Razões para viver escrita por J S Dumont


Capítulo 3
Capitulo 3 - Um gesto impulsivo


Notas iniciais do capítulo

olá gente, voltei!!! Com mais um cap. para vocês, espero que gostem e não deixem de comentar, saibam que os comentários são importantes para mim...
Bgs e até o proximo!



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3. Um gesto impulsivo

Para alguns ler e escrever, parecia ser algo tão fácil, que quanto mais eu via Katniss lendo, mais eu acreditava que é o meu cérebro que deveria ter algum tipo de problema. Eu posso até dizer que ela não é uma professora ruim, provavelmente herdou o dom de ensinar de sua mãe, eu sabia que o problema sou eu, eu que sou ruim demais nisso.

Ela parecia não querer desistir de mim, mas ás vezes eu me perguntava se ainda valia á pena continuar tentando, ainda mais quando somente ela parecia acreditar que um dia eu ia conseguir ler sem gaguejar. Pois até mesmo eu já estava começando a duvidar disso.

Depois de alguns dias seguindo essa rotina, de ir para escola, depois ir até a casa de Katniss e ficar por mais ou menos duas horas por lá, comendo bolinhos e tentando ler sem gaguejar, eu não consegui ver nenhuma evolução, e isso foi me deixando totalmente desapontado, Katniss ainda estava empolgada, pedia paciência, pois segundo ela aprender não é mágica, mas ás vezes eu sentia até como se fosse mágica, ainda mais quando vejo crianças de oito e até sete anos lendo e eu sendo bem mais velho, não conseguindo.

— Esquece Katniss... – eu dizia para ela, enquanto saiamos do refeitório, e começávamos a caminhar pelo corredor, em direção aos armários da escola. – Eu acho que é melhor pararmos com as aulas, eu não vou conseguir aprender, e isso vai acabar me causando problema, minha mãe já está começando a ficar irritada por eu chegar sempre tarde em casa... – falei, na verdade minha mãe todo dia enche minha cabeça com os seus gritos, reclamando, me chamando de preguiçoso, pois para ela minha obrigação é chegar cedo para fazer comida. Já que todo dia quando chego em casa, ela já está morta de fome.

— Então podemos fazer as aulas na sua casa! – ela sugeriu, olhei para ela no mesmo instante, entreabri os lábios e meu coração automaticamente já disparou.

— Não! – falei rapidamente, Katniss franziu a testa, parecia confusa. – É que... É que sua mãe é mais ahm... Simpática do que a minha! – falei, dando de ombros.

Já fazia algumas semanas que Katniss e eu tínhamos nos tornado amigos, mas até o momento eu não tinha contado como as coisas funcionavam em minha casa, e até agora, confesso que eu não estava com muito interesse em contar.

— Bom, então, vamos continuar com as aulas na minha casa! – Katniss falou, e depois agarrou o meu braço, olhando-me com os olhos brilhando e sorrindo daquele jeito que eu já aprendi que é o sorriso de quando ela quer alguma coisa. Definitivamente, era difícil dizer não a ela.

Eu suspirei e desviei o olhar, não querendo me deixar levar com aquele sorriso. Mas confesso que era difícil.

— Certo! – falei, mas a voz quase não saiu, chegamos ao corredor do armário e parei próximo ao meu, logo senti Katniss me agarrar e me dar um beijo no rosto.

— É isso mesmo garoto! É assim que se fala... Vamos continuar que a gente chega lá! – ela falou daquele jeito animado que só ela tem. Eu suspirei e parei os meus olhos no meu armário, ao mesmo tempo em que Katniss fez o mesmo.

— O que é isso? – ela perguntou, parando os olhos no mesmo local onde os meus olhos estavam. Era um pedaço de papel que estava grudado na porta do meu armário, puxei, desgrudando-o da porta e o olhei.

Era um desenho, de mim, e escrito ao lado: “Socorro! Eu não sei ler”.

