Cartas e Rosas escrita por Jubs Hudson


Capítulo 5
Zona de Amizade


Notas iniciais do capítulo

Um século depois? Um século depois. Mas tô aqui, num tô?
E aí pessoinhas, voltei! Foi mal a demora, mas só tive tempo agora e pretendo postar mais alguns capítulos nessas férias.
Boa leitura :)



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Com um calor desses, só uma festa na piscina para aliviar mesmo. Hoje era aniversário de 22 anos de Finnick e o mesmo dará uma festa na piscina de sua casa a noite e me convidou. Fiquei sabendo que Peeta também foi convidado, afinal, eles são muito amigos, mas eu estava torcendo para que ele não aparecesse. Mas qual o mal dele aparecer? Eu sou forte, vou superar. Aquele loiro não vai mexer comigo mais (era o que eu pensava).

Coloquei meu biquíni e uma roupa simples (https://urstyle.com/styles/1783650) e em pouco tempo já estaria na casa de Finnick.

[...]

— Parabéns, Finn! – falo quando o mesmo abre a porta de sua casa e o dou um abraço.

— Obrigado, Kitkat! – diz Finnick animado. – Está tudo lá nos fundos da casa, a piscina, comidas, teu loiro gostoso e as bebidas. Fica a vontade.

Finn acabou de me deixar sem graça. Enfim, fui adentrando a casa até os fundos enquanto o aniversariante ia recebendo as outras pessoas.

Particularmente eu só via rostos conhecidos da faculdade, mas não conhecia mesmo ninguém.

Decidi pegar uma bebida para me animar um pouco, até que alguém esbarra em mim, molhando todo meu vestido com a bebida que eu acabara de pegar.

— Que droga! – reclamo tentando secar meu vestido com uns guardanapos que estavam em uma bancada perto das comidas.

— Deixa que eu te ajude. – diz uma conhecida voz masculina.

Entreolhamos-nos e falamos em uníssono:

— Tinha que ser você!

— Dava para você ser menos desastrado, Peeta? – pergunto o encarando.

— Dava para você não ficar no meio do caminho, Katniss? – agora ele fala e respira fundo. – Desculpa ok? Pego outra para você.

E lá foi Peeta pegar mais uma bebida para mim. O vestido estava grudento e já que era uma festa na piscina não tinha mal algum em ficar só de biquíni. Tirei o vestido e fiquei o segurando em minha mão enquanto esperava Peeta.

— Finalmente. – digo quando Peeta aparece com minha bebida. O vejo engolindo seco quando me olha. – Uma foto dura mais. – falo porque ele não parava de me encarar.

— Espera aí então. – e ele procurava seu celular em seu bolso, até que encontrou.

— Para de ser bobo. – digo, por fim, rimos.

— Já que você está meio molhada, por que não entrar na piscina? – ele me pergunta, mas senti as segundas intenções na sua fala.

Não hesitei e ele entrou na piscina comigo. Era tudo que eu precisava.

— Achei que você não viria. – diz Peeta quando entramos na piscina.

— Por que não? – pergunto ingenuamente.

— Não sei né. Talvez me ver só de sunga te faça ter saudades de algumas coisas. – ele fala na defensiva.

— Seja menos metido, por favor, Peet. – droga, falei o apelido. – Eu estou muito bem para sua informação. – tentei falar mais coisas na esperança de que ele não tivesse percebido.

Ele foi nadando em minha direção e eu me afastando, até que minhas costas esbarraram na parede da piscina e percebi que estamos em um canto afastado das outras pessoas.

Peeta estava na minha frente, numa zona não segura para minha sanidade corporal e mental.

— Será que você já está tão bem assim mesmo? – diz Peeta que jogou sua cabeça em minha direção e eu mergulhei na hora, deste modo, não sabendo o que ele ia fazer.

Óbvio que ele estava me provocando e eu estava tentando ser forte, mas meu limite estava quase sendo ultrapassado.

Saí debaixo d’água e vi Peeta rindo, ainda na minha frente.

— É assim que você diz que me superou Kat? – e ele continua rindo. – Eu só ia tirar uma folha que estava do seu lado.

— Você que não superou e não está resistindo a mim. – digo convencida.

— Ah é? – ele diz como se eu tivesse o ameaçado.

Ele se aproxima e eu nem me mexo. Sua boca vai ao meu pescoço fazendo uma trilha de beijos até minha orelha depois descendo e indo para o outro lado do pescoço repetindo os mesmo movimentos. Estou me controlando para meus olhos não começarem a revirar agora mesmo. Ele me puxa forte pela cintura, nos deixando cara a cara.

— Parece que você não sente mais nada mesmo... – diz ele contorcendo a face numa aparência de tristeza, mas ainda assim não me soltando.

Quer saber, dane-se.

Puxei seu pescoço e selei nossos lábios. Demos um beijo quente, com vontade, com saudade. Como sentia falta daquela língua dançando na minha boca.

Nossas mãos dançavam uma no corpo no outro. Que sensação!

— AEEEE! – vinha um grito por traz de nós. – MEU CASAL VOLTOU! – e Finnick estoura um champanhe.

