Razões e Mistérios escrita por Day_siqueira


Capítulo 16
Feitiços e poções


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atrazo!
Eu sei: culpada. Mas tive problemas técnicos no meu pc...
Espero q o cap. compense a espera...



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Senti alguém aparatando. Um bruxo em Forks? Olhei pela janela e vi Lupin saindo da floresta e vindo em direção à casa. Suspirei de alívio. Edward ainda estava em alerta.

 

-Tudo bem Ed, é meu amigo. –disse.

 

Edward me olhou desconfiado. Ele estava tão sério e isso não é normal. Desci correndo as escadas com Ed do lado. Esperei até ouvir uma leve batida na porta, mas não abri. Me aproximei com a varinha em punho.

 

-Quem é? -perguntei.

 

-Remo Lupin. –respondeu uma voz grossa e cansada.

 

-Como nós nos conhecemos? -perguntei com a varinha apontada pra porta.

 

-Você estava saindo escondida da escola quando foi pega por três dementadores e execultou o patrono mais impressionante que eu já vi ser feito por alguém tão jovem.

 

-E ficamos amigos em seguida. –completei rindo.

 

-Na verdade, você me estuporou e eu te dei uma detenção. Você não gostou de mim tão logo. –disse rindo.

 

Abri a porta e o porfessor entrou rapidamente. Deu uma conferida na sala até ver o Edward. Seu sorriso desapareceu nessa hora.

 

-Precisamos conversar Izy. –falou sério.

 

-Claro Lupin, sente-se. –falei.

 

Ele se sentou na poltrona e eu e o Ed nos sentamos no sofá. Todo músculo do Edward estava tenso. Lupin pigarreou e fez uma careta.

 

-Merlin! Vampiros fedem! –exclamou.

 

-Só pra você. –falei tentando quebrar a tensão, mas ele não riu.

 

-Não contente em conviver com dois vampiros, sendo um deles assassino, você procura mais. – me recriminou.

 

-Professor...

 

-Esqueça isso! Dumbledore era um homem sem preconceitos. Acho que herdou isso dele, essa mania de gostar de excluídos como eu.

 

-Professor! O senhor não é excluído. É um dos bruxos mais poderosos que eu conheço. Mas diga-me, aconteceu algo? -apertei minhas unhas na palma da minha mão de nervoso e mordi meu lábio. Se acontecer algo com meus pais...

 

-Fora as mortes, desaparecimentos e traições ... nada de mais. Bem, o senhor Olivaras sumiu, ou melhor, foi levado. Há marcas de luta na sua loja.

 

Senti meu corpo congelar e meus olhos marejaram. Edward apertou minha mão e eu respirei fundo.

 

-E meus pais?

 

-Estão na Itália, tratando com os Voltures. Aqueles covardes vão se esconder novamente. O Lorde das Trevas está usando mestiços pela causa dele. Vampiros e Lobisomens.

 

-Mas, todos sabem que mestiços são como trasgos pra ele. Como podem ser tão estúpidos? -perguntei estupefada.

 

-Ele está os manipulando, Izy. Eles prometem humanos à eles. Isso é tudo que eles querem. Nem os Voltures estão conseguindo controlar esses vampiros. Eu estou infiltrado no bando do Lobo Greenback e o Damon está no dos vampiros. O Estefan prefiriu não abrir mão da abstinência à sangue e só trabalha na Ordem com outros assuntos.

 

-Com licença. –disse.

 

Me levantei e corri escada acima de dois em dois degraus até chegar no banheiro. Me tranquei e pus pra fora tudo que eu tinha comido. O Damon infiltrado, correndo risco, ...

 

***

 

Eu estava na minha cama e tinham duas pessoas conversando baixinho perto de mim.

 

-Foi informação demais. Devia ter tido mais cautela. –disse uma voz gélida.

 

-Não tente me dar lição sangue-suga. Ela já passou por coisas piores e sobreviveu. –disse uma voz rouca.

 

-Não justifica. Você devia ir embora. Está pondo ela em risco.

 

-Não! –gritei.

 

As duas figuras me encararam ansiosas e eu reconheci seus rostos. Me levantei devagar, testando meu equilíbrio. Ed me ajudou e eu fiquei de pé.

 

-Professor, desculpe ter demonstrado tamanha fraqueza, mas a morte de meu padrinho foi muito dolorosa. Só de pensar de perder outro amigo... Mas o importante é agir. O que posso fazer para ajudá-lo?

 

Lupin riu de meu pequeno discurso e, ignorando o Ed que ainda me segurava, me abraçou.

 

-Ei garota! Você e o Harry são únicos. Mas você tem razão. O importante é o que importa. Pode preparar uma poção pra mim, na verdade duas. Uma é a poção de Acônito, pra melhorar minha situação e uma polissuco. Sabe, era o miserável do Snape que me fornecia isso e ...

