Cartas e Rosas escrita por Jubs Hudson


Capítulo 4
Quase beijos


Notas iniciais do capítulo

Oiii galerissss! Demorei, mas cheguei. Capítulo fresquinho pra vocês. O achei mais sério, ás vezes é necessário. No more spoilers.
Boa leitura :)



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POV Peeta

— Você me deixou sozinho lá! Seu desgraçado! – disse Finnick lembrando da balada que fomos.

— Para de drama, Finnick. – eu respondi.

— Estou me sentindo traído, usado. – diz Finnick enquanto faz gestos como se fosse um ator de teatro arcaico.

— Tão exagerado... – e eu continuava andando pelo corredor da faculdade em direção ao meu armário e com Finnick nos meus pés.

— Me conta logo o que aconteceu ou nunca mais fala comigo. – ele levanta as duas sobrancelhas juntas querendo me pressionar.

— Aconteceu o que você acha que aconteceu, cara. – respondo já de saco cheio de Finnick insistindo para saber.

— Eu acho que você não sabe o que eu acho, Peetinha... – e ele soltou uma risada maldosa.

Eu não respondi nada. Só guardei uns livros em meu armário, pois não precisaria deles para estudar hoje, além do mais eu passaria na casa de Katniss depois do trabalho e não queria levar peso.

Logo Finnick percebeu que estava atrasado para sua aula História da Arquitetura e foi correndo me deixando sozinho com meus pensamentos.

Eu estava nervoso em pensar em falar com Katniss, mas ao mesmo tempo causava-me um alívio em vê-la. Tinha medo também do que viria depois da conversa, de qualquer forma, eu estava pronto para perdoá-la e perdoar a mim mesmo por ter sido tão precipitado em nossa relação e em minha decisão.

POV Katniss

A água quente que escorre pelo meu corpo me dava uma sensação de conforto e tranquilidade.

Tive muitas vendas na padaria hoje, o que me traz certo orgulho, ainda mais que fui convocada para uma viagem de trabalho. Uma nova cede da padaria seria inaugurada na Itália, vulgo, em Milão. Eu estava super feliz, mas ainda precisava fazer uns ajustes nos meus documentos antes de buscar a passagem.

De repente ouço o interfone tocar e meus pelos arrepiam-se. Peeta vem aqui hoje. Eu não me sentia muito preparada para ter essa conversa.

Saí correndo do banho e acabei escorregando perto da pia, por consequência arranhei meu pulso na ponta da mesma. Não senti nada, já que meu sangue devia estar fervendo. Coloquei um band-aid rapidamente e atendi o interfone afirmando que Peeta podia subir. Sequei-me e coloquei a primeira roupa (https://urstyle.com/styles/1783643) que vi pela frente. A campainha já tocava enquanto eu secava meus cabelos com a toalha. Corri e abri a porta um pouco ofegante.

— Oi. – eu digo. – Pode entrar, fique á vontade. – sorrio sem mostrar os dentes.

— Oi. Você está ofegante. – Peeta diz e olha o rastro de pingos de água que escorreram depois que sai do banho. – Se quiser posso esperar mais um pouco lá fora, pra você terminar o que estava fazendo.

— Não, não. Sem problema algum. Só espere um pouquinho para eu dar uma ajeitada aqui. – e o conduzi até o sofá, lhe entregando o controle da TV.

Peguei um pano e sequei o chão da sala. Em um dos movimentos Peeta reparou em um mero detalhe, o band-aid. O mesmo não estava muito bem colocado devido à pressa, sendo visível um pouco de sangue que escorreu.

— O que houve? – diz ele preocupado. – Eu ajudo você.

E Peeta me sentou no sofá e perguntou onde tinha remédio e objetos para ferimento. O informei aonde estava a caixinha de primeiros socorros na cozinha. Com cuidado ele limpou o ferimento, colocou uma gaze e um esparadrapo. Dessa vez ardeu um pouco.