Eu e Peeta nos separamos e começamos a rir. Claro que era zoeira dele (eu espero).

— Para de ser besta, Finnick! – diz Peeta, mas ainda assim rindo.

— Uma taça pro meu Peetinha, e outra para a Kitkat! – e Finnick nos dá copos com champanhe dentro. – AUMENTA O SOM DJ! – e ele grita novamente indo em direção ao pessoal que estava dançando, só que, infelizmente, ou talvez felizmente, ele escorregou na beirada da piscina e caiu dentro d’água. Não se machucou nem nada, só arrancou muitas risadas, mas depois perguntaram se ele estava bem, inclusive eu e Peeta.

Provavelmente ele estava muito bêbado, pois levantou da piscina balançando a cabeleira e gritando “Viva!” e foi dançar com o pessoal fora da piscina.

Decidi sair também e Peeta veio comigo. Colocamos uns salgadinhos em um pote e nos sentamos na beirada da piscina para conversarmos e comermos.

Peeta parecia estar muito feliz e eu não queria acabar com essa animação dele, mas melhor agora do que ele só descobrir quando eu estiver em um avião rumo a uma viagem que nem sei se voltarei.

— Peeta, eu consegui uma promoção na padaria. – solto a frase para ver sua reação.

— Que incrível, Katniss! Vai trabalhar em qual setor agora? – ele diz com uma animação sincera.

— Na verdade será uma viagem. Abrirá uma nova padaria em Milão e me chamaram para a cerimônia de abertura e, talvez, algo maior. – falo devagar acompanhando a expressão de Peeta que agora não parece mais tão animada. – Depois de tudo que tivemos achei justo que eu te contasse do que eu sumir do nada, sabe?

E Peeta fez algo que me pegou de surpresa. Ele deu-me um abraço.

— Te desejo toda sorte do mundo, Kat. Sei que você terá um futuro brilhante. – ele diz durante o abraço e sinto meu ombro levemente molhado.

— Ei, você não está chorando, está? – pergunto rindo de leve.

— Que isso! – e ele se afasta do abraço e seca as lágrimas. – Obviamente foi um cisco. – rimos. – E quando você vai?

— Amanhã de manhã.

— E a faculdade?

— Tranquei por um tempinho.

— Fará falta por lá... Se você não se importar, te levo no aeroporto.

— Não quero te atrapalhar. Amanhã é seu dia de descanso. Não acorde cedo por mim. Vá curtir a Primrose e sua mãe.

— Elas podem ir com a gente. – Peeta está indo longe demais.

— Peeta, não querendo ser grosseira com você, mas nós não namoramos mais. Eu não sei se eu vou voltar. Talvez minha vida mude completamente, entende? Eu gosto de você, gosto de sua família, mas a gente acabou.

Doeu em mim.

— Podemos ser amigos, oficialmente, só amigos e deixarmos o destino decidir. – diz Peeta respirando fundo.

— Tudo bem. – apertamos as mãos. – Amigos, só amigos. – e dei um sorriso fraco.

Me despedi de Finnick e de Peeta e fui para minha casa terminar de arrumar as coisas.

[...]

Roupa, sapato, maquiagem, perfume, absorvente, calcinha, sutiã, toalha...

— JOHANNAAAA! – grito a minha amiga. – Será que estou esquecendo alguma coisa? ME AJUDA!

— Ih garota, respira e não pira. Se você estiver esquecido algo só me mandar mensagem e pá, envio para você pelos correios... – ela diz a última palavra com malícia.

— Para de ser boba, nós entramos em um acordo. Somos apenas amigos. – a esclareço.

— Sei... Vou chamar seu táxi. – e ela pega o celular dela.

Checo as últimas coisas do apartamento. Não planejo vende-lo já que não sei se terei que voltar ou não. Só deixo uma chave com Johanna para dar uma olhada às vezes.

— Só não transforma minha casa em um puteiro, por favor. – digo á ela.

Meu táxi chega e vamos descendo com minhas malas.

— Vê se me traz uma lembrancinha! – ela diz antes de eu entrar no carro.

— Se eu não voltar, te mando pelos correios. – falo entrando na brincadeira dela. – Te amo Joh! – e a dou um abraço e a mesma contribui.

— Também te amo Katlícia! Sentirei saudades.

— Oh meu Deus, Johanna falou sobre sentimentos, repete por favor para eu ter certeza do que eu ouvi. – brinco com ela.

— Tchau, chata. – ela diz.

Entro no carro e o taxista dá a partida. Sentirei falta daqui.

Effie, vulgo dona da padaria daqui de Nova York me manda uma mensagem dizendo que já está no aeroporto me esperando.

[...]

— Como sempre, belíssima! – Effie diz a mim (https://urstyle.com/styles/1783655).

— E você nem se fala, fico sem palavras. – rimos.

Antes de entrar no avião dou uma olhada para trás e desconfio de ver uma cabeleira loira masculina. Deve ser o nervosismo me fazendo ver coisas. Foco Katniss, sua vida vai mudar agora! Só espero que seja para melhor...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Será que o Peeta foi no bagageiro? haha Deixe comentários para eu saber a opinião de vocês que é muito importante! Bjunda ♥



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