Wrong Girl escrita por brooke


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

Ei, ei, obrigada a todos que estão acompanhando e favoritaram a fic, sério, é muito importante pra mim!
Antes de começar a ler, só queria deixar o link da música — maravilhosa — que é citada nesse capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=HpyZEzrDf4c

Espero que gostem e, por favor, não esqueçam dos reviews, é muito importante eu saber o que estão achando da fanfic! Beijinhos, e até a próxima! ♡



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“Você me faz sentir...” — Scorpius Malfoy

Assim que cheguei ao salão comunal, Albus veio de imediato me perguntar quantas azarações a querida prima dele havia jogado em mim e nada foi mais divertido que sua expressão quando eu lhe contei que Rose Weasley, a boneca do mal, havia aceitado me ajudar.

— O que você ofereceu para ela? — perguntou, desconfiado ainda.

— Nada de mais — dei de ombros, enquanto retirava minha capa e me jogava em minha cama. — apenas ofereci algumas aulas extras de Transfiguração.

— Esperto. — concluiu, lembrando-se que ele mesmo havia dito que a garota estava com problemas na matéria.

— Escuta, Al... — comecei, não conseguindo conter minha curiosidade. — O que aconteceu entre você e ela? Ela pareceu bem mexida quando citei você.

— Não gosto de falar sobre isso. — murmurou, se preparando para sair do quarto.

— Sei que não, mas eu sou seu melhor amigo! — exclamei. — Você sabe que pode me falar qualquer coisa!

— Só não estou preparado ainda, Scorp.

— Então quando você estiver, saiba que estou aqui disposto a ouvi-lo, tudo bem? — o Potter concordou em um aceno positivo com a cabeça, enquanto se encaminhava novamente para saída. — Ah, espero que você tenha trazido roupas legais no malão.

— Por quê? — perguntou, confuso.

— Porque nós vamos à uma festa amanhã. — sorri.

{...}

O sábado amanheceu ensolarado, como se o universo gritasse o quanto aquele dia seria bom. Acordei animado, enquanto Albus me xingava de todos os nomes possíveis — e impossíveis também — por tê-lo feito levantar tão cedo em um fim de semana.

— Vamos lá, Al, ânimo! — eu exclamava sorrindo enquanto o moreno me lançava olhares cheios de raiva, ainda em silêncio.

Passeei os olhos pelo salão, procurando Dominique. Não foi muito difícil encontrá-la na mesa da Corvinal, já que seus cabelos loiros acobreados eram reconhecíveis até mesmo no escuro. Aliás, isso fez algum sentido para vocês?

Dominique sorria e conversava com seus amigos e eu não conseguia deixar de sentir inveja deles. Fala sério, quem não gostaria de ser tão próximo assim dela? A garota espalhava luz onde passava, era engraçada, bonita e muito inteligente. Além de ser meio veela e uma baita gostosa, é claro.

Talvez eu estivesse encarando-a há muito tempo, porque do nada ela olhou em minha direção e arqueou a sobrancelha, confusa. Eu bebia meu suco de laranja calmamente e quando vi que ela também me olhava, eu sorri.

Não preciso dizer o quanto havia sido uma péssima ideia, certo? Todo o suco em minha boca caiu nas minhas vestes e tudo o que consegui foi uma boa chuva de risadas de todo o salão, até mesmo Albus parecia ter esquecido seu mau-humor matinal e ria descaradamente de mim, enquanto apontava, se contorcia e batia na mesa parecendo uma hiena.

— Já chega. — grunhi irritado para o meu melhor amigo.

— Você é péssimo, Scorp! — ria ainda mais e eu tive vontade de bater a cabeça do meu amigo repetidas vezes naquela mesa. — A Weasley vai ter que fazer um milagre com você!

— Cale a boca, Albus! — murmurei irritado. Ninguém precisava saber que eu havia ido pedir ajuda daquela maldita sonserina.

Inconscientemente, passei os olhos pela mesa da Sonserina procurando-a. Ela estava com o rosto apoiado na palma da mão, enquanto me olhava divertida, provavelmente havia visto a belíssima cena que eu havia feito no salão. Revirei os olhos e levantei bufando, procurando sair daquele lugar o mais rápido possível.

Odiava ser motivo de falatório e procurava a todo custo me manter invisível. Não gostava de ser o centro das atenções e me preocupava muito com o que as pessoas pensavam de mim, prazer, Scorpius Malfoy.

O resto da tarde passou rápido, sem mais micos ou coisas parecidas e logo já era hora da festa.