Parece que eles nunca iriam esquecer o vexame que passei na aula de língua inglesa.

— Ahhh que garotos idiotas! – Katniss falou, puxando o papel da minha mão para olhar também, logo ela o amassou.

No mesmo momento, ouvi passos, olhei para o lado e avistei alguns garotos de minha turma se aproximando, eram três garotos que eu já sabia que eram uns idiotas e eu também sabia que tinha grandes chances de ter sido eles que grudaram o papel na porta do meu armário.

— O-O-Oi... P-P-Peeta! – um deles, que sei que se chama Alex falou, gaguejando de propósito e fazendo os outros dois rirem.

Os encarei seriamente e fui observando os três se afastarem, rindo um com outro, com certeza, zombando mais de mim.

Fechei as minhas mãos com força, e continuei encarando-os com raiva, eu já sabia que não podia os deixar ficarem zombando de mim, se não eles iriam acostumar e isso nunca iria parar.

— Não liga não, eles são uns idiotas! – disse Katniss, mas eu nem a ouvi direito, fui me afastando dela e indo na direção deles, o mais depressa possível, eu parei atrás de Alex e o empurrei com força, tanta que ele até deu alguns passos para frente, antes de se virar e me encarar, com um olhar sério.

— Qual é? Está achando que pode com a gente! – Alex falou, dando alguns passos na minha direção, eu continuei o encarando, com a cabeça erguida e com um olhar sério, Katniss já venho correndo em minha direção e me segurou pelo braço.

— Não Peeta, não, não faça isso! – ela disse, puxando-me pela roupa.

— É melhor escutar a sua namoradinha! – ele falou, olhando-me com um olhar ameaçador. – Ela já sabe que você vai apanhar...

— Vem Peeta, vamos! – Katniss disse, me puxando e praticamente me arrastando para longe deles, mesmo me afastando eu pude ainda ouvir as risadas deles ficando para trás, eram as mesmas que escutei quando a professora me obrigou a ler na sala e paguei o maior vexame da minha vida.

Bufei e puxei o meu braço da mão de Katniss, aumentei os meus passos e em vez de voltar para o meu armário, eu fui seguindo para fora da escola.

— Peeta onde você está indo? Peeta? – ouvi Katniss me chamar, eu sabia que ela estava me seguindo, eu passei a mão no meu cabelo, respirei fundo tentando me acalmar, mas eu não conseguia.

Senti a mão de Katniss segurar o meu braço, parei de andar e me virei, para encará-la com um olhar sério.

— Por que você não me deixou brigar com eles? – perguntei.

— Eles estavam em três, e além do mais você iria levar no mínimo uma suspensão, sabia que isso fica no seu histórico para sempre? Vai te dar problemas para entrar para a faculdade, e com certeza os seus pais iam ficar uma fera! – ela falou, eu no mesmo momento abanei a cabeça.

— Meus pais iam ficar uma fera? Eles nem iam ligar! – eu soltei, irritado. Katniss me encarou, com as sobrancelhas franzidas. – Quem disse que eu vou para faculdade? Katniss... Eu não sou que nem você, eu não vivo num bairro legal, e muito menos tenho uma casa legal, eu não tenho uma mãe simpática que faz bolinhos para os meus amigos!

— Eu não estou entendendo... – Katniss disse, parecia confusa.

Eu respirei fundo antes de continuar.

— Katniss... Os meus pais são uns drogados e bêbados, a minha mãe quase não sai do sofá e meu pai aparece de vez em quando apenas para comer e beber cerveja, e a minha casa, ela só não é mais imunda porque é eu que a limpo... – soltei, sentindo os meus olhos marejarem, afinal, nunca doeu tanto falar isso. Katniss ficou me olhando com a boca aberta, parecia não saber o que dizer, e também eu não a julgo, o que ela poderia falar? Eu sinto muito? – E quer saber? Você não tem que ser minha amiga, pois garotas como você não deveria falar com garotos como eu! – eu disse, e em seguida dei as costas a ela, e sai dali quase correndo, eu a ouvi gritar chamando o meu nome, mas eu já estava envergonhado demais para virar para trás e olhar para ela. Pois eu sabia que havia sido impulsivo, e que havia falado demais.

