Maybe Someday escrita por Misty Spring


Capítulo 4
Capítulo 3 - Then


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei... Já faz 84 anos que não posto mas infelizmente essas coisas acontecem, principalmente o mais temido bloqueio criativo.
Aqui vai meu pedido de desculpas, mas também peço a compreensão de vcs :') Não vou abandonar a fic, fiquem tranquilos ;-;
E aqui um obs especial pra Marcia Veloso que sempre me pede capítulos maiores, sei q esse ainda tá curtinho mas tô desenvolvendo um maior ♥
Muito obrigada pelas curtidas, comentários e acompanhamentos!!! ~mistyspring



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Pov- Oliver

Não lembro quando cheguei em casa, muito menos como, mas ao tentar levantar senti uma dor imensa na cabeça e logo em seguida nas costas. Olhei em volta e percebi que estava no sofá e não na cama – acho que exagerei um pouco na comemoração. Seja lá quem for que veio comigo pra casa já havia ido embora e eu só tinha a agradecer por isso – normalmente as situações pela manhã nunca eram muito agradáveis, principalmente para aquelas que não queriam aceitar que tudo não passou de uma noite.

Levantei ignorando as dores e fui a procura de algum remédio. Olhei para o relógio e já eram quase 14h – Por quanto tempo eu dormi? – Depois de tomá-lo, fui para o banheiro em busca de um banho. Enquanto me me vestia com roupas normais no quarto, ouvi a porta bater.

— Ollie? Está aí? – disse Thea.

— Estou aqui! – gritei do quarto e quando ela apareceu franzi o cenho. – As chaves eram só pra emergência!

— E essa é a centésima vez que você fala isso – respondeu revirando os olhos – Ollie, você sabe que aqui é o melhor lugar pra eu fugir da mamãe, mas hoje vim aqui por outro motivo.

— Desembucha então, Speedy! – disse enquanto caminhava para a cozinha.

— Nunca vai cansar desse apelido? – revirou novamente os olhos – Que seja! Você já deve saber que a QC vai fazer amanhã uma festa na cidade, pra arrecadar dinheiro para construção do condomínio que será usado como abrigo por pessoas que precisam no Glades e…

— Sim Thea, estou sabendo. Mas mamãe disse que estava tudo sob controle, e que ela mesma dirigiria a festa. Ela sabe que odeio ter que lidar com esse tipo de coisa e me deixou de fora – Thea me olhou e forçou um sorriso.

— Sobre isso… então, querido irmãozinho. Aconteceram algumas coisas com nossa filial em Londres e mamãe não vai estar aqui amanhã, ela viajou ontem de noite… – eu ia protestar mas ela continuou falando – eu até que tentei te avisar, mas você não atendeu minhas ligações.

— Espera aí, o que? – dei uma risada seca – Eu não vou!

— Ollie, Mas você vai ter que ir. Olha, prometo que eu vou lidar com as partes mais chatas, você só terá que apertar algumas mãos e marcar presença.

— Tudo bem! – suspirei cansado e pus uma mão na cabeça.

— Você está bem? Parece horrível.

— Nada que um café forte não resolva.

— Okay, então. Bom, agora preciso ir, Roy e eu vamos ajudar com alguns preparativos pra amanhã. Tchau Ollie! – Thea jogou um beijo no ar e bateu a porta atrás de si.

Ia fazer café mas percebi que precisava ir às compras – revirando os olhos, peguei a chave do carro e fui até o Big Belly Burger.

— Ollie? Parece que a noite de ontem foi boa hein, amigo!

— Tommy! O que está fazendo aqui, não devia estar na Verdant?

— Sim, passei aqui só para pegar um lanche. Você podia voltar comigo! – disse se sentando ao meu lado com um sorriso sugestivo.

— Convite tentador, mas vou passar. – ele franziu o cenho.

— Espera! Oliver Queen dispensando uma noitada?

— Minha mãe viajou, e infelizmente vou ter que aparecer na festa da cidade amanhã. Precisamos arrecadar fundos e causar boa impressão pra Palmer Technologies pra conseguirmos a sociedade.

— Ah, Ollie… festas assim não são de tudo ruins, pense nas lindas mulheres presentes. O que não falta em você é charme, amigo! Sempre consegue o que quer. Aliás, Laurel e eu também estaremos lá, você não vai estar sozinho.

— Bom, nem sempre consigo o que quero, já que vou obrigado nessa festa. Mas vou reconsiderar e começar a pensar por esse lado. O que seria de nós sem as mulheres, não? – conversamos mais um pouco e depois Tommy voltou para a boate e eu passei no supermercado.

Já em casa, me joguei no sofá e comecei a ver algum jogo que passava na TV – amanhã seria um longo dia.

….xx….

