Razões e Mistérios escrita por Day_siqueira


Capítulo 15
Família vampírica


Notas iniciais do capítulo

Ei povo, taí o cap.
Mais cedo pq eu tô com tempo.
Espero que gostem!



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Os dias se passaram tranquilos. Edward me ensinou a mexer na TV, no computador e em algumas geringonças inúteis pra quem tem uma varinha. Brida não gostou muito do Edward. Bem, ela tentou beliscar ele e não conseguiu, isso a deixou tão enfurecida que ela se recusa a ficar perto dele de novo. Ed me ajudou na estufa e ficou observando, com curiosidade, enquanto eu preparava uma porção pra me deixar mais alerta. Ele disse que os trouxas chamam de tônico.

Emmet, Jasper e Alice vem sempre aqui em casa. Quando eu dei meu xadres bruxo pro Jasper, ele ficou felicíssimo. Cada vez que uma peça quebrava a outra e no final, quando o jogo se consertou sozinho, ele e Emmet olhavam boquiabertos. Alice e eu nós tornamos amigas, mas percebi que sua irmã, Rosalie, não compactuava com essa amizade.

Nós duas saimos pro shopping e ela me ajudou a me vestir como uma trouxa. Trocamos experiências e ela gostou de saber mais sobre o meu mundo. Um dia quando eu e Alice estavamos olhando o crepúsculo e comendo sorvete (eu comendo e ela fingindo) em Port Angells, ela me falou de como ela viveu antes de encontrar os Cullens e de como viveu junto deles. Era fácil como respirar ela viver com o Jasper. Os mundos deles eram iguais e ele não corria riscos com ela nem vice-versa.

 

-E então Bella, como você era antes, você sabe, dessa guerra toda? – Alice perguntou.

 

-Eu? Hum, eu era cheia de amigos, me metia em várias encrencas, jogava Quadribol, estudava mais do que todos os alunos - por exigência do meu padrinho – e gostava de ficar horas olhando o nada. –falei rindo.

 

-Você era muito feliz então. –ela concluiu.

 

-Eu achava que sim, mas eu não tinha com o que comparar. Eu estou feliz com o Edward mais do que eu achava possível ser feliz algum dia. Se tudo voltasse ao normal, se eu voltasse a ter tudo que tinha antes, eu não seria feliz por que minha felicidade verdadeira é estar junto dele. – falei.

 

Alice me olhou e entendeu. Ela sentia o mesmo pelo Jasper.

 

***

Duas semanas depois do dia em que Edward soube que eu era bruxa, ele me levou pra conhecer seus pais. Eu tinha conseguido adiar o máximo, mas o Ed acabou vencendo. Eu estava com medo que eles me achassem inadequada e o Emmet riu muito de mim quando soube disso.

 

- Aha, tão corajosa...mas com medo de dois vampiros não gostarem de você! –Emmet riu e ganhou um soco do Edward.

 

 Esme era um encanto e nós ficamos amigas no ato. O doutor Cullen ficou interressado no meu relato sobre as minhas experiências na enfermaria.

 

-Uma vez, eu caí da vassoura por que um garoto, McLaggen, errou o alvo e jogou um balaço em mim. Senti uma dor nauseante de cegar, um lampejo, gritos distantes e tudo ficou escuro. Quando acordei, estava na enfermaria novinha em folha.

 

O senhor Cullen me olhou com interrsse acadêmico, procurando alguma cicatriz visível. Edward não disse nada, mas seus punhos estavam cerrados, como se esperasse a qualquer momento um balaço me atingir. Todos os Cullens estavam sentados na sala, mas apenas uma não me olhava, como se eu fosse um simples elfo domestico.

 

-E o que o médico fez pra você se curar tão bem? –o senhor Cullen perguntou.

 

- A Madame Pomfrey é uma boa enfermeira. Normalmente ela usa poções feitas com plantas. Eu trouxe algumas plantas medicinais comigo. –respondi.

 

-As plantas dela são assassínas. Você devia ver como ela quase engoliu o braço dela. –Edward falou pro senhor Cullen com um tom reprovador.

 

-Bella, fale mais sobre os métodos de cura. – disse o senhor Cullen, que obviamente, estava mais interressado em minhas experiências do que nas queixas do Edward.

 

-Bem, alguns ferimentos se pode curar com a varinha, como pequenos cortes. Coisas mais complicadas como ossos quebrados, exigem poções. –expliquei.

 

-Devem existir poucos bruxos no mundo. Seria impossível nós não sabermos da existência de vocês se fossem muitos. –raciocinou Jasper.

 

-Nós somos muitos sim. É que nós nos escondemos bem e existe um ministério que cuida de nos esconder. Nosso mundo é restrito. –falei.

 

-Nem tanto. –uma voz muito suave falou de onde estava Rosalie.

