30 Day OTP Challenge escrita por Sue2011


Capítulo 18
Capítulo 18 - Lar


Notas iniciais do capítulo

Dia 18- Doing something together (this can be anything from watching tv to having sex. Just remember to tag appropriately.)
Gênero: Fluffy, Romance, Comédia
Breve Descrição: Aquele em que Rosalie e Emmett realizam a mudança para a casa nova juntos. Como será a primeira noite do casal no novo lar?



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— Você está pronto? - Rosalie perguntou com um sorriso no rosto, não era capaz de conter a felicidade que irradiava de seu rosto. Depois de muitas dificuldades, uma reforma que parecia que ia durar eras e dias gastos comprando e organizando móveis eles finalmente estavam indo para a casa nova, uma casa do jeito que eles tinham sonhado, um grande jardim delimitado por uma cerca branca e um caixinha de correio com as iniciais deles, uma varanda com poltronas confortáveis e um hall de entrada com fotos dos dois.

Emmett tinha acabado de estacionar o carro na garagem quando ela quebrou o silêncio com a pergunta.

—Claro. – Ele respondeu de forma automática o que fez com que Rosalie o encarasse. Pensava que Emmett estava tão feliz quanto ela após darem esse importante passo, estavam finalmente indo morar juntos depois de tanto planejamento e agora que finalmente tinham conseguido Rosalie se perguntou o que poderia estar errado.

 -Ei, está tudo bem? – Ela cobriu a mão dele com a sua e Emmett voltou seus olhos azuis para ela, havia um brilho diferente em seu olhar que a aqueceu e fez com que deixasse de lado quaisquer preocupações que pudessem estar incomodando.

—Está tudo bem... É só que a gente batalhou tanto para chegar até aqui e acho que estou simplesmente adiando um pouco o momento para aproveitar essa sensação boa de vitória sabe? De uma conquista importante, parece que eu ainda estou sonhando e a sensação é tão.... Não sei explicar, certa, acolhedora que acho que me perdi pensando nisso. E ao mesmo tempo é um pouco assustador porque tudo vai mudar. Você... Você entende o que eu quero dizer? - As palavras de Emmett saíram todas de uma vez, emboladas e perdidas em alguns momentos do jeito que ele só conseguia fazer com sua tagarelice sem fim.

Rosalie o puxou para mais perto e tocou seu rosto com carinho antes de unir os lábios aos dele.

—É claro que eu entendo, nós vamos fazer isso dar certo Emm. Vamos fazer dar certo. – Ela assegurou e ele riu da confiança que emanava dela, não resistiu e a beijou de novo murmurando contra seus lábios.

—Eu nunca duvidei disso. Vamos lá, vamos explorar nossa casa nova.

Emmett saiu do carro e rodeou o veículo abrindo a porta para Rosalie.

—Por aqui, madame. – Ele brincou e ela riu.

— Como queira, gentil senhor. – Eles deram as mãos e caminharam lentamente até a porta de entrada, Emmett prendeu a respiração enquanto Rosalie encaixava a chave na fechadura destravando-a, colocou  a mão sobre a maçaneta e Emmett pôs sua mão sobre a dela então abriram a porta juntos e num movimento rápido Emmett a colocou em seus braços recebendo um arquejo em resposta.

— Emmett, o que diabos você está fazendo? – Ela riu e socou seu ombro de brincadeira.

— O que ? Estou cumprindo a tradição, é dever do marido carregar a esposa nos braços na casa nova, você não roubaria esse prazer de mim não é mesmo? – Ele riu.

—Não somos casados. – Ela declarou ainda gargalhando enquanto ele se caminhava pelo hall de entrada observando fotos dos dois em quadros nas paredes.

— Besteira, já dizia minha mãe, casado é quem bem vive, cerimônia é pura construção social. – Ele ergueu as sobrancelhas.

—Boa tentativa, mas nós vamos sim fazer uma festa de casamento quando chegar a hora.

