Konoha Hiden – Tsuki Uchiha escrita por King


Capítulo 23
23. Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo era pra ter saído a uns dias, mas acho que ta bugando kkkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/750865/chapter/23

Enquanto Haru aprendia o Rasengan, Kazan Inuzuka e Keidan, o Assassino da Névoa, ainda se encontravam no País do Relâmpago cumprindo alguns serviços para os quais foram contratados. No momento os dois estavam sentados não muito longe de uma fogueira, a atenção de ambos era para alguns pedaços de carne no fogo.

—Quem são vocês? –

Somente o Inuzuka olhou para trás, para onde escutou a pergunta. Um homem de pele escura, olhos alaranjados e cabelo púrpuro recaído usando nada mais do que alguns trapos cobrindo sua parte intima, e cordas nos pulsos e tornozelos o prendendo a duas árvores. O desconhecido exibia cortes em seu abdômen, antebraços, ombros e na testa. Era nítido o forte cheiro de sangue que escorria por todos aqueles cortes.

—Sou Kazan. – Ele ergueu o braço. Sangue pingou de suas unhas. —E esse com a espada é Keidan. – Ele apontou para o Assassino da Névoa. —E antes que pergunte coisas do tipo “O que querem e porque estamos fazendo isso”, deixe meu colega responder. –

—Idiota. – Keidan sussurrou. —Sabe que tem consequências quando você passa uma noite amorosa com a mulher de um cara perigoso? – Falava tudo àquilo sem olhar para trás. —Fui contratado para encontra-lo e causar dor em você, mas eu não sei torturar sem matar. – Ele apontou para o Inuzuka que estava se pondo de pé. —Só que esse cachorro sabe. – E continuou. —E não adianta gritar por socorro. Estamos longe o suficiente de estradas e de qualquer aldeia. – Ele bocejou após olhar para a lua. —E Relaxe, a última coisa que o cliente quer é a sua morte antes de muito sofrimento. – Olhou para o Inuzuka. —Tenho alguns contratos, volto pela manhã. –

—Por Favor, não façam isso. – O desconhecido implorou.

—“Façam?” – Keidan repetiu enquanto se punha de pé. —É ele quem vai fazer todo o trabalho. – Ele apontou para o Inuzuka e entregou ao mesmo uma kunai. —Meu Chakra Raiton tá nela, se ele perder a consciência o acorde. –

—Com prazer. – O Inuzuka falou e guardou a kunai.

Keidan se afastou da fogueira e colocava os braços atrás de sua cabeça, enquanto andava não deixou de escutar um assobio que se originava da onde tinha saído, e depois daquele som melódico um grito doloroso nasceu, infelizmente ele tinha mais obrigações então não teria como assistir as incontáveis horas de tortura que aquele homem receberia. Ele andou por meia hora até chegar a uma estrada de terra e continuou andando, não tinha um rumo ao certo ainda, seu próximo contrato era muito vago e o mapa não mostrava o lugar, e em nenhum momento parou de assobiar.

—Em algum momento vou encontrar uma pessoa pra me ajudar. – Ele sussurrou enquanto andava.

E estava certo. Depois de dez minutos de uma longa caminhada se deparou com uma construção de madeira não muito grande, e a luminosidade indicava que ainda estava aberto, e pelo cheiro que sentia daquela distância diria que era uma casa de chá. Ele se aproximou ainda mais e entrou na pequena construção, e o cheiro de imediato incomodava seu nariz.

—Seja bem vindo. –

Ele olhou para uma mulher com metade de seu tamanho de pele escura e cabelos grisalhos que se aproximava com um gentil sorriso em seu rosto enrugado. A mulher parou a uns cinco metros dele e aumentou sua distância, o que ele de inicio estranhou, seu olhar amigável também mudou.

—Eu ouvi boatos. – A mulher falou. —Mas não esperava encontrar o Assassino da Névoa em minha casa de chá. –

—Sabe quem sou então. – Keidan disse. —Não vim mata-la, senhora. Mas nada me impede se não me der às informações que eu procuro. –

—O que você quer? – A idosa perguntou.

