Razões e Mistérios escrita por Day_siqueira


Capítulo 25
Sem ar


Notas iniciais do capítulo

Tô atrasada, eu sei!Mais eu vô postar o outro logo.
Essa semana foi o caos...
Espero que gostem!



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POV Damon

\t\t  Não consigo me libertar dessa culpa. Eu nunca deveria ter deixado minha amiga nas mãos daquele idiota! Pressionei as pontas dos meus dedos contra minha têmpora e respirei fundo. O porão onde eu estava era fétido e úmido. As paredes eram descascadas e tinha várias rachaduras e infiutrações. Abri meus olhos e olhei os grandes olhos de Brida me recriminando. Eu tinha que voltar ao trabalho.

\t\t  Virei-me para o homem que se encontrava amarrado em uma cadeira no centro do porão e caminhei lentamente em sua direção. É incrível como os bruxos, que se acham tão superiores, sem uma varinha, ficam iguais aos trouxas que eles repudiam.

\t\t  -Vocês dizem que são “sangues-puros”. Deve ser interessante provar pra saber se tem mesmo diferença... – falei, usando meu tom mais ameaçador. Ele se estremeceu e eu sorri.

\t\t 

-Diga, é mesmo especial o sangue de um Comensal? -espetei mais.

-Escória! Seu mestiço imundo! –dizendo isso, tentou me cuspir. Sorri. Tõ cheio de si...

-Bem, tenho certeza de que você não quer ser meu jantar e eu tenho algumas perguntas a fazer. Podemos fazer um acordo. – falei, usando o método Stefan.

-Não faço acordo com mestiços. –ele resmungou.

Eu suspirei. Eu realmente tento ser bonzinho. As pessoas são difíceis, não sou eu que sou vilão. Brida piou me incentivando. Ri comigo mesmo. Dei uma olhada no Comensal à minha frente. O cara é louro, de feições grosseiras e olhos esbugalhados.

Arregacei as mangas do meu suéter e ele se sobressaltou. Havia uma mesa de madeira ao meu lado cheia de instrumentos interessantes. Eu não precisava daquilo para matar, mas queria assustar. Peguei uma lâmina qualquer e encostei em seu pescoço.

-Eu quero saber onde os caçadores de recompensas levam seus prisioneiros. É uma pergunta simples. Vacê fala e eu não mato você. Decida.

-Não faço acordo com mestiços. – gritou.

-Oh, você feriu meu coração. Eu pensei que havia um acordo entre nós e você me xinga? -perguntei sarcástico. – Hum, hum.

Comecei a cantarolar uma música de ninar, enquanto fazia cortes no seu rosto. Ele voltou a me xingar, mas eu simplesmente peguei uma faca maior e enfiei no seu braço. Ele urou de dor e começou a chorar.

-Está bem, eu digo. É na casa dos Malfoy. Pronto falei. – ele choranmingou.

-Como vou saber se estas falando a verdade? -questionei.

-É verdade! Eu juro pelo Lorde das Trevas!

O bom de ser vampiro é saber quando alguém mente, ainda mais em situações como essa. Larguei a faca e me virei pra Brida que me esperava paciente.

-Bem, parece que meu trabalho terminou Brida, querida. Hora do lanche! – falei alegremente me voltando para o “puro-sangue”.

***

O que eu posso dizer é que sangue de humano é tudo igual, bruxo ou trouxa, pensava enquanto voava em forma de corvo ao lado da Brida pelo céu de Londres. O vento frio passava por mim e eu respirei fundo.

Ela foi torturada. Eu senti sua dor, seu desespero e sua solidão. Nós nunca estivemos tão ligados e, ao mesmo tempo, tão distantes. De uns dias pra cá, eu não senti mais nada dela, mas eu sei que ela está viva e é isso que me move. Pousei em um telhado e voltei à forma normal. Brida me olhou, inquisidora. Ela tem sido um pedaço da Izy pra mim.

-Vá comer! Eu me viro só. –falei.

Ela ficou me olhando por um tempo antes de sair voando. A Izy sumiu e ela teme que eu suma também. Izy. Se ela está nos Malfoy, preciso achar um jeito de tirá-la de lá...

Meus planos foram atrapalhados por uma dor muito humana. Uma dor da Izy. Onde ela estivesse ela estava sofrendo de novo. Apertei meu punhos e me concentrei nela. Não era uma dor física, mas era quase. Que estranho! Tentei me concentrar na dor. Era um misto de desepero e... Não sei. Rangi os dentes e me preparei para voar de novo, quando meu telefone tocou. No visor aparecia o nome do Lupin.

-Aqui é Remo João Lupin. Sou um lobisomem. Quem é você?

-Damon Salvatore. Um vampiro que está doido pra matar outro. –ouvi um suspiro de alívio do outro lado e o Lupin continuou.

-Damon, eu tentei falar com o Edward e não...

-Você realmente me ligou pra isso? -perguntei incrédulo.

-Damon, a Bella tá aqui. Comigo. –senti meu corpo relachar. –ela está bem fisicamente. Olha você sabe onde o Gui mora?

-Em um chalé na praia. –falei. O telefone passou pra outra mão.

- Como se usa isso? Droga! Essas geringonças trouxas... papai iria gostar de ver! –ouvi a voz do Gui. –Damon? Vou te falar o segredo...

***

O chalé das Conchas fica em um lugar isolado do litoral. Demorei uma hora de vôo para chegar e eu nunca voei tão rápido. Quando pousei, passei rapidamente para a forma humana e me aproximei da casa. Mesmo se eu não pudesse vê-la, eu saberia que haviam pessoas ali, que ela estava ali.

Corri até a entrada e, antes que eu batesse, Lupin veio abrir a porta. Depois de checar se era mesmo eu, ele me deixou entrar em uma sala apinhada de gente. Eu só ouvi ou vi alguma coisa, por causa dos meus sentidos apurados de vampiro. Vislumbrei brevemente o Harry sentado no sofá, o Gui me olhando de um canto, com cara de preocupado e sua esposa francesa, Fleur. Ouvi o Lupin dizer algo sobre a Izy precisar de mim e todos os meus sentidos se voltaram para o jardim. Izy. Eu podia senti-la agora. Fui, mesmo sem convite, até o que me pareceu uma cozinha e saí até o jardim.

Eu podia sentir a mesma dor de desespero de antes. Corri até ela que se virou ameaçadora, com sua varinha em punho. Quando me viu, correu até mim e pulou em meus braços. Então é assim que se sente quando, antes de se afogar completamente, encontra a superfície?

-Damon! Eu preciso de você. Você tem que me ajudar.


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Notas finais do capítulo

E aê? Gostaram do capítulo?