Simplesmente me abrace escrita por Patty Cullen


Capítulo 5
Capítulo 5




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POV Bella

 

Acordei no quarto na casa dos pais de Edward e estranhei quando vi uma policial. Ela parecia muito atenciosa e perguntou o que tinha acontecido já que eu tinha sido encontrada desacordada no meio da rua, descalça e sem documentos. Expliquei por alto a situação dizendo que tinha engravidado sem querer, mas ninguém acreditava e que meu namorado tinha casado comigo, mas não me amava. Não falei sobre ter sido expulsa da casa dos meus pais, das minhas coisas no brechó nem sobre como Edward me tratava. Ela me olhou triste, disse para eu não me desesperar e falou que tinha sido feito um registro e que eu passaria a ser acompanhada por um psicólogo. Depois se despediu e chamou um rapaz loiro, de cabelos um pouco compridos, que se sentou ao meu lado, me deu um sorriso gentil e se apresentou como Jasper Whitlock. Eu tinha medo de como Edward e sua família reagiriam e fiquei quase que só escutando. Para minha surpresa, já estávamos no dia 10 de setembro. Eu fiquei preocupada pelo bebê, mas ele disse que o dr. Volturi tinha sido chamado pelo meu sogro e que estava tudo bem. A sra. Cullen entrou com um prato de sopa e eu vi que já era noite. Ela não parecia aborrecida. Enquanto eu tomava a sopa, Jasper falou que nos encontraríamos todos os dias até ele terminar o relatório que precisava fazer sobre o meu caso e disse que não era para eu me levantar até o médico me liberar. Ele pegou o prato vazio, se despediu de mim e saiu apagando a luz. Estranhamente, dormi logo em seguida e acordei com o dia claro, com Jasper novamente ao meu lado, só que dessa vez muito sério e me pedindo que o acompanhasse.

 

POV Edward

 

Bella demorou um pouco para acordar. Em situações de estresse, às vezes o sono é um refúgio. Ela ainda se agitava falando as mesmas coisas, mas minha mãe a acalmava. Até que ela começou a recobrar a consciência e chegou a temida hora da verdade. Será que ela me perdoaria? Minha mãe e eu tivemos que nos retirar quando a policial entrou. Bella olhava em volta confusa, ainda não reconhecendo onde estava. A policial fechou a porta e eu fiquei esperando no corredor, junto com o psicólogo que também falaria com Bella. A policial ficou pouco tempo no quarto, chamou o psicólogo e depois leu para mim o relato de Bella, que seria anexado ao relatório do caso, que poderia ou não virar um processo. Era inacreditável! Bella havia resumido tudo ao fato de ter engravidado sem querer, mas ninguém acreditar nela e que eu havia casado apenas por obrigação. Não falou sobre ter sido expulsa de casa por seus pais, tudo seu ser doado ao brechó nem sobre como eu a tratava. Não contive o choro e falei com a policial que nós estávamos nos desentendendo há alguns meses, mas eu a amava muito. Agora já não me importava mais se a gravidez tinha sido de propósito ou não. Prometi a mim mesmo que esqueceria aquele assunto, sem exigir mais nenhuma confissão ou admissão de culpa. Só queria que ela me perdoasse porque eu jamais me perdoaria por tê-la ferido tanto e por nunca ter tocado sua barriga, que levava o nosso filho. A policial se despediu depois de autorizar minha mãe a entrar no quarto com um prato de sopa, orientando-a a sair em seguida já que o psicólogo ainda estava conversando com Bella. Ele também não demorou muito e marcou a primeira sessão para a manhã do dia seguinte. Fiquei feliz quando vi que Bella tinha tomado toda a sopa e mais uma vez passei a noite no chão do quarto com ela ainda agitada, chorando e falando aquelas coisas durante o sono. Meu pai substituiu minha mãe. Eu ainda não estava autorizado a me aproximar.

 


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