—Droga. Bem, eu tentei. – Deu de ombros como se não tivesse importância, se dependesse de Emmett eles casariam naquele minuto em qualquer cartório ou até mesmo em Las Vegas, mas Rosalie gostaria de ter um casamento tradicional com vestidos e flores e outras coisas mais, ela até brincava dizendo que seria muito cruel com sua melhor amiga Alice tirar aquele prazer dela. E Emmett, bem ele sentia que não conseguia lhe negar nada. – Voíla ! Aqui estamos nós.

Ele a colocou no chão e juntos eles começaram a explorar os cômodos que com tanto carinho tinham decorado e mobiliado.  A sala era espaçosa , com uma lareira, dois sofás em L com estofamento preto, uma estante e uma Tv. Examinaram a cozinha, a área de serviço e por fim os quartos.

A cama de casal era enorme e Emmett já podia imaginar todas as vantagens de ter uma cama como aquela, um sorriso malicioso despontou em sua face e ele puxou Rosalie mais para perto enlaçando sua cintura com as mãos e beijando-a com carinho.

— Eu acho que tenho uma ótima ideia para a gente começar a aproveitar a casa nova. – Ele murmurou distribuindo beijos por seu pescoço.

— Ah! Eu também tenho. – E Emmett não entendeu direito porque ela sorriu de um jeito divertido e malicioso ao mesmo tempo.

X

Emmett bufou pela décima vez enquanto pensava que nunca mais ouviria nada que Rosalie tivesse a dizer, suas ideias eram sempre péssimas e muito menos interessantes do que as dele, na verdade ela sempre parecia ter a cabeça muito no lugar enquanto ele por outro lado pensava nas coisas mais divertidas. Deveria ter a beijado e a jogado na cama, se tivesse feito aquilo tinha certeza que agora não estaria naquela situação. Ele resmungou e então falou alto deixando claro o seu descontentamento.

—Sabe, – Emmett abriu a porta do guarda-roupa com um pouco mais de força do que o necessário. – Essa não é necessariamente a minha versão de uma ótima ideia para aproveitar a casa nova. – Ele pegou duas camisetas de dentro das malas que estavam espalhadas sobre a cama e organizou dentro da gaveta do lado esquerdo, sua parte do guarda-roupa, em seguida pegou algumas peças de roupa de Rosalie colocando do outro lado.

— Emmett, se você reclamar menos e trabalhar mais garanto que vai terminar bem rápido. - Rosalie respondeu e ele ouviu o som de tampas caindo no chão. – E você está me desconcentrando. Vou colocar uma música aí eu posso trabalhar em paz, e você poderá se livrar desses pensamentos nada castos.

Ele ouviu passos no corredor e em seguida o som de uma música clássica encher os cômodos com a melodia suave, Emmett não sabia dizer se era Bethoveen, Chopin ou sabe-se la quem mais tocava aquele tipo de música, nunca aprendeu e nunca entendeu porque Rosalie gostava, mas com o tempo aprendeu a apreciar.

Bufou voltando a encarar as roupas. A loira queria comemorar o primeiro dia com um jantar romântico e uma noite agradável, e como sabia que Emmett não entendia nada de cozinha e também não a deixaria em paz para cozinhar se ela não lhe desse alguma coisa para fazer o encarregou logo de organizar o guarda-roupa, a última tarefa que faltava para que eles se instalassem de fato no novo lar.

Eram tão diferentes, como a noite e o dia. Emmett era bagunceiro, impulsivo, gostava de agitação, era expansivo e falador, Rosalie por outro lado era metódica, controlada, gostava de planejar antes de executar qualquer projeto, tinha uma opinião forte e um tom voz suave que fazia com que as pessoas cedessem aos seus caprichos antes que pudessem se questionar porquê e mesmo com todas aquelas diferenças, ou justamente por causa delas eles se encaixaram tão bem.

Se conheceram numa festa da faculdade, apresentados por amigos e sentiram-se logo atraídos um pelo outro apesar dos gostos diferentes, trocaram telefone e começaram a conversar descobrindo muitos interesses em comum como o gosto por filmes, a paixão por esportes e viagens, antes que se dessem conta estavam namorando e muito felizes. Eram intensos em tudo, tanto nas brigas quanto nas reconciliações, mas com o tempo veio a maturidade e logo aprenderam a contornar as dificuldades e discordâncias de opinião e temperamento chegando a um acordo.

