda era bom em Frances, devido a sua facilidade com leitura e escrita, mas em compensação, sempre tinha dificuldade com os números, essa dificuldade ele havia puxado de sua mãe Madge, pois ela sempre odiou matemática.

— Isso aqui está errado meu filho! – falei colocando o dedo no numero que ele havia escrito no seu livro, ele havia feito um calculo errado, e eu já sabia que isso iria irritá-lo. Como já imaginei, o garoto bufou, enquanto ajeitava os seus óculos no rosto, pegou a borracha e começou a apagar o numero que estava errado.

 Sorrindo, eu me sentei na cadeira ao lado dele, ele me olhou, e pela expressão no seu rosto eu já sabia que ele estava irritado.

— Eu odeio matemática! – ele resmungou, colocando o lápis dentro do livro e o fechando, com raiva.

Ele cruzou os braços e ficou emburrado, fazendo-me dar uma risada, Jack era um garoto amável, mas ás vezes se irritava quando não conseguia fazer algo, acontecia o mesmo quando ele tentava resolver o cubo mágico que havia ganhado de Haymitch, e não conseguia. Ele ficava bravo comigo, cada vez que eu conseguia fazê-lo, deixando cada lado do cubo com as cores iguais, enquanto ele por mais que tentasse não conseguia. Sempre ele ficava bravo e jogava o cubo mágico longe, eu sempre falava para ele, que só bastava continuar tentando, afinal, eu também não consegui de primeira. O segredo para aprender a resolver um cubo mágico, é nunca desistir.

Jack era um garoto pequeno e esbelto, era o menor da sua classe, tem cabelos castanhos claros, que com certeza puxou de mim e os olhos azuis escuros eram que nem os de Madge. Ele é branco assim como Madge e eu, e tem um sorriso bastante doce, os cabelos bem lisos, e um olhar que lembrava eu quando criança. Ás vezes eu ficava o olhando, e era impossível não me lembrar de mim na idade dele e como eu chorava, mas diferente dele, era por não conseguir ler.

— Não se preocupe Jack, você não é o único que não gosta de matemática, não sei quem foi o imbecil que inventou isso... Agora faz o favor de guardar o livro e vê se come!– Madge falou, aproximando-se da mesa, com um prato de omelete na mão, ela colocou o prato na frente dele, junto com os talheres e voltou para o fogão para preparar outro.

Eu observei que ela já estava vestida com o uniforme de seu trabalho, seus cabelos loiros estavam presos em um alto rabo de cavalo e os cachos caiam por suas costas.  

Eu sempre achei Madge uma mulher muito bonita, ela é branca, de olhos azuis escuros, alta e esbelta. Ela era simpática e muito divertida, mas havia se tornado um pouco mais amarga com o passar dos anos. Eu sempre falava para ela, que isso acontecia pelo seu pessimismo e falta de fé, isso pode destruir as pessoas.

— É verdade, foi alguém idiota que não tinha o que fazer, e fica inventando coisas desagraveis! – Jack concordou, e então eu voltei a olhar para ele, e ri achando engraçado o comentário dele.

— A matemática já existe há muito tempo meu filho, tanto, que para você ter ideia os primeiros registros foram feitos em um papel que nem era parecido com esse que você usa agora, ele era um papiro, feito de planta, isso há 4.800 anos... – expliquei para ele, enquanto ele me olhava com atenção. – Para você ver, se ela foi criada há muitos e muitos anos, é porque a matemática é importante, se ela não existisse muitas coisas também não iriam existir, porque quase tudo fora feito graças aos cálculos matemáticos! – falei, e então vi Madge voltando á mesa, agora com mais um prato com omeletes.

Sem dizer mais nada, ela deu as costas e fora para o banheiro, ouvi o barulho da porta se fechando, suspirei e então voltei a olhar para o Jack.

— Para você vê muitos aprenderam a usar matemática e criaram um monte de coisas, e eu já sou burro e não sei fazer nada... Nunca vou poder ser um piloto de avião! – ele disse tristonho, eu então suspirei e passei a mão em seus cabelos.

— Quando eu tinha sua idade eu também me sentia assim... – falei.

— Mas você é bom na matemática! – ele falou.

— Sim, mas eu não era tão bom em Língua Inglesa, eu tinha dificuldade para ler, o que é pior do que o seu problema, pois muitos têm dificuldade com matemática, já eu, era bom na matemática, e era ruim naquilo que todo mundo já sabia, que era ler e escrever... – suspirei antes de continuar. – Uma vez uma professora me mandou ler na frente de todo mundo e eu comecei a gaguejar e todo mundo começou a rir de mim!

— E como você fez para aprender? – ele perguntou.

Novamente então me lembrei de Katniss, e era segunda vez naquele dia que o rosto dela ainda infantil vinha na minha mente. Aquela garota esperta, com o rosto de anjo já deve ter vinte e sete anos, e agora ela deve ter se tornado uma linda mulher, talvez ela esteja casada também e com filhos. Eles devem ser pequenos e tão lindos quanto ela era e deve continuar sendo. Com certeza o marido dela, deve ser um homem de sorte.

— Bom, eu tinha uma amiga que nunca desistiu de mim, ela falava que eu ia aprender a ler e sempre tentava me ensinar, porém, ela não teve tempo para terminar, pois como você sabe, o pai foi morar num orfanato, mas mesmo ela não conseguindo me ensinar a ler, ela me ensinou o mais importante...

— O que? – Jack perguntou curioso.

— A aprender a confiar em mim mesmo, e então eu continuei insistindo até aprender a ler, assim como insisti com o cubo mágico e aprendi, e assim como também continuo insistindo em conseguir um emprego e sei que uma hora eu vou conseguir! – falei e então Jack sorriu.

— Você vai ganhar um emprego papai, pois eu sei que você é o homem mais inteligente do mundo! – ele falou, enquanto começava a comer agora menos desapontado consigo mesmo, por não conseguir fazer os cálculos matemáticos.

Eu sorri, o olhei por alguns segundos e então comecei a comer também, quem dera se realmente eu fosse o mais inteligente, quem dera se eu tivesse conseguido fazer a faculdade de economia, agora com certeza eu poderia estar trabalhando numa grande empresa e dando uma vida melhor para Jack e Madge.

Mas ainda dentro de mim, existia aquela pequena esperança... Como se fosse uma voz falando, mesmo que muito baixa, dizendo para eu não desistir, que uma hora ou outra eu ainda iria conseguir.

Continua...


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