Broken escrita por misskekebs


Capítulo 8
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Capítulo cheio de surpresa pra vocês, enjoy :)



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— Não! — exclamou Lydia erguendo os olhos verdes.

Stiles ignorou o protesto e abraçou o corpo delgado, que tremia de emoção. Ela ergueu as mãos com os punhos cerrados com a intenção de afastá-lo, mas ao tocar no peito largo os dedos relaxaram.

— Sim! — ele insistiu, com o olhar confiante. E com a determinação de um “mestre” estampada nas feições másculas, inclinou-se e procurou pelos lábios carnudos e delicados.

As defesas dela caíram por terra e ela aceitou o beijo. Lydia já nem sabia mais distinguir o certo do errado. Instintivamente, deslizou as mãos pelo tórax imenso até alcançar-lhe os cabelos negros, onde mergulhou os dedos trêmulos. Quase delirou quando ele apoiou as mãos fortes nos quadris generosos e os pressionou contra o rígido membro.

— Não é assim que me deseja? — murmurou ele com a voz rouca. Ao mesmo tempo em que a forçava a recuar, impulsionando-a com as pernas musculosas, até chegarem à cama enorme e suntuosa. Uma das mãos dele, de modo audaz, foi introduzida no meio das coxas dela, para sentir a umidade que ele tinha certeza de encontrar. Então, exibindo um tom confiante, concluiu: — Você sabe que sim!

Lydia ignorou o aviso da voz interior, que se tornava cada vez mais fraca, diante do prazer que sentia com a manipulação dos dedos grossos na sensível intimidade dela.

Não era justo! Stiles usava a própria sensualidade dela contra ela mesma!, exclamou Lydia em pensamento. E também se aproveitava das infalíveis táticas eróticas que a deixavam enlouquecida.

E aqueles foram os últimos protestos do pensamento confuso, antes dele deitá-la na cama e despir-lhe as roupas com movimentos rápidos e precisos. A urgência dos dedos ágeis só foi aplacada quando o corpo ficou exposto ao olhar do grego vigoroso.

— Tão linda! — exclamou ele baixinho, antes de inclinar a cabeça para iniciar uma trilha de beijos calorosos que partiam do pescoço até o emaranhado de pêlos macios que recobriam a região pubiana.

Em total descontrole, Lydia, com a respiração arfante,  gritou o nome dele ao sentir a língua voraz provar-lhe o centro da feminilidade.

E, de repente, ela sentiu o calor do corpo masculino desaparecer…

Com grande espanto Lydia o viu erguer-se e lançar um olhar desdenhoso para a nudez exposta na sua frente:

— Só está comigo por causa do sexo — afirmou ele com frieza na voz. — E, sinto informá-la, vou rejeitar o convite até conhecer o verdadeiro motivo que a levou a me abandonar. Eu acreditava que tínhamos um casamento feliz. Por isso, até que me convença da existência de um motivo justo para pedir o divórcio, eu a deixarei insatisfeita. E sei que serei forte o suficiente para resistir à tentação.

Com o coração acelerado e os pensamentos confusos, Lydia sentiu-se como se estivesse sendo abandonada no meio de uma tormenta.

Stiles havia saído do quarto, mas antes de fechar a porta murmurara algo sobre o almoço ou qualquer coisa semelhante. Ela não podia distinguir claramente o que acontecia porque estava chocada demais com a inesperada atitude do marido.

Indignada, saiu da cama e tornou a vestir as roupas que ele jogara no chão. Então, deixou o quarto, e, após descer a escadaria com incrível rapidez, cruzou a porta principal e saiu correndo pelo gramado afora, sem saber aonde ir.

Só o que pretendia era fugir dali! Fugir da presença de Stiles! Fugir da vergonha pela humilhante situação em que ele a deixara!

Não tinha idéia de como lidar com seus próprios sentimentos! Afinal, que tipo de mulher era ela, para esquecer os planos dele em usá-la para conseguir um herdeiro se no minuto em que ele a tocava ela acabava se oferecendo numa bandeja?

Uma voz interior lhe dizia: “O tipo de mulher que ainda ama o marido”.

E enquanto andava, quase correndo, balançava a cabeça, negando os próprios pensamentos. Como ainda poderia amar um homem que a acusara de querer abocanhar parte de sua fortuna e dizer que ela só se interessava por um bom desempenho sexual?

Lydia parou por um momento, para descansar. Limpou o suor da testa com as próprias mãos, ainda trêmulas. Odiava admitir, mas havia algo errado no raciocínio que fazia sobre a pretensão do marido: “Se ele pretendesse apenas engravidá-la, e por isso a forçara a voltar, por que desperdiçaria a oportunidade no melhor momento?”

Uma demonstração de poder?

Provar que poderia ter sexo com ela no momento que quisesse? Ou puni-la através da humilhação por ter pedido o divórcio?