Emmett só poderia se sentir grato por ter encontrado em Rosalie tudo o que faltava em si e por ambos terem tido a coragem de deixar que aquele amor fluísse a despeito das dúvidas e inseguranças.

Rosalie era uma pessoa romântica e ele entendia seu desejo de querer começar aquela nova fase com boas lembranças, bem, não era como se ele conseguisse negar algo que a fizesse feliz, de qualquer forma então apenas deu de ombros e voltou a arrumar o guarda-roupa embalado pela música e sem que se desse conta estava cantarolando no ritmo das notas.

X

Jantaram a luz de velas um delicioso salmão preparado no forno com batatas e um molho cremoso enquanto degustavam vinho do porto e de sobremesa um delicioso cheesecake de chocolate, sua sobremesa favorita. Era o mesmo prato que tinham experimentado no primeiro encontro e apesar de não ter lembrado a princípio, Emmett ficou tocado ao perceber como Rosalie era atenciosa até nos mínimos detalhes e teve mais convicção de que valeu a pena esperar.

Depois do jantar ele a tinha puxado para seus braços e agradecido por tudo: pelo jantar e por tê-la em sua vida e ali mesmo na sala começaram a se despir e a distribuir beijos e toques calorosos que terminaram no quarto com a consumação do amor dos dois, unidos de corpo e alma.

X

A madrugada avançava impiedosa e Rosalie se mantinha quieta na cama fazendo o possível para não acordar o moreno, depois da noite incrível que tiveram ele a acalentou em seus braços até que ele adormeceu, ela por outro lado não conseguiu pregar os olhos. O colchão era diferente, os lençóis pareciam pinicar sua pele e uma sensação estranha começou a se formar na boca do seu estômago. Saudades de casa, percebeu por fim. Aquele não era seu lar, não ainda.

Os sons da noite eram assustadores e nem a respiração tranquila de Emmett parecia ser o suficiente para fazer com que ela se sentisse reconfortada. Fechou os olhos tentando se forçar a relaxar e dormir, estava tão confiante no começo do dia, mas agora já parecia fazer décadas que aquilo tinha ocorrido ao invés de poucas horas. E a pior parte de se ter insônia eram os pensamentos que lhe viam lhe atormentar, preocupações com o futuro, pensamentos do passado, medos e inseguranças pareciam monstros lhe roubando a paz. Respirou fundo e contou carneirinhos, ovelhinhas, bodes e cavalos, mas nada adiantou.

Cansada se levantou e decidiu beber um copo de água para ver se ajudava, os passos se arrastavam lentamente pela casa enquanto o silêncio fazia os cabelos de sua nuca arrepiarem, engoliu em seco e teve que reprimir o impulso de acender todas as luzes da casa, era uma adulta e não deveria ter medo do escuro.

Estremeceu quando pôs os pés na cozinha e ouviu o barulho chato do pinga-pinga da torneira. Riu por fim, era a cara de Emmett deixar a torneira aberta, era um bagunceiro de primeira, já podia imaginar quantas brigas teriam por ele deixar a toalha molhada em cima da cama ou a cueca jogada no chão do banheiro, mas de uma forma estranha ela ansiava por isso, ansiava por todas essas pequenas coisas.  Bebeu a água, andou pela sala, caminhou pelos corredores vagando como uma alma penada, chegou até a pegar um dos livros de Emmett sobre construção naval da qual ela não entendia bulhufas para ver se a leitura cansativa a fazia dormir, mas nada funcionou.

Cansada, Rosalie voltou para a sala e ligou a TV, já tinha desistido de dormir naquela noite. Estava passando, talvez pela milésima vez uma reprise de Ghost, Do outro lado da vida e ela sentou no sofá decidindo assistir.

Estava com os olhos cheios de lágrimas assistindo a cena em que Sam e Molly  construíam o vaso juntos quando uma mão tocou seu ombro a pegando desprevenida e a fazendo gritar.