 

Voltei minha atenção pra TV, onde o apresentador dizia que algumas pessoas afirmam ter visto um homen sumir de repente. Suspirei e meu coração se apertou como se tivesse sido socado. O ministério não está mais agindo a favor dos bons. Depois, senti uma leveza, uma paz que me envolveu e eu soube que Jasper estava usando seu curioso dom. Olhei pro Ed e ele estava olhando sério pra Rosalie que se levantou e disse.

 

-Como vamos saber se não é perigoso tê-la aqui? Você mesmo disse que ela é procurada por bruxos poderosos. Nossa família corre perigo com ela aqui e você está sendo egoísta se não se importar... –Rosalie falou, furiosa.

 

Edward me pegou no colo e me levou feito um raio pra floresta, me impedindo de ouvir mais. Ele me colocou no chão, na borda de uma imensa clareira, e toda dor que Jasper me impediu de sentir voltou. Dei as costas pro Edward e andei mais pro meio da clareira onde, ainda de costas, me sentei. Ela estava certa. Que raio de amor egoíta é o meu? Tantas pessoas que eu amo já morreram e eu ponho em risco ainda mais pessoas que eu amo. Enchuguei uma lágrima teimosa antes que ela caísse. A verdade é que eu não tenho força pra me afastar dele. Edward.

Ele se sentou do meu lado e não disse nada. Passamos um tempo assim. Até que ele rompeu o silêncio.

 

-Ignore a Rosalie como eu ignoro.

 

-Não se pode ignorar a verdade.

 

-Eu posso proteger você.

 

-Não. Não pode.

 

-Bella...

 

-Não, me escute. Chegará o dia em que eu terei de partir sozinha. Eu estou me preparando pra isso. Eu estudo pra isso. Todo treinamento e orientações que recebi não foram em vão. E quando eu for, irei sozinha...

 

-Não!

 

Edward gritou tão irado que me assustei. Ele se levantou de um salto e correu pra floresta. Ouvi barulhos de explosões e me pus de pé. Alguns minutos depois ele voltou, ainda com ódio.

 

-Vou levar você pra casa. Deixarei Emmet cuidando de você por uma hora enquanto cuido da Rosalie e depois volto. Me prometa que vai me esperar.

 

Balancei a cabeça afirmativamente. Pela primeira vez, senti medo. Não dele, mas por ele. O que ele faria se eu sumisse (o que é inevitável)? Mais uma vez, ele me levou correndo, dessa vez, até a casa de Charlie. Ele começou a falar com um aparelho. Fiquei sentada no sofá enquanto ele dava voltas pela sala.

 

-Você tem noção do que fez comigo?

 

Neguei com a cabeça, debilmente, e ele se abaixou pra me encarar.

 

- Nunca mais repita o que disse na clareira e nunca pense em ir embora.

 

Virei a cabeça pro lado pra não ter que mentir. Ele pegou meu rosto com as mãos, me obrigando a encará-lo.

 

-Prometa. –ele pediu.

 

-Prometo nunca mais repitir o que disse.

 

Ele se levantou, mas não ficou satisfeito. Minutos depois Emmet chegou.

Emmet ficou de guarda, me encarando, como se eu fosse desaparecer no ar. Fui pra cozinha e joguei enfeitiços pra ela se limpar sozinha. Fui pro meu quarto e Emmet ficou olhando a louça se lavar, encantado. Tomei um banho e me deitei na cama. Tirei um fio prateado da minha cabeça e depositei na Penseira que ficava embaixo da minha cama. Fiquei olhando o teto. Quando eu iria partir? Eu quero partir? E se eu morrer?

Edward se deitou do meu lado. Ele estava sereno. Suspirei aliviada.

 

-Me perdoe se fui duro com você...

 

Pus um dedo em seus lábios, o impedindo de prosseguir.

 

-Acabou. –eu disse e voltei a encarar o teto.

 

-Odeio não poder ler sua mente. –ele desabafou e eu ri.

 

-Emmet... –comecei a dizer.

 

-Liberei ele. Estamos sós.

 

Pus minha cabeça em seu ombro e fiquei brincando com a gola de sua blusa. Ele se virou pra mim e me beijou. O mundo deu voltas e minhas questões foram resolvidas. Eu não iria embora. Não por vontade própria. Agarrei seus cabelos, me aproximando mais e ele me puxou pela cintura, até que não coubesse um fio de cabelo entre nós.

Ouvi um zumbido que me trouxe a realidade. Gelei. Edward me olhou sem entender enquanto eu me levantava e conferia a origem do barulho. Meu bisbilhoscópio estava pirando. Me pus em guarda com minha varinha na mão. O dia ainda ia ser longo...


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Notas finais do capítulo

Iaê galera? God news pra vcs: por causa do feriado
e por todos os pedidos pra que eu postasse mais,
eu vou postar outro cap. na terça.

Estão gostando da fic?
Eu quero Recadinhos!