Razões e Mistérios escrita por Day_siqueira


Capítulo 17
Coisas de bruxos


Notas iniciais do capítulo

Tô com peso na consciência por ter atrazado o cap.
Mas é que minha vida tá muito corrida.
Se tiver algum erro, vcs podem me dizer onde?
Valeu galera!



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-E o senhor não pode me dizer se é mentira? -pergunntei indignada.

 

Lupin me observava sentado em uma cadeira na cozinha enquanto eu mexia o caldeirão. Ele já havia tomado a poção de Acônito e estava mais corado. Sentado de maneira desconfortável, procurando as palavras certas, ele passou as mãos pelos cabelos com irritação.

 

-Não ligue pra Skeeter Izy! Ela é maluca...

 

-Mas tudo aquilo que ela escreveu, apesar de ser exagerado, é baseado em depoimentos de pessoas que conviveram com meu padrinho. –rebati.

 

Lupin se levantou, veio até mim, pegou minhas mãos nas suas e me olhou nos olhos.

 

-O que você lembra do seu padrinho é o que importa. Lembre-se do homem que te amou, te ensinou, te protegeu e, acima de tudo, lembre-se de como ele ajudou as pessoas ao seu redor. Olhe pra mim. Eu não seria bruxo se não fosse por ele. Talvez eu estivesse ajudando o Greyback...

 

-Não! –falei com a voz rouca de emoção.

 

-Esqueça isso então. Eu vou levar o livro comigo. Se você não fosse tão teimosa teria me ouvido quando eu disse pra não comprar o livro.

 

Lembrei que ele não sabia sobre Seattle. Se ele soubesse me levaria daqui. Longe do Edward. Ai. Dói só de pensar. eu continuei a poção e o professor me contou as novidades. Falou sobre a conversa que teve com o Harry (Que o convenceu a aceitar que iria ser pai, mesmo que talvez seu filho também fosse um lobisomem.), sobre o corpo do Moody que ainda não foi achado, das suas teorias sobre o desaparecimento do senhor Olivaras, da rádio Potter (Que falava mal de Voldemort e que toda semana mudava de frequencia), de como estavam os Weasley e do que a Umbridge estava fazendo no ministério.

 

Meus pais estavam bem. Eles estão na clandestinidade ajudando bruxos de procedência trouxa a fugirem. Meus pais são tão corajosos! Posso até ver minha mãe lutar, tão firme e corajosa. Eu nunca a vi vacilar.

 

O Harry ainda está na missão dele. Meu padrinho me falou sobre a suas teorias acerca das Horcruxes e me mostrou suas lembranças. Ele sabia que iria morrer por isso me deu sua penseira. Mas nada justifica o asqueroso do Snape ter matado meu padrinho.

 

Lupin também estava perdido em seus pensamentos. Ele olhava pela janela impassível. De repende, ele ficou reto na cadeira. Parei de mexer o caldeirão e olhei pela janela e meu bisbilhoscópio zumbiu.

 

-É um vampiro. –ele disse e eu me acalmei.

 

-Não baixe sua guarda Isabella. –me repreendeu e eu só revirei os olhos.

 

Edward apareceu entre a floresta. Ele estava muito elegante com seu suéter caquí que se ajustava ao seu abdomem definido. Seu cabelo despenteado só aumentava seu charme. Eu não conseguia parar de olhá-lo. Ele tinha ido pra aula. Seria estranho se nós dois faltassemos no mesmo dia.

 

-Bom dia! – Edward falou ao entrar.

 

Ele acenou com a cabeça em direção ao Lupin, que acenou de volta, e veio até mim.

 

-Acho que vou vigiar o perímetro, o que me lembra que a senhorita está enferrujada.

 

-Eu?

 

-A quanto tempo você não duela? -perguntou Lupin.

 

-Quando o Damon estava aqui eu duelava com ele. Estavamos empatados, mas eu venci da útima vez. Ele não está nada feliz. –comentei.

 

-Não é a mesma coisa de duelar com um bruxo. Hoje a tarde nos vamos duelar. Também quero lhe ensinar uns feitiços novos.

 

-Já ouviu falar do Sectumsempra?-perguntei ao lembrar.

 

-Snape. –falou.

 

-O senhor já o viu usar?

 

-Esqueça o Snape, Izy. Você e o Harry vão ficar malucos com essa vingança.

