Ao nos ver Hanna saiu correndo e eu pude ver que ela estava chorando. Matt e eu corremos para alcançá-la mais quando chegamos à sala ela não estava.

 

      − Temos que achá-la.

 

      Matt e eu saímos atrás dela mais não a encontramos no condomínio, então resolvemos nos separar e procurar por toda a praça. Fiquei com medo de que minha teoria do se matar estivesse certa. Mais graças a deus encontrei a sentada em um banco olhando pro nada. Eu me aproximei dela mais com medo de levar um fora então me sentei bem devagar.

 

      − Tudo bem?

      − Você mentiu pra mim.

      − Eu não menti, omiti. E também eu não sabia que você gostava do Matt; nós já estamos juntos há dois meses.

      − Como assim?

      − Nós já esta vamos namorando antes de você chegar.

      − Oh, entendi.

      Ela estava muito triste; mas parecia ter entendido.

      − Você pode continuar lá em casa.

      − Eu vou voltar pra minha casa.

      − Hoje não, é muito perigoso; hoje você fica lá em casa. Por favor.

      − Tudo bem. Podemos ir? Eu não quero ver o Matt hoje.

      Concordei com a cabeça, voltamos pra casa e a levei direto para o quarto.

      Liguei para Matt avisando que já estávamos em casa e ele depois de uns vinte minutos ele chegou.

 

      − Como ela está? − Matt perguntou preocupado.

      Bati no sofá para ele sentar ao meu lado e falei baixo.

      − Está bem; ta dormindo. Parece que ela não quer te ver.

      Matt ficou triste.

      − É melhor assim amor. Ela vai se recuperar eu sei...

 

      Com o tempo as coisas foram ficando calmas. Hanna voltou para casa, agora mais conformada. As crianças sentiram muita falta de dela, mais a mesma prometeu estar de volta em breve.

 

      Matt me deu uma lista de todas as suas ex-namoradas. Eu fiquei de boca aberta com o tamanho dela, mais logo me recuperei e a taquei na cabeça dele.

 

      Sábado.

 

      Hoje, Vick e eu veremos o sexo do bebê, que como eu disse será uma linda garotinha. Fomos juntas até o consultório do Thomas.

 

      − Menino Anne! − Vitoria gritava certa.

      − Menina Vitoria. − Retruquei calma.

      − Sim? Pois não. − A moça da recepção nos recebeu.

      − Viemos ver o doutor Thomas.

      − Temos uma consulta.

 

***             

 

      − Muito bem meninas. Vejamos. −Thomas olhava para a tela sorridente, enquanto eu e Vick só víamos o borrão bebê. − Bem, está tudo bem com... Ela!

      − Ela? − eu perguntei super feliz. − É ela!

     Eu pulava de uma lado para o outro super feliz.  Olhei para Vick mais não vi decepção e sim lágrimas de alegria.

      − Minha menina? Minha menininha.

      Quando percebi também estava chorando. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Estava feliz por Vick, pela bebê e por mim, eu vou ser tia!

 

      Segunda-feira.

 

      De volta à realidade cruel ou escola como nós a chamamos. Eu estava entrando no colégio quando senti alguém me puxar pela cintura, não sei por que mais automaticamente pensei, Matt. Mais não era o cheiro do Matt, não eram as mãos do Matt. É definitivamente não é o Matt.

 

      − O que você faz aqui? - perguntei me afastando.

      − Eu vim te visitar gracinha.

 

      Eu não acredito o Mcdonald's volto?! Era ele mesmo. O maluco da praia estava na minha escola!

 

      − O que faz aqui?  - perguntei agora mais calma.

      − Você já perguntou isso. - ele sorriu.

      − E você não respondeu.

      Ele riu. Se aproximou de mim e tentou tocar meu rosto mais eu desviei.

      − Eu vim te ver.

      − Eu tenho namorado. - falei alto e com raiva.

      − O cara no seu quarto? - ele perguntou com aquele sorriso sínico nos lábios.

      − Então era mesmo você!

      Dei um passo para trás me afastando dele.

      − Eu queria te ver.

      − Fiquei longe de mim.

      − Isso vai ser meio difícil. 

      Olhei para ele esperando uma resposta.

      − Eu estudo aqui agora. E... − Ele disse se aproximando. − O que eu quero é você.

      Depois dessa “ameaça” eu só consegui fazer uma coisa: rir!

 

      − Olha aqui – falei rindo − Eu não sei que maconha você ando fumando, mais se souber o nome, me diz? Por que cara, ela é muita boa!

 

      Dei as costas a ela e andei até o meu armário. Agora vê se pode: o garoto sai lá do quinto dos infernos pra ver me ameaçar! Fala serio.

 

      Na aula tentei prestar o máximo de atenção no que o professor de historia dizia, mais como sempre eu não consegui, e novamente as palavras do Brian me vieram a cabeça. Ele não faria nada comigo, ele é só um garoto mimado. Mais não era comigo que eu estava preocupada...

 

      − Ta pensando em que? − Vick perguntou.

      − Nada.

      − Quem era o loiro que estava com você na entrada?

      − Um idiota. Por quê?

      − Por nada. Quer ir ao shopping?

      − Claro.

      − Meninas!

 

      O professor cortou nossa conversa e ficamos em silêncio. Foi assim durante o resto da aula toda até o intervalo que eu dei graças por ter chego.

 

      − Eu vou guardar nossos livros.

      − Ta; te espero na cantina.

 

      Enquanto guardava os livros a alma penada chegou do nada.

 

      − Oi linda.

      − Oi Mc.

      − Mc?

     Eu tenho que parar de dar apelidos as pessoas.

     − Nada não.

     − Eu quero falar com você.

     −Mesmo? Mais eu não quero falar com você.

     − Por que você não gosta de mim?

     − Por que você força as coisas demais.

     − Tudo bem amor, vai ser do seu jeito.

     − Do que ta falando?

     − Nosso namoro. Vai ser do seu jeito.

     − Você não é normal.

     Eu me virei para ir embora mais ele me puxou. Eu me debati tentando me soltar,  mais  claro ele era mais forte e me prendeu no armário me beijando a força.

     − Me solta! - gritei finalmente conseguindo me soltar dele.

 

     − Então, gostou?

 

     Antes que eu pudesse dar um belo tapa na cara dele alguém fez isso por mim. E não foi um tapa foi um belo de um soco mais tão bem dado que o ele foi parar do outro lado do corredor.