Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 10
Capítulo 134




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Angel Caroline PDV

Setembro de 2015

Esme não deixava que eu tentasse caçar sozinha até eu ter dez anos de idade – na verdade aproximadamente sete anos depois que eu nasci de novo. Mamãe tinha medo que eu não conseguisse, eu também nunca me imaginei matando um animal, mas quando humana era justificado porque eu não era capaz fisicamente, agora como vampira eu posso muito bem. O instinto humano de preservar a própria vida foi ampliado, sim sempre fui capaz de matar para me proteger, mas agora farei isso para me alimentar para sobreviver.

Eu sei como devo fazer, pois vi meus pais caçarem. Eles sempre me levavam junto e enquanto um ficava comigo o outro caçava. E mesmo que eu não tivesse visto eu iria saber o que devo fazer instintivamente. Deixamos nosso instinto tomar conta e nos guiar enquanto caçamos. Não havia perigo para mim nem iria atrapalhar enquanto papai ou mamãe abatia sua presa. Eu observava e aprendia como o filhote aprende vendo os pais caçarem.

Eu fui educada em casa pela minha mãe em home schooling. Esme era professora e ficou muito feliz em poder me ensinar. Aqui nos Estados Unidos o currículo escolar é um pouco diferente daquele do Brasil. Eu já sabia tudo o que havia estudado lá e por isso minhas aulas aqui foram mais reforçadas no idioma inglês. Eu sempre fui boa aluna e essa era uma das minhas matérias preferidas por isso não foi tão difícil me adaptar. Mesmo sendo capaz de falar como nativa fluentemente ainda posso as vezes falar com um sotaque brasileiro.

Além do idioma eu aprendi outras disciplinas não muito freqüentes em escolas nem no Brasil nem aqui nos EUA. Meu pai me dava lições de latim, biologia, mais precisamente anatomia e infectologia, história  - tanto humana quanto vampira - e sociologia. Meu irmão Jasper me dava aulas de filosofia e às vezes de defesa pessoal, aulas que eu não gostava muito e deixava Esme apreensiva. Assim como meu pai e minha mãe não sou violenta. Eu poderia ser devido a minha vida humana, mas felizmente eu não sou. Prefiro aprender as táticas para poder me defender, e só em último caso, quando tudo mais não tiver resultado, posso usar meu poder.

Meu irmão Emmett me ajuda com Educação Física. Perdi as contas de quantas vezes ele ganhou de mim, não só quedas-de-braço, mas muitos outros esportes. Alice me dá aulas de moda. Edward me ajuda a aprender música, matemática, física e química. Bella me ensina astronomia e literatura. Rosalie me mostra fundamentos de mecânica e me dá lições de caligrafia.

Mamãe Esme me dá aulas de botânica e jardinagem, geografia e francês. Ela na verdade auxilia em todas as aulas não me deixando quase nunca.

As lições de caça foram sem dúvida as mais marcantes. Mamãe tinha medo de me deixar enfrentar os animais mesmo que eu pudesse. Só a minha aparência era frágil, mas eu podia muito bem abater qualquer bicho. Por fim Esme permitiu que eu começasse pelos mais fáceis de acordo com seu julgamento. Primeiro eu pude atacar um cervo fêmea. Depois o macho que segundo mamãe é mais perigoso.

Puma eu só pude pegar quando tinha mais de dez anos de idade. Esme tinha medo, mas não precisava se preocupar que eu não corria nenhum perigo. Eu aprendi observando ela e papai eu sabia como tinha que agir. Eu entendo que mamãe estava nervosa porque é o instinto maternal, mas até as mães onças, tigresas e leoas têm que aprender e aceitar ver o filhote caçar e depois a recompensa é ficar feliz ao ver o filhote conseguir realizar uma boa caça e abater a presa sem sofrer dano.

Eu também não confiava que eu seria capaz, embora fisicamente é claro que seria. Mas eu quero dizer, mentalmente. Por isso foi bom ter alguns anos para me preparar psicologicamente. Quando eu era humana sempre me senti mal ao ver qualquer animal morto. Desde uma simples pombinha até um cachorro atropelado. Eu não gostava nem pisar em cima de algum inseto.