Logo cedo, Thea parecia estar ligada no 220 enquanto eu só contava as horas pra cair fora dali. As ruas estavam enfeitadas, haviam várias barraquinhas montadas sendo organizadas e um espaço com diferentes brinquedos pro entretenimento das crianças. Já era possível ter uma noção de que aquele evento seria um sucesso, e apesar de desejar não estar ali, me sentia orgulhoso vendo Thea dando tudo de si para que tudo ficasse perfeito.

— Ollie, você ouviu o que eu disse? – deixei de lado meus pensamentos e vi Thea me encarando.

— Desculpa, pode repetir?

— Eu vou fazer o discurso e você vai circular e cumprimentar o pessoal. Acho que a maioria dos funcionários da QC devem aparecer, os moradores e até alguns investidores… por favor, não beba muito, precisamos passar boa impressão.

— Sim senhora! Mas… – Diggle apareceu do meu lado e alguém chamou por Thea que se afastou.

— Pronto pra diversão, Sr Queen? – me olhou zombeteiro.

— É Oliver, Dig! O que faz aqui? Pensei que só viria mais tarde.

— Fui encarregado de zelar pela segurança do evento, e a sua também. Esse evento é público e precisa de ordem e organização.

— Minha babá preferida. – disse sorrindo enquanto me afastava e observava as pessoas começarem a aparecer.

Depois de circular pelo evento e fazer alguns cumprimentos, encontrei com Tommy e almoçamos num restaurante ali perto. Thea e Laurel nos encontraram lá também, pedimos a conta e voltamos para a festa – suspirei só de pensar que ainda teria a tarde toda pela frente.

>>>>>>>

Pov- Felicity

Fomos em várias lojinhas, tomamos sorvete e estávamos voltando pra casa quando Evie viu alguns brinquedos em uma “festa” na rua.

— Olha, mãe! A gente pode ir ali? – disse apontando para lá. Observei com atenção e percebi que era uma festa beneficente que parecia ser aberta ao público.

— Claro amor, parece que estão fazendo essa festa pra arrecadar dinheiro pra alguma coisa… – disse lendo algumas placas que descreviam o evento – vamos lá ver!

— Tia Thea! – Evie exclamou e direcionei meu olhar para onde estava o dela.

— Oi pequena Evie – ela disse se aproximando – Oi Felicity! Que bom que apareceram aqui, acabei esquecendo de falar pra vocês da festa que a empresa da minha família está dando pra arrecadar fundos para a construção de um abrigo no Glades.

— Oh! Que legal! Parece que está sendo um sucesso – disse enquanto olhava ao redor.

— Sim, estou muito feliz por isso. Vamos, ali tem um espaço com vários brinquedos, tenho certeza que Evie vai adorar – disse Thea apertando as bochechas da minha filha que fazia uma carinha engraçada – e não precisa se preocupar com a segurança, toda guarda aqui foi reforçada, essa pequena boneca vai estar 100% segura. – ri da forma que Thea proferiu aquilo, assenti e começamos a seguí-la.

Evie me olhou como se pedisse permissão para se juntar às outras crianças, assenti sussurrando um 'pode ir’, então ela sorriu e correu para os brinquedos. Observando aquela cena pensei em Ray e em como ainda sentia sua falta.

Enquanto Evie brincava, Thea disse que haviam várias barracas e que eu podia circular pelo evento. Realmente a variedade de coisas era impressionante; acabei comprando algumas lembranças para meus amigos em Central City e para minha mãe. Quando me colocava no caminho de volta para onde Evie estava, esbarrei em alguém que me deu um belo banho com uma bebida que não consegui identificar.

— Oh meu Deus! – eu disse olhando pro estrago causado na minha blusa.

— Minha nossa, eu não vi você, desculpe mesmo! – disse uma voz masculina. Levantei o rosto e encarei o homem que aparentava ter mais ou menos minha idade.

— Está tudo bem, eu também não te vi. Aliás, eu moro aqui por perto, não vai ser um problema e...

— Felicity? Quanto tempo! – exclamou me interrompendo.

— Tommy? – reconheci – Uau, você está diferente! Eu te abraçaria, mas… – disse apontando para a blusa molhada.

— Tudo bem… – respondeu rindo – Essa é Laurel, minha noiva. – apontou para a mulher ao seu lado – Felicity é uma amiga minha do tempo da faculdade – explicou ao perceber a feição confusa de Laurel.

— Ah, parabéns, e desculpa por esbarrar em você, essas coisas acontecem comigo de vez em quando e… bom, foi um prazer rever você Tommy, e conhecer sua noiva, mas preciso pegar minha filha naquele mini parque.

— O prazer foi nosso! E… fiquei sabendo sobre Ray, sinto muito.

— Obrigada. Estamos morando em um apartamento aqui perto, apareçam por lá, é sempre bom receber visitas.

