Mero Professor Mpreg escrita por AloisFox


Capítulo 16
XVI Professor




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753493/chapter/16

Pov’s Jin

 

Eu quero que você vá embora.— Quando ele falou isso, acho que meu coração falhou uma batida. Eu fiquei boquiaberto e com os olhos estalados.

— O quê…? – Perguntei, incrédulo.

— Eu quero que você vá embora, Jin. Não quero mais você aqui.

— Hoseok, Por quê?! – Perguntei, nervoso.

— Eu sei que você não me ama da mesma maneira que eu amo você. Preciso de um tempo longe de ti.

— Mas eu quero ficar aqui, com você. Eu não tenho pra onde ir, Hope.

— Jin, vá para o seu apartamento. Eu realmente preciso de um tempo só para mim, na minha casa. – Ele disse, dando ênfase em “minha”.

— Eu não quero voltar para aquele apartamento! Quero ficar aqui, com você, Hope. – Disse, com meus olhos já marejados. Me atormentava a ideia de voltar para aquele lugar. Fora o fato de que este apartamento já está a venda e, se alguém comprar, eu não terei para onde ir. Eu usaria o dinheiro para pagar as dívidas que tenho com Namjoon e o hospital onde ele trabalha. Sem contar o fato de que fico receoso só de pensar em ficar totalmente sozinho… sem o Hope perto de mim. Afinal, eu gosto de ficar com ele. Hoseok sempre será como um irmão para mim, independente do que aconteça. Acho que por isso não consigo namorar com ele. Nos conhecemos há tanto tempo que, para mim, somos realmente como irmãos. – Jung Hoseok, p–por favor… não me faça voltar para aquele lugar. Não me faça dormir na mesma cama que fui estuprado.

— Você não está me entendendo, não é? Eu não me importo onde você dormirá, Jin. Eu só quero que você saia da minha casa. – Nesse momento, pude sentir as lágrimas caírem dos meus olhos e o meu coração bater de forma descompassada. Eu sentia um enorme aperto no peito. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

— Deixe ao menos eu dormir aqui hoje. – Implorei, com a voz baixa.

— Não. – Ele respondeu, tanto firme quanto ríspido. Nunca o vi nesse estado, ele parecia estar com raiva de mim. – E já que você vai embora, leve o boneco que ele te deu. Eu não quero aquilo no meu quarto.

— Hoseok…

— Você pode buscar suas roupas amanhã, eu vou dar um jeito de colocá-las em sacolas para você levar logo daqui.

— Ohana… você disse que eramos uma família. E família quer dizer nunca mais abandonar… você vai nos abandonar? Esqueceu de que se você me colocar para fora, não colocará só eu? Como o cookie vai ficar, Hope?

— Chantagem me irrita, SeokJin. Pegue o que precisar que eu vou chamar um táxi para você. – Ele disse, saindo do quarto. – Seja rápido! Não quero ter que arrastá-lo para fora. Você esperará o táxi na rua, não o quero mais nem um minuto aqui. – Hoseok disse, já descendo as escadas para pegar seu celular. Eu soluçava de nervosismo enquanto as lágrimas caíam incessantemente dos meus olhos. Não conseguia pensar no que eu tinha que pegar para passar a noite. Travesseiro, lençóis…? Eu estava atordoado, não conseguia pensar direito. Senti uma dor forte na região do abdômen, então resolvi me sentar na cama e tentar me acalmar um pouco. Coloquei uma das mãos sobre o volume já aparente e inspirei fundo o ar e o expirei devagar, enquanto tentava controlar as lágrimas que insistiam em cair. – O que você está fazendo? – Hoseok peguntou, entrando no quarto.

— Eu não me sinto bem, Hope.

— Eu sei que você está fingindo, SeokJin. Pode parar com esse drama e sair da minha casa. Não esqueça a pelúcia que ele te deu. – Ele disse, apontando para o boneco do Mario que costuma fica sobre a cama. – Faço questão para que isso não fique aqui.

— Hosoek… por favor, eu não me sinto bem.

— Eu não me importo! – Gritou. Só o que fiz foi abaixar um pouco mais minha cabeça e envolver melhor o volume do meu abdômen. Me levantei da cama e cambaleei um pouco, mas logo me firmei. Peguei a mochila que costumo levar para o trabalho e nela coloquei os lençóis. Coloquei-a nas costas e peguei meu travesseiro e pelúcia, antes de sair do quarto, olhei de canto para Hoseok.

— Você se arrependerá disso. Quando você se der conta do que fez, não venha atrás de mim ou do meu filho. Eu vou me lembrar disso para sempre, Hoseok.

