Prometidos escrita por Carolina Muniz


Capítulo 26
Capítulo XXV


Notas iniciais do capítulo

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Sawyer esfregou as mãos uma na outra e esperou Christian falar, dar sua cartada final.

— Não se sinta culpado, Sawyer, fez o que tinha que fazer, não se preocupe - Christian disse, pegando o segurança de surpresa.

— Eu não a protegi, sr. Grey, deveria esperá-la na porta, ou melhor dentro da sala. Deveria ter ficado perto desde o começou.

— Você protegeu, Sawyer - garantiu o outro. - É que aquela garota é faixa preta em karatê e quando fica irritada dá até medo. Sem contar que ela não iria gostar nada desse negócio de ficar tão perto. Ela gosta de esquecer que tem um segurança, e com você na sala seria bem difícil. Mas, acredite, você a protegeu. Não há outro segurança que eu confie a vida de Ana. Você e Taylor são os melhores. E, nem começa com essa história, ou você vai ser o próximo a conhecer o tamanho do pé daquela garota.

O segurança riu.

— Como ela está, se me permite perguntar?

Christian sorriu.

— Melhor. Ela está dormindo agora, depois de Gail ter a obrigado a tomar um chá. Eu acho que aquilo tinha sonífero porque ela não parece que vai acordar tão cedo.

Sawyer devolveu o riso.

— Ela não irá para faculdade amanhã, não se preocupe com o horário. Ela... Precisa de alguns dias.

— Claro, senhor.

Christian desejou boa a noite ao segurança e saiu, mesmo que ainda sentisse que o outro estava se sentindo culpado.

Bem, ele realmente não o culpava. Queria o outro tivesse chegado mais cedo, claro, antes do Hyde ter marcados os pulsos da garota, antes de tê-la machucado, mas a culpa não era do segurança. A culpa de Jack. Apenas dele.
Ana - diferente do que Christian imaginou - acordou no meio da madrugada. A morena acordou ofegante, o coração acelerado e o corpo suado.

Um pesadelo, com certeza.

— Hey, está tudo bem, vem cá - Christian sussurrou em seu ouvido enquanto acariciava seu cabelo.

A garota estava sentada, a respiração ainda rápida e profunda enquanto tentava se encontrar naquele turbilhão de pensamentos confusos.

— Tive um sonho ruim - declarou ela.

— Com o que sonhou?

Ela mordeu o lábio e o encarou.

— Com Jack - respondeu.

O outro fechou a mão em punho, sentindo a raiva crescer novamente, mas se controlou quando a garota deixou uma lágrima escorrer pela bochecha esquerda.

— Não quero sonhar com ele, mas acho que... Que não consigo controlar isso. Eu não consigo controlar meus sonhos - ela disse, irritada consigo mesma pela feito não conseguido.

— Ninguém consegue controlar o que sonha, anjo.

Anjo...

Ela se lembra de quando ele a chamou de anjo, fora um pouco antes... Seu rosto esquentou, e o olhar desviou para a coberta.

Era estranho que mesmo que o homem ali já a tivesse visto nua, ela ainda sentisse vergonha em pensar naquilo.

No fundo, o que Ana tinha medo de ter com Christian era intimidade. Era medo de toda aquela situação em que te deixa dependente por sentimento e não por costumes e tradições. Até porque intimidade é muito mais que assinar um papel, tirar a roupa, transar e dividir uma casa. Intimidade é falar que sente medo de perder, que gosta daquele seriado sem graça, que ainda escuta aquelas músicas dos anos 2000, que ainda vê aquele filme da Lizzie McGurie. Intimidade não é só puxar o cabelo, morder os lábios, admitir o ciúmes. Intimidade é soltar o arroto no meio do beijo e o outro sorrir, é contar que tem medo do escuro, dar as mãos sem precisar andar, é passar uma madrugada acordados e conversando, é sorrir no meio de uma briga... É dizer que vai ficar tudo bem e fazer de tudo para que realmente fique. Se Ana olhasse bem, ter intimidade era a melhor coisa. Intimidade com Christian seria o fim das amarras de uma sociedade machista e um pensamento submisso.

Ana tirou o cabelo do ombro, sentindo-se incomodada com o suor no corpo, mas também se sentindo quente e agitada.

— Eu gosto quando você me chama de anjo - sussurrou, e logo sentiu os lábios de Christian em seu cabelo, beijando sua cabeça e então sua bochecha.

A morena o encarou.

— Às vezes eu sinto que te conheço há muito tempo, e que eu posso fazer o que eu quero perto de você. Mas aí as vezes eu sinto medo de dizer uma única palavra porque não conheço você - declarou ela.

O quarto estava escuro, apenas o abajur ao lado de Christian estava iluminando, deixando os rostos a mostra.

— Você pode fazer o que quiser - ele garantiu.

A morena se aproximou minimamente dele, levantou a mão hesitante mas tocou-a em seu rosto, desceu por seu pescoço e então parou em seu peito.

— Qualquer coisa? - questionou.

Qualquer coisa - prometeu.

Ela não hesitou antes de tocar os lábios nos dele, subindo a mão novamente e o puxando para mais perto, entranhando os dedos em seus cabelos.

