Batalhas e Memórias escrita por KLKaulitz


Capítulo 8
Cercada de Inimigos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, obrigada quem está acompanhando, não esqueçam de deixar recadinhos para me animar. Grande abraço...



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Enquanto isto... Darius havia voltado para Valiria. Havia muito o que fazer e desde que seu pai morrera ele não havia tido tempo sobrando e agora com os casos da doença se multiplicando ele estava totalmente absorto.

Ainda podia lembrar do dia que Eleonor morrera. Ela olhou para ele, parecia reconhece-lo. Ele segurou na mão dela e ela sorriu. O rosto esquelético e disse com a voz bem fraca...

— Perdoa...

— Não há nada que perdoa tia, a senhora sempre esteve ao meu lado, sempre me ajudou, nunca me fez mal algum....Não se preocupe com isto...

— Perdoa... – ela fez força apertando a mão dele

E então naquele momento ele podia entender que ela não queria pedir perdão e sim estava pedindo perdão pelo filho.

O fato é que desde que Antonio pai de William havia traído a confiança do pai de Darius as coisas foram só piorando entre as duas famílias. Ele havia se casado novamente e fugiu com essa segunda mulher, levando os dois filhos para bem longe, alimentando na cabeça deles mentiras. Mas Eleonor foi contra desde o início, pois era contra qualquer tipo de discórdia entre irmãos, mesmo tendo sido traída Eleonor não conseguia odiar Antonio e mesmo em sua morte ainda pedia para Darius perdoar William por ter apunhalado Dario, o pai de Darius. Pelas costas na batalha. Não havia ofensa pior para um rei que ser apunhalado pelas costas.

Ele estava sentado em seu trono pensando no assunto e resolveu pedir Bartolomeu seu fiel escriba para que fosse até a biblioteca e restaurasse alguns decretos de seu pai que estavam bastante velhos e gastos.

— Meu senhor – disse Kamã se colocando a diante dele e o reverenciando

— Diga...

— Tenho que tratar de assuntos delicados com o senhor

— Não há nada que tenha que tratar agora.

— Na verdade meu rei, tenho notícias de Acmênida.

— Então fale logo, o que está esperando se é tão importante?

— Precisamos nos reunir.

— Pois bem, mande os chamar.

Todos os oito homens discutiam sentados em volta daquela grande mesa. Os sete conselheiros do rei e ele.

— Meu senhor temos que aproveitar o momento em que William está fragilizado e mata-lo – disse Kamã

— Não se esqueçam que se ele está fragilizado estamos mais ainda.

— Recebi notícias de que ele prendeu a própria esposa. Ele está desequilibrado sem dúvidas. Está é a oportunidade perfeita!

— Não me digam... Vocês acham que eu não sei disso? Eu sou um homem de palavra e prometi que não iria atacar. Minha decisão já está tomada. Quanto a rainha, quero que pesquisem e descubram quem é ela.

— Desculpe meu rei não entendo... por que o interesse nessa mulher? – Perguntou Efestó, um dos conselheiros e melhor amigo do rei.

— Algo me diz que atráves dela conseguiremos derrotar William – disse ele com o olhar sério.

— Será meu rei que ela ficará contra o próprio marido?

— Eu não sei, mas algo não está indo bem... Sinto que ela será a chave fundamental para destruir William.

 

Em Acmênida William estava inconformado, havia recebido a notícia de que Helena estava doente. Ela agora não saia da cama e andava sempre muito fraca. Eles ainda não conversaram após o ocorrido. Apesar de ter menos de dois meses que eles haviam se casado, a relação já não era mais a mesma.

William então passou a recorrer a bebidas. Bebia quase o dia todo. As vezes ia ver como ela estava, mas ela não queria recebe-lo. Pois ele andava muito diferente, sempre embriagado e fedendo a vinho.

Uma certa noite William cansado da fraqueza da mulher, desejando-a mandou chama-la ao seu aposento. Ela não podia negar um pedido do rei, mas não se sentia forte o bastante para ir até ele.

— Que ele venha até aqui, ainda não estou em condições de conseguir atende-lo – Helena ainda estava magoada pela forma como ele a tratou.

E então o guarda saiu e deu o recado a William. Ele achou aquilo um absurdo. E foi imediatamente até o aposento dela. Encontrou a sentada a penteadeira. As acompanhantes penteavam seu cabelo. Ele parou ali e gritou para que todas saíssem.

As mulheres vendo o estado que o rei estava, saíram imediatamente. Helena olhou pra trás assustada. Ela se ergueu se apoiando.

— Como ousa me desafiar?

— Eu não estou desafiando você William – respondeu seca

— Está sim, eu sei o que você está fazendo! – disse ele se aproximando apontando o dedo na cara dela.

— Não estou fazendo nada, apenas não me sinto bem para ir até seu aposento. Viu... Você veio... Custava ter vindo?!

— Sua mentirosa! – ele pegou ela pelo cabelo puxando – Você é igual a ela! Mentirosa! – e ele a jogou no chão.

Helena se protegeu ao cair, colocando a mão no rosto e na barriga. William a arrastou pelo cabelo até a cama e a ergueu pelo pescoço, Helena chorava. Ela tentou se defender arranhando o rosto de William, mas isto só o excitou mais. Ele a derrubou na cama, e começou a rasgar as vestes dela. Ele fez amor com ela a força. Helena não conseguiu impedi-lo

— Você vai aprender a obedecer o seu marido na hora que ele mandar!

— Por Favor William você não precisa fazer isto! Pare! Está me magoando.

