A Flor Mágica escrita por Holanda


Capítulo 4
Capítulo 4




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Ozpin se aproximou do local onde as fadas cantam e dançam ainda escondido pelo feitiço de incivilidade, Salem estava em seu trono feito de galhos de carvalho retorcido, ele a ver bocejando, não tardou para a rainha está nos braços de morfeu, as suas servas fadas a cobriram com um lençol de flores roxas e se foram para deixar sua soberana descansar.

O rei dos elfos se aproximou deixando seus passos leves como uma pluma, ele se inclinou sobre sua esposa e pingou um pouco do orvalho nos olhos de Salem, Ozpin sussurrou em seu ouvido adormecido:

— Durma, minha cara rainha, quando acordar, terá uma ingrata surpresa…

Ele desapareceu nas sombras… Naquele momento, em outra parte da floresta… dois jovens apaixonados se encontravam perdidos na escuridão da noite.

— Yang, espere um pouco. — Weiss se apoiou em uma árvore ofegando.

— Você está bem? — Yang perguntou com uma voz grave, ele se aproximou de Weiss preocupado. — Melhor paramos para descansar.

— Não, eu estou bem, eu consigo. — Weiss disse, mas ela ainda parecia sem fôlego.

— Não quero que se esforce tanto, e se for para ser sincero, não sei bem onde estamos.

— Você disse que conhecia o caminho. — disse Weiss franzindo o cenho.

— Bem, sim, mas está tão escuro que mal enxergo um palmo a minha frente. — Yang disse parecendo preocupado e olhando em volta.

— O que faremos então? — perguntou Weiss aflita.

— Podemos dormir aqui, quando amanhecer, acharemos o caminho.

Weiss olhou em volta também, a floresta parecia tão assustadora, ela nunca havia ido tão longe de casa e todo aquele esforço estava cobrando um preço sobre seu corpo frágil. Yang percebeu o temor de sua amada e se aproximou colocando a mão em seu rosto e lhe olhando ternamente.

— Não precisa ter medo, estou com você e te protegerei, ai daquele que se atrever a lhe ameaçar, seja homem ou fera. — Yang sorriu para ela, e Weiss lhe retribuiu se sentindo segura.

— Confio em você.

Yang não perdeu tempo, ele preparou um local para passarem a noite rapidamente, acendeu uma fogueira a poucos metros de um riacho, e logo, ele se deitou encostando em uma árvore, Weiss a seu lado, e assim, ambos adormeceram.

Não muito longe deste local, Ruby estava resmungando para si mesma:

— Já andei por todo canto e nada de achar esse rapaz, onde estará em nome de todo o olimpo? Oh, Afrodite, senhora dos amantes, me ajude a achar esse casal desafortunado.

Ruby ouviu um estalo e virou seu rosto na direção, parecia que a deusa havia escutado sua prece, ela se aproximou e lá estava, um rapaz loiro com roupas atenienses, como o rei Ozpin havia descrito. A elfa se aproximou devagarinho e viu uma moça dormindo ao lado do rapaz:

— Deve ser a moça que teve seu coração... partido? — Ruby terminou sentença com dúvida, será que era mesma a pessoa certa?

Ela deu de ombros, o rei tinha lhe dito para pingar o orvalho da flor mágica em um rapaz ateniense loiro, e lá estava. Ruby espremeu a flor e uma gota caiu nos olhos de Yang, depois, ela repetiu o processo com o outro olho.

— Agora, quando acordar, se apaixonará perdidamente pela primeira moça que vir pela frente. — Ruby deu uma pequena risada e desapareceu na mata deixando Yang e Weiss sem saberem o que havia acontecido.

Quando o sol se levantou naquela manhã, Weiss foi a primeira a acordar, ela olhou para Yang que dormia calmamente, ela sorriu e lhe deu um rápido beijo nos lábios não querendo perturbar o sono de seu amado.

Vou pegar um pouco de água no riacho, isso nos poupará tempo e depois, acordarei Yang. — Pensou consigo mesma, ela logo se levantou limpando suas roupas e foi na direção da água corrente ali perto.

Nesse momento, Pyrrha apareceu por entre as árvores, ela havia se perdido de Jaune na noite anterior e agora se encontrava perdida e sozinha, ela estava muito cansada de ter passado a noite andando de um lado para o outro, por isso, se encostou em uma árvore para recuperar um pouco do fôlego.

