Butterfly Effect: Wolves and Something More escrita por Tiago Mikaelson


Capítulo 8
Capítulo 8: O Acordo




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Quando Allison finalmente conseguiu recobrar completamente a consciência, ela não se deixou ser dominada pelo medo ao ver que estava presa em um gancho como um maldito pedaço de carne.

Quanto tempo ela estava fora?

Olhando ao redor, ela viu a janela e viu que estava escuro lá fora. Já se havia passado pelo menos umas 6 horas.

O lugar que ela estava parecia ser uma antiga fábrica abandonada. Exceto pelo som de gotejamento que ecoava pela fábrica, ela não ouviu mais nada.

Sua intuição lhe disse que não havia ninguém além dela naquele lugar, mas isso não podia ser por muito tempo.

Tentando ser o mais racional o possível, Allison olhou para cima para ver se podia achar um jeito de escapar.

Suas mão estavam amarradas juntos por fita prata e um gancho a suspendia no ar deixando o suficiente para ela se apoiar com os pés no chão. Isso não parecia ser bom.

Ela suspirou amargamente.

Quando eu pegar quem me fez isso, o farei se arrepender de ter nascido…” Allison murmurou.

“Mm… Eu posso ajudar com isso…” uma voz soou próxima ao ouvido esquerdo dela.

Allison sentiu todo o seu corpo arrepiar. Ela virou a cabeça e nada viu. Alisson sentiu uma estranha sensação de opressão no ar.

Mesmo não querendo confessar, ela sentiu medo em seu ser.

Com uma dose de coragem, ela virou a cabeça olhando para frente.

“Olá…” um homem sorriu para ela.

Olhando para ele, Allison podia dizer facilmente que era uma das pessoa mais bonita que já viu. Seus olhos eram castanhos esverdeados, quase azuis dependendo de como fosse visto.

Ele devia ter em torno dos 19 anos, mas demonstrava, além de uma jovialidade, confiança e dava uma impressão de ser mais velho do que aparentava. Seu cabelo era um castanho meio acobreado com uns 3 a 4 dedos de comprimento penteados para cima de forma desordenada como se fosse algum modelo de capa de revista. Ele tinha um rosto com traços fortes que parecia atrair a luz e ressaltando seus olhos. Ele tinha uma barba curta e quase invisível que combinava perfeitamente com o seu rosto. Ele usava uma jaqueta de couro preta aberta e por baixo uma camisa vermelha, e vestia uma calça jeans escura, talvez fosse preta.

E tinha sua voz. Ela não sabia como descrever, além de ser agradável e impor uma sensação de confiança.

“Obrigado. Foi difícil e levou algum tempo para chegar a esse visual, mas valeu a pena.” Ele sorriu de forma que faria qualquer garota suspirar.

“Quem é você?” Allison engoliu o desconforto de ser pega de surpresa e perguntou com olhos estreitos.

“Você… Não tem muitos amigos, não é mesmo?” o homem perguntou tirando o sorriso, mas mantendo a voz de forma casual.

“Tenho o necessário.” Allison disse de forma fria. “Agora, responda a pergunta, quem é você?”

“Sabe,” ele disse ignorando ela. “Essa não é a forma de tratar alguém que veio aqui para te salvar…” ele disse de forma como se estivesse falando com uma criança. “Eu sempre posso ir embora e te deixar aqui para lidar com a pessoa que te sequestrou sozinha, o que por sinal, eu esperava mais de alguém com sua árvore genealógica.”

“Vamos parar com o teatro e ir direto ao que importa. O que você quer em troca para me tirar daqui?” Allison perguntou secamente.

“Uh… Acho que alguém está naqueles dias…” o homem comentou baixo, mas Allison ainda conseguiu ouvir e ela sentiu vontade de socar aquele rosto perfeito. “Por agora, você não tem nada que me interessa, então…”

“Então...?” Allison perguntou com um leve tom de ansiedade.

“Um favor. Você fica me devendo um favor.” o jovem disse antes de sorrir de lábios fechados.

Allison o observou. Ela estava bem inclinada a aceitar esse acordo, mas alguma coisa dentro dela lhe dizia que isso era uma péssima idéia.

“Que tipo… de favor?” Ela perguntou.

“Mm… Nada complicado. Só o seu primogênito.” Ele disse seriamente.

Allison arregalou os olhos.

“Estou brincando,” ele riu. “Você devia ter visto sua cara.” Allison estreitou os olhos. “Comércio de bebês ou qualquer vida, para falar a verdade, é negócio de outros seres. Minha espécie não tem nenhum uso real para isso,” Allison estreitou os olhos para essa afirmação. Então ele não é humano. “Se bem que, pelo o que eu fiquei sabendo, as almas são úteis para alguns de nós.”

Ele olhou para ela e deu de ombros antes de sorrir.

“Não. O que eu quero é algo bem mais simples. Apenas que quando eu aparecer novamente diante de você, me apresente como um amigo para o seu… “pack”. Oh, não me olhe assim. Se eu quisesse fazer algum mau aos seus amigos, acredite, vocês não teriam a mínima chance.”

