O Escolhido escrita por blackwidow


Capítulo 22
A resposta


Notas iniciais do capítulo

Er,vou morrer eu sei.
mas não parem de ler,vai ficar boa.



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Estava um tanto sonolenta enquanto conversava com Edward,mas eu queria manter meus olhos abertos o máximo de tempo possível,não queria perder um minuto sequer de Edward.Era tão fácil esquecer de tudo perto dele,suas mãos deixavam meu corpo ao seu lado de um modo tão protetor que mesmo que se um raio me atingisse em cheio teria certeza que permaneceria viva.

 Eu senti seus lábios em meu ouvido,por falar neles.Que lábios,era tão indescritível.Eles eram tão macios e quentes.Sim,quentes.Parece loucura,afinal Edward é um vampiro,mas seus lábios ficavam quentes junto ao meus.Eles se encaixavam tão bem aos meus que eu tive a ousadia de pensar que era como se eles tivessem sido feitos para mim.

Normalmente eu estaria com vergonha e me recusaria a ficar perto assim de uma pessoa que eu acabei de conhecer.Mas eu não havia acabado de conhece - lá.Ja se passara quase um ano que eu o conhecia,e tudo agora era tão claro que eu sentia como se eu tivesse passado todos os dias de minha vida.

 Quando escutei o que Edward havia acabado de falar minha respiração ficou retida em meus pulmões,eu forçava o ar a sair.Mas tanto meu corpo quanto o meu cérebro se recusavam a acreditar no que ele havia dito.Casamento?Eu amava Edward,disso não tinha duvidas,mas casamento? Eu tinha apenas 18 anos,isso era muito para mim.

 Fechei os olhos contando até dez,mas antes de chegar no 7 eu vi que não tinha nenhuma razão para aceitar o pedido nem por tanto negá-lo.Ele era o amor de minha existência,sabia que queria passar o resto de minha vida ou melhor existência com ele,mas nos casando agora.Apesar de tudo eu não via razão para nos casarmos tão precocemente,parecia que eu havia engravidado e nossos pais eram religiosos fervorosos,ao ponto de sermos chamados de pecadores se não nos casássemos.

 Na verdade eu sabia que se me virasse e dissesse não,Edward ia desmoronar.Pensar que eu não o amava,eu queria poder explicar isso para ele,explicar o fato de agora eu ser humana e ele não ira envelhecer,enquanto eu fico mais velha a cada dia.Não queria ter que explicar isso para ele,porque minha voz estava um tanto perdida e eu já estava inebriada de tanto sono,ele beijou o topo de minha cabeça e sussurrou um boa noite.

 Fiquei feliz pelo fato de ele ter pensado que eu havia ido dormir e não que eu havia negado sua proposta.Mas sabia que isso não ia acabar assim,sabia que teria que responde-lo.

  O sol entrou pelas frestas da janela,apesar de estar coberta pela cortina o sol já estava forte o bastante para passar por ela,virei para o outro lado e pude ouvir alguém abrindo a porta do quarto.O seu cheiro era tão habitual para mim que eu sabia quem era sem ao menos precisar abrir os olhos.Senti a cama ranger um pouco quando Edward se sentou na ponta.

 Me sentei puxando o edredom para mim,cobrindo boa parte do meu corpo.O olhar de Edward era tão amoroso para mim,eu amava esse olhar mas agora ele me perfurava.Sorria eventualmente para quase tudo que ele dizia,eu não podia segurar por muito tempo.

 Já passava da uma hora da tarde quando resolvemos voltar para casa.Nessie foi com Emmet e Alice e eu fui com Edward.A tensão (sentida apenas por mim) era evidente,batia com meus dedos freneticamente em meu joelho.Após o que pareceu uma hora,não agüentei e as palavras saíram como jato de minha boca:

 -Edward,eu ouvi o seu pedido ontem,não estava dormindo.

 Ele continuou sorrindo,cantando uma musica só para ele,seu rosto sereno se virou para mim:

 -É,eu sei.

 Arqueie minha sobrancelha,ele sabia? E tinha sido tão altruísta ao ponto de não me dizer nada? E nem ao menos me encher de perguntas?

 Não podia acreditar,Edward conseguia ser melhor que eu imaginara.Conseguia superar  todas as expectativas,algumas lagrimas saíram do meus olhos.Eu não era boa o bastante para ele,ele me pede em casamento e eu não tenho a capacidade de responder.

 Antes que eu pudesse limpar as lagrimas Edward já estava parando o carro no acostamento,ele acenou para que os outros fossem.Seu rosto estava pálido,parece estúpido julgar assim.Mas não era a sua palidez,era aquela palidez de susto que assombrava suas lindas feições:

 -Bella,amor? – ele me segurava pelos ombros- Eu disse algo que a magoou,me perdoe.Não foi minha intenção,Bella?