— Eu também vou me lembrar de que logo depois que eu confessei o meu amor por ti, tu me recepcionou beijando outra pessoa NO MEU SOFÁ. Agora me faz um favor? Sai da minha casa. AGORA! — Me entristecia ser rejeitado de tal forma por alguém tão querido por mim. Eu sabia que Hoseok estava fora de si, então resolvi não dar continuidade a discussão. Apenas o obedeci, saindo da casa. Já era noite e a chuva estava fina, mas em compensação o frio estava de congelar. Mickey notou minha presença e veio até mim, cheirou meus pés e pulou nas minhas pernas, como se quisesse brincas. Eu ainda estava chorando, mas ri com a animação do cachorrinho. Não demorou para táxi chegar. Antes de ir, acariciei o pequeno Mickey, olhei para casa na esperança de ver Hoseok vindo até mim e dizer que eu não precisava ir. Mas ele sequer me observava por qualquer uma das janelas. Entrei no táxi e disse ao motorista o endereço do meu antigo apartamento. Isso me lembrava o dia que guiei Yoongi até ele. Eu me lembro de tudo que aconteceu antes de eu apagar completamente. Já fazem três meses, mas, para mim, parece que foi ontem que tudo aquilo aconteceu. Voltar para aquele lugar… para aquele quarto, só fez aquelas lembranças ficarem mais nítidas na minha mente. A cada paço que eu dava em direção a porta de entrada do apartamento, parecia ser uma das lembranças retornando. Quando entrei: tudo estava em silêncio. Coloquei a mochila sobre a mesa e fui em direção ao quarto. Não liguei as luzes, não queria ver com nitidez aquela cama… apenas coloquei o meu travesseiro nela e me deitei. Eu estava cansado, pensei que dormiria logo. Engano meu… em vez de dormir, eu comecei a me lembrar. O cheiro… a minha visão turva, os toques, os gritos que eu queria dar mas não conseguia. Tudo estava tão nítido para mim que por um momento pensei que eles realmente estavam ali… ambos fazendo mais uma vez aquilo comigo. Se você morder… eu farei pior.” “Você… é virgem, professor? Será que aguenta dois?” Eu não quero. Eu não quero que façam isso de novo. Por que eles estão aqui? Eu não contei à polícia. Eu não quero… por favor, parem. Parem! Eu estava tentando gritar, mas não conseguia. Era exatamente com naquele dia.

Fui acordado pela notificação do meu celular. Percebi ter dormido e… tido um pesadelo. Só um pesadelo. Suspirei aliviado quando vi o teto do quarto, e não dois meninos rindo de mim enquanto abusam do meu corpo. Apesar do alívio, eu estava chorando. Estava suado… agoniado. Peguei o meu celular na cômoda, para ver a notificação e tentar me distrair com qualquer coisa.

 

Namjoon: Como foi com ele? Resolveram-se?

 

No mesmo instante que vi a mensagem, procurei o número dele na lista de contatos e liguei. Estava esperançoso de que ele atenderia, mas depois de duas ligações não correspondidas… perdi as esperanças. Ele era o único que podia me tirar desse lugar. Eu novamente me encontrava chorando de nervosismo, já pensava em ir dormir na rua do que nesse quarto. Sabia que se deitasse mais uma vez a cabeça no travesseiro e tentasse dormir… veria aqueles dois em um pesadelo que a três meses foi real. Suspirei fundo, eu estava realmente nervoso. Minhas pernas tremiam da mesma forma que tremeram na manhã após aquele dia. Eu estava com tanto medo quanto daquela vez. Me encolhi, mas me dei conta de que um pequeno volume me atrapalhava. Eu, novamente, suspirei fundo, tentei me acalmar e parar de chorar. Acariciei o volume e voltei a ficar em uma posição confortável. Ouvi o toque de meu celular e rapidamente peguei-o novamente. Atendi a ligação, que era de Namjoon.

— O que houve? Por que me ligou a essa hora, não podia me responder por mensagem?

— Por favor… me tira daqui. Por favor! – Implorei, histérico.

— Calma, calma… o que houve?

— Me tira desse lugar, eu faço qualquer coisa que você me pedir. Só me tira daqui.

— Me explica o que houve?

— Por favor… P–por favor… – Implorei mais uma vez, agora soluçando.

— Tudo bem. Fique calmo, eu vou buscá-lo.

— Eu não estou na casa do Hoseok.

— O quê? Onde você está então? – Disse o endereço a ele, que estranhou a localização. – Por que você está ai?

