Razões e Mistérios escrita por Day_siqueira


Capítulo 4
Surpresas.


Notas iniciais do capítulo

O site estava fora do ar, por isso não deu pra postar segunda. Mas Segunda agora eu posto outro.
Espero q gostem!



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A semana que se passou depois disso se resume em três palavras: espera, curiosidade e indiferença. Espera porque eu esperei ansiosa pelo meu livro, que o prof. Lupin não mandou, se ele demorar muito vou voltar a falar com ele pela lareira, mesmo sabendo do carão que eu ia levar dos meus pais e do Sr. Weasley. Curiosidade porque eu fui mais uma vez alvo das fofocas da escola. Todos ficaram perguntando como tinha acontecido, se eu estava bem, ao que eu mentia dizendo que não lembrava por causa da pancada e que estava bem. Mas eu não estava bem, ao que me leva à indiferença, porque foi assim que o Edward me tratou e isso fez eu me sentir tão mal que eu me sentia à beira das lágrimas frequentemente. No dia seguinte ao acidente eu tentei falar com ele e me mostrei educada. -Olá Edward. Ele olhou rapidamente pra mim, balançou a cabeça e se virou de lado. Essa foi a última vez que tentei falar com ele. Todos os dias eu o observava de longe, ele ao lado do carro, no refeitório junto dos seus irmãos, ou na aula de biologia a um passo de mim e o mais longe possível. Ele nunca mais me olhou, ou eu nunca mais vi ele me olhar. Isso tudo somado à solidão que eu senti por estar longe dos meus amigos me causavam pesadelos horríveis. A neve foi embora de vez depois daquele dia perigosamente gelado. Mike estava satisfeito que a ida á praia seria o mais breve possível. A chuva, porém, continuou pesada e as semanas foram passando. Jéssica me perguntou se ela podia convidar o Mike a um tal baile. Como se eu me importasse com isso. Eu tinha sentido ela distante, e tinha achado legal. Não que eu não gostasse dela. É que eu sou assim, calada (mal de quem é filha de aurores - introspectiva e desconfiada) e ela gosta de puxar assunto. Ao pensar em baile, lembrei do baile que teve em Hogwarts antes do Cedrico morrer... Ele estava tão lindo, nós dançamos e tudo girava ao nosso redor e eu só via a ele. Mike estava estranhamente quieto, e a Jéssica estava mantendo distância dele. Mau sinal. Mike ainda estava calado quando me acompanhou á aula de biologia, no dia seguinte, a expressão desconfortável no rosto dele era um mau agouro. Mas ele não tocou no assunto até que eu estava sentada e ele estava curvado sobre a minha mesa. Como sempre, eu estava eletricamente consciente da presença de Edward sentado ao meu lado, me ignorando e me deixando, como sempre, triste. -Então, Jéssica me convidou para o baile de primavera. – Mike disse desconfortável. -Isso é ótimo. – fingi entusiasmo o máximo possível.-Você vai se divertir muito com a Jéssica. – completei. -Bem... - ele gaguejou enquanto examinava o meu sorriso, claramente desapontado com a minha resposta. -Eu disse a ela que precisava pensar. – fiz minha melhor cara de surpresa e desaprovação. -Porque você faria isso? – queria o fazer aceitar o convite dela. -Eu estava imaginando se... bem, se você estava planejando me convidar. – eu parei com a audácia dele. Pelo canto do olho pude perceber que Edward se virou pra mim. -Mike, eu acho que você devia dizer sim pra ela. -Você já convidou outra pessoa? –e seus olhos foram pra direção do Edward. -Não, eu nem sequer vou ao baile. -Porque não? –ele perguntou e eu me lembrei daquele baile. Ia ser doloroso ir a algum baile, e lidar com minhas lembranças. Pensei em algo e me lembrei que não tinha feito uma pesquisa sobre vampiros e que podia aproveitar e procurar o livro sobre meu padrinho. -Eu vou pra Seattle esse Sábado. -Você não pode ir outra semana? – que insistente. -Desculpa, não. Então você não devia fazer Jess esperar mais, é rude. -É você está certa. – e assim, eu finalmente me livrei dele. Eu fechei os meus olhos, tentando afastar as lembranças que essa conversa me trouxe. O Sr. Banner