Albus estava no banho, enquanto eu avaliava se seguia ou não o conselho da Weasley e ia com a blusa preta. Por fim, achei melhor não contrariar a boneca do mal e acabei vestindo-a.

Não demorou muito para que nós dois, já devidamente prontos, partíssemos em direção da sala precisa. Uma vontade inexplicável de sair correndo e ficar embaixo das minhas cobertas seguramente no meu dormitório me atingiu quando paramos em frente a porta, vendo-a aparecer.

Eu e Albus trocamos olhares rápidos, tentando passar uma confiança que eu tinha certeza de que nenhum de nós sentíamos naquele momento.

Por fim, Albus abriu a porta, revelando a festa já abarrotada de gente. Estava escuro, sendo iluminado apenas por aqueles lustres-bola que disparavam luzes coloridas para todo canto do salão. Eu já podia sentir minha claustrofobia atacando.

— Você veio. — escutei a voz da Weasley se direcionando a mim. Desviei o olhar da multidão, e a encarei, não deixando de notar o quanto ela estava... ajeitadinha.

— É. — foi o que consegui dizer.

— Vou pegar uma bebida. — Albus murmurou, já saindo. Pegar uma bebida? Sério, Al, você já teve desculpas melhores! Tanto eu quanto a Weasley sabíamos que ele odiava qualquer coisa alcoólica.

— Certo, Dominique está ali no bar aguardando sua bebida sozinha. É a oportunidade perfeita! — ela falava um pouco alto, talvez pelo som da música ou porque o álcool já fazia um grande efeito nela, enquanto me puxava pela mão em direção ao pequeno bar improvisado.

— Não vou falar com ela! — exclamei assustado com a ideia, parando no meio do caminho e fazendo-a virar para me encarar.

— Como você quer que eu te ajude se nem você mesmo se ajuda, Malfoy? — gritou soltando um suspiro cansado enquanto dava um gole na bebida em seu copo.

— Eu só... não sei como fazer isso.

A Weasley ficou em silêncio por um tempo, depois voltou a me puxar em uma direção oposta a de Dominique. Eu apenas deixava que ela me guiasse.

Chegamos a um canto mais afastado, onde tinha alguns sofás e a música não fazia tanto efeito. Acompanhei ela quando a mesma se sentou.

— Se eu vou te ajudar nisso, Malfoy, quero que seja sincero comigo. — ela começou, repousando o copo na pequena mesinha de centro que havia ali e me encarando séria. De repente o álcool pareceu se esvair totalmente do seu organismo. — Você já... saiu com alguma garota?

A pergunta me pegou de surpresa e eu agradeci pela baixa iluminação, evitando que ela visse minhas bochechas coradas naquele momento.

— Não. — murmurei rápido, desviando meu olhar para as mãos.

— Certo. — ela parecia falar mais consigo mesma.

— Eu nunca me importei muito com isso, entende? Eu achava idiotice toda essa ideia, até começar a reparar nela. Talvez eu estivesse esperando a pessoa certa. — desabafei, esperando a chuva de risos e zoações que viria a seguir. Nenhum dos dois veio.

— Não é nenhuma hidra, Malfoy. Eu irei te dar o conselho mais clichê de todos os tempos, mas é a mais pura verdade... seja você mesmo. Pergunte do que ela gosta e tente achar semelhanças entre vocês.

— Como vou ser eu mesmo se na mínima aproximação eu já sinto vontade enorme de correr?

— Você é um grifinório, Malfoy! — respondeu parecendo irritada com todo o meu drama. — A casa dos corajosos! Levante a bunda desse sofá e vá atrás da garota que você quer! Honre sua casa!

Talvez fosse pela expressão nervosa ou pelo medo de uma possível azaração, que reuni toda — pouca — coragem que havia em mim e segui em direção onde Dominique antes estava, tomado por uma confiança repentina, enquanto sorria abertamente para todos ali. Eu ia finalmente conseguir a garota!

Procurei por todo salão e quando finalmente a achei gostaria de ter ficado onde estava. Dominique se agarrava como se não houvesse ninguém a sua volta com um garoto moreno que não consegui identificar muito bem. O garoto passeava as mãos por toda extensão do corpo dela, enquanto a mesma soltava risadinhas entre o beijo.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, parado como uma estátua encarando a cena, só sei que quando dei por mim, minhas pernas fraquejavam, eu sentia minha barriga revirar e meus olhos arderem. Não, não, não! Por que eu tinha que ser tão patético?

