Razões e Mistérios escrita por Day_siqueira


Capítulo 26
Como se rouba um banco?


Notas iniciais do capítulo

Aí está o capítulo que eu falei.
Espero que esteja desculpada pelo atraso! ^^



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POV Bella

            Depois de uma discussão sobre o melhor modo de encararmos a situação, Harry chegou a uma solução digna do Rony: prometer entregar a espada, mas não especificar quando. Apesar dos protestos meus e da Mione, tive que concordar, afinal, precisamos da maldita espada.

           Quando demos a notícia ao Grampo, ele concordou. O acordo foi selado com um aperto de mão do Grampo com o Harry. Começamos quase que imediatamente a fazer nossos planos. Passamos horas, dias, semanas discutindo tudo nos mínimos detalhes. O cofre dos Lestrange era, por ser um dos mais antigos, um dos mais protegidos. Só tinhamos poção Polissuco para um e isso era só um dos muitos empecilhos. Alguém teria de ficar de fora e eu votei no Rony, o que não o deixou muito feliz.

            No Chalé das Conchas, os outros habitantes notaram algo de diferente, pois só aparecíamos para comer, mas nada disseram. Gui tentou tirar algo de mim inutilmente.

            -Desculpe, Gui. É melhor você não se envolver nisso. Agradecemos sua hospitalidade...

            -Pare com isso, Izy. Não estou cobrando nada! – falou furioso me fazendo rir.

Aliás, rir era o que eu menos fazia ali. Grampo era odiável; Rony, detestável, isso quando não ficava insuportável. Havia algo entre ele e a Mione que me fazia ter mais paciência com ele. Ele estava realmente cuidando dela e várias vezes eu me perguntei se não era inveja o que eu sentia. Eu queria de verdade ter o Edward cuidando de mim, assim como o Rony cuidava da Mione. O Harry também estava de péssimo humor e eu suspeito que pelo mesmo motivo e mais outros.

Quando precisávamos respirar, eu e o Harry passeávamos pelo penhasco. Ás vezes não dizíamos nada, só olhávamos as ondas e sentíamos o vento em nossos rostos. Quando falávamos, era sobre o plano. Muita coisa estava em jogo e, se algo desse errado, custaria a nossa vida.

O senhor Olivaras estava se preparando para ir à casa da tia Muriel e Gui iria levá-lo. Até ele voltar, ninguém ficou calmo. Ele saiu antes do jantar e, antes que terminássemos, ele voltou. Meia hora depois, alguém bateu na porta. Imediatamente nos pusssemos em guarda.

-Quem é? - Gui perguntou.

-Sou eu, Remo João Lupin! Sou um lobisomem, casado com Ninfador Tonks, e você, o fiel do segredo do Chalé das Conchas, me informou o endereço e me pediu para vir se houvesse uma emergencia!

-Lupin! –exclamou Gui.

Lupin entrou, molhado de chuva e com cabelos grisalhos revoltos pelo vento, e desabou ne soleira com um sorriso de orelha a orelha.

-É um menino! Meu filho... é um menino!

A sala explodiu em risos, vivas e parabenizações. Gui pegou um hidromel envelhecido e todos brindamos a novidade. Depois do brinde, antes de beber sua taça de hidromel, Lupin parou me encarando e arregalando os olhos como se não tivesse me notado antes. Todos pararam também para observar sua mudança de humor.

-Bella... eu pensei... nós pensamos que você... Menina! Como você veio parar aqui? Você sabe o quanto te procuramos e você aqui, esse tempo todo, no conforto da casa do Gui!

Fiquei parada com o hidromel na mão, observando meu ex-professor e amigo Remo Lupin, praticamente gritando comigo, como se eu tivesse de férias curtindo o sol do Chalé das Conchas. E ele tinha me chamado de Bella? Minha mente dava voltas.

-... eu pensei que o Edward estivesse ficando louco, mais pelo jeito ele tinha razão! E eu acreditei que você tinha sido capturada ou algo do gênero...

-Lupin! – Gui exclamou.- A Izy foi capturada e ... torturada pela Lestrange, sua prima. – nessa hora, Lupin ficou lívido, o que o deixou mais velho. –Ela está se recuperando aqui e você não pode acusá-la de nada.

-Desculpe Bells, eu não pensei, só que... foi o que o Edward me disse que... Esqueça! Você está bem, eu sou pai, é tudo o que importa. – dito isso, bebeu de um gole o seu hidromel.

Eu continuava parada. Em choque. As comemorações continuaram. De vez em quando alguém falava algo comigo, mais eu não ouvia nada, só balançava a cabeça afirmativamente. Lupin me lançava olhares arrependidos e Gui de preocupação, mas eu não dei importância. Eu estava digerindo as palavras do Lupin. Depois que eles esvaziaram uma garrafa de hidromel e Gui foi buscar a segunda, eu me aproximei do Lupin.

-Lupin, posso falar com você em particular um instante? - depois de uma breve hesitação, ele confirmou com a cabeça e seguimos até a cozinha. Fechei a porta atras de mim e o encarei. – O que aconteceu enquanto estive aqui? Por que o senhor citou o nome do Edward e o que ele tem a ver com isso? Ele deveria estar em Forks... – falei com pânico na minha voz.

-Bells, tudo bem. Edward veio comigo até Londres. Nós três, eu, o Doman e o Edward, estávamos procurando você. Quando seus pais souberam, também te procuraram. Isso até quatro dias atrás. Seu nome saiu no Profeta como indesejável número dois, atrás do Harry. Você não sabe o alívio que sentimos.

-Vocês pararam de procurar? - perguntei com um fio de voz.

-Eu sim, pois tinha que cuidar da Dora, mais o Damon e seus pais continuam. Você sabe, eu tinha certeza que tinha escapado ou algo do gênero... –disse se desculpando.

-Espera, e o Edward? Cadê o Edward? -perguntei trêmula. Meu estômago dava voltas.

-Ele, assim como eu, achou que você estava bem, em algum lugar... Ele está trabalhando na ordem agora. Bem, ele... ele pensou que você não tivesse sido capturada, que tivesse fugido dele, pra lutar em Londres, e que fosse por isso que não entrava em contato, por isso ele foi até os Voltures, trabalhar no lugar do Damon... Bella, você está bem?

Corri até a pia e botei meu jantar pra fora. Quando terminei, me virei na direção da porta, murmurei qualquer coisa do tipo “preciso de um tempo” e saí.

A chuva caía fina e uma névoa se alongava pelo jardim. O barulho da chuva se misturava com o das ondas num som barulhento e armônico. A chuva lavava meu rosto e eu consegui respirar. Era típico do Edward pensar que eu o deixei. Será que ele não vê o quanto eu sou sortuda por tê-lo? Imagens de nós dois, de nossos beijos entraram em foco, dilacerando minha sanidade. Eu não posso perdê-lo. Nem vou!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram do capítulo?