Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 11
Capítulo 135




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Capítulo 135

Agosto de 2017

Nossa família fez uma viagem até a Amazônia para encontrar novamente as vampiras que vivem ali na floresta. Para mim será a primeira vez que as verei e confesso que estou um pouco nervosa, mas os Cullen já as conhecem. Principalmente minha sobrinha, pois Renesmee e Zafrina, uma das Amazonas com um dom ilusionista parecido com o de minha sobrinha, são grandes amigas. Bella e Edward também já trouxeram a filha antes, assim que ela ficou completamente desenvolvida em 2014.

Eu estou apreensiva porque é a primeira vez que vou conhecer vampiros que não seguem uma dieta como a nossa, ‘vegetariana’; apesar de meus pais terem me assegurado que as amazonas são amigas. Na verdade, devemos a vida de certa forma a elas, pois se não fosse com a ajuda de Kachiri, meus irmãos, Alice e Jasper, dificilmente teriam encontrado Nahuel e sua tia Huilen, porque minha irmã não podia ver os híbridos naquela época. Mas agora ela consegue ver o futuro através deles devido a convivência com Renesmee e Jacob, mesmo sem ter sido ou ser uma transmorfa ou híbrida.

Aliás, Jacob também veio conosco, como ele viria na viagem planejada em 2006, mas que não ocorreu, e também porque ele estará onde quer que minha sobrinha estiver.  Além disso, eles dois estão noivos e não deixaria Renesmee viajar sozinha, mesmo sabendo que ela não correria nenhum perigo, pois toda a família cuidaria dela; mas ele veio junto para se certificar e não ficar imaginando coisas como meu irmão Edward ficava preocupado quando deixava Bella sozinha para sair caçar.

Eu não entendi porque eles demoraram tanto para se casar se já estão juntos desde que minha sobrinha nasceu, praticamente. Logo que voltarmos para casa nos Estados Unidos eles irão se casar em 12 de Setembro.

Estávamos correndo em meio à floresta rumo ao lugar que Edward nos indicou que elas moravam – embora não se importassem de viver ao ar livre elas construíram uma cabana para receber os amigos, mais por conveniência do que por necessidade – quando de repente sentimos a aproximação inesperada de um outro grupo da nossa espécie. Elas são apenas três como me disseram meus pais, mas mesmo assim eu fico com medo.

Todos nós percebemos que as amazonas estavam vindo ao nosso encontro, e as reações foram diversas: Carlisle parou onde estava satisfeito e esperando elas chegarem enquanto eu corri para perto de mamãe e fiquei ao seu lado.

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— Não se assuste querida, elas são assim mesmo – mamãe tenta me tranquilizar.

Eu sei que não há motivo para me exaltar, mas eu não consigo ficar calma. Eu sei que sou uma vampira e elas não poderiam me machucar e não teriam motivo para me fazer qualquer coisa. Além do mais, meus parentes não deixariam que elas me ferissem. Mas mesmo assim eu não consigo deixar de ficar nervosa, afinal será a primeira vez que eu encontro vampiros que não seguem a dieta de sangue animal. Por isso não posso deixar de estar apreensiva.

— Calma criança – diz papai. – Não se preocupe, elas são amigas.

— É verdade sweetie— Esme me reassegura. – Não há motivo para ficar com medo.

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Mamãe diz com ternura, não menosprezando ou que eu sinto, mas explicando que não preciso estar ansiosa.

Um bando de pássaros voa de repente e um grito agudo ecoa pela floresta de forma sinistra. Agarro-me ainda mais a Esme.

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— Elas sabem que viemos todos – diz Edward, agora podendo ler seus pensamentos. – Só estão curiosas com o novo cheiro que sentem – o olhar de meu irmão para em mim. – De qualquer forma, elas sabem que é um vampiro, não um humano. Jamais faríamos uma coisa dessas expondo uma pessoa a tamanho risco.

[Converso comigo mesma em pensamento:

“- Mas no jogo de beisebol levaram Bella.

— Foi apenas uma fatalidade que o bando de James aparecesse bem naquela hora. Eles jamais arriscariam a vida de minha irmã desse jeito.”

Porém eu não sou humana, tinha motivo para ela ter medo, mas eu não preciso ficar assim. Elas não vão me machucar tento me dizer para mim mesma. Meus pais não mentiriam e nenhum deles está com medo, só eu. Se fosse perigoso eles também estariam nervosos.]

Assim que Edward terminou de falar apareceram três mulheres morenas e altas, bom, uma delas nem tanto, mas todas definitivamente tinham uma característica marcante, eram mais felinas, mais selvagens. Seus membros eram muito alongados quase desproporcionais.

Me sinto quase como minha irmã Bella teria se sentido naquele dia na clareira, mas me repito que não há motivo para pânico. Se tivesse com certeza mamãe seria a primeira a querer me tirar dali. Tento me apegar nisso e me concentrar na respiração para relaxar. Não quero que meu irmão Jasper tenha que usar seu dom em mim. Fico surpresa que nossos pais não tenham pedido que ele me tranqüilizasse. Mas seja qual motivo que os deteve, eu agradeço.

— Senna, Zafrina, Kachiri – cumprimenta Carlisle.

