Como isso pode ser possível? Eu realmente estava sonhando com a Marinette esse tempo todo? Pode ser apenas coincidência, não pode? Fiquei vendo ela e a Alya vindo até nós, observando cada detalhe nela. Tudo nela parece me levar para meus sonhos. Olhos que brilham como as estrelas e um cabelo azul que faz lembrar o céu à noite. O sorriso, aí senhor, é de enfeitiçar. Ela esta linda nesse vestido, no qual valorizou cada centímetro do seu corpo, e que corpo viu. É de chamar atenção de todos, e que por sinal, era exatamente o que estava acontecendo. Reparei que tinha vários caras olhando para ela e para Alya. Mas não preciso me preocupar com a Alya, pois ela tem o Nino. O que me preocupa é esses urubus olhando para a My Lady. Espera! O que eu estou pensando. Ela não é nada minha, eu nunca a vi antes. Mas por que ela mexe tanto comigo? Aí Deus, me ajude, só posso estar perdendo o juízo mesmo. Tentei me manter em foco, quando elas chegaram até nós.

— Oi amor – Alya disse enquanto dava um selinho em Nino, sendo retribuída pelo o mesmo. Depois que se separou ela veio me cumprimentar. – Boa noite Adrien – Sorrindo enquanto me dava um beijo na bochecha e me abraçava.

— Oi Alya – Sorrindo – Está muito bonita. – Realmente ela estava. Usava um vestido justo na cor roxo com alguns detalhes em prata.

— Eu sempre estou linda – Fazendo uma pose engraçada.

— Eu sei que ela é linda, mas da pra tirar o olho? – Nino falou enquanto a abraçava pela cintura e fingindo estar bravo.

— Oks – Erguendo os braços em sinal de redenção enquanto soltava uma risada. Mas então eu ouvi uma pequena risada, parecia um canto na verdade. Olhei pro lado da Alya e ali estava ela, dando um sorriso maravilhoso.

— Se eu fosse você, tomava cuidado com o Nino – Ela falou rindo – Não vai querer ter sua roupa suja de catchup – Não aguentando segurar a risada.

— Mari! – Nino falou um pouco constrangido.

 
— Epa... que história é essa? – Olhando pra ela, sorrindo e achando graça da reação de Nino – Eu não estou sabendo disso não.

— Não tem nada para saber – Nino falou olhando pra mim – Certo Marinette? – Olhando pra ela agora.

— Uii, ele te chamou de Marinette – Alya falou tentando segurar o riso.

— Melhor eu ficar quieta – Fazendo um sinal de que ficaria com a boca fechada.

— Que maldade. E eu fico aqui na curiosidade – Fingindo decepção – Mas tudo bem, depois eu dou meu jeito de descobrir – Sorrindo pra ela – Aliás – Esticando a mão – Muito prazer em te conhecer pessoalmente Marinette.

— Muito prazer também Adrien – Segurando minha mão.

— Agora que todos já se cumprimentaram, vamos sentar e começar a festa – Alya falou alegre.

— Eu não vou carregar ninguém não – Nino disse enquanto se acomodava na poltrona.

— Claro que vai – Alya disse fazendo uma cara maliciosa.

— Aff – Eu disse Revirando os olhos.

— Me poupe a safadeza em público por favor – Marinette disse enquanto se ajeitava na poltrona do meu lado.

— Desculpa – Alya e Nino disseram juntos. – Bora começar com tequila? – Nino propôs.

 
— Pode ser – As meninas responderam juntas.

— Acho que vou pegar uma cerveja sem álcool. – Revirando os olhos.

— Você não bebe? – Marinette perguntou.

— Bebo sim – Sorrindo – Mas hoje é minha vez de ser o táxi desses safados – Apontando pro casal na minha frente.

— Eim – Eles disseram.

— Entendi – Marinette falou enquanto ria. – Sei perfeitamente como o fogo deles fica depois que bebe – Ela disse baixinho para que somente eu escutasse.

— Pelo jeito você já teve que ser vela varias vezes.