começou a falar. Eu suspirei e abri os olhos, e Edward estavam me olhando cheio de curiosidade. Eu olhei de volta, surpresa, esperando que ele olhasse para longe, mas ele continuou me encarando. Eu o encarei de volta. -Sr. Cullen. –o professor chamou. -O ciclo dos caranguejos. – ele falou, enquanto se virava relutante, pra encarar o professor. Qual era o problema dele? Dias e dias sem me olhar e, de repente me encara desse jeito. No final da aula, eu me levantei, como sempre, e peguei minhas coisas pra ir embora. -Bella? – foi como se a vida tivesse voltado ao meu corpo. Ouvir a voz dele chamando meu nome foi, irracionalmente, perfeito. Não que eu quisesse demonstrar isso. Coloquei uma máscara de frieza que eu usava pra me dirigir ao Draco Malfoy e me virei, sabendo que se eu olhasse nos olhos dele ela quebraria. -O que? Você já está falando comigo de novo? – ele estava lutando contra um sorriso. Eu costumava soar mais ameaçadora com essa máscara. -Na verdade não. – eu não pude acreditar nisso. Ele tem problemas. Fechei meus olhos, respirei fundo e fui o mais fria possível. -Então o que você quer Edward? -Me desculpe, eu estou sendo muito rude, eu sei. Mas desse jeito é melhor, mesmo. – Abri meus olhos e minha máscara caiu com a surpresa. -Eu não sei o que você quer dizer. -É melhor se nós não formos amigos. Confie em mim. – entendi e quase ri abertamente disso. Ele se acha perigoso pra mim. Logo pra mim, uma bruxa. -É uma pena que você não tenha descoberto isso mais cedo. Você podia ter se poupado desse arrependimento. – joguei isso pra ele. Já fazia tempo que eu pensava nisso. -Arrependimento? Arrependimento pelo quê? – cínico. -Por não ter simplesmente deixado aquela van estúpida (agora eu sabia que era uma van, rá) passar por cima de mim. -Você acha que eu me arrependo de ter salvado a sua vida? -Eu sei que você se arrepende. – e era verdade. Ele estava arrependido porque isso ameaçou o “segredo” dele. -Você não sabe de nada. – ele estava com raiva e eu também por ele dizer isso. Eu sabia de tudo. Eu juntei os meus livros, então me levantei e caminhei até a porta, quase batendo os pés. Tropecei e meus livros caíram. Fechei meus olhos e respirei tentando manter minha calma. Eu esperava que ele saísse, e depois eu ia tirar minha varinha e fazer eles voarem até mim. Quando abri meus olhos pra ver se ele já tinha ido, ele estava na minha frente segurando meus livros empilhados. -Obrigada. - ele revirou os olhos. -De nada. – ele disse, eu dei as costas e sai. Fui pra aula de Educação Física e tentei jogar um jogo estranho. Já estava cansada disso tudo, até de Educação Física. Eu estava aliviada, como sempre, por ir embora. Eu quase corri pro meu carro. No dia mesmo do acidente eu dei um jeito nele e ele estava novinho. Perto do meu carro, Eric estava me esperando. Olhei desconfiada. -Ei Eric. - eu chamei. -Oi Bella. -O que foi? -eu disse enquanto destravava a porta. -Uh, eu estava só imaginando...se você não gostaria de ir ao baile de primavera comigo. –olhei pra ele pasma. -Eu pensei que fosse escolha das garotas. – falei um pouco fria. -Bem, é... – ele tinha sido legal comigo, vou tentar sorrir. -Obrigada por me convidar, mas eu vou pra Seattle nesse dia. -Ah. Talvez da próxima vez. -Claro. – nunca. Ele foi embora, em direção á escola. Eu ouvi uma gargalhada baixinha. Edward estava passando pela minha caminhonete, olhando diretamente pra frente, seus lábios pressionados. Eu abri a porta e pulei pra dentro, batendo ela com força atrás de mim. Eu liguei o motor desafiadoramente e dei a ré saindo pelo corredor. Edward já estava em seu carro, a duas vagas de distância, deslizando vagarosamente na minha frente, me atrapalhando. Ele parou lá pra esperar sua família; eu podia os ver caminhando nessa direção, mas ainda perto da cafeteria. Eu pensei em azarar o seu Volvo, mas havia muitas testemunhas. Eu olhei no meu espelho retrovisor. Uma fila estava começando a se formar. Ouvi uma batida no vidro do meu carro e vi