Batalhas e Memórias escrita por KLKaulitz


Capítulo 9
Mensageiro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Espero que estejam gostando. Grande abraço.



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Logo se passaram vários meses, mas nada havia mudado. Helena ainda não podia sair do quarto e recebia poucas visitas. Sephora nunca mais havia retornado. Estava de luto desde o momento que soubera pelo próprio irmão que a mãe estava morta. Já William vinha sempre que podia, ficava pouco. Quase sempre fazia as mesmas perguntas, como ela estava, como se sentia, como o bebê estava. Sempre eram as mesma.

Ele ainda bebia, mas na presença dela se fazia de são. Ela soubera por Lana que ele tem recebido visitas noturnas em seu aposento. Helena não se importava mais, havia aprendido que seria assim, uma eterna prisioneira e que tudo no começo havia sido apenas enganação do destino. Ela seria mãe aos 17 anos e era rainha de um reino que mal conhecia.

Mas quanto ao fato de William estar a traindo ,no fundo ela estava arrasada, sempre achou que ele era um homem de conto de fadas, mas percebeu que se enganara. Ele era mal e perverso quando bebia. Pobre filho, ela pensou.

Tinha medo que William tirasse seu bebê logo quando nascesse, isso ela não permitiria, tinha medo de ser prisioneira pra sempre, mas sabia que naquele momento ele teria mais poder sobre ela.

Já Leonel havia tentando por diversas vezes entrar no palácio para vê-la, ainda mais depois que soube que ela estava doente e gravida. Sentia que a cada dia que passava sem notícias dela, iria morrer de tanta angustia. Já Sthepan somente conseguia ter notícias através de William que garantia que Helena não poderia receber visitas, além dele e dos empregados, usava a desculpa da peste para que Helena não o visse. Inconformado Sthepan percebeu que William era um tirado por não permitir que ele visse a própria filha, soube por Kalida que William estava a mantendo presa no próprio quarto.

Então Sthepan fez o que jamais pensou que fizesse, escreveu uma carta e pediu para que Leonel fosse pessoalmente entregar. Mas a quem ele destinou a carta é um mistério, uma vez que somente havia revelado os seus planos para Leonel. Logo bem cedo, Leonel embarcou no navio com destino a entregar a carta.

Já William estava ocupando seu tempo resolvendo assuntos políticos. Mudou diversas leis. Mexeu nos impostos, aumentando. E reforçou a guarda. Ninguém podia entrar sem que fosse convidado.

Em uma noite sentado resolvendo com Kalida sobre quanto havia tido de colheita de trigo naquele ano recebeu a notícia de que Helena estava muito mal. Mandou chamar Giordiano imediatamente. E foi para os aposentos dela.

Quando chegou lá, ela estava desmaiada e muito frágil. Seu corpo estava pálido e sua roupa estava molhada de suor, assim como sua testa e cabelo. Ela estava delirando. Ao seu lado Lana estava tentando acalma-la, a todo momento molhava uma toalha na bacia com água e tentava limpar a testa dela.

William sentou ao lado dela, mas já não estava preocupado com sua esposa e sim se a criança iria sobreviver. Não demorou muito para o médico chegar. Ele tomou a temperatura dela e demorou no seu pulso percebendo de fato que a pulsação dela estava muito fraca.

Ele pediu para William se retirar mas ele não quis. Então ele ordenou que abrissem as janelas para que entrasse ar. William fez positivo com a cabeça e Lana obedeceu. O sol iluminou o quarto, clareando o ambiente e mostrando o quando Helena estava péssima. William deu um passo para trás quando viu. Não podia acreditar. Mas como?

Helena estava com manchas roxas pelo corpo todo. O olho inchado e roxo. Sua boca pálida. Ele olhou para o médico.

— É a peste não é?

— Não sei ainda.

— Os Deuses estão me castigando... – disse ele andando pelo quarto nervoso – Mas como isto foi acontecer? Não deixei que ninguém se aproximasse

— Isto é muito difícil de sabermos como a doença é transmitida meu rei, ainda mais que a rainha já se encontrava debilitada desde o começo, pode ser pelo ar ou por alimentos. Até o senhor pode ter passado pra ela...

— Darius... – disse William se lembrando daquele dia, acreditou que Darius poderia ter armado pra ele, trazendo a doença para que ele fosse afetado. Viu aquela reunião como um golpe sujo.

— Preciso que me ajude a dar banho nela – disse o médico para Lana, que estava quieta no canto.

Ela olhou para William e ele fez afirmativo com a cabeça.

