Amanheceu, todos estavam na escola, no pátio conversando. Marinette olhava para todos os lados, vendo se Adrien estava por perto, pois no momento não tinha coragem o bastante para encara-lo nos olhos; Alya estava do seu lado, falando de seu blog, mas viu que a amiga estava inquieta:

— Marinette? Marinette, está tudo bem? – Alya deu um leve toque no braço de Marinette

— QUE? Ham... ah eu estou bem, estou muito bem! – Disse com um sorriso largo na boca, os olhos fechado enquanto passava a mão no cabelo.

As duas foram para a sala, e, atrás delas vinham Nino e Adrien, que se aproximaram das duas:

— Bom dia meninas! Como estão nessa gloriosa manhã- perguntou Nino

—Estamos muito bem, obrigada – disse Alya dando uma risadinha

Adrien estava olhando Marinette, que estava reta demais, sem olhar para os lados

— Hum, Marinette eu queria conver...

—AH, olha a hora, devemos ir rápido, se não chegaremos atrasados para a aula

Marinette saiu correndo, e Adrien só ficou olhando com um desapontamento no rosto.  Mais tarde, quando a aula já havia terminado, todos estavam na frente da escola indo embora, inclusive Marinette. Adrien saiu correndo e parou na porta da escola, na procura de Marinette, pois queria resolver aquela situação, não aguentava mais, estava atordoado com toda aquele mal estar, mas infelizmente, ele não a encontrou mais naquela tarde... por enquanto.

Marinette estava na sacada de seu quarto, olhando a maravilhosa Paris, pois lá era o lugar onde a deixava mais relaxada. No ombro dela estava Tikki:

— Marinette, acho que deveria falar com Adrien. Você o evitou o dia inteiro, como acha que vai conseguir resolver essa situação?

— Eu sei Tikki, mas eu não consigo. Eu olho para o Adrien, mas não o vejo como via antes. Eu olho para ele e vejo o Chat Noir e isso é muito estranho para mim.

As duas estavam perdidas em seus pensamentos, olhando a bela paisagem, quando ouvem um estrondo muito alto. Marinette corre para dentro do seu quarto e vê uma reportagem na Tv:

— Paris corre perigo. Uma explosão na praça central assusta vários habitantes. Várias pessoas estão realizando maldades pelas ruas. Tudo indica que isso esteja ocorrendo por causa de uma moça denominada Black Heart. – A jornalista acaba de falar e a câmera é virada para uma moça de maquiagem preta e vermelha marcante, um vestido longo com um desenho de um coração partido ao meio e um rabo de cavalo preso com um laço:

— Eu quero o seus miraculous, Ladybug e Chat Noir.

Marinette se afasta da Tv, com audácia nos olhos, mas essa audácia some quando lembra que irá ver Chat Noir/Adrien. Tikki a observa e imagina o pensamento de sua dona:

— Marinette, não pode deixar isso te impedir. Paris corre perigo!

— Tem razão Tikki. Tudo que me importa agora é a segurança dos cidadãos de Paris.

— É assim que se fala!

— Tikki, transformar!

Marinette logo se transforma em Ladybug e sai pela janela com seu ioiô. Ela pula de prédio em prédio até chegar na praça central. Ela olha ao redor, tudo estava calmo, estranhamente calmo. Ladybug vai dando mais alguns passos, quando ouve uma voz familiar que arrepiou os cabelos de sua nuca:

— Estava te esperando My Lady

Chat Noir estava encostado em uma parada de ônibus, brincando com o bastão entre os dedos. Ele estava nervoso, ansioso, mas tentou o máximo possível para ficar natural e interagir com Ladybug normalmente, como sempre foi. Ladybug se virou para ele, com as mãos nas costas, caminhando calmamente, para que ele não percebesse seu rosto corado; os dois ficaram se olhando por um tempo:

— Oi – Disseram os dois juntos, meio sem jeito.

Chat Noir resolveu que ele iria tomar a atitude e falar:

— Olha, Ladybug eu queria...