Depois de trocarmos números de telefones, fui de encontro ao espaço com brinquedos à procura de Evie e, quando a encontrei, ela estava brincando com um grupo de crianças. Resolvi então esperar mais um pouco, quando olhei ao redor e vi algumas mesas numa barraca que presumi ser um tipo de lanchonete. Dali conseguia ver Evie, então comprei uma água e me sentei.

Flashback on

— Será que vai dar tudo certo, Ray? – perguntei apreensiva – Quer dizer, e se ela não gostar da gente? E se não gostar da nossa casa, ou não quiser ficar com a gente? E se…

— Lissy, meu amor, calma! Tenho certeza que já deu tudo certo. – Ray pôs as mãos sobre meus ombros porque sabia que me passava segurança. Fiquei um pouco mais calma e assenti enquanto entrávamos no orfanato pela última vez. Hoje levaríamos Evie pra casa depois de todo processo burocrático chato de adoção.

— Olá Sr. e Sra. Palmer! – disse Nyssa – Evelyn está no quarto esperando por vocês.

— Obrigada, Nyssa! Não sabe como estamos felizes em poder finalmente tê-la conosco. – disse enquanto começamos a nos afastar.

— Eu… – Nyssa disse nos fazendo parar, e com emoção na voz completou – Só queria dizer que também estou muito feliz por vocês. Ainda não tinha contado, mas Evie é muito importante pra mim, e além disso, ela foi basicamente o motivo de tudo isso – moveu as mãos indicando o orfanato – Espero que sejam muito felizes, e… esta carta é dos pais de Evelyn – Nyssa me entregou um envelope – Um dia saberão o momento certo para abri-la.

— Obrigada! Por tudo. – pisquei tentando afastar as lágrimas que se acumulavam em meus olhos.

“Toc toc toc”

Ray bateu na porta e em seguida entramos.

— Oi Evie, como você está? – falei enquanto a abraçava, e Ray em seguida fez o mesmo.

— Tô muito bem, Lissy… mas – Evie nos encarou séria – eu queria saber se… eu já posso… vocês dois já são, né? – ri com o pensamento de que ela estava balbuciando, assim como eu. Então Evie respirou fundo e enfim completou – Posso te chamar de mamãe, Lissy? E chamar Sr. Ray de papai?

Expirei liberando o ar que nem mesmo sabia que estava prendendo, e dessa vez não pude conter as lágrimas.

— Claro que pode! – exclamei um pouco exaltada por causa da alegria que irradiava em mim – Quero dizer, eu prometo ser a melhor mãe do mundo. Sei não foram muitas as vezes que nos vimos Evie, mas não sei explicar o tamanho do amor que sinto por você.

Assim que saímos do orfanato depois de choros e abraços, percebi que minha vida não estaria completa sem Evie e Ray. Tudo estava perfeito.

Flashback off

Deixei de lado minhas lembranças e fui buscar Evie, já estava tarde e essa seria uma longa semana.

Pov- Oliver

— Esse dia não vai terminar nunca? – balbucio para mim mesmo enquanto caminhava sem rumo pelo evento. Já estava farto de forçar sorrisos, apertar mãos, acenar e fingir estar gostando daquilo. Observei meu redor e avistei Tommy e Laurel conversando com alguém. Comecei a me aproximar, mas parei quando vi alguma coisa passar por mim e ouvi uma criança gritar.

— Moço, moço! – virei na direção em que a voz vinha e me deparei com uma menina que aparentava ter pelo menos 6 anos que estava na área de brinquedos. – Mamãe diz pra mim não falar com estranhos, mas um menino jogou minha bola aí fora, pode pegar pra mim por favor moço?

— Oi pequena! – digo enquanto pego a bola e me aproximo – Sou Ollie, você é? – pergunto sorrindo. Acho que foi meu primeiro sorriso sincero do dia.

— Evie – ela diz e estica os braços pra pegar a bola.

— Bom Evie, é um prazer conhecê-la! E se esse menino te perturbar de novo, é só me falar. – falo enquanto a entrego a bola e ela sorri. De repente, sinto como se aquele sorriso não me fosse estranho.

— Obrigada, Ollie! – pisco um dos olhos e começo a caminhar novamente na direção dos meus amigos.

— Tommy! O que houve com sua camisa? – pergunto franzindo o cenho.

— Esbarrei com uma mulher que, por coincidência, era minha amiga da faculdade, e por sinal ela é…

— Puxa, pensei que já tinha me apresentado todas as suas amigas, Tommy – o interrompi e dei um sorriso malicioso.

— Quando você vai crescer, Ollie? – disse Laurel revirando os olhos.

Enquanto conversávamos, Thea ia começar o discurso, então logo me afastei e procurei um lugar em que pudesse ficar sem ser notado.


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Notas finais do capítulo

Até breve, amores!!! bjxx



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