Ruby se aproximou do local onde o rei Ozpin estava, quando ele a ver, o rei elfo a cumprimenta:

— Ah, bem-vinda, Ruby, estava ansioso com sua chegada, me diga, tudo correu como o planejando?

— Até melhor, meu senhor. — Ruby disse orgulhosa de si. — A rainha se apaixonou por um homem com cabeça de asno que só sabe relinchar.

Uma expressão de surpresa passou pelo rosto do rei, mas logo ele riu alto.

— Isso foi melhor do que eu poderia ter imaginado, depois dessa, Salem aprenderá a não se meter comigo. — Vangloriou-se. — Mas e sua outra tarefa? Colocou o feitiço no jovem ateniense?

— Sim, fiz exatamente como me pediu, eu o encontrei dormindo, e pinguei o orvalho da flor em seus olhos, ao lado dele, estava a moça e quando ele acordar, ficará apaixonado por ela.

— Que magnífico, Ruby, oh, veja, é o rapaz se aproximando. — Ozpin puxou Ruby para que ambos se escondessem atrás de uma moita.

Jaune passou correndo e Ruby reparou que não era o mesmo rapaz que ela havia encontrado dormindo no dia anterior.

— Espere só um momento, esse ai é o rapaz que eu deveria enfeitiçar? — Ela perguntou.

— Sim, por que?

— Oh, não! Acho que cometi um engano!

— O que está dizendo?

Nesse momento, apareceu Weiss correndo na mesma direção.

— Yang? Yang? Onde você está? — Weiss gritava ainda a procura de seu amado, até que viu algo, uma silhueta e ela se animou. — Yang? — Ela correu até a figura, mas quando se virou para vê-la, era Jaune.

— Weiss, minha adorada, Weiss, eu enfim te achei! — Jaune lhe sorriu e abriu os braços na esperança de Weiss se jogasse nele, mas a garota fez foi  lhe joga um olhar extremamente irritado.

— Onde está Yang? O que fez com ele?

— Esqueça Yang, eu sou seu noivo, venha comigo!

— Nunca! E o que quer dizer com “esqueça Yang”? O que fez com ele? Se você tiver feito algum mal para Yang… nunca te perdoarei!

— Por que me acusa dessa forma? Se bem… que Yang me ofendeu demais… cotejando você e depois com essa fuga…

— Não! — Weiss foi tomada por uma fúria e partiu para cima de Jaune. — Eu juro pelos deuses, se algo aconteceu com Yang e a culpa for sua, eu o farei pagar!

— Pare com isso, Weiss. — Jaune segurou os braços dela tentando não machucá-la no processo. — Eu não fiz nada contra Yang, nem sequer o vi, eu digo isso, porque te amo, Weiss.

— Pare! Eu não suporto mais ouvir sua voz! — Weiss se afastou com os olhos lacrimejando. — Eu só quero Yang de volta, Yang não me abandonaria…

— Weiss… — Jaune se aproximou para consolá-la.

— Não toque em mim! — Ela escondeu seu rosto entre as mãos abafando seu choro. — Por que você e papai querem tanto arruinar minha vida desta forma? Nos deixem em paz! — Weiss correu para longe dele, Jaune ficou olhando sem se mover e se sentindo mal por ela.

Enquanto isso, Ozpin e Ruby assistiram toda a cena:

— Ruby, o que você fez? Em vez de unir um casal você fez foi separar um!

— Oh, não foi de propósito, eu devo ter confundido. — Ruby se defendeu.

— Como pode se confundir com uma coisa tão séria? Acabou com um namoro sincero.

— Mas eu fiz como o senhor havia mandado, pinguei o feitiço em um rapaz loiro ateniense.

— Oh, que terrível, temos de consertar isso, Ruby. — Ozpin se lamentou penoso.

— Como?

— Eu farei Jaune dormir, e você colocará o orvalho da flor em seus olhos, você ainda tem a flor, não é?

— Sim!

— Depois, você trará a moça certa, para que quando ele desperte, se apaixone por ela, e também, terá de desfazer o feitiço da flor que jogou em Yang, pegue isso. — O rei puxou de suas vestes uma erva de cor escura. — Jogue isso em seus olhos e o feitiço acabará.

— Entendido!

Ozpin se virou e lançou um feitiço simples que fez Jaune ficar com um sono incontrolável.

— Nossa, não percebi que estava tão cansado, vou só tirar um rápido… eh.. cochilo… — Seus olhos mal se aguentavam ficar abertos, ele se encostou em uma árvore e dormiu profundamente.

Ruby rapidamente saltou para perto dele e pingou o orvalho da flor em seus olhos, depois, correu para procurar Pyrrha e Yang que para sua sorte, não estavam longe dali.

— Pyrrha, por favor, pare de correr, vamos conversar, não entendo por que foge justamente de mim, logo eu que a amo tanto. — Yang suplicou.

