Imagine - SUPERNATURAL escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 4
Crowley




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/757947/chapter/4

Inferno

—Vocês pegaram a garota? – Crowley estava sentado em seu trono, esperando ansiosamente por uma resposta.

—Temos dois demônios invadindo sua casa no momento, senhor. – Seu assistente respondeu levemente amedrontado.

—Excelente. – Crowley sorri de maneira maléfica, juntando suas mãos em frente ao seu peito. Uma versão mais infernal de Montgomery Burns, alguns diriam.

Sam e Dean não teriam mais como escapar: teriam de devolver a placa dos demônios junto de Kevin Tran se quisessem você – a namorada do Winchester mais novo— de volta.

Você não era uma caçadora, muito pelo contrário: era professora no jardim de infância, sendo conhecida por sua calma contagiante. Você certamente era o completo oposto de Dean Winchester, mas não de Sam. Toda aquela sua meiguice, calma, doçura e gentileza haviam arriado os quatro pneus do homem, como diria seu irmão. Você se parecia ainda mais como uma princesa de contos de fadas ao juntar o fator de sua beleza radiante como a de uma boneca de porcelana, além do fato de ser incapaz de alterar a voz ou fazer mal para algo e alguém. Realmente, a pessoa perfeita para cuidar daqueles bebês e de Sam, que ansiava por uma âncora de normalidade em sua vida.

Era um sábado à tarde, você tinha acabado de assistir a um filme na televisão quando começou a se sentir mal. Gostava justamente de se recolher durante aqueles períodos justamente para não revelar o pequeno monstro que vivia dentro de você. Sam até te entendia, mesmo achando que não fosse para tanto. Era fim de tarde quando você acorda num sobressalto ao ouvir sua porta ser arrombada violentamente, seguido de dois homens invadindo sua sala e te pegando pelos braços antes mesmo que pudesse gritar.

—ME SOLTEM AGORA, SEUS IMBECIS! – Você gritou, reparando o ambiente completamente diferente da sala de sua casa, percebendo o homem de quarenta anos sentado em um trono, olhando com escárnio diretamente para você.

—Ora, vejo que finalmente conheci a famosa S/n. Meus demônios tiveram muito trabalho para conseguirem localizá-la, mas nada é impossível para o Rei do inferno!

—Como é que é? – Você havia perdido um pouco a cor de seu rosto, finalmente se dando conta de verdade de onde de estava – Você só pode estar de brincadeira. Isso não existe!

—Eu não diria esse tipo de coisa na frente dos meus demônios. Eles podem se sentir tentados a te mostrarem o quanto isso tudo é real. – Crowley tinha uma expressão sombria em seu rosto. – Agora, que tal apostarmos quanto tempo levará para o Alce e seu irmão virem buscar a donzela em perigo? Não acho que eles irão querer a princesinha em contato comigo por muito tempo.

—Como devemos avisá-los, Senhor? – O assistente perguntou.

—O que acha de uma orelha? Van Gogh demais?

—Um pouco, Senhor.

—Tem razão, não queremos que pareça uma prova de amor. Que tal.... Oh! O Alce te deu um anel de compromisso?

—Quando você diz Alce, está falando do Sam? – Você não entendia mais nada, apenas que corria perigo.

—Mas é claro! Quem mais poderia ser?

—Talvez... seu namorado? – Sua paciência já havia chegado ao limite. Aquelas mãos apertando o seu braço já machucavam demais, além de todo o desconforto que aumentava cada vez mais em seu ventre. Já que havia sido carregada para aquela situação, então porque não fazer da vida do Rei do Inferno, um inferno maior ainda?

Os olhos de Crowley pegaram fogo – até mesmo por ser um possível desejo escondido – mas principalmente pela afronta. Ele não teve dúvidas, pegou uma adaga e seguiu em passos firmes em sua direção.

—Eu disse para você ficar quieta, Madre Teresa. – Ele usava o nome santo como um xingamento, já que ser vadia era quase um elogio para eles.

—NÃO! –Você gritou, tentando inutilmente se defender quando percebeu a adaga próxima demais do seu pescoço.

***

Os demônios de Crowley haviam conseguido armar toda a cena perfeita de terror possível num local coberto de sigilos: a porta do Bunker, deixaram uma pequena caixa, destinada claramente ao Alce – O que revelava instantaneamente o remetente, mas não era uma coisa com que se importasse. – Quando os irmãos chegaram do pequeno caso que tinham acabado de resolver, Sam pediu para Dean o deixar no portão do Bunker, afim de investigar a caixa, enquanto o irmão ia para o estacionamento. No momento em que Sam abriu o pacote – já dentro de casa – Parecia que rinha acabado de ver uma assombração bem a sua frente.

—DEAN! – Ele gritou completamente pálido e desesperado.

—O que foi, Sammy? Até parece que viu um fantasma. – Dean comentou casualmente, entrando na sala.

—Precisamos do Castiel, AGORA!

—O que aconteceu? – Dean já tinha o semblante preocupado.

Sam não disse nada, apenas estendeu a caixa, mostrando seu conteúdo: uma mecha de cabelo repleta de sangue, junto do anel que ele havia dado a você três meses antes, com um bilhete:

“Vocês sabem o que fazer para consegui-la de volta. ”

—Crowley...

Passou-se pelo menos uma hora e meia até que Castiel finalmente tivesse conseguido aparecer do Bunker, enfurecendo-se na mesma hora. Kevin se sentia ligeiramente culpado. Ele gostava de você, afinal.  Por alguns momentos, Sam quase fora chutado da missão, por ser considerado fora de controle, o que provavelmente empenharia Crowley em te machucar.