Talvez, ela ponderou mentalmente.

Stiles Stilinski era o tipo de homem que não tolerava a idéia de ser rejeitado ou desafiado. Estava acostumado a liderar qualquer situação através do poder financeiro e carismático que possuía.

O que mais ela poderia pensar?

Um soluço magoado escapou-lhe dos lábios. O sol estava tão ardente que mal conseguia raciocinar.

Abaixo da colina onde estava podia vislumbrar o azul do mar e as ondas espumantes desmaiarem na areia branca da praia.

A idéia de um mergulho nas águas refrescantes era tentadora.

Notou um caminho pavimentado e depois uma escadaria improvisada com pedras naturais, que facilitavam o acesso à praia.

Perto demais!, pensou. Precisava de outro acesso onde pudesse permanecer fora das vistas do marido ou dos caseiros. Um espaço onde pudesse ficar só e clarear as idéias.

Precisava esquecer a humilhação que sofrerá e perdoar a si mesma por não ter resistido à enorme atração física que o marido despertava nela.

Os três meses de casamento com um homem tão ardoroso quanto Stiles a tornaram tão vulnerável que até chegou a perder a autoconfiança da jovem independente que costumava ser. Precisava encontrar-se outra vez.

Prosseguindo num caminho que lhe parecia razoável, iniciou a descida íngreme do barranco até encontrar um espaço acolhedor, no meio de inúmeras e antigas árvores, onde resolveu sentar-se sobre uma enorme pedra. A sombra fresca proporcionada pelas frondosas copas permitiu que ela descansasse do esforço despendido.

Deveria estar no mínimo a uns dois quilômetros de distância do casarão. Sentiu-se segura. O que precisava agora era pensar com calma e recuperar o controle. Depois, poderia retornar e encarar o marido.

E, talvez, afastar o orgulho e contar-lhe a verdade sobre os reais motivos que a levaram a pedir o divórcio. Só assim poderia pôr um fim na tremenda farsa que o casamento deles se tornara.

Inúmeras vezes o desejo de contar-lhe o que Malia lhe dissera, e desprezar o conselho de Allison, esteve na ponta da língua. Porém, sempre desistia. Talvez por medo de que tudo o que ouvira da grega fosse verdade.

Porém, diante das acusações injustas do marido, não havia outra saída senão a de contar-lhe a verdade.

Mas, antes disso, queria dar um mergulho nas águas claras do mar que deslumbrava. Aproximou-se da beirada do penhasco. Não havia qualquer tipo de degrau que pudesse utilizar. A escalada parecia impossível. Ao mesmo tempo, a tentação de refrescar-se era difícil de resistir.

Stiles mal podia acreditar que tinha conseguido resistir à tentação de possuir Lydia, apesar de o corpo inteiro ansiar pelo “paraíso” que aquela mulher poderia lhe proporcionar.

Pela primeira vez conseguiu separar a razão do coração…

Ela o havia deixado e pedido o divórcio. A luxúria ele poderia controlar, mas a necessidade de conhecer a verdade sobre aquela atitude era impossível. Não teria paz até que conhecesse os reais motivos daquela decisão inusitada.

Dinheiro? Era difícil acreditar que se enganara tanto com Lydia. Era um homem muito experiente, por conta das inúmeras mulheres “interesseiras” que o cercaram por toda a vida. Mas, na falta de uma explicação por parte dela, já não sabia o que pensar.

Sexo? Será que por não ter conseguido a vantagem financeira que desejava essa seria a única razão de manter-se junto dele? Afinal, ele acabara de comprovar isso. Mas não entendia a razão de ainda não estar convencido.

Enquanto analisava a situação, Stiles se dirigia para o terraço da suíte master, com uma bandeja repleta de diversos alimentos. Dizia a si mesmo que arrancaria a verdade dela, mesmo que isso o matasse de desgosto.

Porém, ficou surpreso ao notar que ela não o estava aguardando, como fora determinado antes que ele saísse do quarto.

Depois de colocar a bandeja na delicada mesa de ferro, pintada de branco, seguiu para o banheiro.

Nem sinal de Lydia!

Provavelmente estaria dispersando o mau humor em algum canto, por ele ter negado a satisfação que o corpo ansioso esperava.

Com um suspiro de contrariedade, ele desceu a escadaria e verificou todos os cantos do casarão, inclusive a piscina.

Nada!

Saiu da casa e aproximou-se do caminho mais próximo e adequado que conduzia à praia. Com uma das mãos protegendo os olhos contra os raios do sol, espiou para baixo e percorreu o olhar pelas areias brancas. Nada!

Ele franziu as sobrancelhas. Ela não poderia estar muito longe. A ilha não tinha mais do que cinco quilômetros, considerando os pontos mais distantes. E o sol do meio-dia estava tão quente que ninguém agüentaria ficar muito tempo exposto sem sofrer uma insolação. Principalmente se não estivesse acostumado ao clima.

