Batalhas e Memórias escrita por KLKaulitz


Capítulo 10
Mancha de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Música para o capitulo de hoje... Faster ( Within Temptation)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/760980/chapter/10

— O que? – Leonel exclamou

— Não posso arriscar...

— Mas a criança ainda nem nasceu, ela não oferece risco algum

— Mas e futuramente? Eu não posso fazer isto

— Eu não vou fazer, não mato crianças!

— Então está recusando?

— sim! Eu não posso fazer isto.

— Então diga a Sthepan que eu não posso fazer nada

— Deve haver uma outra forma, tem que ter outra forma

— Esta é minha condição

— Então, nós não precisamos de suas condições – Leonel se retirou

— Leonel?! – chamou Darius se levantando

Leonel parou se virando pra olhar

— Eu poderia salva-la mas a criança tem que morrer, é a única solução.

— Então eu matarei quem tentar! – e se retirou

Naquele momento Darius se sentou ao trono pensativo, mandou chamar Salazar.

— Mandou me chamar meu rei?

— Sim, quero que faça algo por mim

— o que me pedir meu senhor...

 

Leonel estava muito decepcionado, havia perdido as esperanças em tentar de alguma forma ajudar a sua amiga. Sabia que ela estava correndo perigo, mas não sabia como ajudá-la. Passou a noite toda pensando como faria, mas não conseguiu respostas. Estava Desolado.

Já em Acmênida, o parto de Helena estava muito difícil. Já fazia horas que Helena estava tentando, mas estava muito frágil.

— Ela não vai conseguir – Disse Lana ao doutor.

— Ela tem que conseguir ou ela irá morrer e o bebe também

— Por favor doutor salve meu bebê – pedia Helena.

Helena estava debilitada, era difícil de vê-la. Seus lençóis ensanguentados e ela frágil, pálida, muito magra. Com o rosto pingando suor. Giordiano e Lana estava tentando ajudar. Mas pelo jeito eles não iam escapar.

Giordiano mandou chamar William. Lana, saiu com as mãos ensanguentadas, limpando-as nas vestes. Ela chegou até a sala do trono onde Darius estava reunido com os seus homens de confiança. Ela apareceu e pediu a Kalida para avisar ao rei que a rainha estava morrendo.

Kalida balançou a cabeça triste e com lagrimas nos olhos chegou próximo a William. Ele vendo o rosto do homem, percebeu que algo corria mal.

— Fale homem o que está havendo?

— Meu rei. Temo pela vida de vossa esposa, minha rainha e seu herdeiro. O médico pediu para que comparecesse aos aposentos.

Imediatamente Darius se levantou, ele começou a andar rápido no meio da multidão de homens que ali estava presente. Os homens olharam pra ele espantados percebendo que algo ia mal.

Ao chegar ao aposento da rainha se deparou com aquela difícil cena. Helena respirava com dificuldade. O médico se aproximou dele e falou baixo em seu ouvido.

— Temo que eles não vão sobreviver.

William se aproximou da cama e pegou na mão de Helena. Nunca viu alguém tão frágil.

— Isto está acontecendo por minha causa – disse ele se sentando – Helena meu amor, não se entregue. Lute por nosso filho!

— Eu não consigo William, me sinto fraca

— Eu sei que consegue, você é forte.

— Meu rei, se ela tentar irá morrer – Disse Giordiano

— Cale-se Giordiano! Agora volte ao seu lugar e me ajude. Não piore mais nossa situação!

Giordiano mesmo inconformado voltou pro lugar. Helena olhou pra William e começou a chorar, foi bem difícil. Já ele foi para trás dela, sentando na cama e pediu pra ela fazer força. Eles ficaram assim por mais meia hora quase. Helena gritava de dor, não conseguia suportar mais. Foi um verdadeiro sufoco. Lana limpava a testa dela. A cama foi ficando suja de sangue.

E então algo sensacional aconteceu, ouve um choro forte assim que o bebê saiu de dentro de Helena, sendo amparado pelo médico. Ele era um bebê muito grande, mas algo no semblante de Giordiano assustou e afugentou o sorriso de William.

— E então? É um menino?

Após um momento de silêncio William se aproximou dele enquanto ele limpava seu filho. E viu que algo estava errado com o bebê. Giordiano colocou o bebê nas mãos de William e ele o olhou com atenção percebendo que era um menino. O bebê se mexia sem parar.