Tyler querendo falar comigo. Hoje é dia. -Desculpa Tyler, eu estou presa atrás do Cullen. -Oh, eu sei. - eu só queria te perguntar uma coisa enquanto estamos presos aqui. Não acredito que ele iria ousar. -Você vai me convidar para o baile de primavera? – parei passada. -Eu não vou estar na cidade Tyler. -É, Mike disse isso. – ele corre risco de vida e não sabe. -Então por que... -Eu estava pensando que você só não queria machucá-lo. -... -Desculpe Tyler. Eu estou mesmo saindo da cidade. -Tudo bem. Ainda temos o baile de fim de ano. Ele saiu, não me dando tempo pra responder, furiosa, percebi que o Edward estava rindo. Dirigi até a casa de Charlie com pensamentos distantes que iam desde o baile de Hogwarts até Edward e a raiva que ele me fez passar. Estacionei o carro e caminhei até a entrada. Foi quando tive novamente a sensação de que alguém me observava. Virei-me e saquei minha varinha, esperando me deparar com algo perigoso me atacar. O que eu vi era perigoso, mas não ousaria me atacar. Damon olhava pra mim com o sorriso de deboche que eu tanto conhecia. Não pude deixar de admirá-lo. Parado de braços cruzados, seus cabelos pretos ondulados caindo pelo seu rosto, seus olhos azuis com detalhes vermelhos, que só dava pra notar se você chegasse bem perto, me encarando intensamente, encostado em um carro elegante, que com certeza ele não comprou. Ele vestia preto, como sempre. Damon se desencostou do carro e veio em minha direção. Eu estava fazendo força pra não rir, pois a presença dele me lembrava tempos felizes, quando fiz uma viajem com meu padrinho pra Itália e conhecemos os irmãos Salvatores. Stefan era um bom sujeito, gostei dele de cara, pois ele se esforçava para ser diferente, não cedendo à sede de sangue humano, se contentando com sangue de animais. Damon era diferente, um assassino que gostava de matar, de tirar o sangue de pessoas. Tudo mudou quando me conheceu. Eu sou a única pessoa em quem ele confia, sua única amiga. Ele continua a tomar sangue humano, mas não mata mais ninguém, toma sangue doado que ele rouba de hospitais. -Olá Izy. – se ele me olhasse assim antes, eu ficaria mais boba, mas agora, só Edward tinha esse poder sobre mim. -Damon, a que devo a honra da visita. – ele riu menos debochado do que de costume. -Vim pedir um favor, mas você não vai me convidar pra entrar? É falta de educação manter uma visita do lado de fora. – claro, revirei os olhos. Virei-me e andei até a porta. -Alohomora! – falei e a porta abriu. Damon riu, mas não disse nada. Ele me seguiu até a sala e se sentou no sofá colocando os pés sobre a mesa. Ignorei, pois sabia que ele queria que eu brigasse. -E então, você quer ajuda em quê? Mas antes, me responde uma coisa. A quanto tempo você está em Forks? -ele me olhou surpreso, e pelo jeito, eu estava certa em minha teoria. -Há algum tempo. – disse debochado. -Eu sabia. Era você que estava me espionando naquele dia do acidente. Por que você não veio falar comigo? Esse tempo todo você estava aqui e não falou comigo. Ele me olhou calmo, como se eu tivesse feito um comentário sobre o tempo. -Que acidente? Não vim falar com você antes por causa dos vampiros. Eu fiquei... preocupado quando vi que você estava em uma cidade cheia deles. Eu fui pra Seattle e esperei. Não sabia se você estava em perigo, então fiquei rondando a cidade atrás de alguma coisa. Finalmente fui falar com eles... Meus sentimentos foram de raiva, pra perdão, pra raiva por ele não ter vindo falar comigo, até chegar em pavor. -Você fez o quê? Falou com os Cullens? O que você disse sobre mim? -interrompi. -Calma, eu não disse nada sobre você. Eu disse que estava aqui por pouco tempo, que vim somente ver um conhecido. Eu falei só com o líder do bando, Carlisle. Ele não viu problemas com a minha visita. Falei que eu iria precisar de sangue do hospital e ele vai me ajudar. Convidou-me pra ver a família dele. Fiquei mais aliviada. Sentei-me ao lado dele no sofá. -Escuta isso é importante. Não quero que ninguém saiba o