 Eu tentava inutilmente responder,mas  a cada vez que abria minha boca uma série de soluços pediam passagem,impedindo que eu dissesse qualquer coisa,Edward ainda me fitava assustado,ele tomava para si aquela expressão,aquela tentativa de lagrimas:

 -Por favor,Bella. Se não quer se casar comigo,eu entendo.Eu serei seu amigo,serei o que precisar que eu seja.Só não fique nesse estado,me dói tanto pensar sou eu que a deixo assim.

Droga!Eu podia parar de chorar,mas as lagrimas agora vinham se aviso.Sem que eu ao menos tenha pedido para elas caírem,os soluços atingiam uma altura que eu só pensava ser apropriada para cães,porque agora mais se pareciam ganidos.Eu fechei os olhos,imaginando o quanto o amava e o que faria de tudo para não fazê-lo sofrer,com os olhos fechados soltei tudo:

 -Edward,eu o amo.Sabe disso,não como amigo e sim como amante,como tudo.Você é cada passo que eu dou,cada ar que eu respiro e as batidas do meu coração não são por mim,são por você.

 Os soluços cortavam minha garganta,mas Edward estava parado esperando por explicações,consegui ficar satisfeita quando vi a sua angustia sumir quando eu disse que o amava :

 - É só que,casamento! Nós somos tão novos e acho isso tão desnecessário já que vamos no final das contas vamos passar a eternidade juntos.Eu só queria esperar até que eu fosse um pouco mais resistente.

 O que eu rezava para não demorar,eu sempre pedia ou melhor implorava para eles me transformarem.Antes de as lembranças serem tão fortes é claro.Mas toda vez que eu tocava nessa palavra Alice parecia que ia ter um ataque cardíaco e meu pai ficava estranhamente sobressaltado.No fim eu achei melhor assim,pois nunca iria me lembrar de Edward.Olhei para ele,sua expressão agora era duro e ele seguia Alice,a velocidade aumentou um pouco.O que eu havia dito de errado?

 Seus olhos estavam em cólera,ele fitava só a estrada e tinha a certeza que se coloca-se apenas mais um pouco mais de força no volante o mesmo iria se partir,comecei a ficar nervosa mas antes que pudesse falar ele sibilou para mim:

 -Bella,por favor.Não me venha com isso,nós acabamos de nos rever.Tudo bem eu aceito se você não quiser ser minha esposa,isso só tornaria as coisas mais formais.Mas não tem sentido você querer se transformar.Você tem a vida,não posso arranca - lá de você.

 Eu fui obrigada a rir de sua palavras,pareceu um tanto débil minha risada nesse momento,mas uma cólera subiu a minha cabeça sem nenhum aviso prévio:

 -É claro! Porque eu não iria querer permanecer humana? É ótimo ver o rosto lindo e intocado do seu amado enquanto o seu se definha mais a cada dia.E um dia eu irei desaparecer  a morte ira chegar para mim,mas nunca para você.

 O velocímetro subia cada vez mais rápido,me deixando cada vez mais tensa por isso,a sua cólera agora não estava em seus olhos estava dominado a sua face inteira,que uma parte de mim temeu ele :

 -Você acha que estou sendo egoísta?Fui tremendamente egoísta quando a deixei porque não queria estragar sua vida,queria que tivesse a vida que todos fomos destinados a ter.Nascer,crescer,reproduzir e a morrer.Eu deixei tudo para trás,reneguei minha felicidade,minha alma,meu coração e minha família.Tudo isso por você,com certeza essa é uma forte prova de egoísmo.

 Eu não conseguia chorar,porque me sentia suja por dentro e por fora.Como podia ter dito uma coisa daquela?Eu era egoísta,sabia o que ele tinha feito por mim.Eu não queria negar nada disso,mas ele era a chave de tudo a única peça que faltava.Minha ausência de palavra pareceu relaxá-lo.

  Meu olhar morto era fixo na paisagem seca do lado de fora,sua voz saiu seca e eu pude jurar que havia uma ponta de arrependimento nela:

 -Olha,eu não quis te magoar,só que me exaltei.Não havia ter dito nada disso,você não tem culpa.

 Minha expressão era cética,olhava para Edward.Minha voz estava parada e esganiçada,eu não sabia o que aquelas palavras iriam mudar,mas eu iria fazer isso por todos :

 -Você está certo,eu tenho que ter uma vida humana normal.

 Ele sorriu,o seu contentamento fez com que as coisas ficassem ainda mais difíceis,o carro parou na entrada da casa dos Cullens,ele desceu do carro e abriu a porta para mim,sua mão se estendeu até a minha,fechei meus olhos e desviei de sua mão,antes que ele pudesse dizer qualquer coisa eu praticamente gritei:

 -E eu não posso ser normal em uma casa cheia da vampiros.

 


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Notas finais do capítulo

Não entenderam nada né?
Vai ficar mais claro nos próximos capítulos.
Não me abandonem



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