Mas ele foi interrompido por um estrondo forte que tremeu um pouco o chão. Ele tentou voltar a falar, mas foi interrompido novamente, dessa vez pela própria Ladybug

— Acho melhor deixarmos para conversar uma outra hora – Dizendo isso, foi em direção ao forte barulho.

Ele ficou lá, olhando ela ir com seu ioiô e bateu a cabeça no poste:
— Grr, não acredito! Justo agora, essa porcaria de explosão tinha que acontecer. Não, eu não posso me distrair, hora de salvar o mundo Chat Noir – E lá se foi com seu bastão.

Quando chegou, viu Ladybug lutando com a akumatizada. Chat Noir chegou por trás e a derrubou no chão:

— Chat Noir, o akuma está no bracelete dela, pegue-o!

Ele pegou o bracelete e jogou para Ldybug que o quebrou no meio; dentro saiu uma borboleta preta:

— Chega de maldade Akuma – Pegou o seu ioiô, o girou e lançou na direção da borboleta

— Hora te aniquilar a maldade – Capturou o akuma

— Te peguei! Apertou o seu ioiô, que liberou aa borboleta, já purificada

Ela olhava com alegria uma pequena vida ir embora, em paz novamente

— Tchau tchau borboletinha.

Ele podia ver aquela cena quantas vezes fosse, mas mesmo assim Chat Noir sempre a achava incrível, especialmente agora que sabia a verdadeira identidade de sua Bugboo. Os dois bateram os punhos como sempre, com a típica palavra “zerou” e Ladybug já estava pronta para ir para casa, quando Chat Noir ia chama-la, mas travou as palavras em sua garganta e só consegui observa-la indo junto do pôr do Sol.

Mais tarde, em sua casa, Adrien acabará de desfazer a transformação de Chat Noir e se joga na cama. Plagg olha o dono abatido e senta na cama dando pequenas mordidas em seu queijo:

— Era sua chance, por que não falou com ela?

— Você não intende Plagg, não é assim tão fácil para mim. – O garoto fechou os olhos e virou a cabeça para o outro lado, dando um leve suspiro, enquanto seu kwami falava:

— Olha, talvez nem seja tão fácil assim para ela, pois ela ficou te evitando a tarde toda na escola. Deveria ir vê-la algum dia.

Adrien abriu os olhos imediatamente e ficou pensando nas palavras de Plagg, “ir vê-la”; ele se levantou e olhou para o kwami com um sorriso na boca e nos olhos. Plagg percebeu aquele tipo de animação do dono:

— Espera, não é isso que eu acho que você está pensando, eu...- Nem terminará de falar que Adrien já foi para ativa

— Plagg, mostrar as garras! – Ele acaba de se transformar novamente em Chat Noir e sai pela janela de seu quarto, em direção a casa de sua bugboo. Quando chega, ele da sacada vai em direção do quarto dela. Ele entra, assim que pisa no cômodo, sente um doce aroma que empesteava tudo ao redor, as paredes, percebeu ele, eram cheias de fotos suas que fez o garoto estranhar mas ao mesmo tempo achou engraçado além de perceber que o quarto era bem organizado; finalmente se concentra em seu ponto principal, Marinette, que se encontrava dormindo tranquilamente que dava pena de acorda-la, então ele só a observa em silencio, enquanto fica apoiado em sua cama; ela era linda até dormindo, com sua franja jogada suavemente no rosto e sua respiração era leve. Ele começou a acariciar seu cabelo até chegar no rosto, mas ficou olhando fixamente para seus lábios; quando percebeu já estava indo em direção à seus lábios, quando foi interrompido pelo alarmezinho de seus miraculous, ainda tinha tempo mas provavelmente Plagg estava com raiva e decidiu diminuir o tempo, mas mesmo assim o garoto ficou aliviado, Antes de ir deu um beijo rápido na testa da menina e lá se foi, junto da escuridão da noite.

Chegando em casa, Plagg resmungava, mas Adrien não conseguia ouvir uma só palavra, sua cabeça estava nas nuvens, de tamanha felicidade e hoje sentiu que iria dormir mais leve.