— Alguma chance do meu filho sobrevir?

— Faremos de tudo meu rei – disse Giordiano

William saiu do quarto, não podia ficar lá. Tinha medo de ficar doente também. Ele mandou que chamassem o mensageiro e foi para seu aposento para escrever uma carta.

 

 

Enquanto isto em Valiria Kamã avisou o rei que um homem queria falar com ele, se dizia falar por Conde Sthepan que era pai da rainha Helena de Acmênida. Ele de imediato pediu para que entrasse.

Estava sentando em seu trono, quando o homem entrou. Estava com trajes nobres. Parou diante dele e o reverenciou.

Darius que estava com as duas mãos juntas, pensativo. Ergueu a sobrancelha sem entender.

— Vejo que veio de muito longe, qual o seu nome?

— Eu sou Leonel, filho adotivo do Conde Sthepan, pai de Helena rainha de Acmênida.

— E como está a rainha? Ouvi dizer que está presa em seu aposento...

— Sim meu senhor... A rainha sofre...  O rei a aprisionou

— Interessante... – Darius se levantou descendo as escadas e indo até ele – diga a que veio

— Eu venho em nome do Conde entregar lhe estava carta – Leonel retirou a de debaixo de sua capa.

Darius pegou aquele pequeno pedaço de papiro e subiu novamente as escadas, sentando no trono e lendo. Sthepan dizia.

Darius...

Venho humildemente suplicar que leia atentamente o que tenho a dizer, em nome de minha filha para que a salve. Sei que deve estar achando uma intromissão, pois não me conhece e não confia em mim. Mas enviei meu protegido, arriscando a vida dele para tão longe por este simples ato de amor que tenho por minha filha.

William está enlouquecido, ele é perigoso e prende e assassina a todos que é contra ao seu reinado, ele não pode saber que estou por trás desta carta, mas o fato é que não tenho outra escolha a não ser suplicar a um homem que não conheço.

Porque sei que você anseia tanto por vingança, quanto eu, e quero antes de morrer conseguir ter a minha. Tinha planos para minha filha com Leonel, casando-os mas William interferiu, entrou na cabeça dela e de alguma forma a fez escolher este caminho cruel o qual ela sofre.

Sou um velho tolo de ter acreditado em William, mas o fato é que não tive muita escolha e minha filha parecia realmente ama-lo, mas agora ela está doente e ele continua a mantendo longe de mim e longe de qualquer outro ser vivo que não seja ele próprio. Todas as vezes que eu tento, em incontáveis vezes ver minha filha ele não permite, desconfio que ele tem feito algo grave a ela.

Eu então venho lhe propor um acordo que acredito que será importante para que consiga a sua façanha. Em troca quero que me ajude a libertar a minha filha e a matar este louco! Minha filha é uma moça pura e bondosa, não tem nada a ver com este monstro! Ela é inocente!

Sei de homens que tens ao seu lado neste momento e que estão passando informações para William frequentemente, posso lhe dar nomes e também lhe entregar o mapa das passagens secretas que ligam a praia de Acmênida e o Palácio do rei. Eu mesmo o faria, mas já estou velho e não tenho homens o suficiente para conseguir entrar no castelo e recuperar minha filha.

Leonel tem as informações que precisa, tudo o que precisa fazer é aceitar e terá minha eterna gratidão.

O inimigo de meu inimigo é amigo...  

Sthepan Charles V. Varllaria.

 

Darius sorriu com a oportunidade que o destino lhe oferecia. Enfim teria o que tanto desejava... Chamou Leonel para mais próximo.

— Diga os nomes e eu mesmo irei salvar a sua rainha

— Sinto que preciso lhe contar algo antes...

— Então fale!

— A rainha está grávida. Em breve William terá um herdeiro.

Darius se arrepiou com a noticia, bem... aquilo mudara as coisas um pouco. Se a criança nascesse ela seria sucessora ao trono. Mas Darius sabia que não era isto que desejava, ele apenas queria vingar o seu pai, mas sabia que no fundo a criança poderia interferir. Balançou a cabeça em negativa.

— Sinto muito, mas isto muda os planos.

— O que quer dizer? Não vai nos ajudar?

E então Darius percebendo que deixava uma boa oportunidade passar ele olhou sério para Leonel, pensativo, não queria se arrepender das palavras.

— Eu os ajudarei, mas em troca quero que matem a criança.

Leonel gelou, jamais esperava fazer algo assim. Não queria desapontar Helena, mas já não dependia mais dele. 


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Notas finais do capítulo

E agora? O que vocês acham que Leonel irá fazer?



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