— Não, me deixe em paz! Não cairei em suas brincadeiras. — Pyrrha correu ainda mais rápido.

Ruby a viu e para sua sorte, ela estava indo na direção que Jaune dormia, ela pensou que tinha de ganhar tempo para a garota ruiva achar o seu amor, então ela resolveu atrasar Yang, ela balançou seus dedos e raízes brotaram do chão amarrando os pés do perseguidor de Pyrrha.

— Maldição! — Yang ralhou quando ele acabou caindo no chão e percebeu que raízes estavam enroladas em seus pés. — Pyrrha, espere por mim! — Ele sacou sua espada e cortou as raízes que o prendiam.

Pyrrha avistou Jaune adormecido, ela correu até ele e balançou seus ombros:

— Jaune, acorde! Acorde Logo!

Ele começou a despertar e viu Pyrrha a sua frente, o feitiço agiu e Jaune ficou perdidamente apaixonado por ela.

— Oh, Pyrrha, que bela visão é ver você assim que desperto.

— O que está dizendo?

— Você é tão linda, quer dizer, sempre foi, mas… oh, pelos deuses, como você é incrível, por favor, me perdoe por ser tão cego, deixe eu me redimir.

— Jaune, o que significa isso? — Pyrrha recuou um pouco e ele se ajoelhou diante dela.

— Case-se comigo!

Pyrrha cobriu a boca diante da surpresa, ela ficou claramente emocionada.

— Eu…

— Não! — Ambos viraram para ver Yang se aproximando, sua espada ainda em mãos.

— Não se meta nisso! — Jaune se levantou gritando. — Por que você está sempre se impondo entre mim a garota que eu gosto?

— Eu digo o mesmo! Você só se interessou por Weiss depois que comecei a cortejá-la, agora faz o mesmo com Pyrrha! Seu facínora!

— Como se atreve?

— Yang? — Weiss entrou correndo, saindo da floresta para a clareira onde estavam. — Yang, eu te achei! — Ela o abraçou, mas Yang não a abraçou de volta. — O que há de errado contigo, Yang?

— Lamento, Weiss, mas as coisas mudaram.

— O que quer dizer? — Weiss se afastou dois passos assustada.

— Eu amo Pyrrha agora.

— O que está dizendo?

— Agora a bela Pyrrha é que tem todo o meu amor!

— Não! Pare com isso! — Pyrrha gritou.

— Sim, Pyrrha ama é a mim, a deixe em paz e volte para Weiss! — Jaune falou.

— Mas o que está acontecendo aqui? — Weiss gritou para ninguém em específico. — Que tipo de brincadeira é essa?

— Vocês dois, parem com essa brincadeira, isso só está fazendo Weiss e eu sofremos! — Pyrrha disse.

— Não é brincadeira, eu te amo de verdade. — Jaune disse se ajoelhando na frente de Pyrrha.

— Eu também! — Yang fez o mesmo.

Pyrrha olhou rapidamente para os dois rapazes ajoelhados diante dela, depois se afastou deles correndo.

— Vocês são tão cruéis em zombarem dos meus sentimentos!

— Pyrrha?! Espere por mim! — Yang gritou e começou a correr atrás dela, mas Jaune segurou seu braço o empurrando.

— Está claro que só há uma maneira de resolvermos isso. — Jaune disse sacando sua espada.

— Não seja tolo, você não quer lutar contra mim. — Yang falou puxando sua espada também.

Ruby viu tudo, ela teria achando engraçado, se eles não estivessem prestes a se matarem.

— Ah não! Ah não! Eles vão brigar de verdade com espadas de verdade! Ah não! Ah não! — A pequena elfa se desesperou. — Tenho de fazer alguma coisa.

Jaune atacou com sua xifos e Yang se defendeu usando sua própria espada, ele teceu um arco longo com a lâmina fazendo Jaune recuar.

— Desista agora, e não te machucarei! — Yang disse.

— Nunca! — Jaune atacando novamente.

— Parem! Parem já com isso! — Weiss gritou e para sua surpresa, ambos param mesmo e se viraram para olhar para ela. — Vocês parecem que ficaram louco, será que Dionísio tirou a sanidade de vocês dois? Voltem a si! — Ela implorou. — Yang…

Yang pareceu vacilar enquanto olhava para Weiss, seus olhos cor de ametista piscaram confusos, e nessa hora, Jaune se aproveitou e correu na direção onde Pyrrha havia ido.

— Yang… lembre-se de nós… — Weiss se aproximou.

— Eu… eu amo Pyrrha agora, lamento. — Ele se virou e correu para procurar Jaune.

Weiss caiu de joelhos no chão chorando e Ruby a viu de longe…

— Tadinha… eu tenho de consertar isso.