As três acenam e a mais alta com cabelo mais longo diz:

— Vieram todos! Que grata surpresa! (Zafrina)

— Inclusive a mais nova! – concorda a outra. (Kachiri)

Apesar da aparência selvagem e dos olhos de um vermelho horripilante, talvez só para mim que sou uma tímida e pacata Cullen, elas não pareciam ameaçadoras. Ao menos para nós que viemos em paz, mas eu vou guardar uma distância segura por cautela. Tenho apenas nove anos de idade...

— Zafrina! – minha sobrinha estende os braços empolgada na direção dela (a que parece ser a líder. Minha família disse que ela tem um dom, talvez seja por isso que as outras duas a escolheram como chefe.)

— Nessie! – ela abraça Renesmee.

Bella fica um pouco tensa ainda ao ouvir o apelido da filha. Eu prefiro Renesmee, acho um nome bonito. Minha irmã escolheu com muito carinho para minha sobrinha e também porque lembra o nome da mamãe, Esme. Aliás, Renesmee foi um nome criado pela minha irmã a partir dos nomes da mãe dela, Renée, e da mãe de seu marido, meu irmão Edward.

— Vejo que a família cresceu – outra delas olha para mim e eu desvio o rosto quando encontro seu olhar que me deixa acanhada.

— Sim, Kachiri. Essa é minha filha mais nova, Caroline – diz papai se aproximando e colocando as mãos em meus ombros. Como se estivesse me incentivando, apoiando ou tentando me passar segurança.

— Bem-vindos ao nosso lar, à floresta Amazônica e ao Brasil. Vamos conduzi-los para nossa casa, por favor, nos sigam – diz Senna, acho.  Ela é a menor delas três, mas mesmo assim parece tão perigosa quanto as outras duas.

Ela é a menor das irmãs, embora ainda seja alta comparando com a média humana. Ou talvez eu ainda sou criança e vejo os adultos mais altos pois eu sou pequena.

Após uma corrida por alguns minutos chegamos até onde elas vivem. Não é bem uma casa parece mais uma tenda indígena, uma oca coberta de palha.

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Elas usam esse abrigo apenas para receber visitas – que não são tão frequentes – pois preferem viver ao ar livre e dispensam comodidades da vida sedentária. Elas são nômades e não se prendem a um lugar. Nós somos seminômades, porque temos que nos mudar a cada década aproximadamente, mas sempre temos para onde ir. Como algumas tribos nativas também se deslocavam de tempos em tempos para outros lugares em que já estiveram antes e já conhecem.

O que me surpreende logo na entrada é o teto bem mais elevado devido a altura das moradoras. Jacob também se daria bem morando numa casa sem forro no telhado. Se precisarmos construir uma casa para Renesmee morar com ele terá de ser bem desse jeito. Claro, será muito mais confortável.

Não que eu esteja falando mal, minha casa quando eu era humana também era humilde. Parecia mais um barracão. Isso não é problema nenhum, só não posso deixar de perceber. É simples, mas tem tudo que é necessário – pelo menos para nós que não precisamos comer comida humana nem dormir. Tem acomodações, mas mesmo se não tivesse já seria muito bom ter um teto sobre nossas cabeças. Eu não tenho nada contra a vida nômade, mas eu me sinto mais segura tendo um lugar para morar.

E, além do mais, nós vampiros nem sentiríamos falta de um lugar para sentar pois não temos necessidade de descansar.

— Entrem, fiquem à vontade – diz Zafrina, fazendo as honras. – Não esperávamos que viessem todos, desculpem as instalações.

— Tudo bem, nós estamos bem. Obrigada, Zafrina – diz mamãe e eu assinto com um gesto.

— Estamos felizes que vieram – complementa Senna sentando em uma das banquetas tão veloz que o vento ainda zunia quando ela falou. Isso não deveria me assustar, mas me deixou um pouco receosa.

— Como vai Carol? – Zafrina me pergunta diretamente e sorri.

— Oi – tenho que responder, pois a pergunta foi feita diretamente para mim. - Eu estou bem.

 – É bom estar de volta ao país em que nasceu, não é?

— Sim, é bom estar de volta. Mas onde eu morava não era assim...

— Claro, no sul é diferente...

Fico intrigada com quanto ela sabe sobre mim. Como ela sabe de tudo isso?

— Sei que você deve estar se perguntando como eu sei sobre você, mas a explicação é muito simples. Eu vi suas lembranças na mente de Renesmee quando ela me mostrou; e, Bella e Edward falaram de você. Eles explicaram quando eu pedi. Você é um milagre.

— Verdade que você é brasileira? - pergunta Senna. – Quer dizer, antes de renascer?

Nunca me senti confortável em ser o centro das atenções e isso não mudou com minha transformação.

— Sim eu nasci e renasci na mesma cidade no estado do Paraná.

— Então você não conhecia a Amazônia? – questiona Kachiri.

Me sinto sabatinada, mas elas tem o direito de estarem curiosas sobre mim. Eu também estaria se estivesse no lugar delas. Eu também estou curiosa sobre elas então compreendo como elas se sentem. Farei minha parte e vou colaborar. Esperando que elas também façam o mesmo depois sanando minha curiosidade a seu respeito.

— Não, só conhecia o que vi na televisão. Nunca estive aqui.

— Não precisa ter medo, somos amigas dos Cullen e você é nossa amiga também, pois também é uma Cullen.

— Obrigada – sorrio para a mulher selvagem.

Espero que ela entenda que também sou grata por elas terem ajudado a salvar a minha família. Afinal, se não fosse pelas amazonas possivelmente os Cullen não existiriam mais - Não todos – e eu não estaria aqui.

...XXX...


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