 

-Ele é meu. Harry não tem nada a ver com isso. Eu vou matar o Snape. –falei com raiva.

 

-Então é bom praticar. Um homem que, por anos, enganou seu padrinho não deve ser fraco. -Lupin falou e saiu.

 

Edward me abraçou e eu me deixei envolver por seu carinho.

 

-Posso perguntar augumas coisas?

 

-Pergunte.

 

-Por que eu não consigo ler sua mente nem a do Lupin?

 

-Minha teoria é que o professor use oclumência, que é a arte de fechar sua mente a intrusões externas. Quanto a mim, eu não sei porquê. Eu tive aulas de Oclumência com meu professor, mas não fui muito bem. Acho que é um mecanismo de defesa natural.

 

Edward ouviu tudo com cuidado e depois ficou pensativo enquanto enrolava os dedos nos meus cabelos.

 

-Acabaram as perguntas? -perguntei brincando.

 

-Longe disso. Me conte sobre o tal de Snape.

 

-Ele matou meu padrinho. Eu já te falei isso.

 

-Não contou os detalhes.

 

-Ele lançou a maldição da morte no meu padrinho que acabou caindo do torre de astronomia. Eu vi seu corpo no chão. Snape estava saindo do castelo depois de derrotar o Harry quando eu o vi. Nós lutamos e eu estava indo bem até que senti uma dor forte e vi que alguém tinha me atacado pelas costas -Draco Malfoy -. Snape aproveitou pra me lançar o Sectumsempra. Foi como se facas estivessem me cortando e eu nunca perdi tanto sangue. Foi a professora McGonagall quem me salvou.

 

Nós ficamos um bom tempo calados. Edward continuou mexendo no meu cabelo enquanto eu mexia o caldeirão. De repente, ele me puxou pra ele e me abraçou forte, seus lábios foram aos meus como se sua vida dependesse disso. Perdi a noção de realidade. Minhas mãos foram pros seus cabelos e as suas pra minha cintura. Senti a parede nas minhas costas, quando nós ficamos mais colados, e suas mãos passeavam pelo meu corpo.

 

Ele se afastou devagar, me segurando com cuidado. Ficamos respirando com dificuldade por um tempo e ele beijou minha testa e sorriu pra mim.

 

-Por que todos te chamam de Izy, e você disse que se chamava Bella?

 

-Por que eu queria mudar de nome, sem mudar ao todo. Todos os meus amigos me chamavam assim. Me traz recordações que eu não quero recordar.

 

-Felizes?

 

-Nem tanto como as com o nome Bella. Acredite. –falei quando ele fez cara de dúvida.

 

-Foi com o nome Bella que eu conheci você, que é a melhor coisa que já me aconteceu. –falei séria.

 

Edward ficou um tempo me olhando pro caldeirão ferver.

 

-O cheiro é horrível Bella.

 

-O gosto é bem pior. –falei rindo.

 

-Você já tomou isso? -ele perguntou incrédulo.

 

-Eu gostava de me meter em encrenca. Na escola, eu era unha e carne com os gêmeos Weasley, filhos do amigo do meu padrinho. Nós costumávamos afanar doces da cozinha, sair da escola escondidos, jogar bombas de bosta nos corredores,... Ai, ai,... Bom tempos! –disse rindo das minhas lembranças. Ed riu.

 

Um barulho na sala chamou-nos a atenção. A lareira estava preenchida por um fogo verde mágico e a cabeça do Damon surgiu entre as chamas. Ele parecia nervoso e preocupado ao se dirigir a mim.

 

-Izy, eu não tenho muito tempo. Os Voltures vão ajudar os bruxos. Não vão participar abertamente, mas já é um começo. O meu irmão voltou você sabe pra onde pra ver a Elena. Qualquer problema, vá pra lá. A Europa está um caos. Nem pense em vir pra cá. Cuide dela.

 

A última frase foi pro Edward, obviamente. As chamas desapareceram, mas eu ainda estava olhando-a.

 

-Isso foi... Cada dia vocês me surpreendem mais. –disse o Edward sério.

 


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Notas finais do capítulo

E aí, valeu a pena esperar?
Afinal, o que são 24 horas de suspense...
Mandem recadinhos pra mim escrever mais rápido!
beijim.