Assim que me recuperei, caminhei por entre as pessoas, empurrando-as — e logo depois pedindo desculpas — até chegar onde estava sentado antes com a Weasley.

Havia um casal se pegando em um dos sofás, mas eu não me importei. Maldita hora que fui inventar de falar com ela!

Já fazia um bom tempo que eu estava sentado ali, olhando para o nada e me remoendo o quanto era um inútil estúpido, quando a Weasley apareceu cambaleando, rindo e dando beijos vez ou outra em um garoto que eu não conhecia, mas sabia que pertencia a Corvinal.

Ela demorou para me notar ali, mas quando fez pareceu surpresa, enquanto arqueava a sobrancelha, confusa. Eu me limitei a dar de ombros e observei enquanto ela sussurrava alguma coisa para o rapaz e o via saindo irritado.

— O que aconteceu? — perguntou ela enquanto colocava desajeitadamente o copo na mesa e tentava retirar o salto alto.

— Nada. — respondi, vendo enquanto ela sofria tentando retirar os sapatos.

— Eu sei que aconteceu alguma coisa! — exclamou. — Mais que merda! Pode me ajudar a tirar essas coisas?

Eu ri levemente pelo estado que ela se encontrava e coloquei as pernas dela no meu colo, enquanto tirava a fivela do sapato sobre o olhar atento da garota.

— Não vai mesmo me falar? — perguntou. Suspirei.

— Ela estava com outro. — respondi vagamente, enquanto retirava um dos pares do salto.

— Por Merlin, Scorpius, eu sinto muito! — a forma com que ela falou meu nome e não meu sobrenome me fez a encarar. Ela pareceu confusa por alguns instantes, mas logo entendeu e se limitou a corrigir. — Digo... Malfoy.

— Você não sente. — ri sem humor, terminando de retirar os saltos dela. Ela continuou com as pernas apoiadas no meu colo e eu preferi não questionar.

— Não mesmo. — sorriu. — Mas eu precisava fazer um papel de boa pessoa. — deu de ombros e eu não consegui conter a risada, sendo acompanhado por ela.

Rose ficou em silêncio por vários minutos apenas me encarando. Eu estava preparado para perguntar se ela estava bem, quando a mesma se levantou ainda meio cambaleante e estendeu a mão em minha direção.

— Vamos, você não veio a essa festa para ficar assim! Eu ainda tenho várias lições para te ensinar e esse é o lugar e o momento perfeito para uma delas.

— Onde você vai me levar? — questionei receoso observando sua mão.

— Vamos dançar. — eu estava pronto para dizer que não e o que mais precisasse, mas ela me puxou bruscamente me fazendo levantar e me guiando até a multidão novamente.

— Eu não sei dançar, Weasley. — falei, meio nervoso enquanto via a mesma se movimentar alegremente sem se importar com nada.

— Não precisa saber dançar, apenas se divirta! — sorriu e naquele momento eu sorri também, ainda parado na pista de dança. Ela bufou irritada e pegou um copo de alguém que passava ali do lado, me oferecendo. — A lição é: beba até esquecer o seu nome.

— Não sou a favor de bebidas alcoólicas! Não quero ficar bêbado!

— Você não vai, só quero que se solte. — eu peguei o copo receoso levando para a boca e virando-o em apenas um gole. Senti a queimação estranha junto com o gosto forte da bebida e aquilo, de certa forma, me fez bem.

— Continuo querendo não dançar. — murmurei, ouvindo as batidas de uma música trouxa que eu costumava gostar muito, You Make me Feel.

— Eu amo essa música! — exclamou animada. — Vamos, Malfoy, se solte! — ela ria e pulava ao som da música.

— Eu tenho vergonha! Isso tudo é assustador para mim!

— A primeira regra de viver plenamente e deixar as inseguranças de lado, é fazer a coisa que mais assusta você. — ela murmurou, pegando meus braços e mexendo-os de um jeito engraçado.

Naquele momento, eu esqueci tudo em volta e talvez fosse o efeito do álcool ou a alegria contagiante que a Weasley estava emanando, não sei ao certo o que aconteceu, mas, naquele momento, eu dancei. E nada mais me importava. Era só eu, a música e Rose guiando meus passos desengonçadamente, ainda bêbada.

E se você prestar atenção, pode me ouvir pelo rádio
Naquele barulho branco e brilhando
O que está faltando na minha vida
O que eu venho sonhando
É que você será aquela menina
É que você será aquela menina
Você será

— You Make Me Feel - Cobra Starship.

 


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