 

-Farei. Me dê três dias no máximo, que é o tempo que a poção polissuco precisa pra ficar pronta. A do Acônito eu faço mais rápido. Tenho muitas ervas aqui. -interrompi.

 

Lupin me olhou satisfeito e sorriu.

 

-Nunca duvidei de sua coragem e de sua inteligência Izy. Vamos, quero lhe ajudar nas poções.

 

Edward, Lupin e eu fomos até a estufa, onde pequei algumas vagens, talos, folhas e uma raíz de mandrágora no meu pequeno armário. Fomos pra cozinha onde Lupin e eu agiamos em sincronia pegando caldeirões, acendendo o fogo, cortando folhas, picando raízes, enquanto Ed olhava de um canto da cozinha. Seus olhos não deixavam de observar minha visita, como se ele fosse me matar a qualquer segundo.

 

Peguei meu Estudos avançados no preparo de poções e comecei a pesar na minha balança as quantidades exatas de cada ingrediente. Nossa concentração era quase tangível. Eu picava raízes de Valeriana quando vi que Lupin cortava a vagem Soporífera.

 

-Não professor! Amasse com o lado plano da adaga que faz escorrer mais seiva do que se cortar.

 

Dois pares de olhos se voltaram pra mim e eu fiquei vermelha. Lupin me olhou com uma falsa censura e Ed quase riu.

 

-Quem é o professor aqui mocinha? O livro diz que é assim. –respondeu.

 

-Desculpe professor, mas é que as vezes eles estão errados. –murmurei.

 

-Continue seu trabalho. Você é mesmo afilhada de seu padrinho. -Falou rindo.

 

Eu senti algo bom dentro de mim ao ouvir isso. Lupin me obedeceu, mas depois de amassar as vagens ele ficou só observando do lado mais distante possível de onde o Edward estava. A cozinha se encheu de uma fumaça azulada. Pus outro caldeirão no fogo e comecei a preparar a poção polissuco. A cor azulada da fumaça da poção de Acônito se misturou com a fumaça lilás da poção polissuco.

 

Mechi um caldeirão em sentido horário com a varinha e a outra no sentido anti-horário com uma colher de madeira. Lupin veio em meu auxílio, me substituindo em um caldeirão.

 

-Murmure as palavras que estão no livro enquanto mistura. –recomendei e ele me atendeu.

 

Passamos assim o resto do dia. Edward de vez em quando vinha olhar o conteúdo dos caldeirões, o da poção Polissuco assumiu uma cor marrom que lembrava lama, igual a que eu vi a Mione fazer. Mais tarde ouvimos um barulho de carro.

 

-Tio Charlie chegou. Edward, você deve ir. –falei.

 

-Eu vou me virar pela floresta. Trouxe uma barraca, não se preocupe. –emendou Lupin, vendo minha cara de reprovação.

 

Os dois saíram ao mesmo tempo. Edward me olhou sugestivamente antes de sair, indicando que ele não estava indo embora realmente. Quando Charlie entrou na cozinha, parou lívido.

 

-Santo Deus! O que fez com minha cozinha garota?

 

-O senhor vai jantar em casa tio? -perguntei toda inocênte.

 

-Billy me convidou pra jantar. –disse ele repondo a jacketa e se virando pra saída.

 

Quando ele saiu, não pude segurar uma gargalhada. Continuei mechendo a poção de Acônito e pus a Polissuco fervendo em um canto. Comecei a pensar no Damon. Mais que idiota! Como ele pode se arriscar tanto? Eu pensei que ele estava sendo egoísta como sempre, se preocupando com seus próprios assuntos.

 

Uma culpa se apoderou de mim. Pelas barbas de Merlin! Por que tudo dá errado pra mim? Se eu não tiver cuidado, Edward vai acabar indo pra minha lista de “Pessoas que eu amo e estão em perigo.”

 

Depois de armazenar a poção de Acônito em um frasco pro Lupin, fui tomar banho. Me ajeitei confortavelmente na cama e li o livro da Rita Sketeer. Essa mulher é uma difamadora. Descrevia meu padrinho como alguém frio e calculista, o acusava da morte da irmã Ariana, de causar ciúmes propositais em seu irmão, em se envolver em uma busca por relíquias junto com um assassíno, ...

 

Deixei o livro de lado e me aconcheguei na cama. Tirei um fio prateado de lembrança da minha cabeça, com a varinha, e coloquei na Penseira.

 

Amanhã eu iria pesquisar algumas coisas e perguntar outras pro Lupin. Senti os braços frios do Edward ao meu redor e adormeci ouvindo minha música de ninar.

 


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Notas finais do capítulo

E aí? Valeu a pena esperar?