— Oh deuses, será que meu destino é ficar para sempre perdida nessa maldita floresta?

Seu desalento encontrou algum consolo quando ela viu que havia mais alguém ali, uma figura deitada perto de uma árvore, a princípio, pensou ser Jaune, mas logo percebeu que era Yang. Pyrrha correu até ele.

— Yang? Acorde! Você está ferido? Acorde! — A ruiva o balançou pelo ombros na tentativa de acordá-lo.

Yang começou a abrir seus olhos.

— Graças aos deuses, pensei que estivesse machucado ou pior ainda.

— Pyrrha? — Yang disse com uma voz arrastada e com uma estranha névoa em seu olhar. — Como nunca reparei em toda sua glória? Na beleza dos seus olhos esmeralda? Ou em seu cabelo vermelho como as folhas do outono?

— Yang? O que está dizendo?

— Não é óbvio o que estou dizendo, Pyrrha? Eu te amo!

Pyrrha recuou, ela nunca havia visto Yang agir daquela forma tão estranha nem mesmo com Weiss.

— Está fazendo chacota de mim? Que tipo de brincadeira cruel é essa?

— Não é brincadeira, minha adorada Pyrrha, meus sentimentos são genuínos.

— Não me faça de boba, até ontem você amava Weiss e eu amo Jaune.

— Weiss não tem nada de mim a não ser meu desprezo, mas você… — Yang se levantou. — Você tem todo o meu coração, lutarei por ti, minha amada Pyrrha, se preciso, derrotarei Jaune por seu amor.

— Não! Você insiste em fazer chacota de mim, conheço suas brincadeiras! Isso não tem graça! — Pyrrha correu para longe.

— Pyrrha, meu amor, volte! Não fuja de mim! — Yang correu atrás dela.

Weiss voltou para encontrar seu pequeno acampamento vazio, onde Yang teria ido? Muitos pensamentos terríveis passaram por sua cabeça a fazendo estremecer, imediatamente, Weiss saiu a procura de Yang.

Perto da clareira onde Salem dormia, Ruby a observava esperando um momento que ela acordaria, para fazer com que a rainha se apaixonasse por algum animal como o seu rei havia pedido. Mas algo estava errado, gritos vindo de algum lugar perto chamara sua atenção.

— Socorro! Estou perdido nessa floresta? Tem alguém aí? — Os ouvidos pontudos e atentos da elfa Ruby escutaram aquele estranho barulho. — Eu me perdi do meu grupo de teatro, tem alguém aí?

— Quem será que faz tamanha algazarra perto do leito da rainha Salem?

Ela procurou de onde vinha o barulho e viu um homem perdido vagando pela floresta indo na direção da clareira onde a rainha dormia.

— Oh, um homem, tem muitos humanos na floresta hoje… Ah, o que é aquilo? —  Ruby reparou que havia uma característica muito peculiar naquele humano… ele tinha orelhas de burro no alto de sua cabeça.

Que estranho… — Pensou a elfa Ruby, ela o viu indo na direção onde Salem dormia.

— Oh, não, se ela acordar, ira se apaixonar por aquele humano estranho… espere só um pouco… — Ruby teve a ideia mais travessa de todas, ela riu e começou um feitiço, seus dedos brilharam com magia e de repente, a cabeça do homem perdido foi transformada na cabeça de um asno.

O homem ficou tão assustado que guinchou, os sons que saiam de sua boca nada mais eram que ruídos de asno incompreensíveis na língua humana, o barulho foi tanto que a rainha Salem acordou e como Ruby havia imaginando, a primeira coisa que ela viu foi o homem com cabeça de burro a sua frente.

— Quem se atreve e a me acorda com esses ruídos horríveis? — Salem despertou e acabou olhando para o homem/asno. — Oh, que criatura maravilhosa é essa?

A rainha se atirou aos pés da criatura e lhe cobriu de elogios e beijos enquanto o homem/asnos guinchava incapaz de verbalizar qualquer palavra ou escapar dos braços da rainha Salem.

— Não diga nada, meu amado. — falou Salem. — Lhe proverei de tudo, será muito bem tratado em meu reino, o doce ser, você receberá todo o meu amor.

Enquanto isso, Ruby, escondida atrás de uma árvore, gargalhava de sua brincadeira, ela correu para contar a seu rei como tudo havia saído melhor do que o esperado.

 


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Notas finais do capítulo

Ruby, meu Deus, o que vc fez? hahahahaha



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