Batalhas e Memórias escrita por KLKaulitz


Capítulo 7
Cobra


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, gostaria que todos que estão acompanhando deixassem seu recadinho, para que possa saber o que estão achando da história. Grande abraço...



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Darius começou a dizer sobre como havia encontrado corpos afetados pela doença e que logo em poucos dias toda a cidade estava afetada.

— Eu não iria correr o risco de vir até aqui se não fosse algo tão sério

— E qual a chance que temos diante desta doença?

— Que ainda saibamos, nenhuma

— Eu não acredito nisto – disse William se levantando – logo agora...

— Eu preciso que sessemos com a guerra até que encontremos uma cura...

— Você tem a minha palavra, nenhum soldado meu irá atacar Valiria até que encontremos uma cura para esta doença

— William... eu não queria te contar, mas não vejo como posso atrasar as notícias...

William entendeu pelo olhar de Darius que era algo sério. Ele se levantou e aproximou dele.

— Dê nos licença senhores – disse William e todos se retiraram, exceto ele e Darius – diga o que quer!

— Não quero nada, apenas trazer a notícia de que Eleonor não resistiu.

Esta notícia derrubou William, Eleonor era a mãe de William, depois que o pai e ele fugiram para Acmênida, ele nunca mais a viu.

— Como? – disse com os olhos cheios de lagrimas

— A peste.

— Ela sofreu muito?

— Dois dias foi o tempo que a doença se espalhou.

— Temos que fazer algo Darius, eu não posso arriscar meu exército agora e muito menos ter filhos neste momento.

— Ouvi dizer que a moça é bonita

— A mulher mais bonita de todo o reino com certeza

— Gostaria que um dia desses também tivesse esta sorte – Disse Darius então caminhando em direção ao final da tenda

— Darius!

— Sim?

— Eu não queria mata-lo, você sabe disso...

Darius ergueu a cabeça.

— Eu não o conheço mais primo... Você já não é mais o mesmo...

Enquanto eles falavam um homem passou por Darius quase trombando nele. Era um mensageiro que trazia notícias de Acmênida.

— Notícias da princesa meu rei

William pegou o pergaminho e o abriu diante dos seus olhos. Darius se aproximou vendo pela cara de seu primo que era algo muito perturbador.

William esmurrou com força a mesa. Pegou o elmo e passou ao lado de Darius.

— Tem a minha palavra, mas quando encontrarmos, saiba que nada mudou.

— Não mesmo – disse Darius.

E então William se retirou, montando em seu cavalo. Ele cavalgou de volta para o reino, havia acabado de receber uma carta de sua irmã o alertando de que sua rainha estava se encontrando com o amante e ex noivo.

William estava muito furioso, iria matar Leonel com as próprias mãos. E iria manter Helena presa em seu próprio quarto. Não acreditava que ela havia tido a coragem de fazer isto com ele, não logo após de tudo o que aconteceu. Em menos de meio dia ele cruzou toda a distância de volta, chegou ao palácio e já estava quase amanhecendo no outro dia. Ele subiu o lance de escadas e cruzou todo o palácio até chegar aos aposentos reais. Abriu a porta de seu quarto com a espada na mão procurando por Leonel.

Helena estava deitada dormindo. William se aproximou até ela, puxou a pelo pescoço, jogando no chão. Ela se assustou e bateu com a cabeça.

— Você não merece estar deitada nesta cama! – disse William se aproximando dela, tinha um olhar perverso.

— Pare William! eu não entendo porque está me dizendo isto! Está louco?

— Enlouquecido eu vou ficar, depois que colocar minhas mãos naquele homem!

— Que homem?! Do que é que você está falando?

— Não finja de desentendida! Eu sei que seu ex veio até aqui enquanto estive fora ou vai me dizer que estou ficando louco também! - Disse ele jogando o pergaminho nela.

Helena pegou o pergaminho e leu. Era de Sephora para William.

“Querido irmão...

Desculpe interromper os seus negócios porem o assunto que venho tratar é muito sério e eu não o interromperia se não fosse verdade.

O fato é que sua mulher anda recebendo visitas de seu ex noivo e amado... Apesar de tê-la alertado ela insistiu e inclusive me desacatou com sua arrogância e ignorância.

Sinto muito não estar trazendo boas notícias... De sua querida irmã”

— William isto é um absurdo! Leonel apenas veio me ver, não aconteceu nada, inclusive sua irmã pode comprovar que nós apenas conversamos no jardim. Todos podem comprovar, não houve nada de mais você tem que acreditar em mim!

— Não quero mais falar com você, como pôde ser ingênua? Não percebe que ele a quer? Eu não vou permitir que você o veja novamente!

— Como você pode confiar mais em sua irmã do que em mim? – disse ela se levantando – você me magoa com suas acusações! Eu quem não quero mais falar com você! Pode ficar neste quarto eu vou embora!