—A prisão de Unraikyo. – Keidan respondeu e entregou a ela um mapa. —Me de a localização e vou embora. –

A mulher pegou o mapa e com o mesmo foi ao balcão e desenhou um círculo em uma de suas partes e entregou para o Assassino da Névoa. “Tão longe, mas pelo menos vai ser um contrato a menos” ele pensou ao ver a localização. A prisão de Unraikyo estava localizada em um uma cadeia de montanhas cheio de água e neblina sem vegetação, e em uma daquelas montanhas encontrava-se o lugar que ele procurava, aquela região há alguns anos era habitado por Killer Bee, o Jinchuuriki do Oito Caudas. Assim que obteve uma rota ele abandonou a casa de chá e seguiu seu rumo, mas enquanto caminhava ergueu o braço que empunhava a espada e liberou da lâmina uma descarga elétrica para cima, a eletricidade desceu com mais poder e caiu na construção e depois tomou sua atenção ao mapa, levaria pelo menos meio dia para chegar, o jeito mesmo seria gastar seu Chakra.

—Ainda não aperfeiçoei aquele Jutsu. – Comentou.

Ao fim de seu comentário seu corpo é envolvido por uma camada de Chakra relâmpago, aquele era o mesmo Jutsu que o Terceiro e o Quarto Raikage tinham grande habilidade, mas estava imperfeita ainda para o Assassino da Névoa, a técnica original e completa dava além de uma imensa velocidade uma boa defesa, mas para Keidan só melhorava a sua velocidade e a mesma não se comparava a sua perfeita utilização. E então correu, sua velocidade era realmente incrível, ele conseguia alcançar dezenas de metros em períodos curtos de tempo, qualquer um que o visse iria enxergar algo azul envolto a relâmpago e mais nada. Sua viagem que normalmente levaria doze horas diminuiu para três horas e meia, ele finalmente chegará ao seu destino; uma montanha com uma construção de ferro em uma caverna não muito grande com pouca luz, a construção na realidade era extremamente pequena cabendo dela entre uma e duas pessoas, pela sua aparência nunca era limpa.

—Bom, vamos lá. – Ele falou.

Keidan entrou na pequena construção de ferro e apertou em um dos lados um botão, o chão lentamente se abriu revelando alguns degraus. O Assassino da Névoa segurou firme sua espada e iniciou sua descida. Toda a montanha se tornou uma prisão com apenas uma entrada e saída. Enquanto descia ele reparou algumas coisas; seu corpo estava dolorido por ter usado aquela técnica, simples movimentos o incomodavam demais, e mesmo que estivesse lá há pouco tempo não havia segurança alguma, não vivos pelos menos. Andando há tão pouco tempo já era evidente o cheiro forte de sangue e de outras coisas, e também corpos humanos em decomposição pelo caminho ou em celas.

—Boa à decoração. – Sussurrou.

O Assassino da Névoa enquanto descia degrau por degrau e girava a espada habilmente em suas mãos, assobiava não se sentindo ameaçado pelo perigo que poderia o aguardar. E lá em baixo a centenas de metros abaixo da posição atual de Keidan, um garoto de cabelo branco longo e espetado amarrado para trás em um rabo de cavalo, pele escura e olhos numa tonalidade de amarelo bem claro, com dentes afiados fáceis de rasgar a carne, o braço esquerdo todo coberto por bandagens já também gastas. O garoto talvez não muito mais velho que Haru, estava sentado no chão e abraçava seus joelhos enquanto ouvia uma melodia que há tempos não escutava, e um sorriso formou no seu rosto.