— Pensasse isto antes de me magoar primeiro! - E então ele mordeu o pescoço dela com violência e se introduziu pra dentro dela, fazendo a gritar. 

Após o ato ele a largou no quarto, ela ficou ali encolhida. Pensando o quanto era infeliz, mas não tinha pensado direito ao escolher se casar com ele, tudo o que ela queria era ser livre, mas não pensou que William fosse mudar em tão pouco tempo. E ela sabia que a causa disso era a bebida, que o deixava transtornado. Ainda mais depois do que houve com Leonel. Ela não tinha tido muita escolha na época. William havia a manipulado desde o inicio. Colocando seu pai e seu melhor amigo presos. Mas ela ainda o amava. Infelizmente no fundo sabia disso. Por fim, pensou que Sephora tinha razão, ela era ingênua e não conhecia o marido que tinha se casado com ela.

Logo pela manhã ela mandou chamar o médico, se sentia péssima e não conseguiu se levantar. O doutor Giordiano chegou bem cedo, assim que foi chamado, ele já sabia da situação da rainha. Ele pegou na mão dela e viu que ela estava fraca.

— Há quanto tempo não se alimenta? – perguntou sentando na beirada da cama

— Não tenho tido muito apetite doutor

— Precisa comer e beber algo, ainda mais nestas condições.

— Meu rei não deixa ela se alimentar direito, se não fosse por trazer algo escondido, minha rainha estaria ainda pior – disse uma das acompanhantes, seu nome era Lana.

— Quero que vá e traga a ela uma bandeja com algo de comer e traga também agua para ela beber.

— Sim senhor.

— Ele não vai permitir – Helena falou chorando

— Não chore minha criança, não pode se entregar deste jeito.

No mesmo instante William chegou ao quarto de Helena, quando colocou os olhos no medico ao lado dela começou a gritar tratando o médico mal.

— Como ousa estar sozinho na presença dela?! Não sabe que deve pedir permissão?

— Eu quem o chamei – disse Helena.

— Mais um dos seus? Ora... Isto já está passando dos limites!

— Não fale assim comigo!

— Acalme-se minha rainha, sabe que não pode ficar assim... irá prejudicar o bebê – disse Giordiano.

— O que foi que disse? – William se aproximou

Giordiano ao ver a confusão no rosto de William presumiu que ela não havia o contado. Temendo uma confusão ainda maior lhe disse na maior tranquilidade.

— Parabéns meu rei, terá um herdeiro em breve.

— Mas como? – disse William

— Helena está gravida.

— Grávida? – perguntou para Helena

— Sim William, nós teremos um bebê, por isto me sinto muito fraca e indisposta. 

— Ela tem que comer, não pode ficar neste estado, está desidratada.

— Eu permitirei que coma, mas é claro que sim! – Ele sorriu e se aproximou dela.

— Vou deixar que conversem, estarei aqui fora se precisar de mim minha rainha.

— Obrigada Giordiano, tem sido muito prestativo

— Porque não me disse antes? Porque escondeu de mim?

— Porque? Não acredito que está fazendo uma pergunta dessas William – ela virou o rosto, lagrimas ameaçaram escorrer pelos olhos – Você sabe o que me fez

— Eu sinto muito por isto, não sei o que tem acontecido comigo. Eu sinto que estou perdendo o controle... Ando tão enfurecido que tenho descontado toda a minha raiva em ti.

— Eu não sei o que houve, mas depois que você voltou do encontro com Darius, tem agido como outro homem.

— Peço que me perdoe, eu não sei o que deu em mim, eu não quero perde-la meu amor.

— Você não está me perdendo, mas não irei aceitar que me trate desta forma novamente!

Demétrios bateu a porta e entrou.

— Meu rei, preciso lhe falar em particular

— Não vê que estou ocupado!

— Mas é um assunto muito sério.

— O que tem pra falar pode ficar pra depois.

— Mas é sobre a segurança da rainha

— O que tem a segurança de Helena? – perguntou nervoso

— Recebi informações de Valiria, Darius está tramando algo contra Helena.

— Eu já perdi minha mãe, não irei perde-la também! - disse William para o Demétrios.
Naquele momento Sephora se aproximou

— O que você disse William?

William olhou pra ela apavorado. Não havia tempo para aquilo, mas não queria que sua irmã soubesse daquela forma. O estrago já estava feito.

Sephora entrou no quarto questionando o que estava acontecendo

— Eu ouvi muito bem você dizendo sobre nossa mãe, o que aconteceu com ela? Vamos! Me diga!

— Helena meu amor, descanse, você precisa se alimentar, irei pedir para que tragam o que você quiser comer. Cuide bem do nosso filho.

— O que? Helena está gravida? – Sephora se assustou com a notícia.

— Que noticia feliz meu rei – Disse Demétrios.

— é por isto que tenho que manter Helena em segurança, meu futuro herdeiro está a caminho e não posso deixar nada acontecer, agora vamos conversar lá fora.

William saiu do quarto dando um beijo na testa de Helena. Sephora se aproximou dela.

— Como você é esperta! Não perde oportunidade mesmo!

— Não estou em condições de discutir Sephora, não vê meu estado?

— Pouco me importo, você não irá conseguir! eu ainda irei mostrar a William quem você é de verdade. Ele vai ver! – E então ela saiu do quarto pisando duro e bufando.

Helena passou a mão na barriga. Sentia que seu bebe corria perigo. Ela agora precisava tomar cuidado, pois tinha muitos inimigos e nenhum amigo.


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