William se frustrou e pegou-a pelo pescoço a pressionando contra a parede, Helena se debatia, tentou se libertar das mãos dele que a apertavam.

— Você não irá em lugar algum até que eu ordene, você me pertence e a ninguém mais entendeu!? Você só sairá deste quarto agora, quando eu permitir! – ele soltou ela, a atirando na cama – Você nunca mais o vera novamente está entendendo?

Helena balançou a cabeça, estava com os olhos arregalados de espanto e chorava compulsivamente. Não podia acreditar que William havia batido nela. Foi um completo terror. Ele saiu do quarto violentamente. Colocou dois guardas tomando conta da porta. Ninguém podia entrar, nem mesmo as acompanhantes, Helena ficaria de jejum até que ele autorizassem alimenta-la.

Ao clarear do Dia Sephora foi chamada na sala do trono. William estava sentando com o olhar parado. Não havia notado a presença da irmã.

— Mandou me chamar irmão?

— Sim! Quero que me diga o que realmente viu. E não minta pra mim se não a castigarei – disse William se levantando e indo até ela

— O que disse? você não leu minha carta?

— Diga Sephora!

— Eu vi Leonel e Helena

— Eles apenas conversavam ou você viu algo mais?

— Bom... eu não vi nada além disso, mas tenho certeza que ele esperou uma oportunidade para vir aqui logo quando você saiu. Acho uma falta de respeito da parte dela, uma verdadeira traição!

— Então Helena não me traiu de fato?

— Bem... Como eu disse, eu considero isto uma traição.

— Ah! Sephora como eu gostaria de apertar esse lindo pescoço seu! - disse ele nervoso

William mandou que os guardas trouxessem Helena. Quando ela apareceu colocou-a frente a frente com Sephora.

— Diga a verdade agora Helena

— Eu estou dizendo a verdade

— Eu não acredito que você fez isto... Não acredito que fez isto comigo!
        — Eu não fiz nada eu juro...
        — Você me traiu Helena!
       Helena olhou para Sephora que sorria diante dela, não conseguia nem disfarçar sua satisfação ao ver o casal infeliz... Mas era isto o que ela queria... Ver pegar fogo!

— William você sabe que eu não confio nessa mulher, desde o primeiro momento.

— Saia da minha presença Sephora!

— William mas eu não...

—  Eu disse pra você sair! – gritou William para ela

Sephora saiu bufando. Helena tentou se aproximar do marido, mas ele não quis nem olhar na cara dela.

— Você me desonra!

William saiu desolado atrás de Leonel, iria tirar aquela história a limpo. Mas antes ele procurou por Demétrios para que o acompanhasse.

Demétrios era um soldado grandalhão e forte, o único que William confiava, ele o acompanhou até a casa do pai de Helena, onde o homem morava. Por sorte o pai de Helena não estava. Assim que Serafina os viu já foi abrindo a porta. Ele não quis entrar pediu para chama-lo. Leonel apareceu na porta. William que havia descido do cavalo se aproximou dele e o pegou pela gola da camisa e o imprensou contra a parede.

— Me diga seu merda! Diga pra mim que você ainda a deseja! – e o atirou no chão.

Mas Leonel não caiu, ficou de pé e ajeitou a camisa.

— Eu não sei do que você está falando, mas tenho uma vaga noção.

— Seu verme! – disse William avançando pra cima dele, mas Demétrios se colocou no caminho

— Por favor meu rei. Contenha-se!

— Eu sinto muito por Helena ter escolhido você, foi um grande erro pra ela.

— Pelo menos ela me ama!

— Ela o ama sim, mas o que vale desse amor se ela está infeliz!

— Como sabe disso? Você nos inveja! Admita que você esperou para que eu estivesse longe para poder se aproximar dela novamente e tentar algo

— Eu? Não seja idiota William! Helena o ama de verdade. E ela é minha melhor amiga, tenho um grande amor por ela sim, mas ela não me ama.

— Satisfeito meu rei? – Disse Demétrios o soltando

— Não ainda! – E então William socou a cara de Leonel, que segurou o nariz. Leonel ficou com tanta raiva que foi pra cima de William também e os dois começaram a se socarem e rolarem no chão.

William derrubou Leonel no chão e esmurrava a cara dele. De repente Leonel conseguiu com a cocha dar um chute no estomago dele.  E então eles foram impedidos por Demétrios e pela mãe de Leonel.

— Deixe-me eu vou mata-lo! – Gritou Leonel

— Nunca mais você vai encostar na minha mulher de novo

— Ela não te pertence! Ela tem sentimentos! – gritou Leonel.

— O que está acontecendo aqui! – disse Sthepan se aproximando dos dois e vendo aquela cena, o rosto ensanguentado de ambos.