—ELA É A MINHA NAMORADA, DEAN! E eu não vou perdê-la, não dessa vez.— Sam estava completamente decidido.

—Eu entendo, Sammy, mas você precisa se acalmar primeiro. Não vai querer assustá-la ainda mais, não é? – Dean tentava colocar o irmão no lugar, controlar um pouco sua fúria.

Quando enfim Castiel forçou os dois irmãos Inferno a dentro, parecia uma cena de filme: o Anjo abrindo as pesadas portas do salão de Crowley num estrondo, entrando a passos largos e firmes, seguido dos dois irmãos com suas adagas e faca dos demônios em mãos, apenas parando para observar o estado caótico que a sala se encontrava.

Eles já esperavam encontrar um estado enfraquecido, talvez até mesmo torturado, mas nunca que seriam os demônios a pedir por misericórdia. Quando Crowley ordenou sua captura, não pensou que sua humanidade, pureza e bondade fosse forte o suficiente para contaminar o seu reino. Mas como ele estava enganado.... Todas as suas virtudes foram amplificadas por toda a emoção que sentia no momento, conseguindo deixar o Rei jogado no chão, sem forças de se defender, clamando por ajuda, embora seus demônios estivessem ainda mais fracos do que ele, procurando por uma saída.

—VOCÊ ACHA QUE É O REI DO INFERNO? ISSO AQUI NÃO É NADA COMPARADO AO INFERNO QUE EU ESTOU SENTIDO, SEU ESTÚPIDO! – Você gritava bastante alterada, sequer percebendo a porta arrombada – EXPERIMENTE PASSAR UM SÓ DIA COM SEU ÚTERO SE AUTOMUTILANDO JUNTO DA SUA COLUNA SE ENVERGANDO E ME DIGA SE ESSA PORCARIA AQUI É O INFERNO!

“Eu só queria descansar um pouco, aliviar todo esse martírio, mas nem isso eu consigo! Você tinha que aparecer e me sequestrar, no meio do meu sono! Eu estava sonhando com o Momoa, sabia? JASON MOMOA! ELE ME SEGURAVA NOS BRAÇOS E IMA ME BEIJAR QUANDO ME SEQUESTRARAM! – Você jogou um livro que estava apoiado na mesa no chão, aos poucos se aproximando de Crowley – Eu não pude ter nem Sam nem o Jason Momoa, e você quer algo deles em troca? NÃO NO MEU TURNO! O seu problema é com eles, NÃO COM O MEU CABELO! – Você apontou para o desfalque em seu rosto – Sabe o que vão falar de uma mulher de quase trinta anos usando franjinha!? TUDO ISSO É CULPA SUA! – Você avançou para cima de Crowley, este que já gritava por piedade para Castiel – E AINDA PEGOU MEU ANEL! ”

—S/N! – Sam gritou, chamando sua atenção.

Você permaneceu alguns segundos em silêncio, absorvendo toda a situação.

—Ah, que maravilha. Você ainda fez Sam me ver desse jeito!

Dean conseguiu intervir no momento em que você virava com os olhos cheios de fúria e unhas em garra para o rosto de Crowley.

—SAM! Segura ela!

—ME SOLTA, SAMUEL! – Você se debatia, completamente irada.

—S/n, por favor! – Sam pediu baixinho, te acalmando o suficiente para ele te segurar contra seu corpo com apenas um braço, esticando o outro e matando o demônio que tentava atacar vocês dois.

Por Crowley estar enfraquecido o suficiente para se comparar a um semi-humano, não fora muito difícil Castiel e Dean o deixarem ainda mais machucado e atordoado.

—ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! – Crowley berrou com todas suas forças, vendo os irmãos se afastarem.

—Ah, com certeza não vai. – Você correu até seu corpo inerte, chutando com toda sua força sua virilha, vendo o Rei se contorcer por sentir sua humanidade. – Seu imbecil.

***

Vocês apareceram no meio da sala no Bunker, completamente cansados de toda aquela confusão.

—S/n.... – Kevin não conseguiu terminar sua frase, vendo você marchar a passos largos em sua direção, roubando o chocolate quente que ele ia colocar na boca. – Ei! Isso é meu!

—Não é mais.

Você realmente não gostava que te vissem daquele jeito.

—S/n..... Eu…Eu...- Sam não sabia como explicar toda a história dos monstros para você.

—Sam, ela não é tão frágil quanto parece. Ela colocou Crowley no chão. – Castiel o lembrou.

—E nem tão pura também. Ela gosta de caras grandes, Kevin. – Dean tirou sarro.

—S/n.... – Sam tentou mais uma vez.

—Por favor, não diga nada que vá me fazer surtar mais uma vez hoje. Eu só quero dormir um pouco para esse desconforto todo passar. – Você resmunga se espreguiçando como um gato.

—Vem, você pode dormir hoje aqui e amanhã resolveremos sua porta, que tal? – Sam se aproximou, praticamente te carregando até seu quarto.

—Você promete que eu vou conseguir beijar o Jason Momoa dessa vez?

—Se ele não aparecer, eu estou aqui para você.

—Mas é o Momoa...

Mulheres....— Dean assobia, rindo.

—Quem é.... Momoa? – Castiel pergunta.

—Você não vai querer saber.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imagine - SUPERNATURAL" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.