Konoha Hiden – Tsuki Uchiha escrita por King


Capítulo 3
3. Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.
Estava com um maldito bloqueio criativo.



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—Vamos garoto. – Disse o pai de Haru durante uma lição. —Se concentre que você consegue. –

Alguns anos tinham se passado, e fazia algumas semanas que o menino de cabelo rosado, agora com nove anos, aprendia o básico do Ninjutsu com a intenção de proteger sua família. Naquele momento o garoto aprendia a criar clones, e todas as suas tentativas eram sem sucesso, os mesmos acabavam sendo invocados com alguma deformação física.

—Shannaro! – Berrou Haru que fez os selos de clones. —Bunshin! –

Uma fumaça ao seu lado e um corpo revelado, o clone era quase perfeito se não fosse por uma cabeça desproporcional ao corpo. O garoto de cabelo rosado se ajoelhou cansado, suor estava escorrendo e pingando no chão. O pai do menino se aproximou do mesmo e tocou em seus ombros, recebendo do mesmo um olhar de curiosidade.

—O que foi que você me disse pouco antes dos treinos? – O homem com barba por favor perguntou ao único filho.

—Que eu queria ser forte pra proteger minha família. – Haru dizia após ter feito outro clone fracassado. —Proteger de pessoas como o senhor Terikate. –

Falou o rosado se sentando no chão e retirando a camisa preta, mesmo sendo um treinamento básico aquilo ainda era difícil. O pai do menino o observou em silêncio por um tempo, Haru completou á alguns dias nove anos, seu cabelo róseo estava grande e criava uma franja lhe cobrindo os olhos verdes. O homem soltou um suspiro, o tempo com o menino se diminuía, ele precisava trabalhar cada vez mais para conseguir remédios e a esposa estava doente há alguns anos, qualquer coisa fazia com que ela ficasse cansada depressa. Ambos não estavam dando atenção ao menino.

—Vem cá, Haru. Vamos cortar isso que você chama de cabelo. – O pai do garoto retirou de uma sacola uma faca.

—Me conte uma história em troca. – Haru pensou enquanto ficava de costas a ele.

—Que história? – O homem perguntou com um pouco de curiosidade.

—Você já foi ninja, pai? – Haru perguntou olhando para ele. —Mesmo o Bunshin sendo o básico, parece que você tem algo mais. –

E o homem riu gostando daquela pergunta. Ele segurou algumas mechas do cabelo róseo e com a faca cortou em um único movimento, continuou fazendo aquilo por um tempo sem ouvir reclamações do garoto. E contou ao menino o que ele queria.

—Sim, já fui um ninja. – Ele falou e olhou para o céu e depois ao menino. —Venho de um clã chamado Yanozuka, não possuímos nada de especial além de maior facilidade com o elemento fogo. Eu era um bom ninja na vila que Terikate pertence, ele era meu subordinado antes de me aposentar. – Seus olhos miram a faca em sua mão esquerda. —Já estive na maldita guerra antes de você nascer, garoto. Era sofrimento para todos os lados. Mas eu prometi a mim mesmo quando quase não sai vivo de uma luta, se eu continuasse vivo até o fim da guerra iria ter um filho com a mulher que amo. – Ele sorriu se lembrando do acontecimento. —E bom, aqui estou eu. E aqui esta você. – Ele mexeu no cabelo de Haru enquanto dizia aquilo. —Me aposentei logo em seguida. –

—Yanozuka? Eu sou meio Yanozuka então? – Perguntou o garoto mordendo os lábios. —E qual é o clã da mamãe? –

—Sua mãe também não sabe. Ela nunca conheceu os pais. – O homem respondeu e bateu na cabeça do filho. —Ela só sabe que essa fazenda é dela. Agora chega de conversa, vai treinar. –

Haru concordou e se ficou em pé, seu cabelo estava mais curto que antes, ainda tinha uma franja, mas não era grande coisa. Ele fez o selo e ao seu lado uma fumaça e também nela um corpo, novamente um clone quase perfeito se não fosse por mãos e lábios enormes. O pai do garoto gargalhou achando aquele engraçado, em troca ele recebeu um olhar pouco amigável. Haru já estava cansado de fazer clones sem sucesso.

—Eu te ensino uma técnica de fogo se conseguir um Bunshin perfeito. – O homem o chantageou enquanto enxugava algumas lágrimas. —Aqui a sua motivação. –

“Um Jutsu de fogo” Haru pensou enquanto um sorriso nascia em sua face de orelha a orelha, desde o inicio dos treinos ele não havia aprendido nada além de lançar shuriken, concentrar Chakra para andar na água e subir em outros lugares, aquilo seria um verdadeiro avanço em seu treinamento.

—Shannaro! – Haru gritou animado. —Bunshin! –

Ele se concentrou naquela técnica e ao lado de seu corpo uma fumaça que revelou outro corpo, desta vez o clone era semelhante a ele, nada grande ou menor, era como se estivesse se vendo no espelho. Haru esticou o braço direito na direção do pai, alguns dedos estavam fechados e apenas dois estavam levantados em um sinal de V de vitória. O clone é desfeito e o garoto de cabelo rosado cai para trás, tomado pela exaustão, mas ainda sim com o braço erguido.

—Eu consegui! – Gritou Haru tomando um pouco de folego.

—Você se cansa rápido com Ninjutsu. Acho que ainda não se acostumou, mas logo vai pegar o jeito. – O homem disse olhando para o menino. —Mas eu vou cumprir minha parte. Olhe, Haru. – O homem apontou para uma árvore não muito distante. —Katon: Hosenka no Jutsu. –

O homem criou uma saraivada de bolas de fogo pequenas que serviam de demonstração, as mesmas não tinham nem metade do poder que aquele Jutsu deveria ter, elas acertaram o tronco e vieram a desaparecer, na madeira estavam marcas delas agora. Ele voltou sua atenção ao menino que ficava impressionado com o feito. O rosado se levantou e fez os mesmos selos que seu pai e respirou fundo.

—Katon: Hosenka no Jutsu. – Haru falou sério.

Ele criou uma saraivada de bolas de fogo maiores que as anteriores, acertaram a árvore e as marcas no tronco ficaram mais escuras, por ser uma técnica realmente fraca não iria queimar o tronco. Haru sentiu uma tontura e quase retornou ao chão se seu pai não tivesse o segurado e o colocado em suas costas, ás aulas se deram por encerradas naquele dia.

—Suas costas são quentes, pai. – Haru falou fechando seus olhos cansados.

E Haru dormiu, como sempre fazia no fim de uma aula, o mesmo lentamente estava se adaptando ao uso de Chakra, normalmente as aulas acabavam depressa, mas agora estavam levando mais tempo. Ele retornou para a fazenda, para o lugar que chamavam de lar, para a esposa que dormia tomada pela exaustão e tossia eventualmente, recentemente era difícil ver a mulher com disposição a fazer qualquer coisa.


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