Preocupado, ele caminhou rapidamente pelas imediações, em busca de alguma pista de onde ela se encontrava.

Algumas cabras que Theo criava saíram espantadas de um ponto das matas. Geralmente, esse é o modo natural de os animais reagirem à presença de estranhos, pensou.

Lydia deveria estar por ali.

Sem pensar duas vezes, embrenhou-se entre as árvores e seguiu a trilha, e a avistou, na beira do precipício. Além do perigo de cair, havia o problema do calor excessivo… Ainda bem que o som das pisadas dele a assustou e ela deu dois passos atrás.

E então caiu, batendo com a cabeça no chão.

Com o coração aos pulos, ele apressou os passos e em segundos aproximou-se do corpo da esposa. Ela havia desmaiado. Ele inclinou-se e se ajoelhou no chão para examinar cuidadosamente o ferimento produzido na cabeça delicada. Depois tirou o celular do bolso traseiro do jeans e fez duas chamadas.

Com Lydia nos braços, iniciou a caminhada de volta ao casarão. Intimamente, prometia que quando ela se recuperasse teriam uma conversa séria. Nada mais de ameaças, segredos ou fuga.

No momento em que passavam pela área sombreada, onde ela estivera antes, Lydia abriu os olhos:

— Está tudo bem — assegurou ele, feliz em ver que a coloração da pele do rosto mimoso, antes pálida, agora tinha um tom rosado. -Você desmaiou. Possivelmente, por causa do excesso de calor. Já liguei para o dr. Matt. Ele deve chegar em menos de uma hora para examiná-la.

— Não preciso de médico. Estou ótima. Apenas me ponha no chão!

— Deixe de ser teimosa e poupe as energias — declarou ele em tom de comando.

Ciente de que não poderia vencer a determinação do enérgico marido, ela cerrou os dentes e ficou calada.

Sentiu-se constrangida quando ele a acomodou na cama que fora o cenário da humilhação recentemente sorrida por ela.

E quando ele fez menção de despi-la, ela protestou, com veemência:

— Posso fazer isso sozinha se precisar. — E erguendo-se da cama plantou os pés no soalho com firmeza. — Se pensa que vou ficar na cama só para justificar o chamado do médico, está enganado! Pode descer e apresentar desculpas pela viagem desnecessária quando ele chegar!

Stiles afastou-se, mas não deixou o aposento. Com os braços cruzados no peito, sustentava um olhar divertido enquanto a observava.

Lydia ficou mortificada com a aparente zombaria e foi para o banheiro. Despiu-se e entrou no boxe envidraçado. Enquanto deixava a água refrescante banhar-lhe o corpo suado, podia pressentir que de alguma forma os olhos expressivos de Stiles continuavam a observá-la.

Quando saiu do boxe e enrolou uma toalha no corpo, voltou para o quarto, caminhando com cuidado para não escorregar no piso de madeira encerada.

Stiles estendeu a mão para ajudá-la. O toque na pele ainda molhada foi suficiente para ocasionar uma explosão nos hormônios dela. Ela odiava isso. E o odiava por provocar-lhe tal reação.

Após acompanhá-la até a cama, ele exibiu um dos sorrisos devastadores que a consumiam.

— Está com uma aparência radiante! Contudo… — lamentou, abrindo os braços num gesto de desconsolo. E sem terminar a frase, dirigiu-se para a saída, e depois de cruzar o vão fechou a porta com gentileza.

Mais uma vez Stiles a fizera de tola, por causa do odioso e incontrolável tremor que seu corpo produzia, revelando a atração que ainda sentia por ele.

Pretendendo esquecer o incidente e como tinha pedido ao marido para dispensar o médico, pois não sentia nada de errado, apanhou da gaveta onde mantinha as roupas íntimas uma calcinha e um sutiã de tecido fino e rendado e escolheu no guarda-roupa um vestido leve de verão.

Com uma revista nas mãos, acomodou-se no braço da poltrona estofada, próxima de uma das janelas.

Quando Stiles entrou no quarto, acompanhado de um senhor de meia-idade, trajando roupas brancas, Lydia suspeitou que fosse o médico e censurou o marido com o olhar. Porém, não houve escapatória. Diante da insistência de ambos, resolveu ceder e deitou-se na cama.

Após examiná-la com atenção, o dr. Matt sorriu. E dirigindo-se a Stiles, declarou:

— Parabéns! Pelo que pude observar, sua esposa lhe dará um filho daqui a uns sete meses. — E olhando para Lydia acrescentou: — Deve alimentar-se bem e evitar o sol após as dez horas da manhã se quiser garantir uma gravidez saudável. Lembre-se de que carrega no ventre uma vida preciosa!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até a próxima :)



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