—Eu vou matar. – Seus olhos vibram só por causa daquelas três palavras. —Eu vou matar se for mulher. – Ele coçou o braço enfaixado. —Não, vou matar se for um homem. – Ele coçava violentamente seu braço. —Eu matarei se for mulher. Sim, vou matar se for um homem. –

E Keidan continuava descendo. “Porque eu tenho que liberta-lo? Até eu fico com calafrios” ele pensou. “Único usuário de Dokuton em todo o mundo, e ele tem que ser um maníaco?” pensava olhando para os corpos em decomposição. O elemento em questão que o Assassino da Névoa havia pensado era o de Veneno, e o único usuário conhecido era aquele garoto que era chamado somente como Turo, seu clã jamais foi descoberto e nem mesmo como o mesmo era capaz de utilizar o Dokuton, apenas se sabe histórias do porque foi parar naquele lugar sem escapatória ou luz do dia. “Vou levar um tempo se descer nessa velocidade, acho melhor agilizar” pensou e ignorou os degraus se jogando pelo buraco escuro e caindo por vários minutos, ele não se machucou com a queda. Pousou ajoelhado e levantou poeira e não se mexia, não muito longe dele se encontrava o garoto que agora ria e coçava com mais violência o braço enfaixado, as bandagens estavam sujas de sangue assim como suas unhas. O garoto se pôs de pé e não tirou seus olhos do Assassino da Névoa.

—É homem! – Ele falou e continuou. —Eu vou te matar! Falei que mataria se fosse um homem! – Sua risada era histérica. —Vou desmembra-lo. –

—Eu não posso te matar. – Keidan falou.

—Dokuton: Dokugiri. –

Turo expeliu de sua boca uma fumaça púrpura. Keidan liberava pequenas cargas elétricas de sua espada para ter um pouco mais de luminosidade. O Assassino da Névoa sabia que técnica era aquela, e se não tomasse cuidado poderia morrer. “Porcaria de contrato” ele pensou enquanto tomava distância do que agora era uma névoa púrpura.

—Quer me matar? Venha. – Keidan falou.

Novamente a mesma risada histérica. Ele recuou um passo e logo viu o garoto saindo da névoa, seu braço antes enfaixado estava revelado e exibia a mesma cor que a fumaça. O Assassino suspirou e jogou sua espada em Turo perfurando seu abdômen, o garoto recuou alguns passos.

—Liberar. – Keidan falou após concluir um selo.

A lâmina descarregou no garoto uma forte descarga elétrica. Keidan cruzou seus braços enquanto ouvia o som de agonia do menino. O som de dor estava mudando. Misturava-se a uma risada. O assassino fez o mesmo selo e a descarga se potencializou e por fim o garoto caiu inconsciente no chão.

—Ainda bem que tenho sempre uma carga nessa lâmina. – Falou.

Ele retirou a espada do abdômen do garoto, não tinha acertado nenhuma região importante, evitou quaisquer órgãos. Cobriu o braço purpuro do garoto com alguns trapos e verificou se estava bem amarrado, e por fim o colocou em seus ombros e devagar subia os degraus. Seu azar era que o contrato pedia que o garoto estivesse vivo e solto no País do Fogo, ou seja, aquele moleque seria uma companhia e a todo custo teria que ser controlado. Ele abandonou a prisão e diferente da viagem de ida à de retorno não utilizou a técnica, seu corpo estava dolorido ainda. Por isso a viagem de retorno levou o tempo verdadeiro, o menino acordava vez em quando, mas perdia a consciência logo depois de uma descarga elétrica. Keidan e Turo chegaram ao acampamento afastado no meio da madrugada do dia seguinte.

—Demorou. – O Inuzuka comentou. —É ele? –

—Sim. – Ele respondeu e continuou. —Como estava indo? –

—Sempre que o torturava assobiava do começo ao fim. – Kazan respondeu.

Keidan olhou para o homem amarrado em duas árvores; não tinha mais unhas e seus dedos estavam todos quebrados e alguns dentes do mesmo estavam no chão, eram evidentes hematomas; O homem estava meio acordado. Kazan assobiou para comprovar a tortura, e aquele simples som melódico fez o sujeito acordar para valer e se mexer tentando se soltar, seus pulsos estavam feridos, ele tentou várias vezes se libertar? O Assassino da Névoa soltou o garoto e empunhou sua espada, cada movimento sendo seguido pelo Inuzuka que já parava de assobiar.

—Tem certeza? O cara que pediu por isso falou para mais tempo. – O Inuzuka comentou.

—Se ele reclamar, eu o mato. – Keidan respondeu.