Allison nada disse. Ela apenas o encarou enquanto pensava nas suas opções.

“Mm… Mais uma coisa, essa oferta se expira em 1 minuto contando agora.”

Ela ponderou suas escolhas. Ela podia recusar e tentar escapar, mas as chances não estavam a favor dela. Ela nem ao menos sabia quem a sequestrou e olhando aquele ser a sua frente que a encarava com um sorriso, ela duvidava que ele lhe diria. Seu sorriso se alargou. Ela suspeitava que ele pudesse ler os seus pensamentos.

Ao aceitar o acordo, ela estaria pondo seus amigos em perigo. Mas isso não fazia nenhuma diferença se o que ele disse for verdade.

“Quais são as letras minúsculas?” Allison perguntou.

O homem sorriu.

“Garota inteligente. Você acredita que tem alguns idiotas que nem ao menos se preocupam em saber as consequências? Depois vivem reclamando dizendo que não sabiam. Tão irritante.”

“As consequências…” Allison rosnou com impaciência.

Mau-humorada…” ele murmurou. “As consequências, minha querida Allison Argent, é… Bom, eu estava pensando em reivindicar sua alma, mas isso seria um pouco extremo, você não acha?” Allison engoliu seco. “Mas eu acabei de ter uma ideia. Que tal, você não cumpre o combinado e você é enviada para a pessoa que mais te odiar e que te quer fazer sofrer naquele momento sem nenhuma chance de se defender ou escapar? Sim, isso parece justo, você não acha?”

Allison nada disse, apenas o encarou. Justo o seu traseiro, seu infeliz! Aqui eu ainda tenho uma chance de escapar!

Ele sorriu.

“A escolha é sua, Allison. Mas devo lhe avisar que seu tempo está acabando. Eu diria que você tem… Mn... 30 segundos.”

Allison fechou os olhos e respirou fundo antes de os abrir e o encarar.

“Tudo bem. Eu aceito.” ela rangeu os dentes. “Devo assinar algo ou sangrar?”

“Nah… Apenas um beijo e o contrato entra em vigor.”

Se ela pudesse matar com um olhar, ele já estaria morto. Ao ouvir o som de um carro se aproximar do lado de fora, ela rangeu os dentes e disse:

“Tudo bem.”

Ele sorriu para ela e sem se preparar, o homem desapareceu diante de seus olhos e reapareceu diante dela.

“Podemos?” ele perguntou com um levantar de sobrancelhas enquanto a olhava nos olhos.

Allison sentiu seu estômago embrulhar. Como alguém podia ser tão bonito assim?

Sem responder, ela apenas acenou com a cabeça.

Ele se aproximou dela. Com o coração acelerado, ela sentiu seus lábios tocarem os dele, mas antes que pudesse processar o que sentiu, os lábios dele se afastaram dela e ele lhe sorriu.

“Foi um prazer fazer negócios com você, Allison. Nos vemos em breve.”

“Espere… Como lhe devo chamar...?” Allison não achou que receberia uma resposta.

Ele levantou sua mão direita e estalou os dedos.

“Adam...” ela ouviu a voz dele ressoar.

Allison levou algum tempo para processar o fato de que em um momento ela estava presa em uma fábrica desconhecida e em um piscar de olhos, ela estava em pé, com as mãos livres diante de sua cama em seu quarto. O homem estranho não estava em nenhum lugar a vista.

Na cama, diante dos seus olhos, o celular que ela havia perdido, apareceu do nada.

“Como eu gostaria de nunca ter se mudado para essa cidade.”

(...)

Isaac estava deitado olhando para o teto se sentindo quase perdendo o controle.

Depois da mordida, Isaac foi morar com Derek na mansão Hale, ou o que sobrou dela. Derek havia ficado de ir verificar um lugar que Stiles recomendou dizendo que tinha uma “sensação”.

Ele não conseguia dormir. Não quando Allison estava lá fora em perigo. Ele não sabia o que eles tinham, mas sabia que era algo.

Os dois estavam sempre se olhando, havia toques “involuntários”, tensão sexual. Ele sabia que era uma questão de tempo e coragem da parte dele para que surgisse um relacionamento entre os dois.

Sentindo todos esses sentimentos pela caçadora em ascensão, Isaac teve que respirar fundo para manter seu lobo sob controle, pois senão, ele iria rasgar qualquer um em seu caminho.

Enquanto estava perdido em pensamentos, seu celular vibrou o tirando de seus pensamentos.

Ele o pegou e viu uma mensagem de Lydia.

Allison está bem. Ela chegou em casa em segurança. Ficou de explicar tudo amanhã para todos no Derek depois das nove da manhã.

Como se caísse em um lago com água gelada, toda a sua inquietação desapareceu e ele soltou um suspiro de alívio.

Sabendo que sua Allison estava bem, Isaac conseguiu dormir rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Então, algum comentário sobre isso?
Foto de "Adam": http://www.magweb.com/picts/nm1831976.jpg



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