O fato de ele ser menino o alegrou, mas ele percebeu que seu filho nasceu com o rosto manchado. Uma imensa mancha vermelha cobria um lado de seu rosto. Ele nunca havia visto algo igual. Ficou abatido. Pegou o bebê e o enrolou em um pano levando para Helena o ver. Ela esticou os braços e o pegou colocando em seu peito.

Ela sorriu para o filho, para ela não importava se era diferente. Era seu filho e isto o que importava. O rosto dela se suavizou e ela começou a chorar de felicidade. Mas seu bebê foi arrancado dos braços por William.

— Me deixe ficar com ele William – ela suplicou desesperada estendo as mãos

— Você está muito fraca, recupere-se primeiro – Ele saiu pelo quarto – Lana me acompanhe

— O que você vai fazer? – Helena tentou se sentar na cama sem sucesso – William?! O que você vai fazer com o meu filho?! - ela gritava pra ele.

Giordiano se aproximou dela pedindo para ela ficar calma

— O que ele vai fazer com o meu filho? Pra onde ele vai leva-lo?

— Vai dar tudo certo, nada de ruim irá acontece-lo

— Me sinto mal – ela disse voltando a se encostar na cama, deitando.

Giordiano percebeu que Helena estava perdendo muito sangue. Se continuasse assim ele não iria conseguir salva-la. Quanto ao bebê não sabia o que William pretendia. Mas percebeu que ele era muito mal, e que Helena tinha motivos de sobra para suspeitar que ele pudesse fazer algo a criança, pois ao perceber que o bebe era diferente, foi extremamente frio de sua parte.

William não queria que ninguém visse o seu filho. O bebê chorava a plenos pulmões. Ele olhava para seu herdeiro sentindo que os Deuses haviam o castigado por ter maltratado sua mulher enquanto ela estava gravida e sentiu um arrependimento de ter se casado com ela.

— Meu rei o que o senhor irá fazer?

— Quero que leve esta criança e a entregue a uma ama leite

— Meu senhor! Vai abandonar o seu filho?

— Não posso dizer que está criança é minha...

— Se o senhor me permite o menino é sua cara. Nunca vi criança tão bonita – disse Lana sentindo um carinho pelo bebê que havia acompanhado.

— Olhe pra mim e veja se eu pareço com este monstro! – gritou William pra ela

— Quero que leve-o daqui e se minha mulher perguntar diga que a criança morreu, fui bem claro? – disse ele entregando-o

— sim meu rei – ela pegou a criança nos braços.

— Irei pedir para que Kalida a acompanhe

— Lembre-se do que eu disse, se alguém perguntar diga que o bebê morreu. Se alguém descobrir que esta criança vive e que é o filho da rainha mandarei matar a todos que ama e depois deixarei você por último para que veja os sofrer lentamente!

Lana balançou a cabeça e se retirou com a criança, sentia pena daquele bebezinho indefeso. Ele parecia estar com fome. Fazia muito frio naquela noite. Ela o enrolou na sua capa e saiu do palácio acompanhada do conselheiro do rei.

Eles o deixaram em uma casa pobre e entregou a mulher um saco de ouro pedindo para que ela mante-se o segredo. Lana estava triste por ter deixado aquele bebê na mão daquela mulher que já tinha três filhos, ele era muito indefeso e não saberia dizer ao certo se sobreviveria.

Estava saindo, ia conversando com Kalida quando passaram por um beco. E Foram barrados por um homem de capuz. Foi tudo muito rápido e Kalida não conseguiu ver direito o que estava acontecendo pois estava muito escuro.

O homem sacou sua espada e fincou no peito de Lana, jogando-a no chão sujo e frio. Kalida percebendo que estava em perigo parou e se virou para correr, mas o homem foi rápido e atirou uma flecha na perna dele.

O homem de capuz se aproximou de Kalida, se abaixando diante dele e retirou o capuz para que ele pudesse ver sob as mãos de quem estava morrendo, ele reconhecendo quem era exclamou...

— Você!

E então o homem cortou lhe a garganta. Depois limpou sua espada nas vestes do morto e sumiu na escuridão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Batalhas e Memórias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.