Konoha Hiden – Tsuki Uchiha escrita por King


Capítulo 2
2. Capítulo




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—Shannaro! – Um garoto por volta de seis anos berrou aquilo enquanto pulava em cima de um porco. —Você não vai fugir! –

Haviam se passado cinco anos desde que o casal tinha o encontrado a margem de um rio qualquer da Vila da Folha, o garoto agora estava com seis anos, olhos verdes e um cabelo rosado recém-cortado, e nenhum conhecimento da família a que pertencia.

—Peguei ele, mãe! – O menino comemorava em cima de um porco agitado.

—Acho que foi o contrário, Haru. – A mulher se divertia com a cena do filho sendo levado pelo porco.

—Vai deixar ele levar a melhor, filho? –

Haru olhou para trás, a dez metros seu pai estava retornando depois de um dia de trabalho, seu corpo estava suado e seu rosto parecia alegre, era capaz de ter forças para se divertir com a criança que agora era carregado por um porco que não pretendia virar comida em alguns dias. O bom homem ficou ao lado da esposa e ambos se divertiam vendo o filho único levar a pior para um porco, eles riram da criança.

—Haru, chega. Ele tá levando a melhor com você. – O homem enxugava lágrimas de tanto rir.

—Sim, pai! – Haru caiu do porco e correu para perto da família.

Enquanto o rosado se aproximava, a mulher transformava aquela risada boa e contagiosa em uma tosse que depressa ficou forte, ela recebeu a atenção de seu marido e do único filho, conseguiu parar de tossir e se esforçou para sorrir para os dois.

—Meus dois homens preocupados. – A mulher falou sorrindo. —Isso não é nada, só tomei vento sem necessidade. Agora vamos entrar e eu farei uma sopa. –

Haru se animou afinal sopa era o que ele mais gostava, antes dele retornar a andar foi impedido por seu pai que o pegou no colo e depois o colocou em seus ombros, mesmo o homem tendo trabalhado o dia inteiro em baixo do sol ele ainda tinha forças para divertir-se com a criança.

—Com licença. –

A atenção dos três é voltada para uma figura que até poucos segundos não estava lá, era um ninja de uma das vilas próximas. Ele usava um colete verde como qualquer ninja, calça escura e uma camisa de manga longa, no ombro direito havia uma bandana da vila que ele pertencia, seu cabelo era um pouco arrepiado e recaído sobre seu rosto, tinha uma barba e também um cigarro aceso na boca.

—Terikate. – O pai de Haru falou decepcionado. —Veio dar proteção para a nossa terra? –

A mãe de Haru o retirava dos ombros do pai e o colocava atrás dela como símbolo de proteção, o menino de cabelo rosado ficou sério enquanto olhava para o ninja a alguns metros e depois para o símbolo no pedaço de aço em seu ombro, era da Vila da Folha aquele homem. O shinobi se sentiu na necessidade de esboçar um sorriso com a pergunta do outro homem.

—Mas é claro. Um assassino pode muito bem entrar na sua casa e acabar com sua esposa e com seu filho. Ou quem sabe fazer coisa muito pior. – Terikate jogou o cigarro no chão e pisou em cima dele. —Sua fazenda pode facilmente queimar e tudo que o senhor conquistou vai ser levado pelo vento. Eu evito esse tipo de coisa. –

—Tudo bem. – O homem entrou em concordância.—Só espere um pouco. – Disse aquilo e entrou na casa.

O homem retirou do chão algumas tábuas revelando um fundo falso com um saco cheio de moedas, o dinheiro que ele conseguia de sua fazenda era um pouco mais da metade para o ninja. Ele colocou de volta as tábuas e saiu da casa e se aproximou do outro homem que tinha em seu rosto um sorriso satisfatório.

—Saia de minha terra. – O pai de Haru exibia um olhar nada amigável.

—Sairei. – Terikate não se incomodou com aquele olhar que recebia e guardou o saco de moedas. —Esse mês parece mesmo que não vamos ter assassinos ou uma queima. –

Ele deu de costas para a família e se afastava acenando com a mão direita para eles e com a esquerda no bolso de sua calça. Ele desaparece depois de quinze passos.

—Ninja idiota. – Haru disse baixo.

—Sim filho. Tem ninjas que não caráter e abusam de sua força. – O pai de Haru falou pondo a mão esquerda na cabeça do filho. —Mas vamos, mamãe falou que faria sopa. –

Os dois entraram na casa dando novamente humor, o pai de Haru olhou preocupado para a esposa que mesmo parecendo melhor ainda exibia o cansaço das tosses. Os olhares de ambos se encontram e a mulher exibiu um sorriso gentil que relaxou um pouco seu marido. Enquanto isso a alguns quilômetros, o ninja da Vila da Folha acenava para um outro homem, seu cabelo era castanho e descia até os cotovelos, havia um sombreamento vermelho ao redor de seus olhos cor oliva, ele tinha bandagens enroladas em seu pescoço e no abdômen e usava um quimono marrom com azul piscina, em sua mão direita carregava uma espada.

—Você demorou. – Falou o desconhecido.

—Tive que explicar para ele mais uma vez. – Terikate respondeu e jogou o saco de moeda para o homem. —Meio a meio mais tarde, Keidan. –

—Droga, eu queria queimar aquela fazenda. – Keidan falou guardando o saco de moedas. —Temos mais duas fazendas hoje, vai que eu consigo o que eu quero. –

“Ele tem um desejo louco por sangue” Terikate pensou enquanto pegava de seu maço outro cigarro e o acendia, colocou as mãos novamente nos bolsos de sua calça e retornou a sua caminhada para o leste onde estariam as próximas pessoas a lhe agraciarem com uma boa quantia em dinheiro, ou quem sabe morreriam pela espada de Keidan, o ninja sanguinário da névoa.


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