Ele a aceitou, beijando-a delicadamente, pedindo passagem, adentrando a língua, explorando sua boca, as línguas se entrelaçando. Era um beijo intenso logo em seguida, lento e prazeroso. Não havia nada mais ao redor, apenas eles e aquele beijo.

Era viciante, o beijo, o toque, o corpo... Tudo nela viciava.

Ele a empurrou de leve para deitá-la na cama, e se inclinou sobre, tendo o cuidado para não descarregar o peso, apoiando-se no colchão com o cotovelo, sem deixar de beijá-la nunca.

Ela deslizou as mãos por baixo da camisa dele, tocando sua pele e levantando a peça ao mesmo tempo, querendo tirá-la. E Christian atendeu ao pedido silencioso.

— Tem certeza? - ele questionou.

A morena franziu o cenho.

Ela queria, claro. Mas ele não?

— Você passou por muita coisa hoje - ele explicou.

Eram coisas como aquelas que viviam acontecendo. Ela ao menos precisava pronunciar palavras e ele já estava lhe respondendo.

— Tenho certeza - respondeu.

A morena tombou a cabeça de lado, fechando os olhos devagar, sentindo a sensação de prazer invadir seu corpo quando ele beijou seu pescoço, deixando o corpo tocar no dela.

Ele deslizou uma das mãos por entre as pernas dela, fazendo-a pressionar a cabeça contra o travesseiro enquanto ele acariciava por cima da calcinha. Ela estava totalmente a mercê dele, sendo tocada de forma tão prazerosa. Seus pelos arrepiavam, a respiração estava ofegante, explodindo de tensão sexual. É como se ela fosse dele.

Ele a beijou novamente. Da boca aos pés. Retirou sua calcinha, ela abriu totalmente as pernas e deixou que ele fizesse o que quisesse. Com calma, devagar, ele a acariciou, então enfiou um dedo, depois dois, beijou devagar, passou a língua uma, duas, várias vezes, enquanto ela enlouquecia de prazer, gemia alto, e ele se excitava com aqueles sons.

Ele voltou a beijá-la, ficando surpreso quando a garota desceu uma das mãos por suas costas e puxou a calça para baixo, num pedido claro.

Ele a retirou prontamente junto da boxer, fechando os olhos por alguns segundos ao que voltou a ficar entre as pernas da morena, sentindo o quanto ela estava molhada.

A garota - ousadamente - puxou seu lábio inferior com os dentes enquanto arranhava suas costas com as pontas das unhas.

Era espantoso o jeito que os corpos respondiam um ao outro, com um desejo cada vez maior e mais intenso.

Eles estavam perdidos naquele momento, suados, sem controle algum do mundo lá fora ou de si mesmos.

Christian se apoiou no colchão e se esticou até a gaveta do criado mudo - tendo Ana deixando beijos em seu peito - e pegou um pacote de camisinha.

A morena retirou a camisola, surpreendendo mais uma vez, e a jogou no chão enquanto Christian colocava o látex.

Era um tremendo absurdo. Absurdo mesmo. Era absurda aquela simples vontade de estar perto dele, de querer ser dele, de querer ele. Havia sido em tão pouco tempo que havia adquirido tudo aquilo de repente. Era absurda a vontade de querer vê-lo sorrindo o tempo todo, de querer ouvir o som da sua voz rouca de manhã, de sentir o corpo quente... Ah, qualquer coisa! Totalmente absurdo. Ela só o queria e o resto já não importava - nem mesmo o que aquela vontade podia significar importava mais.

Era só a vontade de tocar, de entender e saber mais sobre o outro.

Além do mais, ela já não tinha mais desculpas, ou qualquer desvios, não havia mais o que inventar a si mesma. Sem contar que dizer a sua mente diversas vezes que "era só mais uma tradição" já não funcionava mais. Aquela mistura de sensações era real o bastante para ela não conseguir fingir que não existia.

Ele tocou sua coxa, apertou e a puxou acima do quadril, penetrando-a devagar, sentindo tudo, cada centímetro.

A morena pressionou os lábios e no outro, tentando impedir os sons que queriam sair de sua boca.

Christian a beijou de leve e levou a boca ao seu ouvido.

— Eu quero ouvir você gemer - sussurrou, a voz rouca e dificultada pela excitação, sexy para caralho.

A garota se arrepiou toda.

E ela gemeu, gemeu coisas desconexos que se tornaram tão excitantes em sua voz já arrastada de excitação, mas o melhor dos gemidos foi o nome dele, tão perfeito saindo da boca dela.

Ele beijou seu pescoço, deixou marcas em seu colo, deixou seus dedos cravados na coxa e na cintura da garota, cada vez que ela gemia seu mome de forma arrastada e necessitada, até que ele sentiu as unhas dela realmente arranharem suas costas, com vontade, machucando de forma sexy. Ele a estocou com força mas de forma lenta, admirando a boca dela se abrir e o gemido silencioso denunciar que estava no clímax. Aquilo foi a perdição. Pura luxúria. E ele gozou na camisinha só de admirá-la.

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Notas finais do capítulo

"É que nós gosta de uma ousadia, de uma sacanagem, mas tem que respeitar." - Pepita ;)



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