As duas saíram do quarto e correram escada abaixo, vendo o Instituto sendo invadido por Sentinelas.

—VÃO PARA A BASE SUBTERRÂNEA! - Aurora gritou protegendo um grupo de mutantes mais jovens.

—PRECISAMOS TIRAR ELES DO PRÉDIO! - Bobby gritou congelando um Sentinela, que foi estraçalhado por Aurora logo em seguida.

Aurora movimentou as mãos, e uma força invisível começou a empurrar os robôs para fora, até o pátio dos Instituto. Lá, a verdadeira batalha começou.

Raios, lanças de gelo e rajadas de magia púrpura vinham acompanhadas do som de metais sendo partidos e dilacerados.

—São muitos - Logan disse respirando pesadamente e Aurora engoliu em seco.

—Aurora, você precisa fazer isso — ouviu a voz de Charles em sua cabeça - Libere seu poder em sua essência — instruiu.

A loira respirou fundo e o chão começou a tremer. Seus olhos brilharam e seus cabelos começaram a se mover rapidamente. Ela encarou fixamente os robôs que ainda se aproximavam e seus olhos se tornaram inteiros violetas. Uma aura roxa envolveu seu corpo e ela saiu alguns centímetros do chão. Segundos depois, todos os robôs se dissolveram em poeira.

Seus olhos voltaram ao normal e ela voltou para o chão, observando o que havia restado dos robôs flutuando ao redor do grupo.

—Acabou? - perguntou olhando em volta, ainda sentindo que estava sendo observada.

—Creio que sim - Hank disse e ouviram um estrondo atrás de si.

—AURORA! - Raven gritou e Aurora se virou, vendo o último Sentinela que restara. Tentou enfeitiça-lo, mas o robô foi mais rápido e a agarrou, a lançando contra a parede do prédio.

Assim que atingiu a parede, Aurora sentiu uma dor aguda em seu abdome e o ar falhando ao tentar chegar aos pulmões. Com a visão turva, viu Rogue, Ororo, Bobby e Logan lutando com o robô enquanto Raven e Hank se aproximavam rapidamente delas.

—Aurora? - Raven a chamou e a mesma tentou responder, mas a única coisa que conseguiu foi tentar desesperadamente fazer ar chegar em seus pulmões.

—Ela não está respirando - Hank disse preocupado e a loira sentiu seus olhos pesarem - AURORA, NÃO FECHA OS OLHOS! - foi a última coisa que ouviu antes de ser engolida pela escuridão.

Quando acordou, a primeira coisa que viu foi o teto branco da enfermaria do Instituto. Havia uma cânula respiratória em seu rosto, um monitor cardíaco ligado ao seu indicador esquerdo e um soro estabilizador ligado ao cateter ligado a sua mão direita.

Tentou se sentar, mas uma dor no abdome a empurrou de volta para a cama. Olhou para baixo e viu que estava de top e que a área de suas costelas estava enfaixada.

—Por que essas coisas só acontecem comigo? - murmurou e ouviu a porta ser aberta, revelando Bobby.

—Ah, você está viva - disse fingindo estar surpreso - Achei que ficaria com a herança dos Cassilas só pra mim - brincou e Aurora rolou os olhos.

—Se for os fósseis do papai, eu voltou do mundo dos mortos para buscar - retrucou e ele riu.

—Só você mesmo para gostar daquilo - negou com a cabeça - Eu ainda lembro de como você ficava encantada quando o papai lhe explicava do que era cada um - comentou.

—Sou o orgulho do papai - brincou com voz de criança e os dois riram juntos.

—Acho que alguém está pronta para tomar outra porrada - ouviram a voz de Anna e a mesma entrou no quarto, fazendo Bobby começar a agir estranho, o que não passou despercebido por Aurora.

—Quero uns dias de folga - disse e leu a mente do irmão, sorrindo ao perceber o que estava acontecendo.

—É bom mesmo, você quebrou metade dos seus pares de costelas - disse cruzando os braços.

—Esse é um dos momentos que eu agradeço pelo Gene X ter me dado mais resistência física - Aurora comentou e Bobby se levantou, torcendo as mãos.

—Eu… Eu vou indo - disse passando rapidamente por Anna, que o olhou estranho, e saindo do quarto.

—O que deu nele? - perguntou e Aurora leu a mente dela também, sorrindo ao conseguir tirar a conclusão que esperava.

—Não sei, ele é estranho as vezes - deu de ombros - Escuta, você está namorando, Anna? - perguntou e a mesma engasgou com a saliva.

—Por que… Por que a pergunta? - se recuperou, evitando o olhar da loira.

—Curiosidade. Mas, me responde - disse e Anna bufou.

—Não - admitiu - Você está muito estranha - comentou e Aurora sorriu de lado.

—Eu estou até a tampa de antinflamatórios - retrucou.

—Faz sentido - ponderou e o celular de Aurora tocou. Anna o pegou e entregou a loira, que viu o nome de Bucky no visor - É ele? - perguntou e Aurora assentiu, atendendo a ligação.

—Alô? - disse.

—Aurora, onde vocês estão? — ouviu a voz preocupada do moreno.

—No Instituto - disse confusa e viu Anna coçar a nuca.

—Desde terça?— perguntou e a loira encarou Aurora.

—Um segundo - disse e tampou o captador de áudio com a mão - Que dia é hoje? - perguntou.

—Sexta - Anna respondeu sorrindo amarelo e Aurora arregalou os olhos.

—Eu fiquei desacordada por quase três dias? - perguntou e Anna assentiu.

—Aurora? - ouviu Bucky a chamando novamente e destampou o microfone.

—Então, aconteceu um pequeno acidente - disse.

—Que tipo de acidente?— Bucky perguntou.

—Algo envolvendo robôs gigantes e fraturas - disse e ouviu um suspiro do outro lado.

—Sentinelas atacaram os Instituto? — deduziu.

—Bingo! - exclamou e gemeu de dor ao sentir uma pontada.

—Aurora, o que realmente aconteceu com você? — perguntou e Aurora suspirou.

—Quebrei metade das minhas costelas - disse e ouviu um estrondo do outro lado da linha - O que você fez? - perguntou assustada.

—Soquei a parede— disse com uma voz séria, que causou uma lembrança ruim em um Aurora - Quando vocês voltam? — perguntou abrandando a voz.

—Quando eu tenho alta? - perguntou a Anna tapando novamente o microfone.

—Você precisa de uma semana de repouso - esclareceu - Mas, Charles disse que irá mandar uma aeronave até a Torre para buscar os Vingadores amanhã, ele acha que podemos refazer a aliança  com a S.H.I.E.L.D - Aurora destampou o microfone.

—Amanhã uma nave do Instituto irá buscar vocês - informou - Xavier quer restabelecer a aliança com a S.H.I.E.L.D.

—Vou avisar os outros  - Bucky suspirou.

—Ok, até amanhã - Aurora disse.

—Até amanhã— Bucky respondeu e encerraram a ligação e a porta foi aberta, revelando Xavier em sua cadeira de rodas.