— Hoseok me expulsou, eu tive que voltar para o meu apartamento.

— Você tem um apartamento?

— Por favor… venha me buscar.

— Certo. Fique calmo, eu logo chego.

 

Pov’s Namjoon

 

— Tio… o que foi? – Jimin perguntou, esfregando um dos olhos com a manga da camisa que usava.

— Teremos visita hoje.

— O quê? A essa hora?!

— Sim, Minnie.

— Por quê? Quem é?

— Lembra daquele homem que podia engravidar? Aquele que eu te falei que estava cuidando do caso dele.

— Ahn… o que tem ele?

— O amigo dele o expulsou de casa e agora ele está em um apartamento que, pela localização, ele não pode pagar. Mas essa história é um pouco confusa, já que ele disse que o apartamento é dele. Bem… ele estava tão nervoso que deve ter errado as palavras.— Expliquei, enquanto trocava o pijama por uma roupa descente.

— Mas o que você tem a ver? Você é só médico desse cara, tio. E médicos não abrigam pacientes em casa.

— É que… a história é complicada. Quado eu voltar te conto.

— Hm… só espero que esse filho não seja seu, tio.

— O quê?!

— Se bem que seria legal ter um priminho. – Jimin disse, rindo.

— Ah tá… volte para cama, Minnie, você já está delirando. – Saí de casa e fui depressa até a garagem, entrei no meu carro e fui até o endereço que ele havia me passado. Procurei-o pela rua, não foi difícil encontrá-lo, já que ele segurava a pelúcia que lhe dei. Jin parecia assustado, olhava para um lado e para o outro como se alguém o perseguisse. Fui com o carro até ele e abri um dos vidros, chamei-o e ele logo me reconheceu. Jin entrou rapidamente no carro e me abraçou forte, deixando a pelúcia e o travesseiro que segurava cair. Não tinha como não notar que ele estava desesperado, Jin praticamente gritava de desespero, sem contar que estava num vermelhão de tanto chorar. Eu não sabia o motivo para ele estar tão histérico, fiquei chocado. — Ei… o que houve? – Perguntei, o afastando um pouco e limpando algumas das tantas lágrimas que caíam dos seus olhos.

— Por favor… me tira daqui. Me tira daqui! – Ele seguia tão histérico quanto antes, quando falava comigo pelo celular. Eu não conseguia entender o motivo pelo qual ele estava tão nervoso, mas senti que apenas deveria me afastar do local que parecia atormentá-lo. Alguns minutos se passaram e ele ao menos havia parado de soluçar, não que fosse algo incomodo, mas era algo que me preocupava.

— Você está melhor? – Perguntei, enquanto seguia dirigindo.

— E-eu acho que sim.

— Quer me contar o que houve? – Perguntei e ele negou com a cabeça. Não perguntei mais nada, não queria pressioná-lo. Mais alguns minutos e chegamos à minha casa. Estacionei o carro na garagem e quando o desliguei, fiquei observando SeokJin por alguns instantes.

—Vamos… vou preparar um chá para você. –Disse, saindo do carro. Eu esperava que ele fosse sair também, mas quando me dei conta… ele havia ficado para trás. Voltei até o carro e abri a porta do carona, onde ele estava. Jin parecia em choque, olhava par um ponto fixo e nada mais fazia. — Ei… vamos. Você pode dormir na minha casa hoje.—Ele se voltou para mim e estendeu os braços, como se quisesse me abraçar novamente. Ri anasalado, ele parece um coala. Abracei-o e tirei-o do carro. Ele ficou de pé, me observando com um olhar de peixe morto enquarto eu pegava sua mochila, travesseiro e pelúcia. — Vamos? –Perguntei, balançando as chaves da minha casa. Ele assentiu em resposta e me seguiu. Quando abri a porta, vi Jimin sentado no sofá, olhando Bob Esponja na TV. — Isso é hora, Jimin? Você não deveria estar dormindo?

— Sim, tio. Mas hoje é um dia especial. Temos visita! – Ele disse, animado, levantando as mãos para o alto e sorrindo. — Aliás, onde ele está? – Jimin perguntou e eu dei espaço para Jin entrar na casa. Assim que ambos se viram, arregalaram os olhos.

— Professor SeokJin?

— P-Park Jimin? – Fiquei olhando para os dois durante alguns instantes. Estava confuso. Eles se conhecem?

— Que história é essa de professor SeokJin? – Perguntei, surpreso, com o cenho franzido e os braços cruzados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mero Professor Mpreg" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.