Ele apunhalou o homem em seu coração. Um movimento simples que atravessou seu peito. O desconhecido não levou muito tempo para morrer. Kazan ignorou e finalmente olhou para o garoto inconsciente no chão.

—Vamos leva-lo então? – O Inuzuka perguntou.

—Sim. – Keidan respondeu e continuou. —E teremos que o manter controlado também. Por mim eu o deixava na onde o encontrei. – Ele olhou para o garoto sem interesse.—Vou cancelar os contratos restantes. Assim podemos voltar mais cedo ao País do Fogo. –

—Um Uchiha a menos então? – O Inuzuka sorriu.

—Um Uchiha a menos. – Keidan respondeu.

Enquanto isso, Haru continuava seu aprendizado. O balão que o Uzumaki enchia a não muito tempo se estourava, assim como os anteriores. Ele já estava cansado de várias tentativas falhas. O Uchiha enquanto ofegava com as mãos doloridas se lembrava de tudo que o Hokage lhe disse a respeito do terceiro passo.

—O primeiro passo é sobre girar, e o segundo é poder. – Ele segurava um balão em sua mão esquerda. —E o terceiro passo é esse. –

—Esse o que? – Haru apontou com raiva.

—Pode parecer que estou somente o segurando, mas eu vou te mostrar a mesma coisa na mão direita. Veja o que tá acontecendo dentro. – Naruto criou uma esfera de Chakra em sua mão.

“O Chakra esta girando rápido e aumentando regularmente. E tem uma orbita perfeita.” Haru pensou em silêncio, toda a sua atenção estava sendo necessária nas etapas.

—Você maximiza o giro e o poder do seu Chakra, mas você faz um muro com o balão e concentra seu poder. – Ele terminou sua explicação.

—Então tento não estourar? – O Uchiha perguntou.

—Sim. – Naruto jogou o balão. —Boa sorte. –

E lá estava o Uchiha agora, dezenas de balões depois. Ele já estava cansado de todas aquelas tentativas falhas. “Eu tenho que liberar 100% do que aprendi até agora e manter. Em outras palavras, tenho que fazer a rotação do Chakra e o poder dele para a extensão máxima e ainda comprimir o Chakra dentro do balão, sem o estourar. Eu não consigo esse 100%” pensou enquanto se sentava já cansado da última tentativa, suor escorrendo por seu rosto. Ele já estava com raiva de balões de água e de borracha, e estava ficando daquele em suas mãos.

—As duas etapas sozinhas já foram difíceis, imagina então juntas e manter. – Ele falou para si próprio. —Ou eu faço a rotação ou o poder. – Ele colocou suas mãos no couro cabeludo. —Não tem como fazer sozinho. – Ele soltou alguns fios de cabelo. —É isso! – Ele gritou animado. —Eu posso me concentrar em apenas uma etapa sim. –

“Agora eu entendi” pensou e criou em seguida um Kage Bunshin. Os dois discretamente olham para o Uzumaki que exibia um sorriso, pelo visto tinham encontrado uma resposta. Haru se concentrou na palma direita e liberava o Chakra e o clone fazia a rotação. Aos poucos uma esfera azul foi crescendo na palma direita do Uchiha. O rosado exibiu um sorriso ao ver que estava dando certo, o Kage Bunshin o estava ajudando com metade do trabalho. Em pouco tempo, na mão direita do jovem Uchiha, um Rasengan estava formado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1° O Vale Unraikyo realmente existe no manga / anime, mas como nunca mais apareceu depois da surra que o time Taka [Sasuke, Karin, Suigetsu e Karin] levou de Bee, resolvi tornar útil de alguma forma.
2° Dokuton é um elemento criado por fã.
http://narutofanon.wikia.com/wiki/Dokuton
3° Apesar de parecer que Haru aprendeu fácil o Rasengan ele ainda não o dominou perfeitamente, vou demonstrar isso nos próximos capítulos. E lembre que apesar de ter aprendido rápido, Boruto também.
4° Se os capítulos estão simples e pequenos me desculpem, to planejando algo legal para os capítulos seguintes.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Konoha Hiden – Tsuki Uchiha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.