O Domínio de Hadassa escrita por xdrome
Centro do Recife, Rua Duque de Caxias.
Arlette está ouvindo música com headfones, ela tem a sensação de estar sendo seguida, quando olha pra trás e vê Pablerkson com uma camisa de Sérgio Guerra, ela começa a correr e ele a agarra.
— Gostou do meu look? Guardei pra você. Diz ele enquanto segura ela.
— Me solta! Porco de direita!
Ele dopa ela.
Arquivo Público de Pernambuco (APEJE), Sede, rua do imperador.
Clóvis e Michelle estão preocupados com Arlette.
— Bicha, cadê Arlette?
— Aconteceu alguma coisa Clóvis, ela nunca se atrasa.
— Michelle, eu tô com medo.
— De quê?
— Da mãe de Wanderson. Diz ele baixinho.
— Vou ligar pra Hadassa.
Guabiraba.
Arlette está amarrada em um sofá colonial, com a boca tapada por adesivo de um presidente que governou o Brasil entre 1994 e 2002.
Ela acorda ao lado de Pablerkson que está pondo o canal católico, Wanderson está em uma cadeira de rodas ao lado do sofá, Isolda servia o café da manhã de Otávia.
— Wanderson tá melhor?
— Olhe, Dona Otávia, ele tá na sala junto com Arlette.
— Então Pablerkson conseguiu? Pergunta ela com olhos brilhantes.
— Sim.
— Vou até lá, Isolda.
Otávia vai até a sala.
— Olá Arlette! Diz ela sorrindo.
Arlette emite um som.
— Tira o adesivo, Pablerkson. Ordena ela.
A senhora matou meu gato e ainda enviou as cinzas pelo correio, depois ter matado meu peixe.
— E daí Wanderson? Responde ela.
— Me solta! Grita Arlette.
— Gritem a vontade, aqui é zona rural. Diz ela saindo.
— Oi Arlette, tenho chance? Diz ele se aproximando.
— Reencarna, filho da puta!
Espinheiro – início da noite.
Hadassa atende a porta e vê os amigos da mãe.
— Oi Hadassa, Arlette tá aí? Pergunta Michelle.
— Ela saiu pra trabalhar de manhã, por quê?
— Hadassa baby, Arlette não chegou no APEJE. Diz Clóvis consternado.
— O que aconteceu? Pergunta ela assustada.
— Amada, a gente acha que a Otávia pegou ela. Responde Michelle.
— Quem é Otávia?
— Sua avó paterna, meu bem. Diz Clóvis.
— A mãe do Wanderson. Afirma Hadassa.
— A gente já vai, qualquer coisa se comunica, tá? Diz Michelle.
— Tá.
Portugal, Estoril.
Inês liga várias vezes pro celular de Wanderson.
— Ele atendeu? Pergunta Paulo Henrique.
— Não atende, se não conhecesse Otávia, dizia que apenas não quer falar comigo.
— Mas você sabe que o divórcio de vocês já saiu?
— Sim, só que eu queria confirmar com ele, mas acho que a gente já pode marcar a data.
— Te amo.
Eles se beijam.
Recife- Boa Viagem, dois dias depois.
Michelle vai até o apartamento de Richarlison, ela estava vestida com um vestido rosa metalizado e calçava sapatos de salto.
— Tu é amiga de Arlette? Pergunta elx abrindo a porta.
— Sim, ela sumiu há dois dias. Diz ela entrando no apartamento.
— Amada! Diz elx surpresx.
— Tu sabe de Olavo?
— Olavo foi embora do Brasil com a Mag.
— Caralho! Diz ela desesperada.
— Como eu posso ajudar?
— Arlette tava com o celular, a gente rastreia o IMEI e chama a polícia.
— Perfeito.
Guabiraba.
Pablerkson mexe no celular de Arlette, enquanto Isolda cozinha.
— Arlette adora um livro em PDF, só tem autor comunista.
— O celular tá com chip? Pergunta ela.
— Não, eu tirei, que galeria de fotos mais desinteressante não tem um nude...
— Tu acha mesmo que ela ia mandar nudes pra alguém?
— Talvez.
Espinheiro.
Alison estava na varanda do apartamento, eles estavam alguns dias sem notícias de Arlette, Hadassa entrou no local com uma blusa de alça e uma calça.
— Tô com medo, Alison. Confessa ela.
— Eu também, Arlette sempre foi muito querida por mim.
— E o lance com Raquel?
— Teve futuro não. Diz ele olhando pra ela.
— A audiência de Saul vai ser na semana que vem.
— Não precisa ter medo, eu te amo Hadassa, namora comigo?
Ela sorri para ele e um beijo acontece.
Guabiraba.
Arlette consegue se soltar das amarras, há 4 dias com a mesma roupa, o cheiro não era nada agradável, ela se chega a Wanderson que estava dormindo.
— Wanderson acorda! Diz ela próximo dele.
— O que foi? Reage ele com sono.
— Eu consegui me soltar, a gente tem que fugir.
— Eu tô algemado nessa porra e acho que a minha mãe me dopou com sonífero, mas você tem que fugir.
Ela sai correndo e é notada por Pablerkson que começa a atirar, Arlette desliza os pés descalços pela barreira, enquanto ele a persegue, até que vê a BR e para um ônibus de Pelópidas Silveira/ Macaxeira, ela consegue fugir com sucesso.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!