— AH MEU DEUS! – Ela ergueu os olhos lacrimosos da Tv se deparando com um Emmett muito vermelho tentando prender o riso. – Céus, nunca mais faça isso. Você quer me matar por acaso? É madrugada, Emmett. – A explosão dela só fez com que ele ficasse ainda mais vermelho até por fim não aguentar e gargalhar levando alguns minutos para se recompor. Rosalie quis ficar brava e até pensou em dar um soco nele, mas por fim se rendeu e riu junto com Emmett.

—Me desculpe, eu não queria te assustar. Eu pensei que você tivesse me ouvido levantar. A cama ficou fria e vazia sem você.  Aqui, deixa eu me redimir, trouxe para você. – Ele entregou um edredom para ela e depositou uma bandeja que carregava na outra mão sobre a mesa de centro e Rosalie viu que havia duas xícaras com chocolate quente e um prato de cookies industrializados. Teve que conter a vontade de rir, foi em vão, Emmett parecia saber exatamente o que ela estava pensando.

—Eu não sei cozinhar, mas dou meu jeito. É muito insensível da sua parte rir dos meus esforços. – Ele pois as mãos sobre o coração. – Fiquei magoado.

—Vem cá que eu te dou um beijinho para sarar. – Ela respondeu dando um selinho rápido nele e em seguida voltando a encarar a Tv. Ele fez o mesmo.

— Ghost, outra vez?- Revirou os olhos e Rosalie fez um gesto pedindo silêncio. Emmett deu de ombros se acomodando melhor ao seu lado, Rosalie se  no peito de Emmett  ficando meio deitada, meio sentada no sofá. Ele por sua vez cobriu a ambos com o endredom e apoiou a bandeja no colo dela. Reclamava do filme apenas para não perder o hábito e porque Rosalie já o assistira centenas de vezes, se fosse sincero consigo sabia que também gostava e algumas vezes até chegou a chorar com a história de amor.

— Não conseguiu dormir?- Perguntou o óbvio aproveitando o intervalo do filme, na verdade ele queria perguntar o que aconteceu e Rosalie sabia disso.

— Não...Eu... só...- Ela inalou profundamente sentindo o cheiro dele. – Acho que aquele nervosismo que você falou mais cedo me pegou em cheio. – Ela riu tentando fazer piada e fazer com que falar se tornasse mais fácil. – Fiquei pensando em como tudo mudaria e como seriam as coisas daqui para frente, o colchão estava me incomodando, as paredes pareciam diferentes demais e eu...eu... Ah, Emmett, será que não nos precipitamos? – Ela deixou escapar odiando soar tão insegura e ele a apertou em seus braços.

—Você me ama? – Perguntou ele em voz baixa fazendo um arrepio percorrer seu corpo se alto a baixo.

—Claro que amo, se tem uma coisa da qual eu tenho convicção é isso. Eu te amo, Emmett.

—Então tenho certeza de que fizemos a coisa certa. Eu amo você, Rosalie, quero passar o resto dos meus dias do seu lado, acordar contigo todas as manhãs, tomar café da manhã e jantar. Quero que você seja minha última visão ao dormir e a primeira quando eu acordar. Todo o resto não importa, daremos um jeito, vamos nos acostumar com a casa, com dividir o espaço, com as manias irritantes um do outro e tudo o mais que vier. Vamos fazer dar certo. – Ele repetiu as palavras dela e o coração de Rosalie se acalmou no peito.

— Eu amo você.- Declarou para que ele soubesse que falava sério.

Ela não sabia o que o futuro reservava, não sabia como seria o amanhã, mas amava Emmett e sabia que ele a amava e aquilo bastava. Ali, no calor daqueles braços ela sentiu uma sensação reconfortante e teve certeza de mais uma coisa. Aquele era seu lar. Finalmente, estava em casa.


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Notas finais do capítulo

Ount , que fofinho esses dois, gente
MEU OTP, NINGUÉM SAI AUSHAUHSHAS
O que vocês acharam desse capítulo de hoje?
Me deixem saber u.u
Beijinhos e até amanhã



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