Era como se a morte fosse algo contagioso que eu não queria nem ver para não pegar. Apesar de que os humanos são a única espécie que sabe que vai morrer. Nós vampiros não nos preocupamos tanto quanto eles, mas também somos mortais. Parece que somos imortais, mas na verdade temos uma longevidade ampliada, podemos ser mortos por outros seres sobrenaturais. No entanto não é tão fácil ou simples matar um de nós, além do mais podemos lutar para salvar nossas vidas, não somos tão vulneráveis ou indefesos como os seres humanos.

...XXX...

 

Foi por acaso que descobrimos meu dom. era um dia normal quando Renesmee e eu estávamos no quintal de casa praticando nossas habilidades de luta. Esme e Bella assistiam apreensivas, mas elas duas sabiam que nenhuma de nós duas iria se machucar. Minha sobrinha estava me vencendo quando me tocou e me deixou completamente cega. Eu não me senti nada bem com isso e revidei o ataque inesperado dela impedindo minha visão levitando a última coisa que eu vi antes de tudo ficar escuro.

Antes que a rocha pudesse acertar a filha Bella deu um golpe e a fez em pedaços.

— Caroline, você está bem filha? – Esme me olha preocupada.

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Fico aliviada quando não apenas ouço, mas também consigo ver minha mãe:

— Eu estou bem, mãe. Não se preocupe.

— Você viu o que ela fez Esme? – pergunta Bella.

— Eu vi. Parece que o dom dela não é apenas comunicação mental, mas também telecinético.

— Pode fazer de novo, tia? – pede minha sobrinha.

— Mas dessa vez não ataque Renesmee.

— Caroline querida, se concentre – diz mamãe.

Eu focalizo bem o olhar num monte de folhas próximo e faço com que rodopiem conforme eu quero.

— Sim, ela consegue controlar objetos de longe apenas com o poder da mente.

Carlisle e Edward vieram ver o que estava acontecendo.

— Ouvimos uma confusão e viemos ver. O que está acontecendo? – questiona Carlisle.

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— Tudo bem papai – respondo.

— O que houve – pergunta Edward.

— Renesmee e Caroline estavam treinando quando de repente aquela pedra – Bella mostra os fragmentos e a rocha. – foi levitada na direção das duas.

— Caroline pode mover as coisas apenas com a vontade – explica Esme para o filho.

— Verdade? – questionam simultaneamente Carlisle e Edward.

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— Sim, é o que parece. Quando vocês chegaram estávamos justamente comprovando a habilidade fazendo com que Angel fizesse algo se mover apenas com o pensamento.

— E ela conseguiu? – indaga Carlisle. Não incrédulo, porque ele acredita no que a esposa disse e na minha capacidade.

— Sim, é verdade, pai – não quero me intrometer, mas me meto no dialogo de meus pais.

Carlisle vem ao meu lado em velocidade inumana e me rodopia no ar como ele fazia quando eu ainda era humana:

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— Minha filha! – diz contente e transbordante de orgulho.

— Desculpe Ness – peço para minha sobrinha quando papai me coloca de volta no chão.

— Tudo bem tia, não aconteceu nada.

— Graças à Bella. Obrigada irmã.

— Não precisa agradecer.  Não deixaria machucar minha filha, ela não é totalmente vampira como você.

— Me desculpe pelo que eu fiz.

— Está tudo certo – Bella diz e vai ao lado da filha enquanto Esme se aproxima de mim.

Voltamos para dentro de casa e passamos por Rosangela e Emmerson que treinavam do outro lado do jardim. Às vezes alternamos as duplas, eu e Rosangela ou eu e Emmerson. Estamos em paz, mas precisamos aprender a lutar para quando os Volturi vierem novamente atrás dos Cullen procurando revanche. Eles não vão deixar passar simplesmente o que aconteceu no inverno de 2006/07. O que eles esperam é apenas um pretexto para voltar a nos atacar. Eu não imaginava que o motivo poderia ser nós, os novos membros da família.

Emmerson tem o dom de formar tempestade e Rosangela também tem um ‘poder’ mais sutil. Ela consegue emitir sons de alta freqüência que são até mesmo insuportáveis para nós vampiros que temos a audição mais apurada.

...XXX...


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