— Já perdi as contas – Disse bebendo a tequila que o garçom já tinha trazido.

— Fico feliz que hoje eu e você, não estaremos sozinhos – Sorrindo.

— Verdade – Retribuindo o sorriso.

— Depois de tanto tempo, finalmente estou conhecendo a famosa Marinette – Eu realmente estava encantado.

— Achei que ela fosse Senhorita Cheng – Nino falou fazendo graça.

— Oi? – Marinette perguntou confusa.

— É que quando ele fala de você, sempre se refere como Senhorita Cheng.

— É que – Passando a mão na nuca. Com certeza eu mataria Nino depois – Eu não conhecia você pessoalmente e nem sabia se poderia te chamar pelo nome.

— Entendi – Ela falou pensando em algo – Bom – Dando um pequeno sorriso – Agora que já nos conhecemos pessoalmente, pode me chamar de Marinette ou Mari – Aumentando seu sorriso.

— Mari – Sorrindo – Gostei.- A partir daquele momento a conversa fluiu de uma maneira como se nós quatro fôssemos amigos desde sempre. Aquela sensação era maravilhosa. Eu percebi que a Mari era muito divertida e ao mesmo tempo tímida. Sempre que eu fazia uma pergunta direta, ela desviava o olhar ou ficava com um leve rubor nas bochechas. Eu estava adorando isso. Às vezes Alya ou o Nino faziam algum comentário indiscreto sobre eu a Mari. Como por exemplo: “Como vocês são lindos juntos”, ou “Eu não falei que formariam um belo casal”. Para ser sincero, apesar de ficar constrangido, no fundo gostaria mesmo que fosse real. É loucura isso, eu sei. Mas o que sinto na presença da Mari, é algo que nunca senti. Na verdade já senti, mas foi nos meus sonhos. Eu quero conhecer ela cada vez mais, quero saber tudo sobre ela. Depois de algumas horas, Nino e Alya já estavam mais alegres e também mais inconvenientes.

— Até agora não acredito que vocês nunca se viram antes – Alya falou, já dando sinal que estava alegre demais.

— As vezes também penso nisso – Mari disse sorrindo – Mas o Senhor Agreste falou que a presença do Adrien nas reuniões com os estilistas não era necessária.

— Senhor Agreste – Falei dando uma risada – É estranho ver alguém falando assim fora da empresa.

— É que – Ficando corada – Não saberia chamar ele de outro jeito. – E pegando sua bebida.

— Oras, chama ele de sogro – Nino falou rindo, fazendo eu arregalar os olhos, Alya e Marinette se afogar com a bebida.

— Cala essa boca Nino – Eu disse querendo matar ele. – Calma Mari, respira devagar – Tentei ajudar ela que não parava de tossir.

— As Vezes tenho vontade de socar sua cara – Alya falou brava.

— Eu não disse nada demais – Dando de ombros. Prefiro ignorar ele e me concentrar na Mari, que agora parou de tossir.

— Está melhor? – Colocando a mão em seu ombro.

— Uhun – Dando um sorriso tímido. Suas bochechas estavam bastante coradas, o que a deixou ainda mais linda. Alya estava discutindo ainda com o Nino. Achei melhor tirar a Mari de perto desses dois.

— Mari – Chamando sua atenção – Quer dançar? Assim deixamos a Alya matar o Nino por mim.– Sorrindo.

— Cla... – Ela ia responder, mas foi cortada por alguém.

— Boa noite – Um cara alto e ruivo chegou na nossa mesa. – Não esperava te ver novamente – Sorrindo para Marinette.

— Ah... Oi – Mari parecia estar com vergonha. Alya e Nino pararam de discutir e apenas observavam, mas pela cara de Alya, ela sabia quem era esse cara.

— Miga, não sabia que você tinha mandado mensagem pra ele – Alya falou. Afinal de contas quem era esse idiota.