***

Entrei em casa as pressas, os meus olhos ardiam e eu sabia que era a vontade de chorar, mas como na maioria das vezes eu segurei as lágrimas, sentindo aquela impressão de que se eu as soltasse seria vergonhoso demais.

Escutei os barulhos do chinelo de minha mãe se arrastando pela sala, logo ela apareceu, toda despenteada e com um cigarro na boca.

— Ah hoje a criatura chegou mais cedo! O que foi? Levou alguma suspensão? – ela perguntou para mim, enquanto assoprava a fumaça.

— Não! – respondi rapidamente.

— É bom mesmo, pois eu não quero aquelas vadias das assistentes sociais aqui em casa, ah eu estou com fome, vê se faz algo para comer moleque! – ela falou, jogando o cigarro no chão e pisando em cima dele, como se estivesse na rua e não dentro de casa e em seguida, ela deu as costas e voltou para a sala.

Naquele momento a única coisa que eu queria era ir para o meu quarto, deitar na cama e me cobrir com o cobertor, eu queria ficar ali embaixo, no escuro, pelo menos até amanhã. Mas, eu sabia que isso não seria possível, eu tinha que fazer o que minha mãe queria e a minha cama teria que ficar para mais tarde.

Como eu estava com muita pressa eu cozinhei o mais rápido que pude, e enquanto a comida ficava pronta eu tive que limpar a pia que já estava toda suja, e varrer também a cozinha, já que já fazia alguns dias que eu não a varria, quando abri a geladeira, vi que já estava faltando um monte de coisas.  Eu bufei, fui preparar o prato e assim que levei para minha mãe, a encontrei deitada no sofá, bebendo uma garrafa de cerveja.

— Mãe, tem que comprar comida! – falei para ela, mas só a ouvi resmungar, ela pegou o prato e voltou a olhar para televisão. – Você ouviu mãe?

— Acha que eu sou surda? Dá para calar a boca moleque, eu quero ouvir a televisão! – ela reclamou, e logo encheu a boca de comida.

Eu bufei e desisti de falar com ela, dei as costas, subi as escadas e fui para o meu quarto, bati a porta com força e me joguei na cama, agarrando o travesseiro. Eu respirei fundo, e então um sentimento muito frequente me invadiu naquele momento, como costumava invadir quase todos os dias...

Era aquele sentimento de vazio...

Puxei o cobertor e me cobri, virei para o lado e parei os olhos na parede do meu quarto, eu tinha que tomar banho, mas eu estava sem vontade até mesmo de me mexer. Preferi ficar ali, pensando em tudo que me aconteceu nesses últimos dias.

A aula de língua inglesa... Aqueles garotos zombando de mim... A minha “discussão” com Katniss...

Fechei os olhos, e senti algo quente cair de um dos meus olhos e escorrer por minha face. Uma lágrima. Eu definitivamente não queria derramá-la.

***

Acordei extremamente assustado, sem sequer saber o motivo, sentei na cama e passei a mão em minha testa, notando que dela escorria suor. Respirei fundo, e no mesmo momento eu ouvi um barulho, algo havia acabado de bater na janela de meu quarto.

Olhei rapidamente para ela, e ouvi o novamente o barulho, foi então que entendi que se tratava de pedras, alguém estava tacando pequenas pedras no vidro da minha janela.

Levantei rapidamente da cama e me aproximei da janela do meu quarto, meu coração disparou quando olhei para baixo e vi quem era a visitante. Era a Katniss... Vestida com uma calça jeans e uma blusa de moletom preta com capuz, ela estava com a toca da blusa na cabeça. E sorrindo, ela acenou para mim, eu abri a boca, incrédulo.