— Obrigada. – e olhei para Peeta. Estamos tão próximos. Pensei em roubar um beijo dele, mas talvez não fosse justo.

Não tenho mais tanta certeza que quero Peeta de volta. Quer dizer, eu quero, mas talvez depois da viagem minha vida mude. Talvez eu me mude e isso não seria legal para nós. Mas se ele tentar algo acho que não resistirei, e acabarei cedendo, de novo.

Acredito que ele também tenha percebido o clima e se levantou já pegando o pano que eu estava secando o chão para terminar de secar. Eu me incomodei um pouco, pois não queria que ele fizesse essas coisas em minha casa.

— Sente aqui Peeta. Daqui a pouco servirei o jantar. – eu preparara uma Frittata para nós, já que eu sabia que ele vinha direto dos Correios e provavelmente não comera nada.

Ele sentou-se ao meu lado e ficamos olhando um ao outro esperando quem daria a partida inicial para a conversa.

— A cozinha está muito cheirosa. – diz Peeta quebrando o silêncio.

— É Frittata, um prato italiano. – pensei em contar a Peeta sobre a viagem agora, mas talvez algo me faça ficar, então prefiro contar quando estiver próximo de eu ir, se eu contar.

— Legal... Katniss, me desculpe por ser tão estúpido. Eu realmente gostaria que você não tivesse escondido nada de mim, mas isso não justifica minhas ações. Eu sei que errei e só te peço perdão por ser tão ridículo e...

— Para Peeta! – eu o interrompo. – Você não precisa se diminuir para me pedir desculpas. Eu também errei em relação a nós. Éramos namorados e mal sabíamos da vida um do outro. Acho que fomos um pouco precipitados e sim, eu tinha medo de te dizer sobre minha realidade. Você dizia coisas que me deixava insegura de te contar sobre minha origem, mas eu não guardo rancor. Eu perdôo você e espero de coração que você também me perdoe.

— Sim, claro que perdôo você.

Demos um abraço apertado com saudade.

— Kat, você acha que agora nós...

— Não Peeta. – o cortei já sabendo o que estava por vir. – Não acho que deveríamos voltar agora. Acho que devemos dar um tempo para nós mesmos, pensar no que realmente queremos, e se for para ficarmos juntos, um dia nós voltaremos.

Peeta me olhava com uma expressão de choque. Paralisado. E isso me partia o coração, não quero o magoar.

O sinal de pronto do forno tocou. Me levantei e preparei a mesa. Sentamos um ao lado do outro e depois de se servir e dar a primeira garfada de muitas, Peeta se pronunciou.

— Você é realmente boa nisso. – ele disse sorrindo para mim sem mostrar os dentes. – Sei que terá um futuro brilhante.

— E você também. Você é tão incrível quanto eu, Peet. – e eu disse o apelido que ás vezes o chamava no automático.

Seu rosto estava tão próximo ao meu, sua boca rosada me chamava. Meu corpo pedia pelo corpo de Peeta. Trocamos olhares entre boca e olhos, mas felizmente, ou infelizmente, Peeta quebrou o contato.

— Já vou. Daqui a pouco as senhoritas lá de casa ficarão com saudades. – rimos.

Peguei a sacola com a sua roupa que peguei emprestada no dia que dormi na sua casa, que por sinal eu não lembrava muita coisa e o conduzi até a porta.

— Espero que ainda possamos ser amigos. – diz Peeta.

— Eu também espero. – e como espero.

Dei um forte abraço nele e uma tentativa de beijo em sua bochecha, que acabou sendo no canto de sua boca.


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Notas finais do capítulo

Saudades comentários de vocês! Acho muito bom saber a opinião de todos, se estão curtindo, se está meio muito bosta. Enfim, confusões e doideiras vem por ai. Grande bj e até o próximo. Qualquer coisa podem me mandar mensagem também, amo conversar.

Bye ♥



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