— Na verdade ela não mandou – Ele falou sorrindo pra Alya – Eu imaginei que isso era um não indiretamente. Mas então eu vi você chegando – Olhando novamente pra Mari – E resolvi tentar uma tentativa mais direta.

— E-eu – Mari parecia estar em apuros.

— Você não quer dançar? – Ele perguntou esticando a mão.

— Nathaniel – Ela falou surpresa. Então esse era o nome do tomate. – Desculpa, mas é que – Então ela me olhou. No seus olhos pude ver que ela queria que eu a ajudasse com a situação. E como um bom cavalheiro, jamais deixaria minha dama em uma situação dessa sozinha.

— Ela veio comigo – Falei sorrindo – E na verdade, já estávamos indo dançar. – Ainda sorrindo, apesar que estava querendo mandar essa cara sumir daqui.

— Desculpa – Desfazendo o sorriso – Não irei mais lhe perturbar – Disse olhando pra Mari.

— Tudo bem Nathaniel – Mari sorriu amigavelmente. Ele apenas retribuiu o sorriso e se afastou.

— Uow – Nino falou – O que acabou de acontecer aqui?.

— Não é nada – Alya falou – Adrien, você não tinha chamado a Mari pra dançar? – Percebi o que ela queria. Olhei pra Mari, e ela ainda olhava na direção que aquele cara tinha ido.

— Sim... ainda quer dançar Mari? – Fazendo ela olhar pra mim. A mesma sorriu e se levantou. Levantei e fomos para o meio da pista. – Me desculpa pelo idiota do Nino – Ficando sem graça.

— Tudo bem – Sorrindo sem graça também. Apenas retribui o sorriso. Não sabia bem o que falar pra ela, então tentei me concentrar apenas na música. Enquanto dançávamos, a pergunta: quem é aquele cara?, não sai da minha cabeça.

— Eu sei que não é da minha conta – Disse um pouco próxima a ela, devido a música alta – Mas quem era ele? Seu ex? – Olhando em seus olhos. Já estava preparado para a resposta, mas em vez disso, ela começou a rir.

— Não – Controlando a risada – Ele trabalha no café em que eu fui com a Alya, deixou seu telefone, mas eu não retornei. Só não esperava – Olhando para o lado – Encontrar ele aqui.

— E se for o Akai Ito?

— Não sabia que você acreditava nisso – Ela falou surpresa. Como eu precisava me abaixar para ouvir ou para falar com ela, resolvi chegar mais perto, ela não recuou ou protestou.

— Você não acredita? – Erguendo uma sobrancelha.

— Não acho que alguém vai querer se amarrar a mim – Soltando uma risada triste. Por que raios ela pensa assim. Ela não percebe que é maravilhosa em todos os sentidos?.

— Vai por mim – Disse colocando minha mão em sua cintura, fazendo ela ficar um pouco tensa e surpresa – Qualquer um se sentiria honrado em se amarrar a você, My Lady. – Bem próximo ao seu rosto.

— Do que você me cham... – Ela parecia em choque, mas não deixei ela terminar de falar, pois a beijei. Eu sei que não deveria ter chamado ela de My Lady, mas foi automático, assim como o desejo foi automático. Desde que ela chegou, eu estava com vontade de beija-la. Senti que ela estava tensa, e não a culpava. Então fiz um pequeno carinho em sua bochecha e com a minha mão em sua cintura, lhe trouxe para mais perto. Dei uma pequena mordida no seu lábio inferior. Após isso, ela se entregou ao beijo e, tenho que confessar, que isso não tem nem comparação com nenhum outro beijo que já dei. E a sensação de ter ela em meus braços é surreal, os sonhos não faz jus a essa sensação. Quando eu pensei em aprofundar mais o beijo, algo fez com que ela ficasse tensa novamente. Então ela me empurrou.

— O que houve? – Perguntei um pouco ofegante.

— O que pensa que está fazendo Adrien? – Ela perguntou um pouco ofegante e com o rosto vermelho. Nos seus olhos deu pra ver a surpresa e também raiva. A única coisa que passou pela minha cabeça foi: Fiz merda.