Já era de noite, o meu bairro era perigoso, eu não conseguia entender como ela estava em frente a minha casa, e ainda, como ela sabia onde eu morava.

Fiz um sinal para ela esperar, eu me afastei da janela, e sai ás pressas do quarto, desci as escadas na ponta do pé, espichei o pescoço para dar uma olhada na sala, e soltei um aliviado ao ver que minha mãe estava dormindo, sai de casa  e fui me aproximando dela, que estava em pé na calçada, em frente a minha casa.

— O que você faz aqui? Como você descobriu onde eu moro? – perguntei.

— Eu te segui quando você saiu correndo da escola, só que aquela hora você estava nervoso, ai eu decidi vir agora de tarde... – ela respondeu.

— Já é de noite! – eu falei, preocupado.

— Não exagera, só são sete horas, pelo jeito que você fala, parece que já é meia noite! – ela disse, cruzando os braços e me olhando com um olhar sério.

— Você é uma garota, não deveria ficar andando por aqui... – falei, ela então revirou os olhos e descruzou os braços para dar um soco no meu ombro, não foi tão de leve, até deu para sentir.

— Para de me tratar como se eu fosse uma menininha indefesa! – ela reclamou.

Olhei para ela com as sobrancelhas arqueadas.

— E você não é? – perguntei.

— Não! E se vim aqui é para te falar que eu não aceito que você decida as coisas por mim, eu que tenho que saber se quero ser sua amiga ou não, além do mais você não pode escolher os seus pais, isso não é motivo para você viver sozinho, sem falar com ninguém... – ela falou.

— Você não entende... – comecei.

— Se você explicar, quem sabe eu entenda? – ela retrucou, arqueando as sobrancelhas, fiquei a observando com um olhar sério, em seguida olhei a minha volta, por sorte não havia ninguém na rua, mas ainda eu não conseguia deixar de me preocupar com ela, meu maior medo é de que alguns dos desocupados do bairro aparecessem a qualquer momento.

— Katniss é melhor... – eu comecei, mas me calei ao ouvir o barulho da porta da minha casa se abrindo bruscamente, e então olhamos rapidamente para porta de minha casa, avistamos minha mãe aparecendo, com o rosto vermelho e com os olhos parecendo de um animal feroz.

— O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO MOLEQUE? – ela já fora gritando, toda descontrolada.

Meu coração disparou, entrei na frente de Katniss, e segurei-a pelo braço.

— Eu... Não estou fazendo nada! – falei a olhando com os olhos arregalados.

— Ah não está fazendo nada? É sempre assim que começa, nunca fazendo nada... – ela falou daquele jeito escandaloso, que só ela tem. – Ainda cheira leite e já está trazendo menininhas para casa, você não sabe que essas vadias só querem arrumar barriga? Eu não vou ser avó, ta ouvindo? – naquele momento meu rosto esquentou, e o que imaginei que nunca seria possível, aconteceu. Eu fiquei mais desconcertado com o que minha mãe estava fazendo, do que no dia que gaguejei na frente de todo mundo.

Soltei os braços de Katniss, e virei o rosto para trás.

— Vai embora... – eu pedi.

— Mas Peeta... – ela começou.

— Vai! – só deu tempo de falar isso, antes de sentir minha mãe puxar o meu braço, olhei para trás e avistei Katniss começar a correr pela rua, com certeza bastante assustada e preocupada por me deixar para trás, mas eu também estava com medo, com medo de vê-la correndo por ai, sozinha, naquele bairro escuro, ainda mais por saber quem são os moradores que vivem nas casas ao lado.

Mas não deu muito tempo nem de raciocinar minha mãe já foi me arrastando e me empurrando para dentro de casa, ela bateu a porta com força e me olhou com seus olhos arregalados e vermelhos.

Fui dando alguns passos para trás, enquanto a olhava, com coração ainda disparando acelerado.