— Francamente William não esperava de você tamanha insensatez.

— Estou recuperando minha honra!

— O que foi que aconteceu Leonel?

— Nada! Isso o que aconteceu, nada!

— Mentiroso! Conte a ele que você está tentando roubar a minha esposa!

— Que absurdo é este que ele está falando Leonel? se explique. Exijo uma explicação para tamanha selvageria da parte dos dois!

— O fato é Sthepan que este homem! – disse William apontando o dedo para Leonel – Aproveitou que eu sai da minha própria casa para poder tentar convencer a minha esposa de que ela está infeliz, para poder ficar com ela. Sua própria filha!

— Foi isso mesmo o que aconteceu Leonel?

— Claro que não Sthepan! Este homem está louco! Eu apenas fui fazer uma visita a Helena, este homem está com ciúmes de nossa amizade, ela me confidenciou de que está triste, pois está sendo atacada pela própria princesa, eu pude ver com os meu próprios olhos o quanto a princesa odeia e não respeita a rainha.

— Quero que os dois parem com isto imediatamente. Leonel recolha as suas coisas e vá para dentro! Isto foi uma ordem! – disse Sthepan.

Leonel pegou seu sapato que havia sido arrancado na briga e encarou William pela última vez, entrando em seguida.

— Enquanto a você William, espero não ter mais problemas com você e Leonel em minha residência novamente, já não basta a última vez que minha casa foi invadida.

— Peço que perdoe a intromissão Conde, mas não podia deixar minha honra ser ferida.

— Tudo não passa de um mal entendido, briga entre mulheres. Talvez deva observar melhor sua irmã, não falo isto somente porque Helena é minha filha, mas a conheço e sei que ela jamais faria algo do tipo. Minha filha não é qualquer mulher meu rei.

— Perdoe me a intromissão mas tinha que tirar isto a limpo.

William montou no cavalo e partiu. Demétrios montou em seguida e foi atrás de William.

William se sentiu um idiota, havia acabado de deixar bem claro que não tinha o controle de suas emoções. Mas tantas coisas naquele dia que o infligiam, a perda da sua mãe que não via a muitos anos e a doença se espalhando cada vez mais e depois veio a carta de Sephora mal intencionada. Ele amava Helena e não queria perde-la. Então viu naquele momento o mal que havia feito a mulher que amava. Havia a machucado e ele prometeu jamais a machuca-la. Ficou tão absorto que foi para uma sala reservada e começou a beber. Não quis comer nada e também não quis receber ninguém. Bebeu durante todo o dia.

Enquanto isto no quarto, Helena chorava ainda. Estava sentada no chão com a cabeça apoiada a cama. Não entendia o que havia feito de tão ruim para que William pudesse tê-la acordado daquela forma. Agora ela estava presa aquele lugar, com um título que não dava pra fazer nada. Sentia fome, mas não recebeu nada para comer. Se sentiu mal. Sua cabeça girava e ela não conseguia se levantar. Ficou ali com a cabeça deitada. Quieta, esperando até quando William a manteria presa.

Ela temia pela vida de seu amigo e não sabia pra onde William havia ido. Sua barriga roncava, ela havia ficado o dia todo sem comer e nem beber nada. O quarto estava todo trancado e escuro. Era uma própria prisioneira, e ela percebeu naquele momento que Leonel tinha razão.

Horas mais tarde a porta fez um barulho, Helena não conseguiu erguer a cabeça para ver quem era, ela estava apagada no mesmo lugar a horas.

William entrou e fechou a porta. Ele havia bebido o dia todo e a noite toda e acabou dormindo por lá, no outro dia ao perceber que não havia tido coragem para voltar em Helena decidiu encara-la, a ressaca era visível. Ele olhou pelo quarto e não viu Helena. Chamou-a. Foi quando aproximando da cama ele a viu sentada no chão.

— Helena? – ele a tocou, mas ela estava bem quieta – Helena?

Ele a puxou para ele e a levantou, mas viu que ela estava desmaiada. A carregou até conseguir deita-la na cama. Ele percebendo o que havia feito. Começou a gritar para os guardas. Eles logo vieram e  percebendo o que estava acontecendo foram buscar um médico.

Helena não acordava, estava desacordada. Estava presa em um quarto escuro sem qualquer tipo de ventilação. O calor durante o dia era tanto em Aquemênida e as noites eram geladas ao extremo.

Ela estava fria, mas sua testa estava suada. William a balançava mas era em vão. Helena parecia estar morta.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
— Eu já perdi minha mãe, não irei perde-la também! - disse William para o Demétrios
Naquele momento Sephora se aproximou
— O que você disse William?
William olhou pra ela apavorado. Não havia tempo para aquilo, mas não queria que sua irmã soubesse daquela forma. O estrago já estava feito.



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