que eu sou. -disse e ele me olhou ofendido. -Você acha que eu faria isso? Antes podia até ser. Mas eu sabia que ele não falaria. Eu podia confiar nele e isso foi reconfortante. -Não fuja do assunto. Que acidente foi esse? Contei sobre o acidente e sobre minha teoria de estar sendo vigiada, no que ele achou improvável me fazendo ficar mais aliviada. Depois dessa conversa tensa, tudo ficou mais fácil. Ele me observou enquanto eu reforçava os feitiços de proteção e fazia algo pra comer. A tarde foi agradável. Ele me contou como Carlisle era educado e tinha se mostrado compreensivo em relação à sede de sangue humano dele e como ele tinha contado sobre sua dieta. Eu estava certa, como sempre. Edward, assim como o resto da família dele, só bebia sangue de animais. Gostei mais dele depois dessa confirmação, tomando cuidado pro Damon não perceber. Mostrei uma curiosidade educada. -Então, o que você veio me pedir? Estudei o rosto dele. Ele escondia muito bem o que sentia, mas quando eu falei, ele ficou tenso. -Sabe aquilo que eu te falei sobre meu passado? Claro que eu lembrava. Katherine, uma vampira safada, enrolou a ele e ao Stefan, pois queria os dois para si e acabou transformando os dois em vampiros. Eu conhecia toda história, a versão dos dois irmãos pra ela. Stefan não sentia mais nada por ela, mas Damon, ele a amava. Sabia também como ela foi morta. -Bem ela não foi morta como eu disse pra você. Parei minha tagarelice mental e me espantei. Como ele pôde esconder isso de mim? -O quê você não me contou. –falei com raiva. Ele me olhou como se estivesse sofrendo, como se fosse difícil contar. Eu estava curiosa. -Ela foi trancada, junto com os outros vampiros em um porão em baixo da igreja. Eles foram trancados para morrerem de fome. Mas há uma forma de trazê-la de volta. Eu entendi, só não sabia o que ele queria de mim. -E como eu entro nessa história? - ele se mexeu incomodado. -Se lembra o que eu disse sobre uma bruxa chamada Emily Bennett, de como ela era fiel à Katherine? Pois é, ela lançou um feitiço lacrando a tumba para que os vampiros não morressem, ficassem hibernando. Se você der sangue pra qualquer um deles... Ele parou, me analisando. Eu permaneci calada esperando pra ver aonde ia dar essa história. -Essa tumba - continuou - Foi lacrada com um feitiço pela Emily... -Me deixa adivinhar. Você quer que eu desfaça esse feitiço pra você dar sangue pra essa zinha, só pra você ser feliz, e de quebra, vou soltar vampiros sedentos também. Ele ficou imóvel feito uma estátua. Isso é importante pra ele, nunca o vi assim. -Izy, eu só quero ela. Não vou soltar nenhum vampiro, a não ser ela. Por favor. Fiquei Pasma. Ele se ajoelhou diante de mim. Eu estava sentada no sofá e não consegui me mover. Damon Salvatore estava implorando. -Damon...eu...tá. Mas é só a Katherine... Eu não consegui mais falar. Ele se levantou e me abraçou tão forte que eu pensei que fosse sufocar. Tudo aconteceu rápido demais. Num minuto eu estava surpresa e feliz pelo Damon, em outro eu estava atrás dele, no outro lado da sala. Ele estava em posição de ataque e eu saquei minha varinha. Eu devia ter percebido que não era um bruxo, nem nada do mal, pois meus feitiços teriam me avisado. Mas eu não estava raciocinando. Então eu vi quem era a ameaça que tinha feito Damon me proteger. E era a visão do paraíso. Bem seria se não fosse a cara de ódio que ele fazia. -Edward. Pelas causas de Merlin! Que susto. Guardei minha varinha e voltei ao meu estado normal. Tentei sair detrás do Damon, mas ele não deixou, colocando um braço na minha frente. Edward rosnou em resposta. -Tudo bem Damon, confie em mim, Edward não vai me machucar. Damon me obedeceu. Saiu da sua posição de ataque, mas seu braço ainda me restringia. Dei a volta no braço dele, apesar da sua cara de reprovação, e me dirigi ao Edward. Ele se acalmou, voltando à posição normal. Em seus olhos eu pude ver o medo. Medo de quê? -Edward, eu estou bem. O que você está fazendo aqui? -ele me olhou, ainda