— É por isso que você está chegando tarde em casa? – ela foi perguntando aos gritos. – Fica por ai namorando, ta achando que é quem moleque? Olha o teu tamanho... Está pensando o que? Que já vai arrumar uma vadia para fazer barriga e depois vai me largar, e vai cuidar de uma casa? – ela perguntou, voltando a agarrar os meus braços, tentei me soltar o balançando, mas isso só fez ela me apertar com força, e então ela foi me empurrando para dentro da sala de estar. – Pode falar para essa safada ir procurar outro macho! Está ouvindo moleque? Se manca, não quero saber de vadias rodando essa casa... – ela falou, e então me empurrou com força, imediatamente cai para trás, bati o meu braço na ponta da estante, e me desequilibrei caindo no chão, sentado.

Gemi de dor, ao sentir a pele do meu braço arder.

— Você é uma maluca! – eu gritei para ela, enquanto as lágrimas iam se acumulando em meus olhos. – Eu te odeio! – falei, num tom mais alto.

Minha mãe estava parada bem na minha frente e batia o pé no chão, ela deu risada com meu comentário e virou-se para pegar a caixa de cigarros em cima da mesa de centro, ela retirou um, colocou-o na boca, e depois pegou o isqueiro que estava antes ao lado da caixa e o acendeu.

— Claro, sempre começa assim, vem com rebeldia para depois meter o pé! Mas aqui não vai rolar isso não, se eu souber que você está de caso com essa garota, eu vou dar uns esculachos nela! – ela ameaçou.

Eu levantei do chão com dificuldade, ainda com minha mão segurando o braço que doía. Ela deu alguns passos na minha direção e assoprou a fumaça no meu rosto, me fazendo tossir imediatamente.

— Em vez de estar atrás de rampeira e dar uma de rebelde, vai limpar essa casa que ta um lixo, é a melhor coisa que você faz! – ela mandou. Respirei fundo, virei o rosto para o lado e então a empurrei levemente para tirá-la da minha frente, em seguida sai da sala às pressas, sem falar uma palavra sequer.

Provavelmente naquele momento minha mãe imaginou que eu ia subir as escadas e ir para o meu quarto chorar, mas não, em vez disso, abri a porta de casa e sai dali o mais depressa o possível, deixando até mesmo a porta aberta, logo comecei a correr pelas ruas que já estavam bem mais escuras do que antes.

Naquele momento, a única coisa que eu conseguia pensar era em Katniss, será que ela chegou em segurança em casa? Ou melhor, Será que ela já está em sua casa?

Eu não sabia... Mas eu só conseguiria ficar sossegado ao ter essa certeza.

O vento batia forte em meu rosto, até mesmo fazia os meus olhos arderem mais, eram mais lágrimas querendo se formar. As minhas pernas doíam, mas não tanto como o meu braço, só que naquele momento eu não estava disposto a parar. Continuei correndo, correndo, dobrando esquinas, até atravessei a rua, passei até mesmo pela minha escola, para depois entrar na rua que levava a casa de Katniss.

E fora então que próximo a casa dela, eu a encontrei, ela estava do outro lado da rua, com as mãos no bolso de sua blusa de moletom. Ela andava em passos apressados, mas já não corria mais.

— KATNISS! – eu gritei.

Ela então no mesmo momento parou, e me olhou, e os meus olhos pareceram grudar naquele pequeno rosto. Eu vi que os seus pequenos olhos da cor de chocolate agora estavam vermelhos, o seu rosto de branco agora estava também num tom avermelhado, lágrimas desciam pelo rosto dela, parecendo estar fora de controle. E eu me senti mal por saber, que aquelas lágrimas eram por minha culpa.

— Peeta! – ela falou, olhando para mim, ainda chorando.

Com a respiração ofegante, atravessei a rua correndo, fui á direção dela, e num gesto rápido, puxei seu pequeno corpo e a abracei fortemente, apoiei minha cabeça em seu ombro e algumas lágrimas também foram caindo dos meus olhos. E dessa vez, não me senti tão envergonhado assim por derramá-las.

Continua...  


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