com o olhar torturado. Como ele estava lindo. Também estava de preto, como o Damon, mas a cor caia muito melhor nele. Damon respondeu a minha pergunta. -Nos espionando pela janela. Seu pai, o Dr. Cullen, era muito mais educado. - falou com escárnio. -Desculpe. - disse o Edward - Eu só pensei... -Não, você não pensou. Você invadiu. – Damon estava furioso. -Calma Damon, ele deve ter ficado preocupado comigo, sozinha com um vampiro. Eu acho... – minha voz foi sumindo e eu fiquei vermelha. E se ele não estivesse preocupado comigo em especial, e sim com o fato de haver uma morte que poderia ameaçar o segredo deles? -Sim, eu fiquei preocupado com você. – Edward disse, e eu fui tomada por um alívio, como se meu sangue tivesse parado e agora voltasse a circular, devolvendo meus movimentos. Damon quase teve um treco. -Isso não lhe dá o direito de entrar aqui. Saia. Agora. – Damon disse, frio, e eu senti a força das suas palavras. -Bella, ele é... perigoso... – olhei os olhos do Edward e vi a angústia neles. Ele estava visivelmente dividido se devia contar ou não. Resolvi tirar a decisão dele. -Eu sei Edward, o Damon é um vampiro. – falei. Ele me olhou como se fosse a primeira vez que me visse de verdade. Eu o encarei, séria. -Você sabe que ele é um vampiro e não tem medo? - ele perguntou incrédulo. Damon riu debochado. -Você fala como se não fosse um vampiro também. – disse Damon com deboche. Eu e o Edward congelamos, encarando um ao outro. -Já chega Damon, se você quer realmente minha ajuda. – minha ameaça deu certo, Damon parou de rir, me encarou sério e se sentou no sofá. Edward olhou pra ele surpreso, talvez ele não esperasse essa reação dele. -E quanto a você Edward, podemos conversar amanhã? Charlie deve chegar logo e eu não quero explicar isso a ele. –Edward me olhou sério. Seu olhar tão intenso que me fez querer implorar pra que ele fique. -Ele também vai? -disse, apontando pro Damon, que continuou calado. Ele levou a sério o que eu disse. -Vai, eu tô cansada e ainda tenho que estudar. Damon, a gente se vê amanhã. Edward pareceu aliviado por um momento, voltando a ficar tenso com a possibilidade de eu me encontrar com o Damon de novo. Revirei os olhos e me virei em direção à porta, andei até ela e a abri. Nenhum dos dois se moveu, esperando o outro tomar a iniciativa. -Damon! – disse. Ele me encarou, ficou de pé e veio em minha direção. Edward ficou tenso. -Quando você vai me ajudar? -Eu não sei o que você quer que eu faça. – disse demonstrando cansaço. -Pegue. – ele pegou um livro que estava em cima do sofá e voltou pra me entregar, em menos de um segundo. Eu não fazia idéia de como ele tinha escondido isso lá. -É um Grimório. Era da Emily, talvez tenha algo que te ajude aí. – ele me olhou e só havia o Damon ali, sem máscaras de escárnio ou de ironia. -Eu vou ler com atenção. Eu prometo. – dei um riso amarelo. Não sabia se queria mesmo fazer isso. -Obrigado. – ele disse, se aproximando e me beijou no rosto, demorando propositalmente. Fiquei imóvel, observando enquanto ele se afastava e ia embora. -Acho que eu devo ir agora. – Edward não me olhou enquanto dizia isso. Seu maxilar tenso, e quando finalmente me olhou foi frio. Eu dei um olhar de desculpas pra ele enquanto ele saia. -Então, até amanhã. – ele se virou pra mim, e só havia dor em seu olhar. -Sim... amanhã. Tchau Bella. – e sumiu. Eu fechei minha porta, e fui até o sofá. Como eu queria que o Edward, e não o Damon tivesse me beijado. Sentei me sentindo pesada e comecei a digerir tudo, a história do Damon, o fato de o Edward estar me espionando (o quanto ele ouviu), a conversa tensa que tivemos o fato do Edward não ter dito nada sobre ele ser um vampiro. Ouvi um barulho familiar de asas e Brida veio pousar no braço do sofá. -Vamos dormir Brida. Meu dia já acabou. Obedecendo-me pela primeira vez na vida, ela me acompanhou até meu quarto, me observou enquanto eu me arrumava, e velou meus sonhos conturbados.


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